A Era Vargas (1930-45)

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A ERA VARGAS
1930 – 1945
Antecedentes:
 Primeira República (“Café com leite”):
Alternância de presidentes paulistas e mineiros.
Descontentamento de grupos regionais.
Revoltas de cunho messiânico (Contestado Sul; Canudos - Nordeste).
Tenentismo – Coluna Prestes.
Greves operárias; anarquismo – influência
imigrante.
Antecedentes (economia):
 1924-1930:
Expansão da cafeicultura (número de cafeeiros
cresce de 940 milhões para 1,5 bilhão).
Crise da bolsa de valores de NY (1929) / queda
do preço do café no mercado internacional.
Fazendeiros endividados; perda de
propriedades.
Industrialização no Brasil (anterior à
1930):
 Demanda nas áreas urbanas.
 Lucros comerciais excedentes.
 Ação do Estado focada na agricultura
(créditos).
 Bancos se tornam empreendedores
industriais.
 Mão de obra (imigrante; operariado nos
núcleos urbanos importantes).
 Capacidade da importação.
- Expansão da indústria de bens de consumo.
Início da Era Vargas:
 O desenvolvimento do capital cafeeiro
engendrou os “pré-requisitos fundamentais
para que a economia brasileira pudesse
responder criativamente à crise de 1929”.
 A intervenção estatal eliminou as estruturas
rurais arcaicas e promoveu o
desenvolvimento industrial.
 1930 marca a acumulação por uma nova via:
a expansão industrial com base urbana.
A ASCENSÃO DE VARGAS:
 Marca o fim da República Velha (Primeira
República, onde havia a hegemonia dos
cafeicultores e o republicanismo formal
combinava-se com o autoritarismo).
 Getulio Vargas era um líder riograndense de
oposição ao governo central.
 Derrotado nas eleições marchou sobre o Rio
de Janeiro, com apoio de MG e alguns
estados do Nordeste (especialmente PB).
Características da era Vargas:
 “Regime político que é fruto e sustentáculo
das classes dominantes, mas que muda as
regras do jogo a fim de garantir, pela
proeminência de um Estado forte, ‘acima das
regiões, das classes, dos partidos...’, a
continuidade acelerada da modernização
capitalista do país e a articulação, ‘pelo alto’
de sua unidade nacional” (COSTA).
 A identificação do povo com a nação e esta
com o ditador é a base ideológica do Estado
Novo.
Era Vargas (1930-37 e o Estado
Novo):
 1932 – Movimento constitucionalista (SP).
 1933 – Eleição de Assembléia Constituinte.
 1934 – Promulgada constituição, de cunho
liberal e modernizante (voto universal e
secreto, separação entre os poderes,
reformas no judiciário).
 1937 – Fechamento do Congresso; nova
constituição – início do Estado Novo
(justificativa – “perigo comunista”; apoio
militar ao golpe. Extinção de partidos.
Novo perfil da indústria brasileira:
 Proteção à indústria de bens de produção.
 Bloqueio à investimentos em bens de
consumo.
 Controle de excedentes (café).
 Implantação de infra-estrutura industrial com
capital estatal.
Mudanças na economia e no território:
 Criação da CSN (Volta Redonda) – 1942.
 Cia. Vale do Rio Doce (extração de minério
de ferro) – 1942.
 Criação do IBGE (união do Cons. Nac. de
Geografia – 1933 e do Inst. Nac. de
Estatística – 1934).
 Investimentos em transporte e energia.
 Autoritarismo e nacionalismo.
 Modernização das Forças Armadas.
 Legislação trabalhista.
Plano político – social:
 Conciliação dos produtores rurais com
setores industriais (o trabalhador rural fica
fora da arena política).
 Baixos salários.
 A unidade territorial é o “recurso simbólico
para a legitimação do Estado” (BECKER e
EGLER). Promove-se a “marcha para oeste”;
a conquista de “espaços vazios”.
Bibliografia:
BECKER e EGLER. Brasil- uma nova
potência regional na Economia-Mundo. Rio
de Janeiro: Bertrand-Brasil.
COSTA, W.M. O Estado e as políticas
territoriais no Brasil. São Paulo: Contexto,
2001.
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