Introdução à Semiótica

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- Introdução à Semiótica Prof. Marcel Matias
Primeiros passos para a Semiótica
• O nome Semiótica vem da raiz grega semeion,
que quer dizer signo. Semiótica é a ciência dos
signos.
• A Semiótica é a ciência geral de todas as
linguagens.
Observações
Semiótica...
• Teoria do signo
significação?
ou
do
processo
de
• Comunicação humana ou todas as formas de
comunicação?
• O século XX viu nascer e está testemunhando
o crescimento de duas ciências da linguagem.
Uma delas é a Lingüística, ciência da
linguagem verbal. A outra a Semiótica, ciência
de toda e qualquer linguagem.
• Distinção entre língua e linguagem.
• Distinção entre linguagem verbal e linguagem
não-verbal.
• Não nos comunicamos apenas por meio da
língua, também nos comunicamos e nos
orientamos através de imagens, gráficos,
sinais, setas, números, luzes... Através de
objetos, sons musicais, gestos, expressões,
cheiros e tato, através do olhar, do sentir e do
apalpar. Somos uma espécie tão complexa
quanto são complexas e plurais as linguagens
que nos constituem como seres simbólicos,
isto é seres de linguagem.
• A língua possui alta capacidade de veicular o
saber analítico, por isso, muitas vezes ela se
sobrepõe a outras linguagens. Mas existem
inúmeras outras formas de expressão: rituais
de tribos primitivas, desenhos em caverna,
dança, música, cerimônias religiosas, pintura,
escultura, arquitetura, poesia...
• Todas essas linguagens se constituem como
sistemas sociais e históricos de representação
do mundo
• Linguagem: formas sociais de comunicação e
significação
• De dois séculos para cá (pós-revolução industrial),
as invenções de máquinas capazes de produzir,
armazenar e difundir linguagens (a fotografia, o
cinema, os meios de impressão gráfica, o rádio, a
TV etc). povoaram nosso cotidiano com
mensagens e informações que nos espreitam e
nos esperam. Para termos uma idéia das
transmutações que estão se operando no mundo
da linguagem, basta lembrar que ao simples
apertar de botões, imagens, sons, palavras
(novela, jogo de futebol) invadem nossa casa.
• Considerando-se que todo fenômeno de
cultura só funciona culturalmente porque é
também um fenômeno de comunicação, e
considerando-se que esses fenômenos só
comunicam porque se estruturam como
linguagem, pode-se concluir que todo e
qualquer fato cultural, toda e qualquer
atividade ou prática social constituem como
práticas significantes, isto é práticas de
produção de linguagem e de sentido.
• A Semiótica é a ciência que tem por objeto
todas as linguagens possíveis.
• A vida é uma questão semiótica... DNA.
Observações
• O estudo do signo de comunicação ocorre ao
longo da história da filosofia ocidental. Platão,
por exemplo, desenvolveu uma teoria do
signo.
• O termo “semiótica” foi usado em outros
momentos da história do conhecimento,
possui significado amplo que abrange desde a
medicina a teorias sobre uma linguagem
secreta.
O legado de C. S. Peirce
• O surgimento de uma “consciência semiótica”... três
origens...
• A origem norte-americana tem como princípio as ideias
de Charles Sanders Peirce (1839-1914).
• Estudioso da Lógica nas mais diversas ciências.
• Peirce: filósofo e cientista
• Para Peirce, a Lógica seria um ramo da Semiótica.
• Semiótica: teoria lógica e científica da linguagem...
• Semiótica peirciana: filosofia científica da linguagem
Outras fontes e caminhos
• União Soviética, século XIX, A. N. Viesse-lovski,
A. A. Potiebniá, formalismo russo.
• Curso de Línguística Geral, Ferdinand de
Saussure, na Universidade de Genebra, rápida
difusão pela Europa.
Observações
• “A rivalidade entre esses dois termos foi
oficialmente encerrada pela Associação
Internacional de Semiótica que, em 1969, por
iniciativa de Roman Jakobson, decidiu adotar
semiótica como termo geral do território de
investigações nas tradições da semiologia e
semiótica” (NÖTH, 2003, p. 24).
Curiosidade
- A teoria do signo concebida por Platão
possui estrutura triádica:
• 1. o nome;
• 2. a noção de ideia;
• 3. a coisa à qual o signo se refere.
- A estrutura acima é permeada pelos
conceitos de “mundo sensível”, “mundo das
ideias” e “imitação”.
Referências
• NÖTH, Winfried. Panorama da semiótica. 4.
ed., São Paulo: Annablume, 2003.
• SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São
Paulo: Brasiliense, 1983. (Primeiros Passos).
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