INTRODUÇÃO; ERA VARGAS (1930-1945); O ESTADO E O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO; A NOVA POLÍTICA DE DEFESA DO CAFÉ; A INDUSTRIALIZAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO DE INPORTAÇÕES; Início: revolução de 1930 Elementos que caracterizam o período: ECONÔMICAS: Economia externa – antes a exportação era o principal objetivo; Economia Industrial passa a ser o principal; Intervenção do Estado: adoção de medidas; Influência crescente do capital estrangeiro; SOCIAIS: Surgimento da burguesia industrial; Fortalecimento da classe média; Operariado em crescimento; Urbanização: fundamentalmente no Sudeste; POLÍTICAS: Consolidação do Estado – aumento do poder federal; Diminuição do poder das oligarquias regionais e estaduais; 1º Governo Vargas – Durou 15 anos (ditadura Vargas); Condições nacionais e internacionais: deram as condições para que Vargas colocassem em prática uma política de organização; Luta pela hegemonia política – grandes produtores de café e primeiros industriais; 1931, 1932 e 1933: economia brasileira cresce baseado no pressuposto da industrialização; O Café: passa agora a ser beneficiado pelo Estado; Obs: é importante considerar o que significa SURTO INDUSTRIAL e PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRO: passagem da economia agrário-exportadora para a urbano-industrial destinado ao mercado interno: há, portanto, um conjunto de mudanças sociais, políticas e culturais. SURTO INDUSTRIAL: inserção industrial sem alterar os rumos da economia – Exemplo Clássico: 1º Guerra Mundial – não alterou as bases da nossa economia; Motivo da Mudança: (1) Crise do modelo anterior; (2) Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque (1929); Três Fatores Importantes: 1-) Revolução de 1930 – mudanças de grupos no poder e nova composição de forças; 2-) Política em defesa do Café; 3-) Parque industrial diversificado; ANTES: máquinas, equipamentos com capacidade ociosa, sem políticas do Estado; DEPOIS (com Vargas): políticas incentivadoras, capacidade ociosa diminuiu, abastecimento interno; Intervenção na Economia: governo compra café. (Convênio de Taubaté – 1906: já era uma prática governamental) Efeito Multiplicador: investimentos, emprego, desemprego; http://www.youtube.com/watch?v=IZ0VmTsIFE Governo Provisório de Vargas (1930 – 1934): Por que foi considerado Ditadura? Suspensão da Constituição de 1891; Fechou o Congresso Nacional e Assembleias Estaduais; Nomeou interventores; Duas Tendências: Políticos civis e tenentistas; Estado de Compromissos: equilíbrio de forças socioeconômicas e políticas – equilíbrio de vantagens e concessões: Fortalecimento pessoal de Vargas, crescimento do poder do Estado e uma considerável modernização do país Modernização: liberou forças sociais e econômicas; Composição de Forças no Poder: Aliança Liberal Criação de Ministérios: Educação e Saúde; Trabalho, Indústria e Comércio; REPRESENTAÇÃO: Burguesia industrial e financeira; Classes médias urbanas; Aristocracia gaúcha (exportação); Oligarquias; Trabalhadores Urbanos; Forças Armadas; Equilíbrio de Forças: Vargas Dialogava com todos; REVOLTA DE 1932: oligarquias derrotadas começaram a se organizar; Oligarquia: era mais beneficiada na República Velha – visava derrubar Vargas, os tenentes e seus aliados; PRP: Partido Republicano Paulista: Formaram a FUP – Frente Única Paulista; Vargas procurou minimizar os problemas entre o Governo Federal e a Oligarquia Paulista; Getúlio nomeou um interventor paulista civil: Pedro de Toledo: Houve luta armada – 9 de julho de 1932: Pedro de Toledo foi aclamado governador e chefe da Revolta; Apoio: Militares, elite e classe média. As mulheres costuravam as fardas dos soldados; Doação de Ouro; São Paulo foi derrotado: isolamento geográfico, inferioridade numérica em relação as Tropas Federais; 77 pessoas foram banidas/ perseguições políticas; Constituição de 1934: Sistema presidencialista – 4 anos; Câmara dos Deputados – 4 anos; Senado – 8 anos e dois senadores por Estado; Sistema Federativo; Garantia de liberdade e direitos Constitucionais. Conceito: criado por historiadores para designar o equilíbrio entre as forças socioeconômicas e políticas que agiram na Era Vargas; Vários grupos participaram do poder; Obtenção de vantagens – Vargas também tinha que fazer concessões; Atendia aos interesses de amplos setores da sociedade, ao contrário do que ocorrera na República Velha – liberou forças sociais e econômicas até então reprimidas (principalmente no setor industrial) – Modernização: resultado das modificações sociais, urbanas, fortalecimento da burguesia, das classes médias e do operariado urbano; ANTIGAS OLIGARQUIAS DISSIDENTES OLIGARQUIA CAFEEIRA MILITARES Getúlio Vargas TRABALHA DORES URBANOS BURGUESIA INDUSTRIAL E FINANCEIRA CLASSE MÉDIA Conceito; De acordo com a Apostila Anglo, o populismo brasileiro da década de 1930 baseou-se em dois elementos fundamentais: (1) A concessão de direitos previdenciários e trabalhistas às massas urbanas; (2) O culto a Getúlio; Previdência Social, Sindicatos oficializados, salário mínimo, jornada de trabalho de 8 horas por dia, férias pagas, indenização por demissão sem justa causa; proteção ao trabalho das mulheres e crianças (apenas para trabalhadores urbanos); Essência do Populismo: concessões ao povo e defesa dos interesses da elite, tendo o Estado como intermediário entre as partes; População bastante heterogênea; Eficiência da ação econômica e social do Estado; Nenhum dos grupos envolvidos tinha força suficiente para colocar o aparelho estatal a seu exclusivo serviço. 18 meses após a Revolução de 1930 – oligarquias derrotadas começaram a se reorganizar; Algumas se aproximaram do Governo, outras passaram a planejar uma contrarrevolução que as levasse de volta ao poder; São Paulo: principal foco contrarrevolucionário, pois a elite paulista, a mais beneficiada pela “máquina” da República Velha, foi também a mais prejudicada pela vitória da Ver, de 1930; 1932: Partido Democrático aliou-se ao PRP formando a Frente Única Paulista (FUP), que passou a exigir a autonomia para São Paulo, nomeação de um interventor “civil e paulista” e aprovação de uma Constituição para o país; Enquanto isso... ... O Governo publicou o Código Eleitoral (1932), marcou para maio de 1933 a eleição da Assembleia Constituinte, nomeou um interventor civil e paulista (Pedro de Toledo), aceitou que o secretariado de São Paulo fosse indicado pela FUP e que a Força Pública paulista tivesse comando autônomo; Essas concessões não davam condições da Elite Paulista consolidar seu poder no Estado nem recuperar o Governo Federal – Por isso decidiram pela revolta armada, insuflando habilmente a opinião pública paulista contra Vargas e os tenentes; 9 de julho de 1932; Pedro de Toledo foi aclamado governador e chefe político da revolta; Liderança Militar: Isidoro Dias Lopes e Bertoldo Klinger e Euclides Figueiredo; Força Pública e Tropas do Exército aquarteladas – deram apoio integral à revolta (elite e classe média); 200 mil voluntários alistaram-se (Exército Constitucionalista); Industriais: produziram materiais de guerra; Senhoras e jovens de classe abastadas: costuravam uniformes para os soldados; População colaborou com ouro; Por que São Paulo foi derrotado? Isolamento, inferioridade numérica, ausência de entrosamento entre as chefias civil e militar 1933: elegeu-se uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Carta Constitucional para o Brasil; Inovações da Constituição de 1934: Voto secreto e voto feminino; Criação de uma Justiça Eleitoral para organizar e fiscalizar as eleições; Sistema presidencialista; Presidente eleito por 4 anos, por voto popular direto; Câmara dos Deputados – 4 anos (cada estado elege um número de deputados proporcional à sua população); Senado Federal eleito por 8 anos, com dois senadores por estado; Sistema Federativo, mantendo a autonomia dos estados; Garantia das liberdades e direitos individuais Legislação Trabalhista (Previdência Social, oito horas de trabalho diário, salário-mínimo, férias, aposentadoria, etc); Autonomia dos Sindicatos e representação profissional; Criação de mandado de segurança, para defender o cidadão contra eventual prepotência do Estado; Medidas nacionalistas defendendo as riquezas naturais do País; Obrigação de as empresas manterem, no mínimo 2/3 de empregados brasileiros; Criação da Justiça eleitoral; Representação classista: os sindicatos e associações patronais poderiam eleger seus representantes à Câmara dos Deputados (acabou não sendo cumprida); De acordo com os dispositivos desta Constituição do primeiro presidente seria eleito indiretamente.