Slide 1 - Cursinho TRIU

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Aula 7
As reformas religiosas
O absolutismo
A revolução inglesa
Contexto da reforma:
 Processo de centralização monárquica:
conflitos entre reis e Igreja.
 Lembrar do poder espiritual e temporal
exercido pela Igreja durante a Idade Média (a
Igreja recebia vários tributos feudais oriundos
de seus vastos domínios territoriais).
 Com a formação dos Estados, essa prática
passa a ser questionada pelos reis.
 A Igreja condenava a usura – entrave para
expansão capitalista em curso.
• Burgueses: crise de religiosidade
Crise religiosa
Abusos excessivos do clero:
• condenavam a usura, mas a praticavam;
• Comércio de bens eclesiásticos;
• Desrespeito ao celibato;
• Venda de cargos eclesiásticos;
• Venda de indulgências (do perdão dos
pecados).
 As críticas à Igreja se tornaram intensas:
Thomas Morus e Erasmo de Roterdã –
pregavam mudanças no interior da
instituição.
Sacro Império Romano-Germânico
 Alemanha - região do Sacro Império –
região predominantemente feudal; a Igreja
detinha grandes quantidades de terras
 a nobreza desejava diminuir a influência e o
poder da igreja na região.
Reforma luterana
 Início: na região da atual Alemanha, Martinho
Lutero (membro do clero e professor da
Universidade de Wittenberg) era contrário a várias
práticas exercidas pela Igreja, dentre essas, a venda
de indulgências.
 1517: Lutero escreveu um documento conhecido
como As 95 teses, no qual criticou publicamente a
Igreja e o próprio Papa.
 Diante dos fatos, o Papa Leão X ameaçou Lutero
de excomunhão, mas Lutero queimou a bula que o
condenava, instalando uma grave crise política.
 Nobreza alemã: parte a favor do Papa, parte
(grande maioria) contra.
 Lutero
foi considerado herege pela
assembleia convocada pelo Imperador
Carlos V, no entanto, foi acolhido por parte
da nobreza. Nesse ínterim, realiza a
tradução da Bíblia do latim para o alemão.
1530 – Cria a doutrina luterana: Vejamos os
principais critérios:
 rejeição ao tomismo – salvação pela fé;
• único dogma – leitura da bíblia;
• Extinção do clero regular, das imagens
religiosas e do celibato;
• Existência de dois sacramentos: batismo e
eucaristia;
• Negação da transformação do pão e vinho
no corpo e sangue de Cristo –
transubstanciação;
• Submissão da Igreja ao Estado (atraiu, dessa
forma, o apoio de grande parte da nobreza
alemã).
• Surge nesse momento revoltas camponeses contra
a nobreza. Lutero acaba condenando as revoltas.
Reforma calvinista
• Suíça: se separou do Sacro Império em 1499.
• O francês João Calvino fundou em Genebra uma
nova corrente religiosa. Vejamos alguns de seus
princípios:
• Predestinação absoluta (somente alguns homens
destinados à salvação);
• Sinal de graça: vida de virtudes, sobriedade,
trabalho, retenção de gastos;
 Essas
convicções
religiosas
se
aproximavam dos valores capitalistas.
Expansão do calvinismo pela Europa:
 Países Baixos, Dinamarca, Escócia
(chamados
de
prebisterianos),
Inglaterra (puritanos) e na França
(huguenotes).
Reforma na Inglaterra
 Promovida pelo rei Henrique VIII (1509-
1547) criou em 1534 a Igreja Anglicana. Foi
excomungado pelo papa e confiscou todos
os bens da Igreja na Inglaterra.
 O líder da Igreja era o próprio rei. O
anglicanismo preservava aspectos do
catolicismo e do calvinismo. Atendeu aos
interesses políticos do rei e da burguesia.
 Movimento de reação da Igreja católica
contra
a
expansão
das
doutrinas
protestantes.
Principais medidas:
 Fundação em 1534 da Companhia de Jesus
(jesuítas – expansão da fé católica);
 Criação de escolas para formar membros do
clero;
 Proibição da venda de indulgências;
• Restabelecimento da Inquisição – Tribunal do
Santo Ofício (função de julgar as práticas
heréticas);
• Criação do Index: lista de livros proibidos pela
Igreja católica (leituras consideradas perigosas pela
Igreja).
As novas doutrinas protestantes não foram
destruídas pela contra reforma, mas essa última
conseguiu expandir a fé católica, sobretudo, na
América (lembre-se do trabalho dos jesuítas na
catequização de várias etnias indígenas nas
Américas portuguesa e espanhola).
• Processo
histórico → formação das monarquias
centralizadas (desde o período da Baixa Idade
Média)→ formação dos estados → reis buscam maior
autoridade em seus governos.
• Principais teóricos que justificavam o poder absoluto
dos reis:
• Nicolau Maquiavel (1469-1527). Obra - O Príncipe
defende a separação entre moral e política (em relação
sobretudo às convicções religiosas sobre o poder
político). O autor é conhecido pela máxima: “os fins
justificam os meios”.
• Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704). Autor da obra
Política Retirada da Sagrada Escritura. Argumentava
que a autoridade dos monarcas era oriunda de uma
vontade de Deus. Dessa forma, legitimava o poder
absoluto e divino dos reis.
• Thomas Hobbes (1588-1679). Autor da obra Leviatã.
Necessidade de um Estado absoluto para coibir a
natureza perversa do homem, que, segundo o autor,
levaria a sociedade humana ao caos. Solução: criação
de um contrato, no qual a sociedade civil cederia seus
direitos a um soberano (em prol da própria existência
humana).
Absolutismo na França
• Processo de centralização monárquica iniciado
desde o século X (com a dinastia Capetíngia).
• Se estendeu ao longo da Baixa Idade Média e foi
interrompido pela Guerra dos Cem Anos.
• Dinastia de Valois: retoma o processo de
centralização do Estado francês, inclusive em um
contexto de disputas religiosas.
• Auge dos conflitos religiosos: noite de São
Bartolomeu (1572) → nobreza católica X burguesia
calvinista (huguenotes). Aproximadamente 30 mil
pessoas foram mortas.
• Dinastia Bourboun – Henrique IV pacificou o país e
promoveu a liberdade de culto. Retomada da aliança
rei – burguesia.
• Luís XIII – tomou medidas para transformar a França
em uma grande potência da Europa.
• Guerra dos Trinta Anos (1618-1648): a dinastia dos
Habsburgo (católicos) controlavam a Espanha e a
Áustria. Se envolveu em conflitos com os Países Baixos,
Dinamarca, Boêmia e Suécia que eram protestantes e
faziam parte de seus domínios. A França saiu em
defesa dos protestantes, iniciando a guerra. A vitória
da França fortaleceu o absolutismo no país.
• Luís XIV (1643-1715): auge do absolutismo francês.
• O
ministro Colbert estruturou a doutrina
mercantilista francesa (busca de colônias e criação
de manufaturas).
• Construção do Palácio de Versalhes - nobreza
repleta de privilégios.
• Contradições: ocorria uma expansão mercantil e
manufatureira e a burguesia não conseguia ocupar
cargos políticos.
• Nos próximos governos, a França passou a perder
espaço para a Inglaterra como grande potência
europeia.
O absolutismo inglês
 O processo de centralização da monarquia
inglesa foi interrompido pela criação da
Magna Carta (que limitava o poder do rei).
 Vimos também que a Inglaterra enfrentou
duas grandes guerras: Guerra dos Cem Anos
e a Guerra das Duas Rosas (disputa pelo
trono inglês).
 Com o fim da guerra, a família Tudor
assumiu o poder.
 Dinastia Tudor: Henrique VIII: conseguiu
submeter o parlamento ao seu poder e criou
a Igreja Anglicana (lembre-se da reforma
protestante).
 Essa religião acabou agradando a burguesia
inglesa
(possuía
características
do
catolicismo, mas com forte conteúdo
calvinista também).
 O catolicismo passou a ser restaurado como
religião oficial do reinado da rainha Maria I
(filha de Henrique VIII).
 Mas com a próxima rainha, Elisabeth I (1558-
1603) o anglicanismo volta a ser a religião
oficial do país.
 Em seu governo, a política mercantilista
ganhou força (exploração de colônias e
construção de uma grande frota marítima).
 A invencível armada (poderosa marinha
inglesa) atacou e pilhou navios e colônias
espanholas.
Processo de cercamentos de terras
agrícolas:
 propriedades autosuficientes que eram
usadas para o cultivo de vários itens
agrícolas são destinadas à produção de
poucos produtos → o mais comum foi a
criação de ovelhas (extração da lã) para
atender as manufaturas têxteis.
Vamos entender como era organizada a estrutura
fundiária inglesa?
 “Compreendemos agora todo o significado do termo
open field = campos abertos, sem cercas, que se opõe à
propriedade autônoma e fechada (...) o open field
system preservou, por muito tempo, a pequena
propriedade.” (MANTOUX, 1988, p. 134.)
 Nas terras de uso comum (usadas para pastagem por
exemplo) era permitido que a população mais pobre
(que não possuía nenhuma propriedade) usufruísse
das terras: “Enfim, abrigos, cabanas, habitações
humildes nela se erguiam: as terras baldias tinham
pouco valor para que se impedisse que alguns pobres
nela se instalassem e vivessem (...)” (MANTOUX,
1988, p. 138).
Um nova estrutura agrária se estruturou no
campo a partir dos cercamentos:
 Terras beneficiando um único proprietário;
 Atividades que não necessitavam de um
grande
número
de
trabalhadores
camponeses → resultou na expulsão de
grande parte dos camponeses de suas terras
→ êxodo rural.
 Grande concentração de riquezas via o
processo de cercamentos (aristocracia se
“aburguesou”).
Nova dinastia
 Stuart: buscaram priorizar os aspectos
católicos do anglicanismo. Grande parte da
burguesia passou a questionar o poder real
(formaram o grupo dos puritanos).
 No governo de Carlos I (1625-1648) os
conflitos aumentaram, culminando em uma
guerra civil: cavalheiros ao lado do rei e os
cabeças
redondas
partidários
do
Parlamento.
 burguesia
puritana versus
monarquia
absolutista.
 Comandados
por Oliver Cromwell, o
Parlamento inglês conseguiu a vitória (o rei
foi decapitado e Oliver Cromwell proclamou
uma República – mas governada com
poderes ditatoriais.
 Atos de Navegação: em prol dos interesses
mercantis. Consistia em um conjunto de leis
que protegiam o comércio inglês.
 Morte de Cromwell - novos conflitos:
restauração da dinastia Stuart (católica e
monárquica)
Revolução Gloriosa 1688:
 afastamento do rei Stuart Jaime II. Sob o
comando da burguesia, o protestante
Guilherme de Orange assumiu o trono. Este
concordou com a Declaração de Direitos Bill of Rights (nem ele, nem seus
sucessores poderiam submeter o Parlamento
ao poder real).
 Estabelecia-se,
assim, a Monarquia
constitucional inglesa.
 Fontes
 Slides 8 e 12. Disponível em:
http://historiaaraposo8ano.wordpress.com/category/reforma/. Acesso
em: 02/06/2012.
 Slide 15. Disponível em:
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/iconograficos/Jesuitas
_catequizando_indios.html. Acesso em : 02/06/2012.
 Slide 19: Disponível em:
http://historianovaemfoco.blogspot.com.br/2010/01/noite-de-saobartolomeu.html. Acesso em : 02/06/2012.
 Slide 27: MANTOUX, Paul. A revolução industrial no século XVII:
estudos sobre os primórdios da grande indústria moderna na
Inglaterra. São Paulo: Editora da Unesp, HUCITEC, 1988.
 Prezados alunos (as)
 O resumo da presente aula foi produzido com base na
obra:
 VICENTINO, Cláudio; GIANPAOLO, Dorigo. História
para o ensino médio: história geral e do Brasil. São
Paulo: Scipione, 2008.
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