Qualificação da Atenção à Saúde de Mulher da UBS

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UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS - UNASUS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
MODALIDADE À DISTÂNCIA
TURMA 5
Qualificação da Atenção à Saúde de
Mulher da UBS Sítio Floresta,
Pelotas / RS
Onelia de las Mercedes Pérez Hernández
Orientadora:Lenice Muniz De Quadros.
Pelotas, 2015
Introdução
• Município de Pelotas/RS
• 3ª cidade mais populosa do estado do RS,
município mais populoso da zona sul, possui
aproximadamente 346.452 habitantes (IBGE)
• Possui seis grandes bairros na zona urbana e nove
distritos na zona rural.
• Pelotas pertence à 3ª Coordenadoria Regional de
Saúde (CRS) junto de mais 21 municípios.
Introdução
A rede de assistência primária à saúde é composta por:
• 52 Unidades Básicas de Saúde (UBS)
• Destas tem implantada a ESF em 27 unidades e 25 são
tradicionais.
• UBS Sítio Floresta
Zona Norte, Três Vendas
1 equipe 6 micro áreas
=
2 equipes 12 micro áreas
Introdução
• População 4.777 usuários (02/14)
• 1.569 famílias cadastradas
• Implantou a ESF há 11 anos. Apesar de promover ações
de prevenção de promoção de saúde apresenta
dificuldades ainda para desenvolvê-las.
• População
Urgência
Modelo Curativista.
• Grupos de Hiperdia, grupo de Gestantes, Tabagismo e
Projeto saúde e prevenção escolar.
Introdução
EQUIPE 1
1 médica
Mais Médicos
EQUIPE 2
6 ACS
1 enfermeira 1 técnica de
enfermagem
6 ACS
1 médico
PROVAB
1 enfermeira 1 técnica de
enfermagem
Em comum para ambas equipes:
- 1 dentista e 1 ASB
-1 nutricionista
- 1 assistente social
-1 recepcionista
-2 higienizadoras
Objetivo Geral
• Melhorar a Atenção à Saúde da Mulher Prevenção do Câncer de Colo de Útero e
Controle do Câncer de Mama - na UBS
Sitio Floresta, Pelotas/RS.
Metodologia
• Projeto estruturado para ser desenvolvido no período
de 04 meses.
• Participarão da intervenção mulheres de 25 e 64 anos
de idade, para detecção precoce do câncer de colo de
útero e as mulheres de 50 e 69 anos de idade para
câncer de mama, pertencentes à área de abrangência
da unidade e cadastradas por meio do registro dos
agentes comunitários de saúde.
• Caderno de Atenção Básica nº 13-Controle dos Cânceres
do Colo do Útero e da Mama (BRASIL, 2013) e as
Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do
Colo do Útero (BRASIL, 2011).
Ações
• Cadastrar todas as mulheres de 25 e 64 anos de idade que
demandem a realização de exame citopatológico de colo uterino de
50 a 69 anos de idade para a realização de mamografia da área de
cobertura da unidade de saúde.
• Capacitação da equipe no acolhimento às mulheres, em quanto a
periodicidade de realização do exame citopatológico de colo do
útero e da realização do auto exame de mama, sobre o
monitoramento dos resultados do exame citopatológico do colo
uterino, medidas de controle dos fatores de risco passíveis de
modificação, como orientar a prevenção de DST e estratégias de
combate aos fatores de risco para câncer de colo de útero e de
mama.
Ações
• Esclarecer a comunidade sobre a importância da realização do
exame citopatológico do colo uterino, da mamografia e a
importância de realização do exame das mamas, nas faixas
etárias para cada uns deles respectivamente e sobre a
periodicidade preconizada para a realização dos exame.
• Organizar arquivo com planilha/ficha/registro específico e
definir responsável pelo monitoramento do registro.
•
Monitoramento da cobertura, a adequabilidade das amostras
dos exames coletados, os resultados dos exames e monitorar
periodicamente os registros de todas as mulheres através do
arquivo de cadastro das mulheres.
Ações
• Acolher todas as mulheres que procuram a unidade de saúde para
saber o resultado dos exames e organizar visitas domiciliares para
busca de mulheres faltosas e definir responsável para a leitura dos
resultados dos exames.
• Organizar a agenda para acolher a demanda de mulheres
provenientes das buscas.
• Informar as mulheres e a comunidade sobre tempo de espera para
retorno do resultado dos exames.
Ações
• Identificar as mulheres de maior risco para câncer de colo de
útero e de mama, esclarecer as mulheres e a comunidade em
relação os mesmos e ensinar a população sobre os sinais de
alerta.
• Orientar a prevenção de DST e garantir junto ao gestor
municipal distribuição de preservativos
Objetivos, metas e resultados
• Objetivo 1: Ampliar a cobertura de detecção precoce do câncer de colo e
do câncer de mama.
• Meta 1.1. Ampliar a cobertura de detecção precoce do câncer de colo de
útero das mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos de idade para 30%.
• Meta 1.2. Ampliar a cobertura de detecção precoce do câncer de mama
das mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos de idade para 30%.
100%
100%
90%
90%
80%
80%
70%
70%
60%
60%
50%
50%
40%
40%
30%
20%
10%
3.2%
9.4%
Mês 2
35,8%Mês 3
24.7%
30%
20%
10%
0%
Mês 1
13.8%
19.3%
75,4%
12.4%
18.2%
Mês 2
Mês 3
2.5%
0%
Mês 4
Proporção de mulheres entre 25 e 64 anos com exame em
dia para detecção precoce do câncer de colo de útero.
Mês 1
Mês 4
Proporção de mulheres entre 50 e 69 anos com exame em dia para
detecção precoce de câncer de mama
Objetivo 2: Melhorar a qualidade do atendimento das mulheres que realizam
detecção precoce de câncer de colo de útero e de mama na unidade de saúde.
Meta 2.1. Obter 100% de coleta de amostras satisfatórias do exame citopatológico
do colo de útero.
83,7%
100%
100.0%
100.0%
100.0%
99.6%
Mês 1
Mês 2
Mês 3
Mês 4
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Proporção de mulheres com amostras satisfatórias do exame
citopatológico de colo de útero
• Objetivo 4: Melhorar o registro das informações.
• Meta 4.1. Manter registro da coleta de exame citopatológico de colo de útero
em registro específico em 100% das mulheres cadastradas.
• Meta 4.2. Manter registro da realização da mamografia em registro específico
em 100% das mulheres cadastradas.
100.0%
100.0%
100.0%
100.0%
100%
100%
90%
90%
80%
80%
70%
70%
60%
60%
50%
50%
40%
40%
30%
30%
20%
20%
10%
10%
0%
100.0%
100.0%
100.0%
100.0%
Mês 1
Mês 2
Mês 3
Mês 4
0%
Mês 1
Mês 2
Mês 3
Mês 4
Proporção de mulheres com registro adequado do exame
citopatológico de colo de útero
Proporção de mulheres com registro adequado da mamografia
Objetivo 5: Mapear as mulheres de risco para câncer de colo de útero e de mama.
•Meta 5.1. Pesquisar sinais de alerta para câncer de colo de útero em 100% das mulheres
entre 25 e 64 anos dor e sangramento após relação sexual e/ou corrimento vaginal
excessivo.
34,9%
•Meta 5.2. Realizar avaliação de risco para câncer de mama em 100% das mulheres entre
50 e 69 anos.
100.0%
100.0%
100.0%
100.0%
100%
100%
90%
90%
80%
80%
70%
70%
60%
60%
50%
50%
40%
40%
30%
30%
20%
20%
69,8%
10%
100.0%
100.0%
100.0%
100.0%
Mês 1
Mês 2
Mês 3
Mês 4
10%
0%
0%
Mês 1
Mês 2
Mês 3
Mês 4
Proporção de mulheres entre 25 e 64 anos com pesquisa de
sinais de alerta para câncer de colo de útero
Proporção de mulheres entre 50 e 69 anos com avaliação de
risco para câncer de mama
Resultados
• Melhoria da qualidade do atendimento prestado às
mulheres da área da UBS Sitio Floresta.
• Melhor organização do serviço da unidade em relação na
saúde da mulher.
• Promoção e prevenção em saúde da mulher através das
informações prestadas com mais clareza durante
consultas, visitas domiciliares, palestras e boletins na sala
de espera da UBS.
• Disponibilidade da agenda médica da unidade para o
atendimento em saúde da mulher.
Resultados
• Disponibilidade da agenda médica da unidade para o
atendimento em saúde da mulher.
• Melhor organização em quanto os registros das mulheres na
faixa etária e os resultados dos exames com monitoramente
periódico do mesmo.
• Melhor identificação das mulheres com risco e maior
conhecimento das mulheres sobre os sinais de alerta para
câncer de colo de útero e de mama.
• Promoção em saúde e a prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis.
O que pode melhorar?
• Adesão das mulheres que são atendidas pela
rede particular.
• Melhorar a captação destas mulheres através
da busca ativa por meio das visitas
domiciliares.
Discussão
•
A intervenção na Unidade Básica de Saúde Sitio Floresta propiciou
elevar a qualificação da atenção e ampliação da cobertura da
atenção à saúde da mulher, através das ações em prevenção aos
cânceres do colo de útero e mama.
• Ampliou o atendimento para todos os turnos e todos os dias da
semana, com reforço na coleta, que era realizada somente pela
enfermeira dois dias da semana com prévio agendamento.
• Existe um aumento significativo na atenção da mulher tanto pela
área médica como pela enfermagem, não apenas com fins
curativos e de realização dos exames, mas com objetivos de
promoção e prevenção da saúde, pois ao inicio somente atendiam
mediante queixas patológicas e conforme as mulheres tiravam
ficha para atendimento.
Discussão
• Uma melhora nos registros com a criação das fichas espelhos e do
arquivo confeccionado para as mesmas, facilitando o acesso das
informações tanto para as usuárias como, para os profissionais de
saúde, ao inicio existia pouca informação sobre registros, os quais
eram feitos somente em prontuários.
• Se iniciou a busca ativa das mulheres faltosas realizadas por meio
dos ACS através das visitas domiciliares para conhecer o motivo da
ausência e agendavam a consulta novamente.
• Foi possível adicionar nas consultas assuntos e temas que antes
não eram abordados freqüentemente como são: fatores de
riscos para estas doenças e como preveni-los, temas sobre as
doenças sexualmente transmissíveis, a importância do uso de
preservativo e a realização do auto exame de mama.
Discussão
• Exigiu que a equipe se capacitasse para seguir as
recomendações do Ministério da Saúde relativas ao
rastreamento, diagnóstico e tratamento dos cânceres do colo
de útero e mama o que esta atividade promoveu o trabalho
integrado de toda a equipe.
• As mudanças proporcionadas com a intervenção na UBS
foram visíveis na rotina do atendimento fortalecendo o
vínculo entre as mulheres e os profissionais da mesma.
• Equipe motivada com os resultados, segue as rotinas já
implantadas para o atendimento da mulher para dar
continuidade ao trabalho realizado durante a intervenção com
sucesso, para isso é necessário que as duas partes,
profissionais e usuárias, se comprometam, através do
comparecimento as consultas marcadas respeitando as datas
e horários das mesmas por parte das usuárias e da parte dos
profissionais manterem as responsabilidades ligadas a saúde
da mulher.
Reflexão Crítica
• Minhas expectativas iniciais não só eram aprofundar meus
conhecimentos como medica, elevar a qualificação da prática
profissional, conhecer o funcionamento do SUS no Brasil, mas
também, encontrar meios de como ajudar a comunidade onde
trabalho, através da identificação dos problemas de saúde na
UBS.
• Depois de analisar que um dos problemas na Unidade Básica
de Saúde era a baixa cobertura de atenção a mulher pra a
detecção do câncer de colo de útero e de câncer de mama
segundo as faixas etárias, optei por realizar a intervenção em
Saúde da Mulher.
Reflexão Crítica
• Tudo isto foi possível por meio da realização da Especialização em
Saúde da Família o qual foi essencial para meus aprendizados com
uma inter-relação dos conhecimentos teóricos com a prática,
mediante os casos clínicos trabalhados semana à semana,
expandindo minhas opiniões através dos textos indicados.
• Discussão com colegas e orientadores enriquece ainda mais o curso
de especialização.
• O contato facilitado com o orientador é uma das coisas que mais
gostei no curso já que contamos com uma pessoa de referência
para auxiliar-nos nos momentos de incertezas.
• Aprendemos a importância do trabalho em equipe, onde cada
profissional é responsável por uma determinada tarefa, sendo,
todos em conjunto, fundamentais para um bom atendimento ao
usuário.
Agradecimentos
•Agradeço a UFPel por proporcionar esta especialização
para meu crescimento profissional e pessoal. Obrigada a
minha orientadora, Lenice Muniz De Quadros pela
orientação e preocupação constante.
•A toda a equipe da Unidade Básica de Saúde Sitio
Floresta que participou para o bom resultado do projeto
de intervenção para a melhoria da atenção à saúde da
mulher, sou grata, também, aos acadêmicos de
enfermagem, que sempre se mostraram dispostos a
ajudar.
Bibliografia
•
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•
•
•
•
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 110 p.: il. – (Série E.
Legislação em Saúde)
SIAB. Sistema de Informação da Atenção Básica. Consolidado em Famílias Cadastradas do Ano de
2014. Equipe Sítio Floresta.
BRASIL. Ministério da Saúde. Carta dos direitos dos usuários da saúde / Ministério da Saúde. – 2.
ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2007. (Série E. Legislação de Saúde).
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Acolhimento à demanda espontânea / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. (Série A. Normas e
Manuais Técnicos). Cadernos de Atenção Básica n° 28, Volume I.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à
Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Atenção ao pré-natal de baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. (Série A.
Normas e Manuais Técnicos). Cadernos de Atenção Básica, n° 32.
Bibliografia
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco /
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. (Série A.
Normas e Manuais Técnicos). Cadernos de Atenção Básica, n° 32
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero
e da mama / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: Editora do Ministério
da Saúde, 2013. Cadernos de Atenção Básica, n° 13.
• BRASIL.
Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações
Estratégicas. Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo
do Útero /Divisão de apoio a rede de Atenção Oncológica. Rio de Janeiro:
Editora do Ministério de Saúde, 2011.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa
com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Cadernos de Atenção Básica, n° 37.
Muito obrigada!!!
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