16 – FA Urgências em Cardiologia 2013

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Patologia Médica III
Cardiologia
Ficha #16
URGÊNCIAS EM CARDIOLOGIA
Bibliografia
Harrison’s Principles of Internal Medicine
Uma doente de 83 anos é trazida pelo INEM ao serviço de urgência, pelas 22 horas, por dispneia com
início súbito, muito intensa, após o jantar. A família da doente refere que esta esteve internada no ano
passado por insuficiência cardíaca descompensada no hospital e que nos últimos dias referia
agravamento das queixas de cansaço e dos edemas dos membros inferiores. Tem como outros
antecedentes pessoais, hipertensão arterial essencial, dislipidémia, fibrilhação auricular permanente,
litíase renal e gota úrica. Encontra-se medicada com varfarina 5 mg id, furosemido 40 mg id, losartan 50
mg id e sinvastatina 10 mg id.
À chegada ao SU, encontra-se taquipneica (FR 34 com), hipoxémica (SaO2 91% com FiO2 30%) com TA
190/105 mmHg e FC +- 125 bpm. Tem engurgitamento jugular e na auscultação pulmonar existem
fervores crepitantes na ½ inferior de ambos os campos pleuropulmonares. A auscultação cardíaca revela
um sopro holossistólico, mais audível no ápex, e um impulso apical enérgico e desviado para a axila. Há
ainda edemas dos membros inferiores significativos.
1. O quadro clínico descrito é compatível com uma insuficiência cardíaca aguda. Quais são as
cardiopatias estruturais mais associadas a este diagnóstico clínico?
2. Quais são as causas de descompensação de uma insuficiência cardíaca. Assinale as mais
frequentes.
3. Que variáveis clínicas são fundamentais monitorizar, para controlar a resposta ao tratamento
farmacológico instituído.
4. Segue-se o ECG da admissão, assinale as principais alterações.
5. Segue-se a telerradiografia tórax (PA), assinale as principais alterações?
6. Comente as três figuras que se seguem, relativas à ecocardiografia transtorácica. Acha que se
trata de uma insuficiência cardíaca com função sistólica preservada ou reduzida?
7. Os primeiros doseamentos dos marcadores de necrose miocárdica (troponina I, mioglobina e
CKMB) foram negativos, e como tal podemos excluir a hipótese de uma síndrome coronária
aguda. Comente esta afirmação.
8. O BNP da admissão é 2500 pg/ml. Comente este resultado. Está de acordo com a clínica
apresentada? Quais as limitações deste parâmetro.
9. Para além do BNP e dos marcadores de necrose miocárdica, que outros parâmetros analíticos
são essenciais na avaliação inicial e subsequente desta doente.
10. Como fazia o diagnóstico diferencial com uma crise asmática aguda?
11. Como fazia o diagnóstico diferencial com a tromboembolia pulmonar?
12. Os diuréticos são um tratamento essencial para a insuficiência cardíaca. Concretize um
esquema terapêutico diurético inicial para esta situação clínica. Quais os principais problemas
da terapêutica diurética.
13. Que outros fármacos considerava neste contexto?
14. Quando considerava a ventilação externa desta doente?
15. Após a sua estabilização como orientava esta doente? E no caso de ser mais jovem, seria
diferente a abordagem?
16. Que medicação prescrevia após a sua estabilização clínica e alta hospitalar?
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