Medição de Tensão Interfacial com o Método da Gota Pendente Daniel Carelli Mariana Milanez Introdução Importância da medição de tensão interfacial – Adição de surfactantes à água para diminuir sua tensão interfacial com óleo. Determinação das componentes polar e dispersa dos óleos. Por que desenvolver um método para as medições – Utilização das imagens geradas pelo goniômetro. Método da gota pendente traz bons resultados Problema do Óleo Pesado Forças Intermoleculares Tensão Interfacial Método da Gota Pendente Equilíbrio entre a força gravitacional e a tensão superficial do líquido. 2r mg 2r mg mN [ ] m 2 rf f – Fator de correção g Modelos Simplificados Aquisição de um fator de forma com pontos as vezes não visualizáveis na imagem. Erro na aquisição do fator de forma devido a discretização do perfil. Erros gerados pelas equações utilizadas. Fundamentação Teórica Equação de Laplace–Young, descreve o balanço entre a força gravitacional e a tensão superficial d 2 sen Z dS B X dX cos dS dZ sen dS Parâmetros do Perfil da Gota x X .a z Z .a s S.a d 2 sen Z dS B X dX cos dS dZ sen dS Capilaridade e Tensão Interfacial a rh g 2 B gb 2 2 b 2 a Constante de Capillaridade a g Δρ – Diferença de densidade entre os fluídos γ – Tensão Superficial/Interfacial g – Aceleração da gravidade Objetivo Ajustar um perfil teórico Pt a um perfil experimental obtido de imagens Pe. Binarização da Imagem Imagens de 768x574 pixels com 256 tons de cinza. A referência para o corte é 128, valor o qual, segundo vários autores, torna o ajuste do foco da imagem e a iluminação menos interferentes. Obtenção do Perfil Experimental Imagem Inicial Imagem Binarizada Perfil Extraído Como a gota é simétrica em relação ao eixo z, Analisaremos apenas um dos lados. Calibração da Imagem de O diâmetro externo da seringa é conhecido(mm). Mede-se o número de pixels correspondente ao diâmetro externo da seringa. Obtem-se a resolução da imagem em mm/pixel. Calculo do parâmetro de forma B Determina-se B a partir de dois pontos do perfil experimental, utilizando uma solução numérica da equação do perfil teórico.(Song e Springer) 2 4 b b . r b . r b . r 2 0 1 2 4 B 2 4 1 c1 .r c2 .r c4 .r Tabela de variáveis para o calculo de B r Z 60 / Z 30 b0 -90.513 b1 b2 b4 c1 c2 c4 X 60 / X 30 Z 45 / Z 30 X 45 / X 30 -83.617 0.00418 6.31248 30.171 83.617 0 0 0 0 -1.15528 -4.73420 0 0 0.28856 0 -6.09398 -17.011 0 0 4.43275 36.905 -0.83765 -0.97208 0 0 0.20228 -0.51322 Onde: r – razão entre dois pontos do perfil que formam dois ângulos distintos entre a origem do eixo de coordenadas e o eixo X. Z Z 0 arctg X X 0 Perfil Teórico – Integração das Equações Diferenciais Enquanto i for menor que N dX cos dS dZ sendS X X dX Z Z dZ sen 2 d Z dS X B d i i 1 Constante de Capilaridade Será computado o valor de a, para o qual, a soma das menores distâncias para cada ponto do perfil experimental em relação ao perfil teórico é mínima. De forma mais clara, para cada ponto do perfil experimental, será somada a distância perpendicular ao perfil teórico. O valor de a que fornecer a menor soma é o que melhor ajustará os dois perfis. Para tornar o processo mais rápido utilizamos a equação abaixo ao invés da distância propriamente dita: 2 2 min X i X tj a Z i Z tj a i, j Distância Entre os Pontos Experimentais e o Perfil Teórico Perfil Teórico Otimização do Processo Até agora, os cálculos foram feitos a partir de uma estimativa inicial de B(parâmetro de forma). Existe um B ótimo, com o qual os perfis se ajustam da melhor maneira possível. A diferença a ser analisada entre os dois perfis será chamada de E. A otimização do processo irá consistir em minimizar esse valor. Essa diferença será a média do quadrado da menor distância entre os pontos dos dois perfis. E f B, a Otimização do Processo Os dois perfis sobrepostos 5 4 3 2 1 0 -2 -1 0 1 2 3 4 Resumindo Obtenção da Imagem Binarização Extração do Perfil da Imagem Cálculo de B Resolução da Equação de Laplace-Young adimensionalmente. Cálculo de a Cálculo de E(a,B) Otimização Cálculo da Tensão Resultados - Tensão Superficial da Água em Função da Iluminação 77 Tensão Superficial (mN/m) 76 75 74 73 72 71 70 20 30 40 50 60 Iluminação ( % potência da lãmpada) 70 Influência da Viscosidade no Desvio Padrão dos Resultados Média (mN/m) Iluminação (% Potência) 72.93923 25 72.70743 30 72.80223 40 74.13687 50 73.44076 60 Tensões Superficiais da Água Outor(es) Tensão superficial ( mN/m²) Pallas & Harrison 72.869 ( T = 20ºC ) Neiderhauser & Bartell 72.00 ( T = 25ºC ) Patterson and Ross 73.06 ( T = 20º C ) Sentis 72.86 ( T = 20º C ) Douglas 71.82 ( T = 25º C ) Smith & Sorg 73.0 ( T = 25º C ) Fator de Forma - B Influência de B nos resultados Influência de B nos resultados Nujol/Água B = 0.48296 Enca/Água B = 0.48086 Solução – Agulha de Diâmetro Maior (Vidro) Outro Problema – Calibração da Imagem Nujol/Água B=0.5943 Unipar/Água B=0.6513 Problemas com Vibrações Solução – Isoladores de Carpet e Borracha Fluidos viscosos não apresentam problemas de vibrações – apresentam menor desvio padrão nos resultados. Nujol - Superficial Componentes Polar e Dispersa dos Óleos – Modelo de Fowkes 12 1 2 2 p 1 p 2 d 1 d 2 2d 2p 2 W 72.8mN / m Óleo Tensão Componente Componente Superficial Polar Dispersa (mN/m) (mN/m) (mN/m) Nujol 31.26920 0.04775 31.2215 Enca 29.75493 0.221073 29.5339 Unipar 23.0822 2.0621 21.0201 50.95mN / m p w wd 20.85nM / m 2 conhecido W 2 conhecido 2p ? 2d ? Componentes da Tensão Interfacial m Água Momento Dipolo: m m e H d d O 104o d m e d H Componentes da Tensão Interfacial d t t+dt d C d d d d Obrigado! Daniel Carelli