INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: Dr. Gláucio Galeno INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. A síndrome da insuficiência cardíaca é a via final de uma miríade de doenças que afetam o coração. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA:: • Prevalência: 5 milhões de pessoas nos EUA; • 10/1000 pessoas acima de 65 anos nos EUA; • A taxa de internação hospitalar aumentou 159% em relação à década passada; • Custo elevado com a internação: $ 5.501 por paciente hospitalizado. • Identificar fatores preditores de reinternação; INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA: • Estudos modernos avaliam efeito da terapia no tempo de internação e no número de reinternações. • Por exemplo, IECA (captopril, Enalapril...), BRA (Losartan...), B-bloqueador, Espironolactona, Ressincronizador; Revascularização miocárdica, e equipe multidisciplinar; • Tudo isso, reduz a taxa de hospitalização, a mortalidade e a melhora a classe funcional. • Contudo, a mortalidade global permanece inalterada. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA:: • Maior problema de saúde pública nos EUA. • Porém, não existe programas de prevenção para IC. (na fase precoce da doença, como campanhas publicitárias). INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. CLASSIFICAÇÃO: • ESTÁGIO A: Alto risco para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca, mas sem anormalidade estrutural aparente; • ESTÁGIO B: Anormalidade estrutural presente mas sem nunca ter tido sintoma de IC; • ESTÁGIO C: Anormalidade estrutural presente e sintomas atuais ou no passado de IC; • ESTÁGIO D: IC estágio final que é refratária ao tratamento padrão. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. CLASSIFICAÇÃO: • Essa classificação por estágios destaca o fato que fatores de risco e anormalidade estrutural são necessários para o desenvolvimento da IC. Reconhece sua natureza progressiva. E, fundamenta sua estratégia terapêutica no esforço preventivo. The Pathophysiology of Heart Failure Schrier R and Abraham W. N Engl J Med 1999;341:577-585 FISIOPATOLOGIA. • A sobrecarga nos receptores de alta pressão no VE, seio carotídeo e arco aórtico geram sinais aferentes (setas pretas) que estimulam o centro cardioregulatório no cérebro; • Resultando na ativação da via eferente no SNS (verde); * O SNS parece ser o responsável pela resposta vasoconstritora primária através da ativação do sistema neuro-humoral, em resposta à queda da póscarga. • A ativação dos nervos simpáticos renais estimula a liberação da renina e angiotensina II, portanto, ativando o sistema RAA; • Concomitantemente, a estimulação dos núcleos para-ventricular e supraóptico no hipotálamo estimula a liberação da arginina vasopressina (AVP). • A ativação simpática portanto, causa vasoconstrição renal e periférica, como o faz também, a angiotensina II; FISIOPATOLOGIA. • A angiotensina II promove vasoconstrição e estimula a liberação da aldosterona da glândula supra-renal, e também, a reabsorção de sódio tubular e causa remodelamento dos miócitos cardíacos; • A aldosterona também tem efeito cardíaco direto. Além disso, aumenta a reabsorção de sódio e secreção de potássio e íon hidrogênio no ducto coletor. (linhas azuis designam os hormônios circulantes). INSUFICIÊNCIA CARDÍACA TRATAMENTO: • Os objetivos do tratamento são múltiplos. Tratar ambos: a doença cardíaca subjacente e a insuficiência cardíaca estabelecida. • Melhorar a hemodinâmica do paciente: reduzir a pressão de capilar pulmonar e aumentar o índice cardíaco; • Aliviar os sintomas. Primary Targets of Treatment in Heart Failure Jessup M and Brozena S. N Engl J Med 2003;348:2007-2018 Stages of Heart Failure and Treatment Options for Systolic Heart Failure Jessup M and Brozena S. N Engl J Med 2003;348:2007-2018 Até a próxima. Obrigado!