Disciplina: Filosofia Professor: Daniel de Oliveira Neto ATENÇÃO: Nem todo conteúdo trabalhado em sala de aula está presente neste material. Estudar os conteúdos do caderno também é essencial. Portanto lembre-se que este material é somente de apoio, não se trata do conteúdo completo para estudar para a prova. Bons estudos. 1) Conceito de mito: Do grego mythos (“conto”), um mito é uma história de feitos maravilhosos cujos personagens principais são seres sobrenaturais (deuses, monstros) ou extraordinários (heróis). Diz-se que os mitos fazem parte do sistema religioso de uma cultura. Esta cultura os considera como histórias verdadeiras. Têm a função de ajudar a tornar verdadeiras as crenças principais de uma comunidade. Mitologia é o estudo destes mitos. É também a forma como chamamos o conjunto desses mitos. A mitologia mais conhecida e estudada no mundo é a mitologia grega, mas ela não é a única. MITO: Uma das formas, entre outras, que o homem usa para explicar o mundo, a origem das coisas e o sentido da existência. Assim, fortalece as regras sociais, ou seja: justifica a cultura. O mito revelado (por deuses ou seres especiais) é apresentado à comunidade como algo inquestionável, sagrado. Também é caracterizado por sua formação ser “eterna”, “sem princípio”. Para os gregos da antiguidade, no início de sua cultura, a única forma de compreensão do mundo era através de mitos. Na sociedade de então, punia-se as pessoas que não se comportavam segundo o que os mitos orientavam (segundo os deuses). A Filosofia surge por um processo de reflexão e contestação desta postura. FILOSOFIA (sentidos de aplicação): i) Sinônimo de pensar; ii) Designa uma forma de vida (sábia); iii) Sentido próprio, reflexão sobre a realidade e conceitos. A filosofia surgiu no sec VI a.c. (aproximadamente). Pensando na Natureza (físicos) Pensando no Homem; Com isto há um rompimento na forma de pensar, de agir segundo os Deuses. Crítica a cultura posta. O Mito objetiva a manutenção do poder local. Com a expansão grega, são descobertas novas terras. Outras crenças são incorporadas, ou seja, os gregos expandem seu território e conhecem novos domínios com outros mitos, outras formas de poder. 2) QUANDO USAMOS A PALAVRA FILOSOFIA? A Filosofia surge como um questionamento da forma como a sociedade se organizava. Surgem pessoas que procuram a verdade pela na própria Natureza. Uma verdade nova e válida para todos (e não para um grupo de religiosos que seguiam um mito). Esta verdade deveria ser fundamentada (razão). Esta verdade acaba por tirar poder dos governantes mantidos pelas regras que estão escondidas por trás do mito. Com ela surge a noção de causa e efeito: ou seja, os fenômenos da natureza não estão relacionados com fatores míticos. Ex.: se chove é porque a água está acumulada no ar. Através desta noção se busca a VERDADE. Tudo deve passar pelo crivo da razão, ou seja, argumentos sustentados racionalmente. A busca da Verdade passa a ser o novo ideal grego (ética, política, homem). As filosofias emergentes se tornaram os alicerces da vida atual. NEM TUDO O QUE PARECE VERDADE É VERDADE. 3) Escola Jônica: Tales de Mileto (624 - 546 a.C.): “qual é o princípio último do qual deriva todas as coisas?” Tales caminhava em todas as direções do conhecimento, da geometria aprendida inicialmente no Egito, por ele transmitida para os gregos, ao uso do relógio solar para dimensionar o tempo; da percepção das diferentes estações do ano, aos estudos sobre a alma humana. Foi também o pioneiro na compreensão do eclipse solar, chegando a prever um destes fenômenos. Tales de Mileto percebia a constante mudança das coisas, que se convertiam umas nas outras. Sendo assim, ele concluía que tudo partia de um princípio basilar, conhecido também como arché. Negava a aparência múltipla das coisas. Para ele não havia múltiplas, várias coisas, haveria algo, um Princípio fundamental (arche ou arqué): água – o que o tornava um físico Natural. Pregava a unicidade do mundo, tudo é uma única coisa: água.