O LIVRO DA NATUREZA EM GALILEU José Gildo de Araújo Júnior. Tópicos 1 – Galileu. 2 – O livro da natureza EM Galileu. 3 – Metáfora 4 – Visão Crítica 5 – Discursão 1.GALILEU Galileu Galilei nasceu em Pisa, na Itália, em 1564. Foi físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano teve um papel predominante na revolução científica. 1.1 Principais Contribuições de Galileu Princípio da inércia. Melhorou o telescópio refractor*, e utilizou em pesquisas astronômicas. Manchas solares, as montanhas da Lua, satélites de Júpter, os aneis de Saturno, as estrelas da via Láctea... ... Heliocentrismo* *refractor = aquele que refracta. 2. O LIVRO DA NATUREZA EM GALILEU "A metáfora mais famosa na obra de Galileu – e que encerra em si o nó da nova filosofia – é a do livro da Natureza escrito em linguagem matemática" 3. METÁFORA “A filosofia está escrita nesse imenso livro que continuamente se acha aberto diante de nossos olhos (falo do universo), mas não se pode entender se antes não se aprende a compreender a língua, e conhecer os caracteres nos quais está escrito. Ele vem escrito em linguagem matemática e os caracteres são triângulos, círculos e outras figuras geométricas, sem eles é rodar em vão por um labirinto escuro.” (Saggiatore,6) 4. VISÃO CRÍTICA A imagem do livro do mundo já possuía uma longa história antes de Galileu, dos filósofos da Idade Média passando por Nicolas de Cues chegando a Campanella. Galileu inicialmente não possuía essa forma de ver o mundo. “O mundo é um livro em que a inteligência eterna escreve os próprios conceitos” ( ARCIMBOLDO ) 4. VISÃO CRÍTICA "(...) não querem mais saber de levantar os olhos daqueles papeis, como se esse grande livro do mundo não fosse escrito pela natureza para ser lido por outros, a não ser por Aristóteles (...)" "(...)Esses, que se sujeitam a leis tão escritas, me fazem lembrar certas obrigações, às quais às vezes de brincadeira se restringem os caprichosos pintores, em querer representar o rosto humano (...) ora somenente de frutas ou de flores desta ou daquela estação, cujas BIZARRICES, embora proposta como divertimento, são belas e agradáveis(...)" 4. VISÃO CRÍTICA “(...) mas, se alguém, talvez por ter consumido todos os seus estudos em semelhante maneira de pintar quisesse depois universalmente concluir que qualquer outro modo de pintar seria imperfeito e criticável, certamente Cigoli e outros pintores ilustres ririam dele(...)" 4. VISÃO CRÍTICA MUDO X ALFABETO "(...) e com pouquíssimos outros estudos se pode formar uma idéia bem perfeita: e isso é o alfabeto; e não há dúvidas de quem souber combinar bem essa e aquela vogal com essas e aquelas outras consoantes obterá respostas muito verdadeiras para todas as dúvidas (...)" 4. VISÃO CRÍTICA Para se chegar a totalidade do real, deve-se recorrer a uma combinação de elementos mínimos, como as cores ou as letras do alfabeto. 4. VISÃO CRÍTICA “Quem olha mais alto, se diferencia mais altamente e voltar-se para o grande livro da natureza, que é o próprio objeto da filosofia, é o modo para ergues os olhos(...)” 4. VISÃO CRÍTICA Galileu se coloca várias vezes para ironizar o velho modo de pensamento, nas quais as formas geométricas regulares devem ser consideradas mais nobres. A grande oposição se situa entre imobilidade e mobilidade, e é contra uma imagem de inalterabilidade da natureza que Galileu toma partido. CONCLUSÃO