CIRURGIA BARIÁTRICA J. REGIS PREVALÊNCIA DE OBESIDADE MÓRBIDA NO BRASIL ( de Oliveira, I.V. UNB – tese de mestrado ) J. REGIS PREMISSAS FUNDAMENTAIS • Alto grau de falência no tratamento de manutenção da obesidade mórbida. ( Gardner, DM, 1991 ) • Economicamente viável - A partir de 6 anos ( Martin - et al, Surgery 1995 ) - Crédito de U$ 48.000 (Van Gennet, Obes Surgery 1999) - Redução no custo mensal de medicamentos : U$ 368,65 (pré ) x U$ 119,10 ( 6m) x U$ 118,67 ( 1 ano ) x U$ 104,68 ( 2 anos ) ( Snow et al, Obes Surg , Sep 2004 ) • Morbidade / mortalidade aceitáveis (<1%) (Endocrinology and Metabolism Clinics of North America, dec 1996 ) J. REGIS 300000 Crescimento da Cirurgia Bariátrica nos EUA 177600 2006 ASBS / NEJM , v. 350 , march 2004 - modificado ASBS – press release 2007 J. REGIS 2011 J. REGIS Cirurgia Bariátrica - controla co-morbidades e reduz riscos ?? - é segura ?? - custo x benefício vantajoso ? J. REGIS 4431 pacientes, 4 centros de cirurgia UFRJ ( 140 pacientes ) Mortalidade cirúrgica nos 1os 30 dias : - 0,1 % p. cirurgias restritivas ( 3046 ) - 0,5 % bypass ( 5644 ) zero - 1,1 % scopinaro ; duodenal switch ( 3030 ) J. REGIS Sjöström, L et al, aug 2007 , p. 741-52 J. REGIS Adams, TD et al, Aug 2007 - 7925 pacientes e 7925 controles, estudo retrospectivo J. REGIS Reduzindo os riscos no pré-operatório J. REGIS Proceder a indicação correta do procedimento cirúrgico J. REGIS CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO (IFSO - “Statement on Morbid Obesity and Treatment” - Obes Surgery 1998) Paciente • IMC > 40 kg/m2 • IMC entre 35 e 40 kg/m2 - Com co-morbidades associadas * Refratários a tratamento não cirúrgico J. REGIS POTENCIAL DE INVESTIMENTO DO PACIENTE - Com a “filosofia” da cirurgia • Compromisso - Reposição vitamínica - Atividade física - Orientação alimentar • Alcoolatras (ex alcoolatras) • Tabagistas Cessar ao menos 30 dias antes • D. Psíquicos J. REGIS QUAIS COMORBIDADES GARANTIRIAM A INDICAÇÃO ? CO-MORBIDITIES OF EXTREME OBESITY • Obstructive sleep apnea • Obesity hypoventilation syndrome • Osteoarthritis • Chronic lower extremity edema • Deep venous thrombosis • Difficulty ambulating • Coronary insufficiency • Hypertension • Hepatic steatosis • Weakness, tires easily • Hyperlipidemia • Diabetes mellitus • Glucose intolerance • Gout • Social problems • Dyspnea on exertion • Sleep orthopnea • Chronic wheezing • Chronic bronchitis • Calculous cholecystitis • Other gall bladder/biliary disease • Sliding hiatus hernia • Reflux esophagitis • Chronic gastritis • Ventral hernia • Restless leg syndrome • Umbilical hernia • Retrosternal pain • Difficulty reaching perineum to cleanse • Severe body odor • Chronic back pain • Chronic neck pain • Chronic foot pain • Chronic ankle pain • Chronic leg pain • Chronic knee pain • Chronic hip pain • Painful heel spurs • Cervical disk disease • Varicose veins • Venous stasis ulcers • Pulmonary embolus • Urinary stress incontinence (female) • Renal disease • Menometrorrhagia • Dysmenorrhea • Amenorrhea • Infertility (female) • Endometrial hyperplasia • Endometrial carcinoma • Ovarian carcinoma • Breast carcinoma • Prostate carcinoma • Colon carcinoma (males) • Chest pain • Angina pain • Angina pectoris • Cardiomyopathy • Cardiomegaly • Hepatomegaly • Cirrhosis • Depression • Anxiety disorder • Accident proneness • Diastasis recti • Pseudotumor cerebri • Hirsutes (female) • Acanthosis nigricans • Intertriginous dermatitis • Panniculitis • Chronic skin abscesses • Economic problems • Physical problems • Increased operative risk • Difficult intubation • Sudden death J. REGIS LIMITE DE IDADE • Crescimento Jovem • Capacidade de assimilação das informações • Aspecto legal (Dietel, M. 1986 18 anos) 2000 - ? ? • Doenças Associadas (Risco x Benefício) Idoso (Dietel, M. 1986 50 anos) 2000 - ? ? J. REGIS Escolha da técnica cirúrgica adequada J. REGIS QUAL CIRURGIA ESCOLHER ? • Perfil do Paciente • IMC • Co-morbidades associadas • Hábitos alimentares • Experiência da Instituição/Equipe J. REGIS Gastroplastia à Capella / Fobi • Bons resultados -Capella - 62% do excesso após 5 anos (Am J Surg 1996) -Poires et al - Após 14 anos normalização da glicemia em 91% dos pacientes ( Ann Surg , May 1998 ) •Experiência • Participação do Paciente a longo prazo -Alimentação -Reposição vitamínica VO -Vínculo com a equipe J. REGIS Técnica de Scopinaro (derivação biliodigestiva ) • 2316 Pacientes / 23 anos • Maior perda ponderal - 78 +/- 17% do excesso após 14 anos (Scopinaro, N; Surgery 1996 ) - Pré op : 7,9% DM2 / 14 % Hiperglicemia Reversão de 100% ( Scopinaro, N ; 1980 ) • Maior índice de complicações - Anemia - Osteopenia / Osteoporose - Úlcera - Déficit Vitamínico - Déficit Proteico • Mais apropriada para grandes obesos com distúrbio alimentar severo identificado no préoperatório ?? • Opinião pessoal : Não tem espaço em nosso meio !!! J. REGIS BANDA GÁSTRICA Deitel, M. 2000 - resultados decepcionantes a longo prazo *** Técnica puramente restritiva com menor impacto metabólico / Grande número de cirurgiões entusiasmados com esta técnica *** ( Revisão de conceitos ) - incidência significativa de complicações a médio prazo * deslizamento * extrusão * vômitos * Esofagite * re-operação J. REGIS Sleeve Gastrectomy Técnica puramente restritiva. + de 60 % do excesso de peso perdido após 1 ano Impacto significante no controle de co-morbidades Pode ser utilizada como etapa pré GBP ou Duodenal swicht J. REGIS Estímulo à perda de peso J. REGIS • Reduzir o risco cirúrgico • Iniciar antes da cirurgia o “investimento” • Facilitar a técnica cirúrgica J. REGIS • 10 % de perda ponderal 26 % de redução na S. Apnéia do Sono ( Pepard, PE, JAMA 2000, 284 : 3015 – 21 ) J. REGIS S P A •Agradavel • Efetivo • Temporário • $$$ J. REGIS Balão Intra-Gastrico Subjects Men ( n = 42 ) Women ( n = 43 ) Total ( n = 85 ) Reduction IMC 6 month 1 year 6,8 ± 3,4 6,0 ± 2,4 6,4 ± 3,0 6,5 ± 4,4 5,3 ± 2,9 5,9 ± 3,7 ( Brazilian Multicenter Study of The Intragastric Ballon – Obes Surg, v. 14, p. 991 – 998 Revisão EC : 884 casos ( 637 f x 247 m ) * Vômitos : 43 % * Dor epigástrica : 20 % * Remoção precoce : 4,6% * Esofagite por refluxo : 11% * Ruptura: 3,3 % * obstrução intestinal : 0,5 % J. REGIS J. REGIS J. REGIS J. REGIS J. REGIS Exemplo Prático P.B. 28 anos Portadora de nanismo acondroplásico + obesidade mórbida. est : 123 cm Peso = 144Kg ( IMC = 95,18Kg/m2 ) - Impossibilidade de deambular, apnéia do sono grave, dispnéia aos esforços, ortopnéia, edema de MMII, exclusão social, artrose joelhos. - Após 1 ano de acompanhamento com equipe multidisciplinar perdeu 19 Kg obtendo importante melhora das co-morbidades . - Submetida a gastroplastia a capella em set. 2005 com sucesso ( necessidade de intubação com broncofibroscópio ). Ultima avaliação : 82 Kg em julho de 2006 ( IMC = 54,20 Kg/m2 ) J. REGIS J. REGIS Identificação e controle de co-morbidades - Solicitação de exames pré-operatórios relevantes e de forma individualizada - valorizar anamnese e exame físico * - Estratificação de risco no pré-operatório J. REGIS “É muito mais importante saber que tipo de pessoa a doença acomete do que saber que tipo de doença a pessoa possui” - William Osler, MD ( 1849 – 1919 ) J. REGIS Estratificação de risco J. REGIS 5 variáveis consideradas : * IMC ≥ 50 Kg/m2 * HAS * ♂ 0/1 (A) 2/3(B) 4/5(C) * ≥ 45 anos * Risco p. TVP ( d. prévia, hipoventilação, ↑ PCP ) J. REGIS Perceberam a ausência de alguma co-morbidade nesta proposta de “score” ? J. REGIS Porque uma melhora do controle glicêmico no pré operatório deve ser considerada no paciente com DM 2 ? • DM2 descompensado oferece risco p. cirurgia • Stress cirúrgico pode aumentar glicemia ( NEJM , V. 8 , Nov 2001 ) ( resposta ao trauma ) ** Disautonomia / D. coronariana podem contra-indicar procedimento ( t de DM2 ; Hipotensão postural ; taquicardia de repouso ; d. digestivos ; uso de insulina ) Caso Clínico – TRRCL , masc, 46 anos, DM desde os 20 , IMC = 42,37 Kg/m2, usa insulina há + de 8 anos ; HAS , Miocardiopatia dilatada isquêmica , neuropatia periférica, disautonomia , procurou consultório querendo saber sobre cirurgia – Cardiologista achou “boa idéia” e considerou o procedimento a despeito do risco. ... 6 meses * lesão infectada interdigital Medidas pré/peri operatórias : amputação Estabilização da glicemia / screening d. renal , disautonomia, ACV . Suspensão de medicação 24 – 72 h antes da cirurgia e condução com insulina regular SOS - Atenção às 1as 48 hs de pós op . J. REGIS Análise dos fatores de risco IMC - Dificuldade técnica; d. ventilatório associado ; dificuldade deambulação IDADE - Fator de risco relativo D. Pulmonar - Asma; D. ventilatório ; apnéia do sono; dispnéia significativa D. Metabólico - Diabetes ( ∆ t, complicações ); dislipidemias* D. Cardíaca - Histórico, Ex. Físico , Ex. complementares ( T. ergométrico*, ECO, Teste de 6 minutos* , Cintigrafia de stress ( J. Nucl. Cardiol. , v 11 , 2004 - Sens = 95 % ), Eco de stress ( trans esofágico ? ) Outros - TABAGISMO, D. Hematológicos*, uso de medicamentos ( Hipoglicemiantes, anti HAS, Anti-agregante plaquetário, AINH, estatinas, corticóides, ACO, Anti depressivos ). Prevenção de TVP - deambulação precoce, compressão de MMII, heparina de baixo peso molecular. J. REGIS Reduzindo os riscos no pré-operatório outras considerações não menos importantes – entrosamento da equipe multidisciplinar ( Clinico, fisioterapia, nutrição, psicologia médica, medicina do exercício, serviço social, enfermagem, cirurgia, anestesia ) - Valorizar opinião dos profissionais e pedir opinião para especialista quando necessário. – Não compactuar com a ansiedade do paciente pela cirurgia !!! - Conhecimento, experiência – curva de aprendizado . J. REGIS Evolução no pós operatório J. REGIS Complicações Clínico – Cirúrgicas do Pós operatório recente * Anafilaxia * Arritmias AV * Ac. anestésicos * Atelectasia * Pneumonias * TEP * Sangramento * Trauma esplênico * Trauma hepático * Perfuração esôfago * Trauma pâncreas * D. Ferida * Deiscências * úlceras * Trombose Venosa * Abscesso * ICC * Ins. Renal * Fístulas * Rabdomiólise * Estenose * Colecistite * Dilatação gástrica * Gota ( Fobi, M. A. L. et al - modificado ) Obs - Re operação maior risco e mortalidade ( ↑ 5 x ) J. REGIS Metabolismo ósseo - Ca ++ normal , PTH • Obesidade Relação com Hiperpara ? ( Metabolism , v. 30 , 1981 ) - Cetose crônica / dietas pobres em Ca ++ (Bjorntrop, P - 1992 ) - Menor exposição ao sol ?? - “sequestro” de Vita D no tecido adiposo ? Esteatorréia • O que acontece depois da cirurgia? - Depleção de Vita D ( I. delgado – Sais biliares - Ativação hepática ) Absorção de Ca++ Vita D “Acidez gastrica” J. REGIS Consequências a longo prazo Hiperparatireoidismo Osteoporose Osteomalácia 20 anos * * Clínica : Assintomático .................................. Fratura patológica , dor óssea, d. musculatura proximal , pseudo fraturas , Tetania ... * ( 17 anos - Obes, Surg , V. 12 , 2002 ) – J. REGIS * Diagnóstico : Calcio ( iônico ) ; F.A. ( isoenzima óssea ) ; PTH ( molécula intacta ) ; 25 ( OH ) vita D ; Fósforo , Osteocalcina ( Bone GLA PTN ) ; AMPc urinário ; N telopeptídeo ; Hidroxiprolina urinária ; biópsia óssea, RX . * Tratamento: Cálcio ( > 1500 mg / dia ) ; Vita D 400 – 800 UI ; “enzimas pancreáticas” * Prevenção: Reposição de Ca++ e Vita D ; screening ** Atenção Especial • Mulheres Peri / pós menopausa . • Idosos . • Raça branca / Exposição ao sol . • Técnica cirúrgica . J. REGIS F. Sexual e Reprodutora Obesidade : SHBG ( ligação + forte com testosterona ) ( Metabolism, v. 30 , jan 1981 ) • estrogenismo Testo livre Homem Obeso: Mulher Obesa : ( aromatização ) Testosterona ; Testo livre . ( Metabolism , V. 30 , n. 1 , jan 1981 ) Hirsutismo , Hiperplasia mamária e de endometrio ( risco CA ) , amenorréia, Hipermenorréia ** ; ciclos anovulatórios , infertilidade . ( Metabolism , V. 30 , n. 1 , jan 1981 ) O que acontece depois da cirurgia ? Reversão do distúrbio – ( Deitel , M. 1989 & 2000 ) J. REGIS J.Regis / RJ Anticoncepção / Gestação • Período mínimo de 18 meses - Cetose ( neurotoxicidade fetal ) • Usar anticoncepcional de “barreira” ou parenteral nas cirurgias ( Nuvaring ® ) disabsortivas . • Wittgroove , AC de macrossomia pós “by pass” ( Obes Surg, v. 8 , 1998 ) • Reposição vitamínica + PTN + Ferro ( necessidades ) • Ácido fólico • D. tubo neural ( Lancet , 1988 ) Ganho de peso na gestação gestação em não obesas ( 8 - 12 Kg ) • Cuidado com : Vômitos ( Hiperemesis ) J. REGIS J.Regis / RJ Esteatose Hepática • Epidemiologia - 10 –20 % ( População Geral ) ; 57,5 – 74 % ( Obesos ) ; 90 % ( obesos mórbidos ) NASH 26 % ; 9 % fibrose ( NEJM , V. 346 , n. 16 , p. 1221 – 1231 , 2002) ( Obes. Surg, v. 15, p. 310, 315, 2005 ) • Clínica - Fadiga, astenia , “desconforto” em HCD • Laboratório - TGO , TGP , GT , FA USG - { Albumina, TAP, bilirrubina , ferritina . Esteatose Fibrose Sens : 89 % 77% Espec : 93 % 89 % • Fisiopatologia - • Diagnóstico - Biópsia hepática ( Fibroscan ) Retenção de TG pelos hepatócitos SRI ** Indicadores de fibrose / d. avançada em obesos mórbidos - SRI , ALT/ALT >1 , HAS, ♂ ( Gastroenterology , V. 121, p. 91 – 100 , 2001) J. REGIS J.Regis / RJ 3 Considerações importantes • 36 % dos pacientes com Esteatose morrem após 8,3 anos sendo d. hepática a 2a maior causa mortis . ( Gastroenterology, V. 116 , p. 1413 – 1419 , 1999 ) • Esteatose pode piorar evolução de HVC . • Infiltração melhora com perda ponderal, porém inflamação e fibrose ( Hepatology, v 33, p. 1358 – 1364 , 2001 1999 ) podem piorar . ( NEJM , V. 346 , n. 16 , p. 1221 – 1231 , 2002 ) • Obs - Trabalhos + recentes garantem segurança em casos de esteatohepatite e fibrose inicial . ( Charalabos , S. et al, Obes Surg, 15, 2005 ) J. REGIS J.Regis / RJ O Que Fazer ?? 1 - Screening para HVC e HVB no pré operatório 2 - Atenção com fatores de risco adicionais 3 - Monitoramento da F. hepática * Obs – Aumento de transaminases nas primeiras semanas de pós op J. REGIS J.Regis / RJ “O Outro Lado da Moeda” Complicações Associadas ao déficit Nutricional J. REGIS Déficit Protéico • Maior prevalência nas derivações Bilio pancreáticas. ( de 3,8 % a 17,5% / Scopinaro, N. 2000 ** ) • Etiologia : Malabsorção / irritação crônica da mucosa intestinal ; Ingesta insuficiente * % PTN intake goal after GBP 90 80 Intolerance 70 60 * p< 0,05 No intolerance 50 40 30 20 10 0 3 months 6 months 12 months ( Moize, V, Obes Surg, V. 13, p. 23 – 28 , 2003 ) J. REGIS Déficit Calórico - Protéico Subtipos : MARASMO x KWASHIORKOR ( Hipo x Hiperinsulinemia ) • Exame Físico : “Pobre” ( Paciente ainda obeso ) - Cabelo - Perda de gordura facial - prostração Laboratório : Albumina Sérica, Transferrina, Pré-albumina, RBP, fibronectina - ( “Teste da hidratação” ) ( W J Surg, 1998 ) *** Screening pré-operatório ( ingesta, mastigação, absorção , Proteinúria ) • Tratamento : Correção do déficit protéico ( V.O. x Parenteral ) , * conversão da “desnutrição seletiva” J. REGIS J.Regis / RJ “Refeeding Syndrome” • Em pacientes com déficit calórico - protéico ( Silvis, Gastroenterology - 1972 ) • Complicação rara porém possivel ( Mason, E. World J. Surg, V. 22 , set 1998 ) • Associada a Hiperalimentação • Hipofosfatemia ( Am . J. Clin. Nutr. , v. 34 1981 ) Anemia hemolítica ( NEJM , 1971 ) • Complicação potencialmente fatal • Atenção quando iniciar reposição de nutrientes em obesos mórbidos desnutridos ( Início lento + monitorização do Fósforo sérico ) J. REGIS J.Regis / RJ S. de Wernicke – Korsakoff Misdiagnosis • Paciente masculino, de 39 anos no 52 o dia de pós op. que apresentou quadro psicótico durante cruzeiro no caribe. - Foi tratado com haloperidol, benzodiazepínicos, ácido valpróico, quetiapina e considerado nexo causal com uso de escopolamina transdermal. - ficou internado por várias semanas e apresentou sensível melhora após reposição de tiamina. J. REGIS J.Regis / RJ “Ferro” Ferro - * Cinética : + precoce ( 6 meses ) , principalmente em mulheres ( 47 % em GBP ) ( Amaral, J.F., Ann Surg, V 66 , p. 450 –406 , 1990 ) Absorção duodenal, depende de HCL , perda em mulheres pré menop*. * Clínica : Anemia, estomatite, língua atrófica , coiloníquia, . * Diagnóstico : Ferritina **, transferrina, saturação da transferrina, teste terapêutico . * Tratamento : sulfato Ferroso ( gluconato ) – até 300 mg 3 x dia + Vita C 500 mg / Ferro IM - 50 mg 1 x semana* ( 10 doses ) . Resposta ao tratamento Ferro IV – dose teste de 0,5 ml * 2 a 5 ml ( 100 mg ) diluídos em 3 - 4 h * Reticulócitos – 5 a 10 dias * Hemoglobina – 1 – 2 meses EC. - gosto metálico, náuseas, mialgias, flushing, hipotensão, febre, urticária, broncoespasmo ... J. REGIS J.Regis / RJ Vita B12 e Ác. Fólico V. B12 - Bypass reduz absorção ( FI e complexo B12 x FI ) ( Behrns, K.E. 1994 ) * Cinética : Reserva hepática de 2 a 2,5 mg ; RDA : 2,5 mcg / dia ; absorção com de HCL e H. pylori, idade avançada . * Clínica : Astenia, “língua ferida”, parestesias , ataxia , depressão , anemia, queda de cabelo, d. memória, depressão ... * Tratamento : 100 mcg / mês ( 1000 - 5000 mcg / dia ) ** Ác. Fólico – * Cinética : com uso de fenitoína , prednisona , álcool , ACO , hipotireoidismo . de ác. Clorídirico, idade avançada ... •Clínica : fadiga, anemia, língua “ferida” . Fator de risco p. Aterosclerose * ( Circulation, 1998 ) * Tratamento : 500 mcg – 5 mg / dia (* def. B12 ) J. REGIS J.Regis / RJ Prevenção das deficiências nutricionais RESUMO • Identificar e corrigir possíveis carências no pré-op. ( Zinco, vit. Lipossolúveis , ác. Graxos ... ) • Orientação do paciente ( mastigação , acompanhamento ) • Utilização de Reposição multi-vitaminica no pós-op . - Complexos de “grande potência” - Fácil ingestão ** J. REGIS J.Regis / RJ OUTROS PROBLEMAS / QUESTÕES POLÊMICAS J. REGIS - Abuso de medicamentos / substâncias pode responder por até 6 % dos casos de internação no pós op. tardio . - Estudo com 24 pacientes em programa de rehabilitação J. REGIS Causas potenciais Sugestões para melhorar J. REGIS J. REGIS J. REGIS J. REGIS Variação ponderal da população brasileira 10 a 19 anos de idade J. REGIS “Uma suposição nada improvável” Um paciente de 20 anos de idade que se submete a um procedimento cirúrgico bariátrico .... Viverá 70% da sua vida no pós operatório . • Seriam 45 540 anos de vida Meses 16200 dias 388800 horas 23328000 minutos 139968000 segundos ... J. REGIS OUTROS PROBLEMAS • Paciente pós cirurgia bariátrica pode apresentar doenças comuns à população geral . Infecções Neoplasias Colelitíase Lesões articulares traumas Cirurgia plástica HAS D. Coronariana Colagenoses Litíase urinária DPOC Pneumonias D. da função tireoideana Apendicite Leucoses AIDS Depressão Epilepsia Glaucoma Catarata Uso de drogas / álcool • O conhecimento das técnicas cirúrgicas pode facilitar a condução terapêutica . J. REGIS Falência na perda ponderal • TCAP pré operatório - 33 % • Caráter multifatorial da obesidade • Compromisso do paciente e dificuldade ( sociedade !!! ) • Condutas - Medicamentos ( Saunders , R. , Obes Surg, V. 9 , p. 72 – 76 , 1999 ) pós op – 43,56 % ( Obes Surg, v. 12 , p. 270 - 275 ) - Insistir em mudanças de hábitos / t. comportamental ? - Re operação ?? ( Estímulo à discussão ) Caso Clínico - * Paciente de 39 anos sexo fem , no 50 ano de pós op. de GBP , com ganho progressivo de peso que se diz incapaz de seguir as orientações e quer uma solução . Técnica cirúrgica ok . “Consenso” de 14 fellow members of ASBS * 8 - Problema comportamental 3 - Redução do “Pouch” ( 2 – anel ) 3 – Procedimento disabsortivo ( Obes Surg, V. 13 , 2003 ) J. REGIS J.Regis / RJ 160 pacientes - 87 % felizes com a perda de peso - 53 % insatisfeitos com a “pele flácida” - 47 % insatisfeitos com excesso de pele abdominal - 42 % insatisfeitas com o aspecto das mamas no pós op. - Pacientes mais satisfeitos com sua aparência tiveram menores perdas de peso se comparados aqueles que estão insatisfeitos ( 38 Kg x 54 Kg , P = 0,03 ) J. REGIS J.Regis / RJ Complicações comuns ao paciente que perdeu muito peso Pannus Abdominal : - inflamação intermitente ou contínua : paniculite, celulite, dermatite intertiginosa, foliculite - Abcessos - dor lombar - Linfedemas - dor em MMII - escoriações - gangrena - dificuldades na deambulação - dificuldades na higiene pessoal - distúrbios da sexualidade - inadequação com vestuário - dismorfismo - dificuldade para manter atividade física regular - estrias - “cutis fragilis” - depressão - Quelóides - alt. da dinâmica respiratória - Alteração de integridade da musculatura abdominal --------- hérnias incisionais. ** Paralelismo com “mamoplastia” pós tratamento do CA. de Mama ** Assunto para ser considerado no momento da indicação de bariátrica – “faz parte do pacote cirúrgico” ( ?? ) * Momento clinico ideal p. procedimento ???? ( Adaptado de Deitel, M. : Surgery For The Morbidly Obese Patient ) J. REGIS PERSPECTIVA DE CIRURGIAS FUTURAS J. REGIS Statistics on Weight-Loss Related Plastic Surgeries “In 2003, several body contouring procedures used for postbariatric surgical patients significantly increased over 2002” 42 percent increase in abdominoplasties to 117,693 procedures 127 percent increase in lower body lifts to 10,964 procedures 109 percent increase in thigh lifts to 8,806 procedures 68 percent increase in upper arm lifts to 10,595 procedures. Source : American Society for Aesthetic Plastic Surgery J. REGIS Evolução da Perda Ponderal no Pós operatório Perspectiva de várias cirurgias 180 160 140 Weight ( Kg ) 120 100 80 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Years Out From Gastric Surgery ( Poires, WJ , et al ; Ann Surg , set 1995 – modificado ) J. REGIS UFRJ : 2005 - 2006 34 cirurgias 7 homens ------------ 8 cirurgias ( 2 “ combinadas” ) ------- 0 transfusões 21 mulheres -------- 26 cirurgias ( 5 “combinadas” ) ----- 5 transfusões* - As cirurgias mais extensas ( torsoplastia ou 2 segmentos ) são associadas à necessidade de hemo-transfusão . - As mulheres pré-menopausa são mais suscetíveis e nem sempre podem ser beneficiadas por auto-hemotransfusão . - 1 caso de crise depressiva severa no pós operatório de torsoplastia . J. REGIS J. REGIS Diferenças entre ex obesos e magros * n. e tamanho de vasos SC. magros obesos J. REGIS REGANHO DE PESO J. REGIS Mattos, FCC et al in press Amostra inicial = 1268 pacientes pós op. Gastroplastia ente 2000 e 2007 466 pacientes estudados ( acompanhamento regular pelo menos por 24 m ) G1 = Grupo que ganhou peso progressivamente após estabilização G2 = Grupo que não ganhou peso. J. REGIS J. REGIS J. REGIS Drop out pós operatório Fonte : International Bariatric Surgery Registry (IBSR) J. REGIS J.Regis / RJ Considerações Finais 1 - Cirurgia Bariátrica como realidade no tratamento da obesidade mórbida . 2. O tratamento cirúrgico não é isento de complicações e requer acompanhamento cuidadoso por profissionais dedicados . 3. Com o desenvolvimento de novas técnicas e aprimoramento de técnicas já existentes, poderemos otimizar ainda mais os resultados. 4. Na maioria dos casos a prevenção de uma determinada complicação se inicia no pré-operatório J. REGIS