Introdução à Filosofia I – Dos mitos aos pré-socráticos Prof. Dr. Álvaro Maia ….. Por que existimos?......... De onde viemos? …... Da teologia à filosofia Ulisses O mito é um nada que é tudo (...) Assim a lenda se escorre A entrar na realidade. E a fecundá-la decorre. Em baixo, a vida, metade De nada morre. Fernando Pessoa O universo mítico O universo mítico Eva Pandora Atrahasis Noé Deucalião e Pirra O universo mítico Sodoma Eurídice O universo mítico Abraão Ifigênia O universo mítico Sansão Gilgamesh Hércules As explicações dos mitos: Corrente funcionalista > testemunho de autoridade Os mitos cumprem papel social nas culturas que os originam. São primitivamente os alicerces morais e religiosos de cada povo, expressando e mantendo seus códigos axiológicos como força criadora ativa. Longe, portanto, de ser alegoria vã ou explicação estética do universo. Assim, temos o MITO FUNDADOR, que ancora os valores originais a serem transmitidos, e o RITUAL DE PASSAGEM, que marca no indivíduo, ou mesmo na coletividade, o reconhecimento da incorporação dos valores, ou seja, da maturidade. As explicações dos mitos: Corrente sociológica > relações com o habitat A mitologia é produto de representações coletivas, oriundas de um sentimento de fé comum aos membros de uma comunidade. São todas as associações míticas produto das relações místicas que essa comunidade mantém com seu habitat, ou seja, do viver de um povo com suas matas, seu clima, seus animais, seus medos e esperanças. As explicações dos mitos: Corrente simbolista > código paralelo O mito é uma forma singular e necessária de expressar o mundo a nossa volta. Um outro código, enfim, com que o homem se relaciona com o universo. Os mitos gregos O mito é a intuição da realidade, apreendida empirica e espontaneamente a partir dos sentimentos e percepções vivenciadas pelo homem. A explicação do mundo foi e é incompleta, deixando um vazio a ser sempre preenchido miticamente. » Mircea Eliade, Univ. Chicago Filosofia x Teologia Os cosmológicos tentarão explicar... ... de onde viemos ... onde estamos e ... como surgimos Filosofia x Mito Chaos … Arché … Cosmos … Physis … Logos ... Os cosmológicos Retomadas futuras Os Jônios: de onde viemos? Tales Tales: viemos da água Tales No ar está a origem de tudo Anaxímenes Ápeiron: o ilimitado, indefinido Anaximandro O número é a lei do universo Pitágoras Viemos do átomo movem-se e agregam-se Demócrito Como surgimos? Empédocles Antropocêntricos: Nosce te ipsum Como se organiza o mundo em que vivemos e como nos organizamos, sós ou juntos... Esse é o conhecimento que importa Um homem não se banha duas vezes no mesmo rio, pois quando se banha de novo as águas não são mais as mesmas, e o homem também não é mais o mesmo homem. Pré-socráticos jônicos: Como são as coisas? Heráclito Tudo varia, tudo muda Não há duas coisas iguais no Universo Dialética, o devir universal Tudo está... em MOVIMENTO O fogo é o elemento primordial ... … pois o fogo tudo TRANSFORMA O devir universal … o jogo dos CONTRÁRIOS Ágora: o espaço dos contrários ... … aquecimento global … ou nova era semiglacial? … Al Gore, 2006, Uma verdade inconveniente (2007, IPCC/ONU) … Absusamatov, 2002, Observatório de Pulkovo (2013, NASA/INPE) Pré-socráticos eleatas: como são as coisas? Há dois caminhos na vida, o do ser e o do não-ser: mas só existe o ser... a realidade do cosmo é atemporal e imutável. Parmênides Nada muda No mundo tudo é uno, imóvel, invariável. Tudo é ... PERMANÊNCIA Paradoxo de Zenon: A flecha sempre percorre a metade do restante de seu curso ou não? Ágora, o palco dos SOFISTAS: espaço público em que os gregos debatiam sobre as leis, as obras públicas e sobre aspectos culturais e festas religiosas Protágoras O homem é a medida de todas as coisas Protágoras O homem é a medida de todas as coisas Protágoras O homem é a medida de todas as coisas Próxima aula: II – Platão e as ideias