Ciclones Ciclogêneses e Frentes

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Ciclones, ciclogênese e frentes
Processo de abaixamento da pressão atmosférica de
superfície com consequente formação de circulação
ciclônica. Muitas vezes, pode ser disparada por
vórtices ciclônicos de altos níveis;
Segundo Taljaard (1982) e Necco (1982):
•as ciclogêneses da América do Sul e Atlântico Sul
ocorrem também ao norte de 35°S;
•maior frequência de ciclogênese sobre o oceano no
verão e sobre o continente no inverno;
Classificação dos
ciclones
Ciclones
do tipo A
Ciclones
do tipo B
Ciclones do tipo A
O
desenvolvimento começa sob uma
corrente de ar superior de pouca
intensidade, numa zona de máxima
baroclinia (instabilidade);
 Inicialmente não é observada a presença
de um cavado em altos níveis; porém,
este desenvolve-se quando o ciclone em
baixos níveis se intensifica;
Ciclones do tipo A
A
advecção de vorticidade em altos níveis
é pequena no início e durante o
desenvolvimento
do
sistema.
A
contribuição principal para a intensificação
do ciclone é a advecção térmica.
 A baroclinia
na troposfera inferior é grande
a princípio, decrescendo com a oclusão
da onda.
Ciclones do tipo B

O desenvolvimento se inicia quando um cavado de ar
superior preexistente, com forte advecção de vorticidade a
jusante, penetra sobre uma área de advecção de ar
quente nos baixos níveis, na qual a frente fria pode ou não
estar presente.

A distância de separação entre o cavado de ar superior e
o sistema de baixos níveis decresce rapidamente
enquanto o ciclone se intensifica. O eixo tende a
posicionar-se na vertical, assim que o ciclone atinge a
intensidade máxima.
Ciclones do tipo B

A advecção de vorticidade de altos níveis inicialmente é
grande, diminuindo à medida que a intensidade máxima
do ciclone é atingida. A advecção térmica é pequena no
início, crescendo com a intensificação do ciclone em
baixos níveis.

A baroclinia na troposfera inferior é relativamente pequena
na fase inicial, crescendo com a intensificação do sistema.

O resultado final do desenvolvimento é a oclusão clássica.
Tipo C
 Na
década de 1980, Radinovic (1985)
propôs a existência de outro tipo de
ciclone, que ele chamou de tipo C,
associado a efeitos orográficos, também
conhecidos como ciclones sotavento de
montanhas.
Ciclogênese
 Podem
ser classificadas de acordo com a
sua intensidade, determinada a partir do
incremento
da
vorticidade
ciclônica
associada ao ciclone ou, mais facilmente,
a partir da queda de pressão no centro do
ciclone.
Mecanismos de formação de ciclones
extratropicais

A instabilidade baroclínica está associada a
conversão de energia potencial disponível da
perturbação em energia cinética da perturbação,
intensificando
a
circulação
secundária
movimento de rotação do ciclone.
e
o
A
Teoria do Desenvolvimento expressa que
a variação da vorticidade nas proximidades
da superfície depende da advecção da
vorticidade
e
de
temperatura,
do
aquecimento adiabático e diabático, e do
atrito, integrados verticalmente desde a
superfície até um nível “p”, próximo do nível
de não divergência.
Frentes
 Uma
frente é definida como a fronteira entre
duas massas de ar de diferentes
temperatura e densidade.
 Quando
uma frente passa sobre uma região
verificam-se alterações na direção e
intensidade
do
vento,
na
pressão
atmosférica, na temperatura e na umidade
do ar.
Ventos
Faz
um giro, passando de
NE, NW, SW e depois SE.
Temperatura
As
variações são grandes ao
atravessarmos a frente.
Inversão na superfície de
transição.
Mudanças de temperaturas
são bruscas.
Pressão
Isóbaras
formam um gancho
ao cruzarem a frente, se
curvam na direção das baixas
pressões.
As frentes se situam num
cavado de baixa pressão.
Frentes Frias
 As
frentes frias ocorrem quando uma
massa de ar mais fria substitui outra
mais quente.
Frentes Frias
A
massa de ar frio segue a massa de
ar quente e, pelo fato da massa de ar
frio ser mais densa, empurra a massa
de ar quente, obrigando-a a subir.
Frentes Frias
 Ao subir, o ar quente se
resfria e as nuvens
começam a formar-se.
 A
precipitação que
ocorre associada às
frentes
frias
é
habitualmente intensa
e de curta duração.
Frentes Frias
Frentes Frias
 Após
a
sua
passagem,
geralmente
observa-se a entrada de massas de ar frio
que, dependendo de sua trajetória e
intensidade, provocam quedas bruscas de
temperatura.
Climatologia da passagem de Frentes
Frias
 As
ondas baroclínicas de latitudes
médias modificam-se ao atravessar os
Andes e interagem com a circulação
atmosférica sobre a A. do Sul.
Climatologia da passagem de Frentes
Frias
 Consequentemente
os
sistemas
frontais que se deslocavam de oeste
para leste, sobre o Pacífico, ganham
uma componente em direção ao
Equador, propagando-se de sudoeste
para nordeste ao longo da costa leste
da América do Sul, chegando a atingir
a Região Sudeste.
Climatologia da passagem de Frentes
Frias
 Existe
uma
sazonalidade
na
ocorrência de passagens de frentes
frias.
 São mais frequentes de maio a
setembro e menos frequentes
durante o verão no hemisfério sul
(dezembro a fevereiro).
Climatologia da passagem de
Frentes Frias
As
Frentes ocorrem em maior
número e durante todo o ano
entre 20 s e 30 s.
Variabilidade das frentes sobre o Brasil
 No
Sul, o número de Frentes Frias
varia entre 60 e 70 por ano.
Variabilidade das frentes sobre o
Brasil
Na
região
frequência
sudeste,
de
a
sistemas
frontais é de 50 a 60.
Variabilidade das frentes sobre o
Brasil
 No
centro-oeste da América do
Sul, a maioria dos anos apresenta
entre 35 e 45 passagens de
Frentes.
CICLO METEOROLÓGICO NA COSTA BRASILEIRA
Figura 1: Situação normal; a
costa brasileira está sob o
domínio do escoamento de
grande escala exercido pelo
Anticiclone
Subtropical
Marítimo do Atlântico Sul. O
sistema produz ventos fracos
de NE, que sopram paralelos
à costa.
CICLO METEOROLÓGICO NA COSTA BRASILEIRA
Figura 2: Uma massa polar
continental
localizada
na
Argentina
avança
para
nordeste.
Com
a
aproximação da frente fria o
Anticiclone
Subtropical
Marítimo do Atlântico Sul se
retrai e os ventos rondam
para NW não mais soprando
paralelos à costa.
CICLO METEOROLÓGICO NA COSTA BRASILEIRA
Figura
3:
Com
a
passagem da frente fria, o
vento
sudoeste,
paralelo
ronda
para
soprando
à costa, mas
para o norte. Os ventos
são fortes acompanhados
de chuvas frontais.
CICLO METEOROLÓGICO NA COSTA BRASILEIRA
Figura 4: Com o avanço
da frente para o norte os
ventos rondam para sul e
sudeste, perdendo a força.
A situação se restabelece
quando o vento atinge a
direção leste. O ciclo se
fecha quando os ventos
voltam a soprar de NE.
CICLO METEOROLÓGICO NA COSTA BRASILEIRA
Figura 1: Situação normal; a
costa brasileira está sob o
domínio do escoamento de
grande escala exercido pelo
Anticiclone
Subtropical
Marítimo do Atlântico Sul. O
sistema produz ventos fracos
de NE, que sopram paralelos
à costa.
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