Drogas e bactérias

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Drogas e bactérias

As infecções bacterianas são extremamente comuns e
causam morbidade e mortalidade substanciais.

Agentes que matam ou inibem o crescimento de
microorganismos são denominados antimicrobianos.

Cada antimicrobiano pode ser classificado de acordo
com sua atividade:

Bacteriostática: descreve os antibióticos que inibem o
crescimento e multiplicação dos microorganismos.

Bactericidas: descrevem os antibióticos que matam os
microorganismos.
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
Cada antimicrobiano está associado a um espectro
particular de atividade.

Antibióticos de amplo espectro: aqueles que atuam em
diferentes espécies de bactérias.

Antibióticos de baixo espectro: são efetivos contra um
número pequeno de microorganismos.

Na seleção de
consideração:

Fatores
dos
microorganismos:
microorganismo e suscetibilidade.
um
fármaco
deve-se
levar
em
identificação
do
Drogas e bactérias

Fatores dos
hospedeiros: alergia ao fármaco,
variabilidade farmacêutica, função hepática/renal,
gravidez/lactação, sítio de infecção.

Fatores do fármaco: custo, toxicidade, prevenção de
resistência.

Existem quatro
antibacterianos
celular, inibição
de síntese do
DNA/RNA.
mecanismos de ação pelos quais os
agem: inibição da síntese da parede
da síntese de proteínas, inibição da via
ácido fólico e inibição da síntese de
Drogas e bactérias

Inibidores da síntese da parede celular: penicilinas,
cefalosporinas, carbapenens, monobactans.

Penicilinas:
podem ser divididas em: penicilinas
naturais, penicilinas resistentes à penicilinase,
aminopenicilinas e penicilinas de amplo espectro.

Penicilinas naturais: penicilina G e penicilina V.

Aminopenicilinas: ampicilina e amoxacilina.

Penicilinas resistentes à penicilinase:
meticilina, oxacilina, nafcilina.
dicloxacilina,
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
Penicilinas de amplo espectro (antipseudomonas):
carbenicilina, ticarcilina, mezlocilina, piperacilina.

Farmacocinética geral: quando administração oral, são
absorvidas principalmente no duodeno e na parte
superior do jejuno no intestino delgado. Distribuem-se
amplamente pelo organismo, incluindo pulmões, fígado,
rim, músculo, osso e placenta. São metabolizadas em
grau limitado pelo fígado a metabólitos ativos, sendo
60% excretada de modo inalterado pelos rins.
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
Farmacodinâmica: agem pela inibição da síntese da
parede celular bacteriana, através de ligações com
enzimas bacterianas específicas (proteínas fixadoras de
penicilina) e, também, estimulam a produção de
autolisinas bacterianas.

Farmacoterapia: nenhuma outra classe de agentes
antibacterianos oferece um espetro de atividade
antimicrobiana tão amplo quanto as penicilinas.

Interações medicamentosas: a probenecida aumenta a
concentração plasmática da penicilina.
Drogas e bactérias

Interações medicamentosas:
a penicilina dada
concomitantemente com metotrexato pode aumentar o
risco de toxicidade do metotrexato; tetraciclinas e o
cloranfenicol reduzem a ação bactericida das penicilinas;
a neomicina diminui a absorção da penicilina V; a eficácia
dos anticoncepcionais orais é reduzida quando tomados
com penicilina V e ampicilina.

Efeitos adversos: reações de hipersensibilidade.
As
orais podem dar distúrbios do TGI. Aminopenicilinas e
penicilinas de amplo espectro podem produzir colite
pseudomembranosa.
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
Cefalosporinas: são reunidas em gerações, de acordo
com sua eficácia contra diferentes microorganismos,
suas características e desenvolvimento:

Primeira geração: cefadroxila, cefazolina, cefalexina,
cefradina, cefapirina.

Segunda geração: cefoxitina, cefaclor, cefamandol,
cefonicida, cefuroxima, cefmetazol, cefotetan, cefoprozil,
loracarbef.
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
Terceira
geração:
cefoperazona,
cefotaxima,
ceftazidima, ceftibuten, ceftizoxima, ceftriaxona, cefdinir,
cefditoren, cefepima, e cefixima.

Farmacocinética:
agentes de terceira geração
atravessam efetivamente a barrira hematoencefálica. As
cefalosporinas são excretadas pelos rins, com exceção
da cefoperazona e ceftriaxona que são excretadas nas
fezes através da bile.
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
Farmacoterapia:

Primeira geração: atuam principalmente contra
microorganismos gram +. Terapia alternativa a alérgicos
a penicilina. Também utilizadas para infecções
estafilocócicas e estreptocócicas, incluindo pneumonia,
celulite, osteomielite.

Segunda geração: atuam contra bactérias gram - .
Cefoxitima e cefotetano são eficazes contra
microorganismos anaeróbicos.
Drogas e bactérias

Terceira geração: atuam
principalmente contra
bactérias gram -; Cefepima e ceftazidima – contra
pseudomonas;
Fármacos de escolha contra
enterobacter;
Eficazes
contra
microorganismos
anaeróbicos.

Interações medicamentosas: pacientes em uso de
cefamandol e cefoperazona que consomem álcool até
72 horas após administração de uma dose podem sofrer
intolerância alcoólica (cefaléia, rubor, tontura, náusea,
vômito ou cólica abdominal).
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
Interações medicamentosas:
agentes uricosúricos
(sulfimpirazona, probenecida) podem reduzir a excreção
renal de algumas cefalosporinas.

Efeitos adversos: hipersensibilidade (rara), irritação
gastrintestinal, irritação no local da injeção, toxicidade
renal, convulsões.

Carbapenens:
ertapenem,
imipenem/cilastina,
meropenem
e
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
Farmacocinética: após administração parenteral o
meropenem distribui-se amplamente, inclusive para o
SNC. Metabolismo insignificante, 70% do fármaco é
excretado em sua forma inalterada na urina.

Farmacoterapia: o imipenem possui o mais amplo
espectro de atividade entre os antibióticos da classe.
Mostra-se eficaz contra espécies gram + aeróbicas
(Streptococcus, S. aureus, S. epidermidis). Efetivo
contra Enterobacter e Pseudomonas e anaeróbicos.
Drogas e bactérias

Farmacoterapia: o meropenem está indicado para o
tratamento das infecções intra-abdominais, meningite
bacteriana causada por microorganismos suscetíveis.

Interações
medicamentosas:
a
combinação
imipenem/cilastina com aminoglicosídeo atua de modo
sinérgico contra E. faecalis. A probenecida pode causar
acúmulo do meropenem atingindo níveis tóxicos.

Efeitos adversos:
distúrbios do TGI, convulsões,
hipersensibilidade, supressão da medula óssea (raro)
Drogas e bactérias

Monobactans: aztreonam .

Farmacocinética: após administração parenteral sofre
absorção completa e distribui-se amplamente. È
metabolizado parcialmente e excretado principalmente
na urina como substância inalterada.

Farmacoterapia: mostra-se eficaz contra ampla
variedade de microorganismos gram - , incluindo
pseudomonas.
Drogas e bactérias

Farmacoterapia: é eficaz contra cepas de: E. coli,
Enterobacter, Klebsiela pneumoniae, Proteus mirabilis,
Serratia marcescens, H. influenzae, Citrobacter.
Também é utilizado no tratamento das ITU, septicemia,
infecções respiratórias inferiores, da pele e anexos,
intra-abdominais e ginecológicas, causadas por
bactérias gram - aeróbicas suscetíveis.

Interações medicamentosas: a probenecida aumenta os
níveis séricos de aztreonam ao prolongar a taxa de
secreção tubular do fármaco nos rins.
Drogas e bactérias

Interações medicamentosas: efeitos sinérgicos quando
administrado
com aminoglicosídeos, cefotaxima,
cefoperazona, clindamicina.

Efeitos adversos:
hipotensão, distúrbios do TGI,
alterações transitórias do ECG, aumento transitório das
enzimas hepáticas, hipersensibilidade e reações
cutâneas.

Outros antibióticos que inibem a síntese da parede
celular: vancomicina, bacitracina, polimicina B.
Drogas e bactérias

Vancomicina:

Farmacocinética: pouco absorvida pelo GI, deve ser
administrada por via IV. Difunde-se adequadamente nos
líquidos pleural, pericárdio, sinovial e ascítico. Cerca de
85% da dose são excretados de modo inalterado na
urina em até 24 horas. Uma pequena quantidade pode
ser eliminada pelo trato biliar.
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
Farmacoterapia:
mostra-se
eficaz
contra
microorganismos gram +, como S. aureus, S.
epidermidis, S. pyogenes, Enterococcus e S.
pneumoniae. É terapia de escolha para pacientes com
infecções estafilocócicas resistentes e graves que
exibem hipersensibilidade ás penicilinas.

Interações medicamentosas: pode aumentar o risco de
toxicidade quando administrada com aminoglicosídeos,
anfotericina B, cisplatina, bacitracina, polimixina B.
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
Efeitos adversos: hipersensibilidade e reações
anafiláticas, eosinofilia, neutropenia, nefrotoxicidade,
ototoxicidade, síndrome do homem vermelho.

Bacitracina: tipicamente reservada para uso tópico
(infecções de pele ou oculares) devido a sua
nefrotoxicidade.
Os microorganismos sensíveis a
bacitracina constituem a maioria das bactérias Gram +,
especialmente os estafilococos e estreptococos.
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
Polimicina B: é utilizada somente por via tópica,
geralmente associada a outro fármaco, no tratamento de
infecções da pele, dos olhos e dos ouvidos, por ser
extremamente nefrotóxica e neurotóxica. A atividade
principal da polimixina é contra microrganismos gram -,
especialmente a Pseudomonas aeruginosa, Escherichia
coli, Klebsiella pneumoniae e Enterobacter aerogenes.

Inibidores da via de síntese do ácido fólico:
sulfonamidas e trimetropina.
Drogas e bactérias

Sulfonamidas: sulfadiazina, sulfametazol, sulfasalazina.

Farmacocinética: são em sua maioria em absorvidas e
distribuem-se
amplamente
no
organismo.
São
metabolizadas no fígado a metabólitos inativos e
excretadas pelos rins.

Farmacoterapia: são freqüentemente utilizadas no
tratamento das ITU agudas, infecções causadas por
Nocardia asteroides, Toxoplasma gondii e Pneumocystis
carinii. Amplo espectro (gram + e -). _
Drogas e bactérias

Interações medicamentosas: aumentam os efeitos
hipoglicemiantes das sulfoniluréias, aumento dos efeitos
anticoagulantes
quando
administrados
com
anticoagulantes cumarínicos, aumento do risco de
toxicidade quando administrada com ciclosporina.

Efeitos adversos: predispõe a fotossensibilidade,
depressão da medula óssea, náusea, vômitos, cefaléia,
erupções cutâneas, hepatite, cristalúria que pode
provocar a nefrotoxicidade.
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
Trimetoprim: é raramente utilizado como agente
simples. Quase sempre utilizado em combinação com a
sulfametazol devido a seus efeitos sinérgicos. Também
possui propriedade anti-maláricas.

Farmacoterapia:
utilizado
em
combinação
som
sulfonamidas para tratamento das ITU, infecções na
próstata, otite média, pneumonia causada pelo P. carinii.

Efeitos
adversos:
náuseas,
vômitos,
hematológicos e erupções cutâneas.
distúrbios
Drogas e bactérias

Inibidores da síntese de proteínas: aminoglicosídeos,
tetraciclinas, macrolídeos, anfenicóis e lincosamidas.

Aminoglicosídeos:
estreptomicina,
amicacina,
tobramicina,
netlmicina,
canamicina).

Farmacocinética: são pouco absorvidos por via oral,
sendo administrados por via parenteral. Não atravessam
barreira hematoencefálica.
gentamicina,
neominina,
Drogas e bactérias

Farmacoterapia: infecções causadas por bacilos gram –
aeróbicos, infecções hospitalares graves causadas por
Enterobacter, Proteus, Pseudomonas, Klebsiela, E. coli e
Serratia, que acometem o sistema respiratório, TGI, trato
urinário, ossos, pele, sangue ou tecidos moles.

Interações medicamentosas: a carbenicilina, ticarcilina,
mezlocilina, e a piperacilina reduzem os efeitos da
amicacina,
gentamicina,
canamicina,
neomicina,
netilmicina, estreptomicina e tobramicina.
Drogas e bactérias

Efeitos adversos: reações neuromusculares, que variam
desde toxicidade dos nervos periféricos até bloqueio
neuromuscular, ototoxicidade e nefrotoxicidade.

Tetraciclinas: tetraciclina, minociclina,
demeclocidina e oxitetraciclina.

Farmacocinética: devem ser administradas antes das
refeições. Quando administração oral são absorvidas
pelo duodeno.
doxiciclina,
Drogas e bactérias

Farmacoterapia: oferecem amplo espectro de atividade
contra: bactérias gram + e negativas aeróbicas e
anaeróbicas;
espiroquetas, micoplasmas, riquétsias,
clamídias e alguns protozoários.

Interações medicamentosas: podem reduzir a eficácia
dos anticoncepcionais orais e a ação bactericida da
penicilina; antiácidos contendo alumínio, cálcio,
magnésio diminuem a absorção das tetraciclinas orais;
sais de ferro reduzem a absorção da doxiciclina,
pxitetraciclina e tetraciclina.
Drogas e bactérias

Interações
medicamentosas:
barbitúricos,
carbamazepina, fenitoína aumentam o metabolismo e
reduzem o efeito antibiótico da doxociclina.

Efeitos adversos:
descoloração dos dentes,
fotossensibilidade, superinfecção secundária , distúrbios
do TGI, hepatotoxicidade e nefrotoxicidade.

Macrolídeos: eritromicina, azitromicina, claritromicina.

Farmacocinética: distribuem-se amplamente
tecidos (exceção líquido cefalorraquidiano).
pelos
Drogas e bactérias

Farmacoterapia: possui amplo espectro de ação contra
bactérias gram + e negativas, incluindo Mycobacterium,
Treponema, Mycoplasma e Chlamydia. É também eficaz
contra pneumococos e estreptococos do grupo A.

Interações medicamentosas: a eritromicina, azitromicina
e a claritromicina podem elevar os níveis de teofilina ,
aumentando o risco de toxicidade; a claritomicina pode
aumentar a concentração de carbamazepina quando em
uso concomitante.
Drogas e bactérias

Efeitos adversos: distúrbios do TGI, erupções cutâneas,
febre, eosinofilia, anafilaxia.

Anfenicóis: cloranfenicol e tianfenicol.

Farmacocinética: pode ser administrado por via oral,
parenteral e tópica, entretanto devido a toxicidade seu
uso encontra-se restrito a infecções graves.

Farmacoterapia: é o fármaco de escolha em casos de
febre tifóide, meningite provocada por H. influenzae.
Drogas e bactérias

Interações medicamentosas: álcool .

Efeitos adversos: pode ocorrer supressão da medula
óssea, distúrbios TGI, superinfecção com Candida
albicans, anemia hemolítica, síndrome cinzenta do
recém-nascido.

Lincosamidas: clindamicina.

Farmacocinética: quando administrada oral é bem
absorvida e distribui-se amplamente para os tecidos.
Drogas e bactérias

Farmacoterapia: possui atividade contra a maioria dos
microorganismos
gram + aeróbicos, incluindo
estafilococos, streptococos (exceto E. faecalis) e
pneumococos. É utilizada no tratamento de infecções
anaeróbicas intra-abdominais, pleurais ou pulmonares
causada por bacteroides fragilis.

Interações
medicamentosas:
pode
bloquear
a
transmissão neuromuscular e potencializar a ação dos
bloqueadores neuromusculares.
Drogas e bactérias

Efeitos
adversos:
pode
levar
a
colite
pseudomembranosa, diarréia, estomatite, náusea,
vômitos e reações de hipersensibilidade.

Inibidores da síntese de DNA/RNA:
nitroimidazóis.

Quinolonas são divididas em:
o
Quinolônicos não fluorados são: ácido nalidíxico , ácido
oxolínico, ácido pipemídico, e rosoxacino.
quinolonas e
Drogas e bactérias
o
Quinolônicos fluorados: ciprofloxacina, gatifloxacina,
levofloxacina, lomefloxacina, moxifloxacina, norfloxacina,
ofloxacina,
esparfloxacina,
torvafloxacina
e
gemifloxacina.

Farmacocinética: a maioria são administrados via oral.
Não se ligam altamente a proteínas, sofrem metabolismo
mínimo no fígado e são excretadas principalmente na
urina.
Drogas e bactérias

Farmacoterapia: são indicadas principalmente em
infecções complicadas das vias urinárias; e, são também
indicadas no tratamento de infecções provocadas por
Pseudomonas
aeruginosa
como
em
infecções
respiratórias e otite externa; osteomielite bacilar Gram crônica; e, erradicação de salmonelas em portadores. A
norfloxacina e a ofloxacina também são utilizadas no
tratamento da gonorréia; a norfloxacina no tratamento da
prostatite bacteriana; e, a ofloxacina é utilizada no
tratamento da cervicite.
Drogas e bactérias

Interações medicamentosas: a administração de
fluoroquinolonas com antiácidos contendo hidróxido de
magnésio ou alumínio, resulta em redução da absorção
das fluoroquinolonas;
também interagem com as
xantinas
(exceção
lomefloxacina,
levofloxacina)
aumentando as concentrações plasmáticas de teofilina e
derivados e o risco de toxicidade.
Ciprofloxacina,
norfloxacina, lomefloxacina com probenicida resulta em
diminuição da eliminação das fluoroquilonas.
Drogas e bactérias

Efeitos adversos: náusea, vômitos, diarréia, dor
abdominal,
fotossensibilização,
cefaléia,
tontura,
excitação do SNC (neuroexcitação) devido ao uso de
ciprofloxacino levando a irritabilidade, confusão, agitação,
e, até mesmo convulsões.

Nitroiimidazóis: metronidazol.

Farmacocinética: são agentes bem absorvidos, com
atividade antimicrobiana restrita aos anaeróbios e
protozoários.
Formulação
oral
possui
uma
biodisponibilidade de praticamente 100%.
Drogas e bactérias

Farmacoterapia: ativo contra a maioria das bactérias
anaeróbicas, mas tem maior atividade contra anaeróbios
gram -, inclusive B. fragilis. Eficaz contra infecções
causadas por protozoários (amebíase, tricomoníase,
giardíase).

Interações medicamentosas: aumenta os efeitos dos
anticoagulantes,
agravando
as
tendências
ao
sangramento.

Efeitos adversos: neuropatia periférica, gosto metálico na
boca, coloração escura na urina.
Drogas e fungos


As duas principais classes de medicamentos antifúngicos
são os macrolídeos polienos e o azóis.
Macrolídeos polienos: anfotericina B e nistatina.

Anfotericina B: liga-se a um esterol (lipídio) na
membrana celular dos fungos, alterando
a
permeabilidade celular e permitindo o extravasamento
de componentes intracelulares .

Farmacocinética: não é bem absorvida no TGI. Após
administração IV liga-se fortemente a proteínas (90%).
Drogas e fungos

Farmacoterapia: tratamento das infecções fúngicas
sistêmicas
graves.
É
eficaz
contra
Candida,
Cryptococcus, blastomicose e histoplasmose.

Interações
medicamentosas:
aminoglicosídeos,
ciclosporina, aciclovir, podem aumentar o risco de
nefrotoxicidade; corticosteróides, penicilinas e digoxina
podem agravar a hipocalemia produzida pela anfotericina
B; administradas com relaxantes musculares aumenta
os efeitos miorrelaxantes, soluções de eletrólitos podem
inativar a anfotericina B quando na mesma solução.
Drogas e fungos

Efeitos adversos: doença hepática, falência renal,
hipocalemia,
hipomagnesemia,
hipersensibilidade,
incluindo anafilaxia, flebite, ataque cardíaco, arritmias
cardíacas, convulsão, hemorragia intra-alveolar, discrasia
sanguínea, febre, calafrio, cefaléia, náusea, vômitos,
anorexia, dor muscular e articular.

Nistatina: mecanismo de ação semelhante
anfotericina. Efetivo apenas contra Candida.
a
Drogas e fungos

Uso clínico: apresenta baixa absorção, por isso é usada
para tratamento tópicos de lesões orais, infecções
vaginais, intestinais e cutâneas.

Interações
medicamentosas:
não
significantemente com outros fármacos.

Efeitos adversos: distúrbios de TGI, quando via oral,
gosto amargo, irritação cutânea.

Azóis: cetoconazol, fluconazol, itraconazol.
interage
Drogas e fungos

Cetoconazol: bem absorvido, potente inibidor do
citocromo P450, particularmente ligado a proteínas,
metabolizado no fígado.

Farmacoterapia: candidíase mucocutânea crônica grave
e resistente; infecções por dermatófilos resistentes,
infecções sistêmicas particularmente blastomicose,
histoplasmose, cromomicose.

Interações medicamentosas: estatinas (rabdomiólise),
varfarina (sangramento), ciclosporina (nefrotoxicidade) e
sulfoniluréia (hipoglicemia).
Drogas e fungos

Fluconazol: mais facilmente absorvido no TGI que o
cetoconazol, inibe citocromo P 450, 80% eliminado do
corpo pelos rins de forma inalterada, meias vida longa,
Penetra em SNC, usado profilaticamente em pacientes
imunodeprimidos.

Farmacoterapia: apresenta maior atividade e espectro de
ação
em relação aos outros “azóis”. Aspergillus,
Blastomyces dermatitidis, Candidas,
Cryptococcus,
Histoplasma.
Pode ser utilizado em meningites
criptocócica.
Drogas e fungos

Interações
medicamentosas:
semelhantes
ao
cetoconazol , podem aumentar os níveis de fenitoína e
ciclosporina, rifampicina e cimetidina aumentam o
metabolismo dos “azois” reduzindo a concentração
plasmática destes fármacos.

Itraconazol: absorção pelo trato digestivo é incompleta
mais aumenta se ingerido com alimento. 99% da droga
é ligada a proteína, concentra-se principalmente no
pulmão, fígado e ossos. Inibidor da enzima P450.
Drogas e fungos

Farmacoterapia:
é utilizado para o tratamento de
blastomicose, histoplasmose não meníngea, candidíase,
aspergilose e micose das unhas.

Interações medicamentosas: pode aumentar o risco de
sangramento quando combinado com anticoagulantes
orais;
antiácidos, antagonistas dos receptores H2,
fenitóina e rifampicina reduzem os níveis plasmáticos de
itraconazol.

Efeitos adversos dos “azóis”: hepatite, ginecomastia,
náusea, vômitos, desordens esfoliativas na pele.
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