Slide 1 - Paulo Margotto

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MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO EM PEDIATRIA
Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF
Influenza A(H1N1)2009: situação dos
pacientes internados no Serviço de
Pediatria do HRAS
Vitória Régia Pereira Albuquerque
Orientador: Dr. Fabrício Prado Monteiro
www.paulomargotto.com.br
21/10/2010
CONCEITOS BÁSICOS
 Endemia: doença localizada em um espaço limitado denominado “faixa endêmica”, que se
manifesta apenas numa determinada região, de causa local, não atingindo nem se
espalhando para outras comunidades.
 Epidemia: doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e
pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto
epidêmico.
 Pandemia: é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um
ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes.
O QUE É INFLUENZA?
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
 Infecção viral aguda
 Distribuição global
 Elevada transmissibilidade
 Caráter epidêmico
disseminação rápida
 Circulação anual
 Surtos anuais
significativa morbimortalidade
 Evolução autolimitada
complicações
INTRODUÇÃO
 Influenza A(H1N1)- doença infectocontagiosa ocasionada por variante de
vírus da influenza que surgiu de mutação de material genético
humano,suíno e aviário presentes simultaneamente em porcos.
 Sinonímia: Gripe suína,mexicana,norte americana e nova
 O espectro clínico da infecção por vírus Influenza A (H1N1) é similar ao de
uma gripe comum-doença autolimitada a manifestações mais graves
(PNM,IR e morte)
 A infecção pela influenza A-H1N1 considerada desde a sua emergência, em
abril de 2009, a partir de dados preliminares relatados no México, capaz de
determinar letalidade em torno de 6 a 10%, - comoção mundial, riscos de
pandemia.
 Pré-requisitos para pandemia(OMS)
Novo vírus-população baixa ou nenhuma imunidade, capacidade viral de se
replicar em humanos e causar doença grave, virus transmitido facilmente
entre humanos
OBJETIVOS
 Objetivo Geral
-
Apresentar a situação dos casos notificados como H1N1, internados no serviço
de Pediatria do HRAS, no período de agosto a dezembro de 2009
 Objetivos Específicos
-
Verificar o perfil epidemiológico dos pacientes internados no pronto socorro
infantil do HRAS;
- Identificar as principais particularidades no Brasil e Distrito Federal.
MATERIAL E MÉTODOS
 Local do Estudo - O Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)
MATERIAL E MÉTODOS
 Estudo retrospectivo, descritivo, com avaliação de crianças internadas com
diagnóstico provável de Infecção por influenza A (H1N1) no HRAS, realizado no
período de 01 de agosto a 31 de dezembro 2009, abrangendo um total de 30
pacientes atendidos e internados pela equipe PSI-HRAS.
 Foram avaliados dados clínicos –epidemiológicos fornecido pelo CRIE-HRAS e
vigilância epidemiológica.
 Revisão bibliográfica, bancos de dados Medline, LILACS, WHO, CDC, Medscape,
Proquest e Bireme
MATERIAL E MÉTODOS
Critérios de inclusão:
Critérios de exclusão:
-Paciente com idade 0 a 14 anos 11 meses
e 30 dias, não gestantes;
- Pacientes que iniciaram febre aferida
≥37.8, há menos de 48h do início do
quadro;
- Pacientes cadastrados no SINAN;
- Pacientes internados no HRAS no
período de agosto a dezembro de 2009;
-Pacientes que não receberam
oseltamivir prévio;
-Pacientes não portadores HIV.
- pacientes que não preencheram os
critérios de inclusão
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Crianças em idade pré-escolar e
escolar
são
amplificam
os
a
grupos
transmissão
que
na
comunidade.
FIG 1-Distibuição dos pacientes, quanto a faixa etária na
amostra em estudo,internados no PSI-HRAS no período em
estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Este fato pode está presente por causa da
pequena amostra estudada, porém não há
dados na literatura quanto ao acometimento
dos sexo na faixa etária pediátrica
FIG 2-Distribuição quanto ao sexo na amostra total
de pacientes internados, no período em estudo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Desde que o vírus iniciou sua circulação
sustentada, a OMS priorizou a notificação,
investigação, diagnóstico e tratamento dos
casos com síndrome respiratória aguda
grave (SRAG) e dos indivíduos com fatores
de risco para complicações. Segundo o novo
protocolo, são considerados casos de SRAG
os indivíduos que apresentarem febre,
tosse e dispnéia.
FIG 3- Principais sinais e sintomas encontrados nos pacientes internados no
PSI-HRAS, com suspeita de H1N1,no período de agosto de agosto a dezembro
2009
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A maioria dos nossos pacientes apresentou
evolução benigna, conforme está descrito na
literatura.
FIG 4- Evolução dos pacientes internados no PSI-HRAS com
SRAG,no período em estudo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na amostra em estudo observou-se que 40% dos pacientes evoluiu com pneumonia e
poucos necessitaram internação na UTI.
FIG 5- Número e percentual dos pacientes internados no
PSI-HRAS que evoluiram com PNM no período em
estudo.
FIG 6- Número e percentual dos pacientes que
nescessitaram internação na UTI-PED
RESULTADOS E DISCUSSÃO

No Brasil, entre os casos de SRAG que
apresentavam uma ou mais comorbidades
observou-se que o grupo de doenças
respiratórias crônicas foi o mais freqüente,
seguido de doenças cardiovasculares e
renais crônicas.

Em relação aos casos internados no serviço
de pediatria do HRAS, verificou-se que
(73%)
apresentavam
comorbidade.
algum
tipo
de
FIG 7- Principais comorbidades verificadas na amostra em estudo
RESULTADOS E DISCUSSÃO

O tratamento com oseltamivir( Tamiflu) foi
indicado , seguindo as orientações do protocolo
do ministério da saúde, destinando-o para
aqueles pacientes pertencentes ao grupo de risco.

Os pacientes em estudo apresentavam indicação
tanto pelo quadro clínico, faixa etária ou presença
de comorbidades associadas
FIG 8-Número e percentual dos pacientes medicados
com Tamiflu
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Poucos pacientes realizaram o PCR. Houve um determinado momento de indisponibilidade dos kits
por parte da secretaria e ministério da saúde,uma vez que na fase de epidemia não estaria mais
indicada a identificação individual dos casos.
FIG 9- Número e porcentagem dos pacientes que
realizaram PCR, atendidos no PSI-HRAS de 01 de agosto
a 31 dezembros 2009.

FIG 10-Resultado do PCR realizado na população em
estudo
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Segundo os dados cadastrados no SINAN,
em 2009, foram notificados 1543 casos de
síndrome respiratória aguda grave (SRAG)
no Distrito Federal, dos quais 609 (39.5%)
foram casos confirmados de SRAG H1N1;
1600
1400
1200
1000
800
163 (10.6%) casos de SRAG por outro
600
agente, 741 (48%) casos descartados
400
Notificados
SRAG H1n1
SRAG outro
descartado
S/inf
200
0
FIG 11-Classificação dos casos SRAG,quanto à
etiologia,DF,2009
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 No Brasil, os primeiros casos de gripe
H1N1, foram importados de países que
já registravam transmissão sustentada
da patologia havendo predominância
no sexo feminino .
FIG12- SRAG H1N1, por sexo, DF 2009
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Dos 609 casos confirmados SRAG H1N1, 551(90%) pacientes evoluíram para cura e
apenas 9 pacientes evoluíram a óbito.
Meses
FIG13- SRAG H1N1, por evolução, DF 2009
Masculino
Feminino
Julho
1
0
Agosto
2
3
Setembro
1
2
Outubro
0
1
Total
4
6
FIG14- Óbitos por SRAG H1N1, segundo
mês e sexo, DF 2009
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Em 2009, foram registrados pouco menos de 40.000 casos de gripe A (H1N1) no Brasil,
resultando em cerca de 1.700 mortes contra 71 no primeiro semestre de 2010.
 Não existem números precisos sobre o número de infectados pela gripe comum, mas sabe-se
que, no mesmo período (2009), ela matou 70 mil pessoas no Brasil, 41 vezes mais do que a
temida gripe suína.

Em comparação, a gripe A (H1N1) matou 14.000 pessoas em todo o mundo, enquanto a gripe
comum mata entre 250.000 e 500.000 pessoas por ano, segundo estimativas da Organização
Mundial da Saúde.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Desde março 2010, o Brasil, através do programa nacional de imunizações, oferece vacina
contra Gripe H1N1 na rede pública. Foram vacinadas 88 milhões de pessoas no Brasil, segundo
informou o Ministério da Saúde no dia 25/07/2010.
 No ano 2010, vislumbramos uma redução significativa dos casos de gripe H1N1(notificados
157 casos , 8 casos confirmados) e das taxas de morbidade e mortalidade, especialmente
devido à vacinação

A situação no Distrito Federal, no restante do Brasil e no mundo, foi caracterizada por uma
pandemia com predominância de casos clinicamente leves e com baixa letalidade.
CONCLUSÃO

Em nosso serviço foram internados 30 pacientes com diagnóstico provável de influenza A H1N1. Os
principais sintomas encontrados foram febre, tosse, dispnéia e a maioria dos pacientes recebeu tratamento
com oseltamivir apresentando evolução favorável. A faixa etária mais acometida foi a escolar, havendo
predomínio significativo do sexo masculino. Grande parte dos pacientes apresentava comorbidades
associadas ao quadro, principalmente doenças respiratórias crônicas.

A falta de informação, o desconhecimento da população frente à situação nova e a incapacidade da ciência
de dar resposta imediata à primeira pandemia do século XXI colaboraram para dificultar a abordagem em
mais uma doença infecto contagiosa, a qual não apresentou mais letalidade que a influenza sazonal

No Distrito Federal e no restante do Brasil, não houve uma elevada morbidade e letalidade capaz de causar
grande impacto nos serviços de saúde, portanto, acreditamos que as medidas governamentais nacionais e
internacionais devem ser revistas, para enfim, dar um enfoque necessário e devido a tal morbidade infectocontagiosa.
Obrigada!!!
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