Slide 1 - Sociedade Brasileira de Nefrologia

Propaganda
Manejo da Doença Renal Crônica
“Qual é o melhor modelo?”
Dr. Walter L. Gouvêa
IV Encontro Nacional de Prevenção
da Doença Renal Crônica
14 de março de 2009
Qual é o melhor modelo?
É aquele capaz de atender
simultaneamente de forma integral todas
as demandas e as expectativas das pessoas
com Doença Renal Crônica, dos
profissionais de saúde e de outros atores
econômicos envolvidos nos seus cuidados e
dos Sistemas de Saúde contratantes
Como este objetivo pode ser
alcançado?
1)
2)
3)
4)
5)
6)
Com a solidificação do conhecimento sobre a história natural
da Doença Renal Crônica e a identificação das oportunidades
de modificá-la por meio das ações de promoção de saúde e de
prevenção primária, secundária e terciária
Com a estruturação de adequada metodologia visando
permitir a transferência deste conhecimento para a sociedade
Com a qualificação e habilitação dos profissionais de saúde
que serão os agentes responsáveis pela transferência deste
conhecimento e pela aderência dos pacientes
Com a estruturação de mecanismos de controle dotados de
suficiente transparência de modo a possibilitar que todos os
envolvidos (pacientes, profissionais de saúde, gestores, etc)
possam acompanhar seu desempenho
Com o adequado financiamento, que possivelmente implicará
em novas formas de contratualização
Com o compromisso de todos em trabalhar continuamente no
aprimoramento e reestruturação do modelo adotado
A Nefrologia
Contemporânea
Prioridades
– Foco nos procedimentos de Terapia Renal Substitutiva
(Diálise e Transplante)
– Atividades relacionadas com a incorporação das
inovações tecnológicas
– Conhecimento sobre a Doença Renal Crônica ainda
concentrado num pequeno grupo de profissionais
– Viés marcadamente acadêmico
– Prática assistencial exercida predominantemente em
ambientes fechados e fundamentada na figura do
Médico
A Nefrologia do Futuro
Prioridades
–
–
–
–
Foco na pessoa
Norteada pelas demandas dos Sistemas de Saúde
Conhecimento disseminado entre todos os atores
Avaliação de desempenho através de Indicadores de
Qualidade
– Prática assistencial exercida primariamente nos
ambientes ambulatoriais fundamentada nas ações
integradas de uma Equipe de Saúde Interdisciplinar
Temos número suficiente de
Nefrologistas no Brasil para atender
a potencial demanda de pessoas com
Doença Renal Crônica?
Estimativa da Carga de Trabalho
Assistencial de um Nefrologista no Brasil
• Pacientes com Doença Renal Crônica
– Número de pacientes em diálise (Estágio 5) no Brasil  87.044
– Número de pacientes em potencial no Estágio 4 no Brasil 
174.088
– Número de pacientes em potencial no Estágio 3 no Brasil 
3.742.892
– Número total de pacientes em potencial no Brasil  4.004.024
• Nefrologistas
– Número de Unidades de Diálise cadastradas na SBN  684
– Número de médicos por Unidade de Diálise  5,4
– Número total de Nefrologistas em potencial no Brasil  3.694
Há, no Brasil, 1.084 pacientes com Doença Renal
Crônica para cada Nefrologista
Avaliação Comparativa dos Cuidados
Dispensados por Equipe Multidisciplinar
vs Nefrologista Isolado
• Dois grupos comparados – Total: 288 pacientes
• Entrada em diálise com mesmo nível de filtração
glomerular
• Pacientes cuidados por Equipe Multidisciplinar
exibiam níveis de hemoglobina, albumina e cálcio
mais elevado ao entrarem em diálise
• Curva de sobrevida foi melhor nos pacientes
cuidados por Equipe Multidisciplinar
• Atendimento por Nefrologista Isolado era uma
variável preditiva independente de morte e estava
associado com “Odds Ratio” de 2,17
Curtis, BM et al – Nephrol Dial Transplant 2005;20:147-154.
Ambientes da Prática
Médica
Domiciliar
•Visitas
•Internação
•Gerenciamento
Ambulatorial
•Consultórios
•Centros
Médicos
•Serviços de
Diagnósticos e
Tratamento
Hospitalar
•Geral
•Especializado
•Emergências
•Unidades
Intrahospitalares
SócioSanitário
•Sanatórios
•Hospícios
•Unidades de
Longa
Permanência
Planejamento Estratégico do Ministério
da Saúde
Eixo 2 – Atenção a Saúde
Aumento
de 39 por
cento
Total de R$
6.785.387.436,00
ou 33,6 por
cento do total
70 por cento
do orçado
não está
garantido
O que é um Médico de
Atenção Primária?
• É o profissional cuja responsabilidade é ser o
primeiro contato com a pessoa que tem um
problema que necessita ser diagnosticado e de dar
continuidade aos seus cuidados das outras
condições clínicas que a afligem, sem limitação de
causa, sistema ou órgão comprometido e
diagnóstico.
• Preferencialmente, os Nefrologistas devem
assumir o papel de Médicos de Atenção Primária
dos pacientes em Diálise e Transplantados.
Nefrologistas como Médicos de Atenção
Primária Resultados de Pesquisa da American
Society of Nephrology (ASN Meeting 2006)
Berns, JS and Szczech, LA – CJASN:on line April 11, 2007
Obstáculos na Luta contra
Doença Renal Crônica
• Baixo reconhecimento da sua importância pela sociedade em
geral
• Poucos dados epidemiológicos disponíveis
• Ausência de um Modelo de Assistência que atenda a pessoa
com Doença Renal Crônica na sua integralidade
• Graves problemas de infra-estrutura
– Mão de obra qualificada insuficiente
– Espaços inadequados
• Ausência de uma estratégia para identificação e tratamento
da população em risco ou afetada fundamento nos princípios
da Promoção da Saúde e Prevenção Primária e Secundária
das doenças
• Financiamento voltado quase que exclusivamente para a
realização de procedimentos, que são controlados por
ferramentas administrativas, que com freqüência deixam de
contemplar todas as necessidades da pessoa
Assistência Gerenciada
Conceito
Assistência Gerenciada é o produto da ação
coordenada de uma ou várias equipes de saúde,
com características de atuação interdisciplinar,
nos cuidados do homem na sua integralidade e
contexto (ASSISTÊNCIA), de uma forma próativa, suportada pelas melhores práticas médicas
e administrativas (GESTÃO), acoplado ao
compartilhamento do resultado financeiro com a
operadora de saúde e/ou sistema de saúde
contratante (RISCO).
MISSÃO
“Promover
a atenção integral à
pessoa com doença renal crônica,
de forma eficiente, diminuindo a
carga de doença e amenizando o
seu elevado custo econômicosocial”
Enfermagem
Médico
Pessoa
Nutricionista
Assistente
Social
ESTADIAMENTO DA DOENÇA
RENAL CRÔNICA - NKF
História Natural da Doença Renal Crônica (DRC)
COMPLICAÇÕES E COMORBIDADES
Condição
Normal
Eliminação
dos Fatores
de Risco
Pessoas
Vulneráveis
Atenuação
dos Fatores
de Risco de
DRC
Dano
Renal
Redução da
Filtração
Glomerular
Disfunção
Renal
Avançada
Retardar a Progressão Organizar a Terapia
Diagnóstico e
Tratamento; Evitar da DRC; Cuidar das Renal Substitutiva;
Complicações e
as Comorbidades;
Cuidar das
Comorbidades;
Retardar a
Complicações e
Preparar
para
Terapia
Progressão da DRC
Comorbidades
Renal Substitutiva
VIDA – Princípio, Meio e Fim
Tempo (meses, anos)
MORTE
PLANOS DE AÇÃO
Promoção da
Saúde
Prevenção
Primária
Prevenção
Secundária
Prevenção
Terciária
Pessoas Vulneráveis
Doença Renal
Crônica – Estágio 1
Doença Renal
Crônica – Estágio 2
Doença Renal
Crônica – Estágio 3
Doença Renal
Crônica – Estágio 4
Doença Renal
Crônica – Estágio 5
Controle da pressão
arterial, glicemia e
dislipidemia
Combate a obesidade
Evitar a nefrotoxicidade
Realizar regularmente
atividades físicas
Suspensão do tabagismo
Imunização
Monitoração da filtração
glomerular
Educação
Controle da pressão
arterial, glicemia e
dislipidemia
Combate a obesidade
Evitar a nefrotoxicidade
Realizar regularmente
atividades físicas
Suspensão do tabagismo
Imunização
Monitoração da filtração
glomerular
Educação
Controle da pressão
arterial, glicemia e
dislipidemia
Combate a obesidade
Evitar a nefrotoxicidade
Realizar regularmente
atividades físicas
Suspensão do tabagismo
Imunização
Monitoração da filtração
glomerular
Educação
Controle da pressão
arterial, glicemia e
dislipidemia
Combate a obesidade
Evitar a nefrotoxicidade
Realizar regularmente
atividades físicas
Suspensão do tabagismo
Imunização
Monitoração da filtração
glomerular
Educação
Controle da pressão
arterial, glicemia e
dislipidemia
Combate a obesidade
Evitar a nefrotoxicidade
Realizar regularmente
atividades físicas
Suspensão do tabagismo
Imunização
Monitoração da filtração
glomerular
Educação
Controle da pressão
arterial, glicemia e
dislipidemia
Combate a obesidade
Realizar regularmente
atividades físicas
Suspensão do tabagismo
Imunização
Monitoração da filtração
glomerular
Educação
Controle rígido da pressão
arterial, glicemia e
dislipidemia
Combate a obesidade
Educação
Controle rígido da pressão
arterial, glicemia e
dislipidemia
Combate a obesidade
Ajuste de uso de drogas
Educação
Controle rígido da pressão
arterial, glicemia,
dislipidemia, nutrição,
anemia, metabolismo
cálcio/fósforo,
hidroeletrolítico e ácidobase
Combate a obesidade
Ajuste de uso de drogas
Educação
Controle rígido da pressão
arterial, glicemia,
dislipidemia, nutrição,
anemia, metabolismo
cálcio/fósforo,
hidroeletrolítico e ácidobase
Combate a obesidade
Ajuste de uso de drogas
Educação
Controle rígido da pressão
arterial, glicemia,
dislipidemia, nutrição,
anemia, metabolismo
cálcio/fósforo,
hidroeletrolítico e ácidobase
Combate a obesidade
Ajuste de uso de drogas
Educação
Controle rígido da pressão
arterial, glicemia,
dislipidemia, nutrição,
anemia, metabolismo
cálcio/fósforo,
hidroeletrolítico e ácidobase
Combate a obesidade
Ajuste de uso de drogas
Educação
Controle rígido da pressão
arterial, glicemia e
dislipidemia
Combate a obesidade
Usar medidas de
Nefroproteção
Redução da proteinúria
Evitar a nefrotoxicidade
Suspensão do tabagismo
Cuidar das Comorbidades
Educação
Controle rígido da pressão
arterial, glicemia,
dislipidemia, nutrição,
anemia, metabolismo
cálcio/fósforo,
hidroeletrolítico e ácidobase
Combate a obesidade
Usar medidas de
Nefroproteção
Redução da proteinúria
Evitar a nefrotoxicidade
Suspensão do tabagismo
Cuidar das Comorbidades
Educação
Controle rígido da pressão
arterial, glicemia,
dislipidemia, nutrição,
anemia, metabolismo
cálcio/fósforo,
hidroeletrolítico e ácidobase
Combate a obesidade
Usar medidas de
Nefroproteção
Redução da proteinúria
Evitar a nefrotoxicidade
Suspensão do tabagismo
Cuidar das Comorbidades
Educação
Controle rígido da pressão
arterial, glicemia,
dislipidemia, nutrição,
anemia, metabolismo
cálcio/fósforo,
hidroeletrolítico e ácidobase
Combate a obesidade
Usar medidas de
Nefroproteção
Redução da proteinúria
Evitar a nefrotoxicidade
Suspensão do tabagismo
Cuidar das Comorbidades
Definir método e preparar
início de Terapia Renal
Substitutiva
Educação
Controle rígido da pressão
arterial, glicemia,
dislipidemia, nutrição,
anemia, metabolismo
cálcio/fósforo,
hidroeletrolítico e ácidobase
Combate a obesidade
Suspensão do tabagismo
Cuidar das Comorbidades
Educação
Executar e monitorar a
qualidade da Terapia
Renal Substitutiva
Cuidar das Comorbidades
Educação
História Natural da Doença Renal Crônica (DRC)
COMPLICAÇÕES E COMORBIDADES
Identificação e Estadiamento
Condição
Normal
Eliminação
dos Fatores
de Risco
Cuidados Eficientes
Dispensados de Modo
Coordenado e Pró-Ativo
Pessoas
Vulneráveis
Atenuação
dos Fatores
de Risco de
DRC
Dano
Renal
Redução da
Filtração
Glomerular
Disfunção
Renal
Avançada
Retardar a Progressão Organizar a Terapia
Diagnóstico e
Tratamento; Evitar da DRC; Cuidar das Renal Substitutiva;
Complicações e
as Comorbidades;
Cuidar das
Comorbidades;
Retardar a
Complicações e
Preparar
para
Terapia
Progressão da DRC
Comorbidades
Renal Substitutiva
VIDA – Princípio, Meio e Fim
Tempo (meses, anos)
MORTE
Características do FIRJAN
Saúde
• Foco nas populações da classe C e D
• Cuidados dispensados por Médicos de
Atenção Primária (Médicos de Família)
• Programa de Benefícios de Medicamentos
• Sistema de Saúde suportado por
ferramentas de TI
• Transparência
• Indicadores de Qualidade
A Gerência de Nefrologia do
FIRJAN Saúde
• Atenção a Doença Renal Crônica e ao Dano
Renal Agudo
• Atendimento nos ambientes hospitalares,
ambulatoriais e domiciliares
• Atividades de Promoção da Saúde
• Participação no Programa de Educação
Permanente dos Profissionais de Saúde
Critérios de Elegibilidade
• Pessoas elegíveis
– Idade igual ou superior a 18 anos que:
• preenchem os critérios de definição de Doença Renal Crônica
da National Kidney Foundation
• são transplantados renais
• sofrem de glomerulonefrites
• sofrem de doenças renais hereditárias
• Pessoas não elegíveis
– Idade inferior a 18 anos
– Aqueles que, independentemente da idade, têm
problemas nefrológicos habitualmente não associados a
progressão, por exemplo, Infecção Urinária, Urolitíase,
Carcinoma de Rim e Disfunções Tubulares
Estágios 4 e 5
Estágios 1,2 e 3
Manuseio Compartilhado da
Doença Renal Crônica
Bolton and Owen Jr. – Postgraduate Medicine – June 2002
Riscos assumidos pelo
CUIDAR (I)
• Atividades Assistenciais (Estágios 4 e 5)
– Acesso irrestrito, tanto no aspecto tempo
quanto no aspecto espaço, a Equipe de Saúde
Interdisciplinar composta por Médico(a)
Nefrologista, Enfermeiro(a), Nutricionista e
Assistente Social
– Confecção de acessos para execução de
procedimentos de diálise nos pacientes
cadastrados no programa
– Procedimentos ambulatoriais de diálise
(Hemodiálise e Diálise Peritoneal)
Riscos assumidos pelo
CUIDAR (II)
• Exames Complementares (Estágios 4 e 5)
– Exames Laboratoriais
• Sangue: Ácido Úrico, Cálcio, Capacidade de Ligação
do Ferro, Cistatina C, Cloro, Coagulograma
completo, Colesterol Total, Colesterol HDL,
Colesterol LDL, CPK, Creatinina, Ferritina, Ferro
sérico, Fosfatase Alcalina, Fósforo, Gama GT,
Glicose, Hemoglobina Glicada, Hemograma
completo, Homocisteína, PCR Titulada, Potássio,
Proteínas Totais e Frações, PTH, Reserva Alcalina,
Tempo e Atividade de Protrombina, Tempo Parcial
de Tromboplastina, TGO, TGP, Triglicerídeos,
Uréia, 25 (OH) Vitamina D3
Riscos assumidos pelo
CUIDAR (III)
• Exames Complementares (Estágios 4 e 5)
– Exames Laboratoriais
• Urina: Cultura e TSA, Elementos Anormais e
Sedimento, Proteinúria de 24 Horas
• Sorologia: HBSAg, AntiHBS, AntiHBc, HCV, HIV
• Efluente Peritoneal: Citometria, Coloração de
GRAM, Cultura e TSA, PET Teste
– Métodos Gráficos
• Eletrocardiograma de Repouso
• Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial
Riscos assumidos pelo
CUIDAR (IV)
• Exames Complementares (Estágios 4 e 5)
– Exames de Imagem
•
•
•
•
•
Ultrassonografia Abdominal Total
Teleradiografia de Tórax
Radiografia Simples do Abdome
Doppler Colorido dos Acessos Vasculares
Fistulografia
• Vacinação
– Hepatite B
– Pneumococos
Riscos assumidos pelo
CUIDAR (V)
• Benefícios de Medicamentos (Estágios 4 e 5)
–
–
–
–
Controle da Pressão Arterial
Controle da Glicemia
Controle da Dislipidemia
Controle do Metabolismo Mineral (Cálcio e
Fósforo)
– Controle da Anemia
Riscos não incluídos na
proposta
• Benefício de outros medicamentos que não os
pactuados
• Procedimentos de Diálise não reconhecidos como
rotineiros  Hemodiálise Diária, Hemodiálise
Prolongada, Hemodiálise Domiciliar,
Hemodiafiltração
• Procedimentos de Terapia Renal Substitutiva
quando realizados em ambiente hospitalar ou
domiciliar
• Transplante Renal
Formação do Preço
• Estimativa de utilização dos recursos por estágio
– Humanos
– Infraestrutura
– Sistema de TI
• Estimativa dos exames laboratoriais e radiológicos
necessários para alcance dos objetivos por estágio
• Estimativa dos medicamentos necessários para
alcance dos objetivos por estágio
• Estimativa dos acessos para diálise a serem
confeccionados
• Estimativa do número de sessões de Terapia Renal
Substitutiva a serem realizadas em regime
ambulatorial
Forma de Pagamento
• Mensal
• Pacientes em programa
– Estágios 1, 2 e 3 – valor por pessoa por mês
– Estágio 4 e 5, sem Terapia Renal Substitutiva –
valor por pessoa por mês
– Estágio 5 em diálise – valor por pessoa por mês
– Visita hospitalar – isenta de cobrança
Indicadores de Qualidade
Pactuados (I)
• Uso de inibidores da enzima de conversão e/ou bloqueadores de receptores de
angiotensina II  Meta 70% das pessoas nos estágios 1 a 4
• Redução da velocidade de perda da filtração glomerular para taxa menor que 4
mL/min/1,73 m²  Meta 65% das pessoas nos estágios 1 a 4
• Níveis de pressão arterial sistólica inferiores a 130 mmHg e pressão arterial
diastólica menor que 80 mmHg em pacientes com proteinúria igual ou menor
que 1 grama  Meta 70% das pessoas nos estágios 1 a 4
• Níveis de pressão arterial sistólica inferiores a 125 mmHg e pressão arterial
diastólica menor que 75 mmHg em pacientes com proteinúria maior que 1
grama  Meta 70% das pessoas nos estágios 1 a 4
• Níveis de pressão arterial sistólica menor que 140 mmHg em pessoas com idade
maior que 65 anos  Meta 70% das pessoas em qualquer estágio
• Manutenção dos níveis de Hemoglobina entre 10 e 11 g/dL nas pessoas com
diagnóstico de anemia  70% das pessoas em qualquer estágio
• Acesso definitivo para Terapia Renal Substitutiva  85% das pessoas que
iniciarem eletivamente Terapia Renal Substitutiva
Indicadores de Qualidade
Pactuados (II)
• Conhecimento acerca dos atributos dos alimentos  60%
das pessoas inscritas em programa
• Redução anual de 5% do peso corporal registrado  80%
das pessoas categorizadas como obesas em qualquer
estágio
• Completa anamnese da enfermagem  80% das pessoas
inscritas em programa
• Imunização contra vírus da Hepatite B  90% das pessoas
que iniciarem eletivamente Terapia Renal Substitutiva
• Orientação em relação aos seus direitos seis meses após
inclusão no programa  85% das pessoas em qualquer
estágio
O Programa de Saúde Renal do
FIRJAN Saúde
Pessoas Atendidas
(Fev 2006 a Set 2007)
• Número total – 71
• Inscritos no Programa – 39
–
–
–
–
–
–
Estágio 1: 1
Estágio 2: 4
Estágio 3: 23
Estágio 4: 5
Estágio 5 (sem TRS): 1
Estágio 5 (em Diálise): 5
Características da População Inscrita
no Programa de Saúde Renal
• Idade Média: 69 ± 10 anos
• Sexo
– Masculino: 22
– Feminino: 17
• Causa da Doença Renal Crônica
–
–
–
–
Diabetes Mellitus: 10
Nefrosclerose: 9
Hipertensão Arterial: 8
Outros: 12
Indicadores Sócio-Econômicos da
População Inscrita no Programa de Saúde
Renal (I)
• Domicílio
–
–
–
–
–
–
–
Zona Norte: 24 (62%)
Niterói/São Gonçalo: 6 (16%)
Zona Sul: 3 (8%)
Centro: 2 (5%)
Baixada Fluminense: 2 (5%)
Zona Oeste: 1 (2%)
Região Serrana: 1 (2%)
Indicadores Sócio-Econômicos da
População Inscrita no Programa de Saúde
Renal (II)
• Escolaridade
–
–
–
–
Ensino Fundamental: 6 (15%)
Ensino Médio: 10 (26%)
Ensino Superior: 5 (13%)
Sem Informação: 18 (46%)
• Renda Familiar
–
–
–
–
–
Sem renda: 2 (5%)
Um a dois salários mínimos: 8 (22%)
Dois a cinco salários mínimos: 8 (22%)
Acima de cinco salários mínimos: 4 (10%)
Sem avaliação disponível: 16 (41%)
Dados de Utilização (I)
• Tempo médio de acompanhamento: 11,7 ±
5,7 meses
• Numero de consultas médicas
– De uma a quatro: 22 pacientes (56%)
– De cinco a oito: 11 pacientes (28%)
– De nove a doze: 6 pacientes (16%)
• Internações: 7
• Pacientes que necessitaram de Terapia
Renal Substitutiva durante internações: 3
Desfechos
• Óbitos: Uma paciente em 20 meses de programa
ativo
• Pacientes iniciados em Terapia Renal Substitutiva
pela Equipe Interdisciplinar: Nenhum em 20
meses de programa ativo
Obs: Cinco pacientes em diálise e dois pacientes
transplantados que foram cadastrados no programa
iniciaram tais tratamentos sem passar pelos cuidados da
Equipe Interdisciplinar (4 absorvidos de outras carteiras e
2 via hospitalização)
Indicadores de Qualidade
Atuação da Equipe Interdisciplinar
• Nutrição
– Conhecimento acerca da importância do sal: 13
pacientes (44%)  Abaixo da meta de 60%
– Conhecimento acerca da importância da ingestão de
proteína: 14 pacientes (36%)  Abaixo da meta de
60%
• Serviço Social
– Orientação quanto a seus direitos: 18 pacientes (47%)
 Abaixo da meta de 80%
• Coordenadora de Cuidados (Enfermagem)
– Anamnese de Enfermagem: 28 pacientes (73%) 
Abaixo da meta de 80%
– Vacinação dos pacientes nos Estágios 4 e 5 contra
Hepatite B: 10 pacientes (100%)  Acima da meta de
90%
Indicadores de Qualidade
Intervenções Terapêuticas
• Uso de Inibidores da Enzima de Conversão
ou Bloqueadores dos Receptores de
Angiotensina pela população que não se
encontra em Diálise: 22 pacientes (64%) 
Dentro da meta de 65%
Questionário de Satisfação (I)
• Pessoas cadastradas no programa – 39
• Questionários distribuídos – 38 (Um óbito)
• Pessoas que responderam ao questionário –
31
– Satisfeitas: 30 (97% daqueles que responderam
ao questionário e 77% do total de cadastrados)
– Insatisfeitas: 1
“Não gostou do atendimento da nutricionista, ficando
muito confusa nas orientações nutricionais”
Questionário de Satisfação (II)
“Como você avalia o seu relacionamento com
os profissionais de saúde do programa?
– Bom: 31 (100% daqueles que responderam ao
questionário e 79% do total de cadastrados)
“Você se recorda do nome do nefrologista
responsável pelos seus cuidados?”
– Sim: 29 (93% daqueles que responderam ao
questionário e 74% do total de cadastrados)
Questionário de Satisfação (III)
“Você acredita que o atendimento oferecido pela
equipe interdisciplinar contribuiu para a melhoria
de sua saúde e manutenção da sua qualidade de
vida?”
– Sim: 31 (100% daqueles que responderam ao
questionário e 79% do total de cadastrados)
“Qual o grau de satisfação em relação às
Instalações do Ambulatório médico, considerando
conforto dos consultórios, sala de espera, limpeza
e recepção?”
– Satisfeito/muito satisfeito: 31 (100% daqueles que
responderam ao questionário e 79% do total de
cadastrados)
Questionário de Satisfação (IV)
“Qual era a sua sensação ao entrar em
contato com a Equipe Interdisciplinar do
programa?
“Embora o contato tenha sido pouco, em virtude da
distância, os profissionais sempre foram muito
atenciosos.”
“Segurança, respeito, carinho dos profissionais.”
“Não tenho do que me queixar, gosto muito da médica.
Toda a equipe me trata muito bem.”
“Tenho certeza de que posso contar com vocês.”
Questionário de Satisfação (V)
“Você tem alguma crítica ou sugestão?”
“Tenho críticas em relação ao plano Firjan, o
atendimento era péssimo, com exceção do programa.
Todo mundo era muito bom, desde as recepcionistas.”
“No início batia de frente com a médica, porque as
informações que ela me passava eram diferentes do meu
outro nefrologista. Agora eu a compreendi e entendo.
Estou sendo muito bem atendido.”
“A única coisa que ainda falta no programa é um
profissional de fisioterapia na equipe.”
“A distância atrapalha muito.”
Conclusões
• Modelos de atenção a Doença Renal Crônica
precisam ser estruturados e implantados nos
sistemas de saúde do Brasil
• A experiência do FIRJAN Saúde sugere que um
modelo de atenção fundamentado na atuação de
uma Equipe de Saúde Interdisciplinar
trabalhando com diretrizes e protocolos talvez seja
a maneira ideal de oferecer atendimento integral e
humanizado à pessoa com Doença Renal Crônica
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