Problemas de colonização e de uso da terra na Região de

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Problemas de colonização e de uso
da terra na Região de Bragantina do
Estado do Pará
Antonio Rocha Penteado
Tese de doutoramento apresentada à cadeira de Geografia do Brasil da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras da universidade de São Paulo.
Coleção Amazônica – Série José Veríssimo –
Universidade Federal do Pará - 1967
A marcha do povoamento
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1616 Forte do Presépio – Francisco Caldeira
de Castelo Branco; “inicio da integração do
espaço amazônico ao império lusitano”.
- domínio do rio era igual ao controle político
e econômico;
- Belém – Empório da Amazônia, daqui para
o oeste - Xingu e Tapajós;
Região Bragantina - Leste

Solo fértil, diversas cultura, campos de
criação, centro de zona agrícola;

Ponto inicial para o Maranhão;

Recebimento de prisioneiros para trabalho
agrícola (pousos - prisioneiros militares);
Região Bragantina

A coleta do látex desvinculava o interesse
para o trabalho na lavoura;
1858 – Cel. José d’Ó de Almeida funda a
Colônia N. Sra. Do Ó – Ilha das Onças – 121
habitantes – 107 colonos e 14 diaristas – 6
portugueses;
Benevides
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Sem facilidade para colonizar; sem apoio do
governo – faziam menções à Santarém;
1875 – Benevides – colonização para
estrada de Bragança – 110 colonos (16
franceses);
Três anos depois – 800 imigrantes
nordestinos (temporários); Franceses
(engenhos - açúcar e cachaça);
Bragantina

1899 – Bragança x Borracha;

1900 – Dificuldades financeiras Paraenses atingem
Bragança;

1902 – Bragança 10.128 colonos
1.726 estrangeiros
- Varíola, febre amarela – decadência política, social
e moral – volta para MA.
- Borracha despovoou Bragança e incrementou
Belém;
A importância do Ciclo da Borracha para a
colonização
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Pará – esplendor cultural e artístico
internacional, diferentemente de São Paulo;
Terra fértil, mas importava e consumia
gêneros alimentícios de centros distantes;
Belém tinha 15.000 hab. Nos meados do séc
XIX – sem tradição agrícola;
Caça e pesca era considerado errante,
aventureiro (coleta – fácil e rendoso)
Ciclo da Borracha

Coleta de Látex – vida artificial;
- ganho da borracha era para estrangeiro;
- massa pobre – ganhos de véspera;
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Novamente – estrangeiro e tradição para
agricultura;
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A borracha deu para o Pará o que o gov. Brasileiro
não dera para o setor agrícola;
Estrada de Ferro
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Ferrovia para escoar produção agrícola para Belém;
- sem interesse de investidores.
1883 – Primeiros trilhos – 1 ano (Benevides) –
déficit, descarrilhamentos – os lucros da borracha
cobriam os déficits;
- 1885 – Sta. Izabel; 1886 – Apeú (colonos
pagavam o frete – má ligação ao mercado de
Belém); - Déficit (falta de povoamento).
Estrada de Ferro
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1908 – Bragança
- 25 anos – 293 Km de trilhos assentados;
- Produtos transp. – lenha, cachaça, rapadura e
farinha de mandioca.
Histórico
1886 – 1916 – déficit
1916 – 1920 – Superávit (até 1925)
1936 – entrega a união;
1957 – Rede Ferroviária Federal S.A.
Estrada de Ferro
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Missão cumprida pelo esforço (Montenegro);
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Doação da borracha;
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Sem condições de manter o trafego;
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Erros de planejamento;
Região Bragantina

Conclusões
- Imigrantes de improviso – aliciadores –
natalidade dos nordestinos; agricultura sem
técnica.
- Machado e caixa de fósforo – agricultura
predatória – capoeiras;
8 – Estado atual do povoado da região

1960 – Belém
110.739 hab.
Bragança
7.033 hab.
- Sonolenta, abandonada; arquitetura mais
para São Luiz que para Belém.
- Capanema (circulação p/ praia e MA)
- embriões de cidades; povoamento típico
rural – habitações isoladas.
9 – As causas do aparente fracasso do
processo colonizador
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Belém fez nascer a região;
Produtos não chegaram com suficiência;
Faltou política de ocupação – pressa, precipitado
(ocupação sem habitações);
Solo pobre (engano pelas altas matas);
Práticas do Sul no Norte – Ex: Pastagens –
Europeus sem experiências agrícolas;
Má organização administrativa do núcleo colonial;
Bragantina - exemplo de influência geográfica de
uma grande cidade.
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