POVOS INDIGENAS RIO GRANDE DO SUL Componentes: • Eneas Rubert • Marciano Índio Com nossas pesquisas e estudos, da pra se ter um de noção do que era e do que é hoje o índio, sua cultura foi grosseiramente influenciada pelos brancos que aqui chegaram. Os índios ter uma importância muito grande em nossa cultura, e ate mesmo na nossa população pois os cruzamento de raças, faz com que hoje uma grande parte da população gaúcha tenha descendência indígena, isso faz com que os que os índios vão diminuindo cada vez mais, muitas tribos ate já se extinguiram, se for comparar com antigamente hoje a população indígena é mínima. Hoje em dia ate que eles são mais protegidos pela justiça não que isso seja a solução mas ajuda.Hoje desperte um interesse muito grande em saber como viviam os índios antigamente, baseado nisso são feitas muitas escavações para que tenhamos mais conhecimento da vida que levavam e suas origem. Os guaranis Os guaranis ocupavam as margens da laguna dos Patos, o litoral norte do atual Rio Grande do Sul, as bacias dos rios Jacuí e Ibicuí, incluindo a região dos Sete Povos das Missões. Dominaram também a parte central e setentrional entre os rios Uruguai e Paraná, bem como a parte sul da margem direita do rio da Prata e o curso inferior do rio Paraná. Havia entre os guaranis três subgrupos principais: os tapes ( indígenas missioneiros dos Sete Povos), que ocupavam as margens dos rios a oeste do atual território do Rio grande do Sul e o centro da bacia do rio Jacuí; os arachanes ou patos, que viviam às margens do rio Guaíba e na parte ocidental da laguna dos patos; os carijós, que habitavam o litoral, desde o atual município de São José do Norte até Cananéia, ao sul de São Paulo. Apesar da variedade de dialetos, o tupi-guarani era o tronco lingüístico comum a esses grupos indígenas. Os pampeanos Os pampeanos constituíram um conjunto de tribos que ocupavam o sul e o sudoeste do atual Rio Grande do Sul,a totalidade dos território da República Oriental do Uruguai, os cursos inferiores dos rios Uruguai, Paraná e da Prata. Os subgrupos e tribos mais conhecidos entre eles foram os charruas, guenoas. minuanos, chanás, iarós e mbohanes. Todos falavam a língua guíchua, com poucas variações dialetais. Os gês (kaingangs) Os gês possivelmente eram os mais antigos habitantes da banda oriental do rio Uruguai. É provável que essas tribos começaram a se instalar no atual Rio Grande do Sul por volta do século II a.C. Ocupavam o planalto rio-grandense de leste a oeste e abrangiam vários subgrupos: coroados, ibijaras, gualachos, botocudos, bugres, caaguás, pinarés e guaianás. Estes últimos, no início do primeiro milênio d.C., foram expulsos pelos guaranis da região posteriormente denominada Sete Povos das Missões. Os gês do atual Rio Grande do Sul foram dizimados pelos bandeirantes, guaranis missioneiros, colonizadores portugueses, brasileiros e ítalo-germânicos. Os grupos que vivem atualmente nas reservas de Nonoai, Iraí, Tenente Portela migraram de São Paulo e Paraná, no século passado, durante a expansão da lavoura cafeeira. São conhecidos desde 1882 por kaingangs ("kaa" = mato; "ingang" = morador), conforme foram denominados genericamente por Telêmaco Borba (o mais importante estudioso e defensor dos indígenas no século passado). O Índio no Rio Grande Escavações arqueológicas realizadas no litoral demonstram que a ocupação indígena no Rio Grande começou por volta de 500 A. A. e continuou até depois da ocupação portuguesa, em 1737. Pelos documentos da época, sabe-se que, ao tempo da fundação do Rio Grande, os indígenas que dominavam a bacia da Lagoa Mirim eram chamados Minuano. No século XVIII, o Governo português promoveu três aldeamentos indígenas, a Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos (Gravataí), a Aldeia de São Nicolau em Rio Pardo e a Aldeia de São Nicolau em Cachoeira. Porém, o que a história não conta, é que, o primeiro aldeamento promovido pelos portugueses foi a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição do Estreito, no interior do atual município de São José do Norte. A aldeia fundada em 1753 com índios tape, funcionou até a invasão do Rio Grande pelos espanhóis em 1763. Os tape vagueavam pelas estâncias e pela vila do Rio Grande, sendo também denominados índios “chimarrões”, isto é, sem paradeiro certo. Eram indolentes, viviam à custa dos portugueses, por isso o Governo resolveu aldeá- los nas proximidades da vila. Poucos dias depois da fundação da aldeia, o governador Pascoal de Azevedo mandou que entregassem aos índios, cavalos para serem amansados. A Aldeia do Estreito denominou-se inicialmente Nossa Senhora das Candeias, passando depois para Nossa Senhora da Conceição. A Aldeia do Estreito dos índios tape, funcionou dez anos. Em 1763, com a invasão da vila do Rio Grande pelos espanhóis, parte da população riograndina se refugiou na aldeia, para onde foi transferida também, a sede da freguesia. A partir de então a localidade não foi mais aldeia de indígenas, mas Cultura A arte se mistura a vida cotidiana. A pintura corporal, por exemplo, é um meio de distinguir os grupos em que uma sociedade indígena se divide, como pode ser utilizada como enfeite. A tinta vermelha é extraída do urucum e a azul, quase negro, do jenipapo. Para a cor branca, os índios utilizam o calcário. Os trabalhos feitos com penas e plumas de pássaros constituem a arte plumária indígena. Alguns índios realizam trabalhos em madeira. A pintura e o desenho indígena estão sempre ligados à cerâmica e a cestaria. Os cestos são comuns em todas as tribos, variando a forma e o tipo de palha de que são feitos. Geralmente, os índios associam a música instrumental ao canto e a dança, uma atividade muito séria, uma cerimônia grupal de sentido mágico/religioso, um rito que permiti entender-se com as forças sobrenaturais, ou uma espécie de ensaio geral simbólico para a guerra. Os índios brasileiros sobrevivem utilizando os recursos naturais oferecidos pelo meio ambiente com a ajudo de processos rudimentares. Eles caçam, plantam, pescam, coletam e produzem os instrumentos necessários a estas atividades. A terra pertence a todos os membros do grupo e cada um tira dela seu próprio sustento. Foi do índio que o gaúcho herdou e transformou o hábito salutar do chimarrão em uma autêntica tradição do sul, símbolo de sua hospitalidade. Lutas - Conquistas – Desafios No Rio Grande do Sul existem cerca de 15 mil índios, destes pouco mais de 1.000 são Guaranis. Ao todo detêm 0,3% do território gaúcho, enquanto a média nacional é de 12% do território. Os Kaingangs no norte do Estado aguardam a indenização dos governos federal e estadual aos agricultores em quatro áreas para poderem voltar a suas terras. A demora já levou a vários conflitos na região, entre índios e agricultores. Os Guaranis recentemente têm suas terras reconhecidas e pela primeira vez vêem a possibilidade de deixar os acampamentos em beira de estradas. Algumas regiões dos Kaingangues tem maior contato com o homem branco, devido a proximidade com rodovias. Lá as denúncias vão desde o abuso dos comerciantes com dívidas dos índios até a prostituição de meninas. A situação das demarcações também envolve a indenização de agricultores que foram assentados em terras indígenas durante a década de 40. A demora nas indenizações gerou uma série de bloqueios de rodovias na região norte do estado. SÍTIO ARQUEOLÓGICO PINHAL DA SERRA Desde o ano de 2001, a equipe do Núcleo de Pesquisa Arqueológica (NuPArq) da UFRGS tem se dedicado a um extenso projeto de escavações no município de Pinhal da Serra, ao norte do estado. Estes trabalhos tiveram início por ocasião da construção da Usina Hidrelétrica de Barra Grande no Rio Pelotas, que exigia, conforme previsto por lei, um levantamento dos sítios arqueológicos que poderiam ser afetados pelas obras da construção, e a escavação de cada um – trabalho para o qual foram contratadas a equipe da UFRGS e de duas empresas de arqueologia, a Scientia Ambiental e a Itaconsult. Os trabalhos dessa temporada estiveram centrados na escavação de dois sítios: o primeiro deles, escolhido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para ser a sede do parque, é uma aldeia composta por 10 casas subterrâneas (estruturas típicas das populações pré-coloniais do Planalto). Foram selecionadas duas casas para escavação, mais uma área externa onde havia vestígios de atividades quotidianas. O projeto do parque prevê que essas casas sejam reconstituídas para a apreciação do público visitante. Desde o início das escavações em Pinhal da Serra, foi “desenterrada” uma quantidade inestimável de dados, proporcionando a produção de trabalhos acadêmicos inovadores na interpretação das antigas culturas do Planalto Rio-Grandense. Os pesquisadores do NuPArq continuarão sua árdua empreitada na próxima temporada de escavações, em abril, com a certeza de que, por maior que seja seu esforço, ainda é minúsculo em relação à imensidade de informações ocultas sob o solo do Planalto das Araucárias... O outro sítio escavado é uma estrutura dita “anelar”, composta por aterros formando figuras geométricas (círculos e um retângulo), dentro das quais há montículos de terra que, por analogia com outras estruturas desse tipo já escavadas nessa mesma região, esperava-se contivessem sepultamentos. No entanto, nesse local em particular não foram encontrados quaisquer vestígios de enterramentos nos montículos, sugerindo outras possibilidades de interpretação para essas estruturas que não a meramente funerária. Desde o início das escavações em Pinhal da Serra, foi “desenterrada” uma quantida de inestimável de dados, proporcionando a produção de trabalhos acadêmicos inovadores na interpretação das antigas culturas do Planalto Rio-Grandense. Os pesquisadores do NuPArq continuarão sua árdua empreitada na próxima temporada de escavações, em abril, com a certeza de que, por maior que seja seu esforço, ainda é minúsculo em relação à imensidade de informações ocultas sob o solo do Planalto das Araucárias... Fontes: http://www.paginadogaucho.com.br/indi/grupo.htm Os grupos indigenas e sua distribuição autoria Telmo Remião Moure. http://www.fearg.com.br/site/?n_link=etnia_indios Nossa feira, nossa, terra e nossa gente. http://www.portal25.com/ufrgs/index. php?a=2&h=mattex/matext/mat003&l=x1 Revista on-line da História