Apresentação do PowerPoint

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SINTAXE

É responsável pela observação, descrição e
classificação das combinações possíveis
entre elementos constituintes de uma
língua.
Exemplo




Muito Pederneiras choveu passado ano em
sequência agramatical
no.
Choveu muito em Pederneiras no ano
passado. sequência gramatical
No ano passado, choveu muito em
Pederneiras. sequência gramatical
Em Pederneiras, choveu muito no ano
passado. sequência gramatical
EXEMPLO 1
Tudo aconteceu numa terra distante, no
tempo em que os bichos falavam... Os urubus,
aves por natureza becadas, mas sem dotes para
o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza,
eles haveriam de se tornar grandes cantores. E,
para isto fundaram escolas e importaram
professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram
imprimir diplomas, e fizeram competições entre
si, para ver quais deles seriam os mais
importantes e teriam a permissão de mandar nos
outros.
Foi assim que eles organizaram concursos
e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada
urubuzinho, instrutor em início de carreira, era
se tornar um respeitável urubu titular, a quem
todos chamavam por Vossa Excelência. Tudo ia
muito bem até que a doce tranquilidade da
hierarquia dos urubus foi estremecida. A
floresta foi Invadida por bandos de pintassilgos
tagarelas, que brincavam com os canários e
faziam serenatas com os sabiás... Os velhos
urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a
testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e
canários para um inquérito.
− Onde estão os documentos dos seus
concursos?
E as pobres aves se olharam perplexas,
porque nunca haviam imaginado que tais coisas
houvessem. Não haviam passado por escola de
canto, porque o canto nascera com elas. E nunca
apresentaram um diploma para provar que sabiam
cantar, mas cantavam, simplesmente...
− Não, assim não pode ser. Cantar sem a
titulação devida é um desrespeito à ordem.
E os urubus, em uníssono, expulsaram da
floresta os passarinhos que cantavam sem
alvarás...
MORAL: Em terra de urubus diplomados não
se ouve canto de sabiá.
EXEMPLO 2
Se você tivesse levado seu carro para
fazer revisão, não precisaríamos ficar no
meio dessa estrada esperando o guincho
chegar. Mas como é muito desligado, não
se lembrou disso.
EXEMPLO 3
1. Fiquei triste quando você partiu.
2. Fiquei triste porque você partiu.
3. Fiquei tão triste que você partiu.
COESÃO: Diz respeito a todos os processos
de sequencialização que asseguram uma
ligação linguística significativa entre os
elementos que ocorrem na superfície textual.
COERÊNCIA: Preocupa-se com o que se
deduz do todo. Exige uma concatenação
perfeita entre as diversas frases, sempre
em busca de uma unidade de sentido.
Enquanto a coesão se manifesta no plano
linguístico, ou seja, nas relações semânticas
e gramaticais entre as partes do texto, a
coerência se manifesta no plano das ideias,
dos conceitos.
COESÃO
É a ligação entre os elementos
superficiais do texto, o modo como eles se
relacionam, o modo como frases ou partes
delas se combinam para assegurar um
desenvolvimento proposicional. Em outras
palavras, o conceito de coesão textual diz
respeito a todos os processos de
sequencialização que asseguram uma ligação
linguística significativa entre os elementos que
ocorrem na superfície textual.
PROBLEMAS DE COESÃO
a) O famoso jornalista desentendeu-se
com o jornal por causa de sua campanha
a favor do presidente.
b) Jorge criticou severamente a prima
de sua amiga, que frequentava o mesmo
clube que ela.
c) Chove lá fora, contudo a calçada deve
estar molhada.
COESÃO REFERENCIAL: elementos
coesivos que fazem referência a
outro (s) elemento (s) do universo
textual. Exemplos: tudo, aves,
eles, isto, quais deles, outros.
COESÃO SEQUENCIAL: mecanismos de
coesão cuja função é assinalar
determinadas relações de sentido entre
enunciados ou partes de enunciados.
Exemplos: mas, mesmo que (oposição),
para (finalidade ou meta).
Ulysses era impressionante sob vários
aspectos, o primeiro dos quais era a
própria figura. Contemplado de perto,
cara a cara, ele tinha a oferecer o
contraste entre as longas pálpebras,
que subiam e desciam pesadas como
cortinas de ferro, e os olhos claríssimos,
de um azul leve como o ar. As pálpebras
anunciavam profundezas insondáveis.
Quando ele as abria parecia estar chegando
de regiões inacessíveis, a região dentro de
si onde guardava sua força.
a)
Tenho um automóvel. Ele é verde.
(anáfora: ele refere-se a um item que
aparece antes: automóvel)
b)
Comprei tudo o que você pediu: tomate,
cebola e beterraba.
(catáfora: tudo refere-se à tomate, cebola,
beterraba que vem depois do item coesivo)
RECURSOS DE COESÃO
1. EPÍTETOS: é a palavra ou frase que
qualifica pessoa ou coisa.
Glauber Rocha fez filmes memoráveis.
Pena que o cineasta mais famoso do
Brasil tenha morrido tão cedo.
2. NOMINALIZAÇÕES: ocorre
nominalização quando se emprega
um substantivo que remete a um
verbo enunciado anteriormente ou
vice-versa.
Eles foram testemunhar sobre o caso.
O juiz disse, porém, que tal testemunho
não era válido por serem parentes do
assassino.
3. PALAVRAS OU EXPRESSÕES
SINÔNIMAS
Os quadros de Van Gogh não tinham
valor em sua época. Houve telas que
serviram até de porta de galinheiro.
4. REPETIÇÃO DE UMA PALAVRA:
podemos repetir uma palavra quando
não for possível substituí-la por outra.
A propaganda, seja ela comercial ou
ideológica, está sempre ligada aos objetivos e
aos interesses da classe dominante. Essa
ligação, no entanto, é ocultada por uma inversão:
a propaganda sempre mostra que quem sai
ganhando com o consumo de tal ou qual produto
ou ideia não é o dono da empresa, nem os
representantes do sistema, mas, sim, o
consumidor. Assim, a propaganda é mais um
veículo da ideologia dominante.
5. PRONOMES
a) Vitaminas fazem bem à saúde. Mas não
devemos tomá-las ao acaso.
b) O colégio é um dos melhores da cidade.
Seus dirigentes se preocupam muito com
a educação integral.
c) Aquele político deve ter um discurso muito
convincente. Ele já foi eleito seis vezes.
d) Há uma grande diferença entre Paulo e
Maurício. Este guarda rancor de todos,
enquanto aquele tende a perdoar.
6. NUMERAIS
Recebemos dois telegramas. O primeiro
confirmava a sua chegada; o segundo,
dizia justamente o contrário.
7. ADVÉRBIOS
Não podíamos deixar de ir à exposição.
Lá estava a obra-prima de Leonardo da
Vinci.
8. ELIPSE
O ministro foi o primeiro a chegar.
Abriu a sessão às oito em ponto
e fez seu discurso.
9. REPETIÇÃO DE PARTE DO NOME
Manuel da Silva Peixoto foi um dos
ganhadores do maior prêmio da loto.
Peixoto disse que ia gastar todo o
dinheiro na compra de uma fazenda e
em viagens ao exterior.
CONCLUSÃO
Para estabelecer conexões coerentes entre
os vários enunciados do texto, é necessário que
os elementos linguísticos sejam usados
adequadamente.Tais elementos, além de
ligarem partes do discurso, estabelecem entre
elas um certo tipo de relação de sentido: causa,
finalidade, conclusão, contradição, condição.
Dessa forma, cada elemento de coesão
manifesta um tipo de relação distinta. Ao
escrever, deve-se ter cuidado de usar o
elemento apropriado para exprimir o tipo de
relação que se quer estabelecer.
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