criança em fase terminal

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LIMITES E DESAFIOS ÉTICOS
SUPORTE DE VIDA DE
CRIANÇAS EM FASE TERMINAL
CASO CLÍNICO
UTI PED - HUOC
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M.L.S.N. DN:25/05/06
D.A.: 28/10/07 (D160)
NAT.: Sta Cruz Capib
– H.D.A: Febre por dois dias.
No 1º dia, atendida e
encaminhada para HCP >
Meningite por pneumococo.
– A.P.: Sem intercorrencias
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Após admissão evolui:
Ins resp. > IOT, VMA
– Pulmões com infiltrado
intersticial difuso
» SARA
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Persiste febre.
Inf Hospitalar > sepse >
CIVD > Hemorragia
COMA
RNM com imagem
sugestiva de meningo TB
CASO CLÍNICO
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NA ÚLTIMA SEMANA
– MELHOR DA
» FUNÇÃO CARDÍACA
» INFECÇÃO
» F. RESPIRATÓRIA
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EXAME FÍSICO
ATUAL
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EGGrave, TQT, adaptado
à VMA, Edema,
hipocorado. FC 120bpm,
FR 36ipm PA 95x60, ap
resp com roncos. Abdome
tenso, edema de parede.
fígado a 4 cm do RCD
SN pupilas midriáticas,
isocóricas, Papilas
atróficas.
– COMA PERSISTE +
– Hipertonia
– Hiperexcitabilidade
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Insuficiencia renal
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CASO CLÍNICO - o que está
sendo feito?
Nutrição enteral total
 Antibioticoterapia com Meropenem
 Esquema tríplice para BK
 Hemoderivados – plaquetas e hemácias
 Suporte respiratório por TQT, VSP
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Perguntas inevitáveis
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Se essa criança sobreviver, qual será sua
qualidade de vida a partir de então?
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–
–
–
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Os pais sabem disso?
Estão preparados?
Querem?
O estado oferece suporte?
Há serviços especializados suficientes?
Seria melhor então parar com todo suporte
avançado?
O Tratamento Da Criança Grave
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Avanços históricos das últimas 3 décadas
– Primeira UTI pediátrica / Dinamarca / anos 50
– Década de 60 / 70 : suporte hemodinâmico / VMA
– Década de 80 : Avanços na NEO / cardíaca
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Futuro : biologia molecular e intervenções
genéticas e moleculares
ATÉ QUANDO INVESTIR?
LIMITES E DESAFIOS
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Princípios éticos x Tecnologia
Conceituação do paciente terminal
– Vida salvável
– Morte inevitável
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Inversão de expectativas
Preservação da vida x Alívio do sofrimento
Atores do processo
– Paciente
– Família
– Equipe
CONCEITOS DE TERMINALIDADE DA
VIDA
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O que é morte?
Quando a vida acaba?
Como é a formação do médico para falar sobre morte?
– As aulas de anatomia – rito de iniciação?
» “O sofrimento e a superação do sofrimento não são apenas
importantes para aquisição do conhecimento e das atitudes
adequadas, como são, em si mesmos, parte das atitudes necessárias"
(Concone, 1983).
» A influência dos colegas e dos professores
» O internato, a residência.
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Distanásia: prolongamento exagerado da morte
Eutanásia: Abreviação da vida incurável
Ortotanásia: Morte no tempo certo
A morte de uma criança
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Como você se sente diante da morte de uma
criança?
» “Acho inconcebível.”
» “Não consigo aceitar, acho uma tremenda injustiça.”
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A morte de uma criança é realmente prematura?
» “Tal visão está por trás de uma ideologia de que a infância é
uma idade passageira, que o objetivo da criança é ser adulto,
quando na verdade, seu objetivo deveria apenas ser criança e
viver intensamente o sentido de ser criança.”
LIMITES E DESAFIOS
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Paradígma de curar e cuidar
Relação médico paciente
Sacralidade da vida x Liberdade de escolha
Dor e sofrimento no contexto clínico
Respeito da integridade da pessoa
CRIANÇA EM FASE TERMINAL
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Medicina Paliativa
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–
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Livre de dor
Continuidade dos cuidados
Controle nas decisões do paciente
Apoio psicológico
Local da morte
CRIANÇA EM FASE TERMINAL
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Ordem de não reanimar.
– Ausência de políticas hospitalares
– Ordens verbais e informais
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Suspensão de cuidados ordinários/extraordinários
– O que suspender?
– Como abordar o assunto com os pais?
– Quem deve falar?
CRIANÇA EM FASE TERMINAL
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Código de Ética Médica Brasileira
– Artg. 61.2/1988 - Incentivo ao médico de não
abandonar seu paciente
– Artg. 60/1988 - Reconhece o direito do paciente
terminal de não ter seu tratamento complicado.
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“Normalmente o momento da morte é
complicado, mas no caso de doente com
uma doença maligna, o mais sofrido, o mais
complicado é o caminho para a morte.”
Não reanimar?
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Princípio da incerteza – a incerteza é resolvida
fazendo-se mais alguma coisa. Meagher & Leff (1987)
“Existem não-intervenções que se impõem como
um dever:são aquelas em que o paciente seria
apenas um destroço humano, e igualmente
aquelas que um paciente lúcido pediria, pelas
razões já mencionadas, que não se prolongasse
uma vida excessivamente dolorosa. Ziegler (1977)
Como podemos concluir?
CURAR ALGUMAS VEZES, ALIVIAR
FREQUENTEMENTE,
CONFORTAR SEMPRE
Albert Schweitzer (1903)
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