humor e espirros em comum

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Genética do
comportamento humano.
A explicação está no DNA - Qual a influência
da herança genética no comportamento
humano?
• Sexualidade
Um estudo na Universidade de Boston mostrou, que se
um gêmeo univitelino é homossexual, existe 52% de
probabilidade de o irmão também ser. Entre gêmeos
bivitelinos ela é de 22%.
• Vícios
A hereditariedade faz com que 75% dos filhos de pais
fumantes tenham pré disposição a fumar. A influência
dos genes na dependência de maconha é de 60%. No
caso do alcoolismo, a possibilidade de que o problema
tenha causas genéticas é de 41% nos homens e 34%
nas mulheres.
• Relacionamentos
Pesquisa com 7000 gêmeos univitelinos
concluiu que em 88% dos casos o par de irmãos
tem o mesmo estado civil - a genética também
influi na decisão pessoal de se casar, divorciarse ou permanecer solteiro.
• Inteligência
A inteligência pode ser até 70% herdada. As
habilidades também variam de acordo com a
herança genética. A rapidez na percepção pode
ser de 64% determinada pelos genes. No caso
de habilidade verbal e da memória, o índice é
de 48%.
• Alimentação
A probabilidade de que a anorexia ocorra por
herança genética é de 58%.Análises de amostra
de DNA de 400 pessoas com bulimia e anorexia
indicam que elas tem em comum determinados
genes ou combinações de genes.
• Violência
A herança genética é responsável por até 50%
dos comportamentos violentos. O ambiente
familiar responde por 15%. Os outros 35% são
determinados pelo meio social e pela
experiências de cada um.
ATENÇÃO!
• Os pesquisadores advertem que portar esses
genes não significa que a pessoa
necessariamente desenvolva o comportamento
ligado a ele. Não existe determinismo genético,
apenas predisposição.Os genes podem se
expressar ou não. Alguns são ligados ou
desligados pela própria dinâmica do genoma.
Outros, pelas experiências pessoais, familiares
e pelo ambiente em que a pessoa vive.
HUMOR E ESPIRROS EM COMUM
•
As gêmeas univitelinas Bruna (à dir.) e
Renata Alves de Souza, de 20 anos,
provam que às vezes a genética influi
mais do que a criação no
comportamento. Desde que nasceram,
sua mãe, Etienne, fez questão de criálas para ser diferentes. "Evitava vestilas com roupas iguais e cortar seus
cabelos da mesma forma. Dava um jeito
para que tivessem amigos diferentes",
ela conta. Apesar dos esforços para
diferenciá-las, as meninas cresceram e
continuaram parecidas em muitos
aspectos. Pesquisas com gêmeos
univitelinos mostram que eles
apresentam várias características em
comum. Bruna e Renata têm facilidade
para idiomas, o mesmo temperamento
e a mesma turma de amigos.
"Espirramos igual, comemos da mesma
maneira e temos o mesmo senso de
humor", diz Bruna. Na hora de dormir,
ficam na mesma posição. "Quando uma
está com a perna cruzada, a outra
também está", espanta-se a mãe.
SURPRESA NO REENCONTRO
•
Terezinha Oliveira de Souza (na foto ao
lado), agricultora, e Maria do Socorro da
Costa, dona-de-casa, têm 59 anos e são
gêmeas univitelinas. Nasceram em Tauá,
no interior do Ceará. Tinham 1 ano
quando a mãe morreu. Cada uma foi
criada por um casal de tios. Terezinha
continuou em Tauá. Maria do Socorro foi
morar com a nova família em Parambu,
no mesmo estado. As gêmeas se
avistaram algumas vezes na infância, por
poucas horas. Aos 19 anos, estiveram
juntas num casamento, mas mal
conversaram. Há dez anos, casada e
morando no Tocantins, Maria do Socorro
decidiu retomar o contato com a irmã.
Reencontraram-se na cidade natal e, pela
primeira vez, tiveram a oportunidade de
se conhecer a fundo. Foi uma surpresa.
As duas vestiam-se da mesma forma,
tomavam os mesmos remédios e sabiam
costurar bem. Casaram-se na mesma
época e ambas têm sete filhos. Estudos
com gêmeos separados no nascimento
mostram que eles têm mais em comum
do que os criados na mesma família –
nesse caso, eles se esforçam para se
diferenciar.
ÁLCOOL DE PAI PARA FILHO
•
A contribuição da genética para o
desenvolvimento do alcoolismo é
alta. A família de Luís Fernando,
de 48 anos, vive esse drama há
três gerações. Luís cresceu vendo
o pai, já falecido, embriagar-se.
Jurou que não faria o mesmo. Aos
13 anos, porém, começou a beber.
Parou os estudos no ensino
médio, quando a bebida passou a
dominar seu dia-a-dia. Há dois
anos em tratamento no Alcoólicos
Anônimos (AA), Luís sofre
duplamente. Em janeiro, descobriu
que o filho Lucas, de 19 anos,
bebia desde os 9. "Antes de beber,
eu tinha certeza de que não seria
como meu pai e meu avô", diz
Lucas. O rapaz freqüenta o AA há
cinco meses.
QUINZE VEZES SEMELHANTES
•
Os quinze filhos de Apparecida
Dall'Ovo têm muito em comum.
Todos nadam muito bem. A
maioria surfa – só três não
enfrentam as ondas. Na escola,
tiravam notas altas em matérias
ligadas às ciências exatas e
abominavam história. Todos
desenham ou trabalham em áreas
que exigem inteligência espacial,
como paisagismo. Alguns tocam
violão sem nunca ter feito curso
de música. O pai, Marcello, já
falecido, também aprendeu a
tocar o instrumento sozinho.
Estudos mostram que habilidades
atléticas e cognitivas têm forte
influência da genética. O
temperamento também. "Todos
os meus filhos são teimosos e
não aceitam ser contrariados.
Como eu", diz Apparecida.
MÚSICA E NEGÓCIOS NO
SANGUE
• "A genética aqui corre solta",
diz o cantor Jair Rodrigues, de
67 anos, com seu eterno jeito
brincalhão. Jair é pai do
músico Jair Oliveira, 31 anos, e
da cantora Luciana Mello, 27.
"Todos na família cantam bem,
mas só Jairzinho tem talento
para tocar instrumentos", diz o
pai. De Jair, os filhos herdaram
a musicalidade. Da mãe,
Claudine, o tino para os
negócios – Jairzinho é dono do
selo S de Samba e Luciana
administra sua própria
carreira. "Sempre fui
organizada e tenho facilidade
para lidar com finanças", diz
Claudine.
Perguntas:
•
1. Haverá um componente genético
no comportamento humano ?
• 2. Como os genes organizam o
comportamento?
Resposta:
• 1.Sim, Quando analisamos vários aspectos
do comportamento humano devemos
considerar a existência de um conjunto de
genes atuando de forma aditiva (poligenes)
que predispõem um indivíduo a ter
determinado padrão comportamental.
• 2. Através do ambiente, cujos fatores vão
interagir na expressão da característica
comportamental (multifatorial).
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