inibidores da eca seminário apresentado à disciplina de síntese de

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Curso de Farmácia
Disciplina de Síntese de Fármacos
INIBIDORES DA ECA
SEMINÁRIO APRESENTADO À DISCIPLINA DE
SÍNTESE DE FÁRMACOS
1
ASSUNTOS A SEREM ABORDADOS

Breve histórico

Mecanismo de síntese

Captopril

Enalapril

Benazepril

Ramipril

Fosinopril

Mecanismo de ação iECA

Referências
2
BREVE HISTÓRICO

1970:


Tratamento hipertensão:

Diuréticos

Β-Bloqueadores

Muitos efeitos colaterais
Início do interesse pela cascata renina-angiotensina

Descobertos polipetidios que inibem a formação da
angiotensina II
3
BREVE HISTÓRICO

Estudos desencorajados:

Impossibilidade de desenvolver:


Inibidores não peptídicos da cascata renina-angiotensina
Real causa da hipertensão-essencial

Sistema renina-angiotensina?

Parcela ínfima da população
4
BREVE HISTÓRICO

1982: Derivado do ácido imidazol-5-acético


Atenuam a vasoconstrição induzida pela angiotensina II
“RENASCIMENTO” DO INTERESSE

Captopril!

Primeiro grande exemplo de fármaco desenvolvido visando
5
obter uma ação farmacológica
CASCATA RENINA-ANGIOTENSINA

Circulação

Enzima Renina

Sintetizada no Rim

Substrato angiotensinogênio

Clivagem peptídica

Origina a angiotensina I
6
CASCATA RENINA-ANGIOTENSINA

Pulmões

Endotélio vascular

ECA
Clivagem protéica na angiotensina I

Origina a angiotensina II

Potente vasoconstritor

Promove liberação de aldosterona (reabsorção de sódio)
7
CASCATA RENINA-ANGIOTENSINA

ECA

Conversão de angiotensina I em angiotensina II

Degradação da Bradicinina (vasodilatador)

Metabólitos inativos

Aumento do potencial hipertensor da ECA
8
9
Figura 1. Mecanismo vasoconstritor da renina/angiotensina para o controle da pressão arterial. (GUYTON, 1997).
MECANISMO DE SÍNTESE

Captopril (1ª Parte)
Ataque nucleofílico

Ácido acetiólico + ácido propiônico =ácido 3 acetiltiol
2 metilpropiônico

Formação de grupo cetônico vizinho ao enxofre


Liberação de um próton da hidroxila correspondente
Presença de
Hidroquinona
Aquecimento (90ºC)
Uma hora
10
MECANISMO DE SÍNTESE

Captopril (2ª Parte)

Adição de L-prolina T-butil



Presença de DCCL
SN2

Hidroxila do ácido 3 acetiltiol 2 metilpropiônico

Grupo amina da L-prolina T-butil
Produto:
11

Mistura racêmica
MECANISMO DE SÍNTESE

Captopril (3ª parte)

Mistura rascêmica + ácido trifluoracético e anisol


Formação do sal de diciclohexilamina
Adição de acetonitrila

Promove cristalização do isômero (SS)

Possibilita separação dos isômeros
12
MECANISMO DE SÍNTESE

Captopril (3ª parte- Continuação)

Desproteção do átomo de S

Reação na presença de amônia metanólica

Formação de tióis

Ausência de Oxigênio
evita formação de dissulfeto
13
MECANISMO DE SÍNTESE
14
Figura 2: Síntese do Captopril
MECANISMO DE SÍNTESE

Captopril (Rota alternativa)

Mecanismo estereosseletivo

Material microbiológico

Hidratação estereosaeletiva do ácido metacrílico


Formação exclusiva do isômero S,S
Última etapa: adição do grupo tiol
15
MECANISMO DE SÍNTESE

Captopril (Rota alternativa 2)
Composto quiral pseudoctaédrico com átomo de Fe
Adição de N-butil Lítio a -78ºC
Formação de ânion a partir da carbonila do composto
Sal de Bromo ou Iodo
Recuperação da Carbonila
Configuração R,S
L-prolina T-butil éster + Br2
Captopil na configuração S,S
16
MECANISMO DE SÍNTESE

Enalapril
Figura 3 : Síntese do Enalapril a partir do dípeptídeo Ala-Pro e do ácido 2-oxo 4-fenilbutírico
17
Figura 4: Enalapril
MECANISMO DE SÍNTESE
o
Ácido 2-oxo 4-fenilbutírico + dipeptídeo (Rota 1)
Acoplamento redutivo
Mistura racêmica
Separação por cromatografia
hidróxido de amônia, MeOH, água
Isômero S,S,S ativo isolado
18
MECANISMO DE SÍNTESE
o
Ácido 2-oxo 4-fenilbutírico + dipeptídeo + alfacetoésteres
(rota 2)
condensação, acoplamento redutivo
(alfacetoésteres + dipeptídeo + ácido)
Base de Schiff
Redução, recristalização
Isômero S,S,S (70% da reação)
19
MECANISMO DE SÍNTESE

Quinapril

N-alquilação direta

Alquilação redutiva

Reordenação da cadeia

Substituição anel da prolina por anel tetrahidroquinolonico
20
MECANISMO DE SÍNTESE
Figura 5: Síntese do quinapril
21
MECANISMO DE SÍNTESE

Benazepril

Ausência do grupo tiol


Maior efeito sobre a ECA que o Captopril
Adição da α-tetralona com o ácido hidrazólico

Catálise ácida

Reação de alargamento de anel de Schimidt
22

Resulta na benzazepinona
MECANISMO DE SÍNTESE

α-dicloração + redução controlada = Monocloração
NaN3
Azida
N-alquilação
Redução

Mistura racêmica de enantiômeros
Sal de tártaro

Separação dos enantiômeros
23
MECANISMO DE SÍNTESE
24
Figura 6: Síntese do Benazepril
MECANISMO DE SÍNTESE

Ramipril

Ácido 2-oxociclopentil acético
Ciclização

Níquel na presença de amônia
Ciclização
Redução da amina secundária
Oxidação
Adição de cianeto de potássio
Hidrólise ácida e introdução do etil éster

Ramipril
25
MECANISMO DE SÍNTESE

Fosinopril (1ª Parte)

Início a partir da 4-cetoprolina protegida


Reação de Grinard com brometo de fenil-magnésio


Forma benzilcarbonílica
Formação de álcool terciário
Adição de ácido trifluoracético e diclorometano (solvente)

Desidratação intramolecular

Obtenção de composto insaturado
26
MECANISMO DE SÍNTESE

Fosinopril (2ª Parte)

Reação de Arbuzov

Formação do ácido fosfínico em presença de cloreto de trimetilsilil
Carbonildiimiazol e cianeto de melila

Reação com o composto da 1ª Parte
Brometo de trimetilsilil

Fosinopril
27
MECANISMO DE SÍNTESE
Figura 7: Síntese do Fosinopril
28
MECANISMO DE AÇÃO

ECA:

Família das carboxipeptidases

Sítio ativo: presença de átomo de Zn

Cliva par de aminoácidos C-Terminais do substrato
peptídico

Conversão Angiotensina I em angiotensina II
29
MECANISMO DE AÇÃO

iECA:

Captopril: grupo sulfidrila

Provoca impedimento estérico

Inibição da enzima
átomo de Zn
30
MECANISMO DE AÇÃO
O
OH
N
*
n
CO2H
N
H
O
Figura 8. Estrutura básica de um inibidor da ECA. (A porção assinalada representa
o grupo farmacofórico).
31

Exceção: fosinopril
SUGESTÃO DE QUESTÃO
Pergunta
Tendo em vista que os inibidores da ECA
interagem com o átomo de zinco presente na
enzima citada, qual é a porção da molécula
que deve ser conservada para que a atividade
do fármaco seja assegurada?
 Resposta
A molécula deve conservar o grupamento
ácido carboxílico, que é responsável pela
interação com o sítio catalítico da ECA. Esse
grupamento deve estar próximo a porções
amidas e anéis aromáticos.

32
ALUNOS

Carolina Giesel Garcia

Diego Lima Gomes

Ingrid Fatima Zattoni

Matheus Murmel Guimarães
33
REFERÊNCIAS
 GIL, S et al. Antihipertensivos. In: DeLucia, R. et al. Farmacologia
Integrada. Rio de Janeiro: Revinter, 2007. p. 396- 402.

SAUNDERS, J. Inhibitors of angiotensin converting enzime as
effective antihypertensive agents. In: SAUNDERS, J. Top Drugs:
Top Synthetic Routes. Oxford: Oxford University Press, 2000. p.
01-15.

GUYTON, A.C; HALL, J.E. O papel dominante dos rins na regulação
a longo prazo da pressão arterial e na hipertensão.In: GUYTON,
A.C; HALL, J.E. Fisiologia Médica. Mississipi: Saunders Elsevier,
2006. p. 223- 226.

RANG, H. P; DALE, M. M. Inibidores da enzima conversora de
angiotensina. In: RANG, H. P; DALE, M. M. Farmacologia. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2007. p. 308.
34
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