Insuficiência Cardíaca Congestiva

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Insuficiência Cardíaca
.
Insuficiência Cardíaca

Conceito
Insuficiência Cardíaca

Conceito
Incapacidade do coração em manter débito
cardíaco compatíve com as necessidades
metabólicas teciduais.
Insuficiência Cardíaca
- Por alteração da função cardíaca
-
Por exigência ou por necessidade
excessiva dos tecidos (alto consumo).
Insuficiência Cardíaca

Epidemiologia
– O maior problema de saúde dos EUA. Em torno de 5
milhões de pessoas tem ICC
– 500.000 novos casos a cada ano
– 300.000 pessoas morrem por ano devido a ICC ou devido
a contribuição dessa patologia
– 6% a 10% das pessoas com 65 anos ou mais possuem
ICC
American College of Cardiology/American Heart Association - Guidelines for the Evaluation and Management of Chronic Heart
Failure in the Adult, 2001
Insuficiência Cardíaca
- O que é Insuficência cardíaca?
É doença?
Insuficiência Cardíaca
- Síndrome clínica funcional
Diagnóstico:
- sindrômico
- anatômico
- etiológico
- funcional
Insuficiência Cardíaca
- Aguda
- Crônica
- Alto débito
- Baixo débito
Insuficiência Cardíaca
- Retrógrada
- Anterógrada
- Sistólica
- Diastólica
Insuficiência Cardíaca
- Direita
- Esquerda
- Biventricular
Insuficiência Cardíaca

Princiais etiologias
– Sistólicas:





HAS
Doença de Chagas
Insuficiência coronariana
Valvulopatias
Idiopáticas
– Diastólicas



Hipertrofia miocárdica na HAS
Pericardites
Doenças de depósito (sarcoidose, amiloidose,
endomiocardiofibrose)
Insuficiência Cardíaca
Atualmente, a insuficiência cardíaca é vista
como doença de progressão lenta,
permanecendo compensada por muitos
anos, tendo como principal causa a
miocardiopatia isquêmica, seguida pelas
miocardiopatias idiopática e hipertensiva;
no Brasil, a miocardiopatia chagásica
ainda é prevalente.
Insuficiência Cardíaca
Entendimento inicial
Essa síndrome era descrita primariamente
como um distúrbio hemodinâmico. De
acordo com esse modelo, a insuficiência
cardíaca sobrevém após agressão
cardíaca, que prejudique sua habilidade
de ejetar sangue, levando à diminuição
do débito cardíaco
Insuficiência Cardíaca
Foco inicial
A diminuição do débito cardíaco gera baixo
fluxo renal, levando à retenção de sódio e
água e ao surgimento de edemas
periférico e pulmonar. Esse pensamento
foi a base para o uso de digitálicos e
diuréticos no tratamento dessa entidade.
Insuficiência Cardíaca
Visão atual
Atualmente, a insuficiência cardíaca é
vista como uma doença da
circulação e não apenas do coração.
Fisiopatologia
Associa conceito dos mecanismos
neuro-humorais
Quando o débito cardíaco cai após
agressão miocárdica, mecanismos
neuro-hormonais são ativados
com o objetivo de preservar a
homeostase circulatória.
Fisiopatologia
Os mecanismos são eficazes?
Embora originalmente vista como uma resposta
compensatória benéfica, a liberação
endógena de neuro-hormônios
vasoconstritores parece exercer papel
deletério no desenvolvimento da insuficiência
cardíaca congestiva, pelo aumento da
sobrecarga de volume e da pós-carga do
ventrículo com contratilidade já diminuída.
Isso leva à progressão da insuficiência
cardíaca já existente.
Fisiopatologia
Conseqüências
Esses neuro-hormônios podem exacerbar as
anormalidades metabólicas já existentes,
ocasionando o aparecimento de arritmias
cardíacas. Por esses mecanismos, a ativação
neuro-hormonal contribui de maneira
significativa para os sintomas de insuficiência
cardíaca, assim como está envolvida na alta
mortalidade dos portadores dessa doença.
Fisiopatologia
Mecanismos compensatórios
- Objetiva manutenção do débito
cardíaco
DC: V.S x F.C.
Fisiopatologia
Mecanismos compensatórios
- Princípio de Frank-Starling
- Sistema renina-angiotensinaaldosterona (SRAA)
- Neuro-hormônios
Fisiopatologia
- Princípio de Frank-Starling
Incapacidade de esvaziamento dos ventrículos
durante a sístole resulta em aumento das
pressões de enchimento ventriculares direito e
esquerdo, aumenta a distensão diastólica das
células miocárdicas não lesadas (distensão dos
sarcômeros), levando ao aumento de sua
contração
Fisiopatologia
- Princípio de Frank-Starling
Aumento da tensão diastólica da parede
ventricular, levando à alteração de sua
configuração gemométrica (remodelação) e ao
aumento de seu consumo energético
Fisiopatologia
Mecanismos compensatórios
- Sistema renina-angiotensinaaldosterona (SRAA)
A diminuição do fluxo sanguíneo renal é detectada pelos
receptores sensoriais nas arteríolas renais. A estimulação
desses barorreceptores leva à liberação de renina pelo
rim, um efeito que pode ser potencializado pela
diminuição da oferta de sódio ao túbulo distal e pela
estimulação dos nervos simpáticos renais.
Fisiopatologia
Mecanismos compensatórios
- Sistema renina-angiotensinaaldosterona (SRAA)
A ativação do sistema renina-angiotensina contribui para
aumentar ainda mais o tônus vascular e a retenção de
sódio induzida pela atividade simpática. Reduções no
débito cardíaco resultam em aumento dos níveis de
atividade de renina plasmática, angiotensina II e
aldosterona, com concomitante vasoconstrição e
retenção de sódio.
Fisiopatologia
Ação da aldosterona no tecido
- Indutora de fibrose (intersticial e
perivascular) por ação direta no
miocárdio e fibroblasto
Fisiopatologia
Neuro-hormônios
As alterações da função cardíaca que colocam
em risco o fluxo sanguíneo cerebral são
detectadas pelos receptores sensoriais
localizados no coração e nos grandes vasos.
Esses receptores normalmente enviam
impulsos para o sistema nervoso central
inibindo dois mecanismos vasoconstritores
Fisiopatologia
Neuro-hormônios
Mecanismos vasoconstritores
- estimulação do sistema nervoso
simpático.
- liberação de vasopressina pela pituitária.
Fisiopatologia
Neuro-hormônios
Barorecetores diminuem o número de
impulsos inibitórios, ou seja facilitanto
os mecanismos vasoconstritores, com
ativação do sistema nervoso simpático
e liberação de vasopressina pela
pituitária.
Fisiopatologia
Neuro-hormônios
O sistema nervoso simpático e a
vasopressina interagem
aumentando a pressão arterial
sistêmica e o volume intravascular,
tentando, dessa forma, manter a
perfusão cerebral.
Fisiopatologia
Neuro-hormônios
Com a elevação da pressão arterial sistêmica e a
conseqüente estimulação dos barorreceptores, há
a restauração da inibição tônica da atividade
neuro-hormonal, havendo diminuição da liberação
de vasopressina e noradrenalina, restabelecendose o equilíbrio.
Fisiopatologia
Neuro-hormônios
Na insuficiência cardíaca congestiva a
habilidade dos barorreceptores atriais e
arteriais em suprimir a atividade simpática e
a liberação de vasopressina do sistema
nervoso simpático está muito prejudicada
em vista da cronicidade da alteração
Fisiopatologia
Neuro-hormônios
Os barorreceptores com disfunção, não mais enviam
mensagem inibitória ao sistema nervoso central,
permanecendo o sistema nervoso simpático
ativado, assim como permanece aumentada a
liberação de vasopressina, levando às excessivas
vasoconstrição sistêmica e expansão volumétrica
intravascular.
Fisiopatologia
Mecanismos adaptativos à
estimulação adrenérgica
- Taquicardia
- Vasoconstrição cutânea e renal
Fisiopatologia
Mecanismos vasorreguladores locais
- Endotelina:
liberada das células endoteliais é a
substância com maior potência vasoconstritora conhecida
para as células musculares lisas.
Fisiopatologia
Mecanismos vasorreguladores locais
- Três tipos de endotelina descritos e os
estímulos para sua liberação das células
endoteliais
incluem:
norepinefrina,
vasopressina e interleucina-1.
Insuficiência Cardíaca – Fisiopatologia
Respostas Neuroendócrinas
Sistema Nervoso Simpático
Sistema Renina-Angiotensina
Arginina Vasopressina
Vasoconstrição
Retenção de sódio e água
Fator natriurético atrial
Prostaglandinas
Bradicinina
Dopamina
Vasodilatação
Excreção de sódio e água
Fisiopatologia
Neuro-hormônios vasodilatadores
-
Dopamina
Fator relaxante derivado do endotélio
Prostaglandinas vasodilatadoras
Hormônio natriurético atrial.
Fisiopatologia
Neuro-hormônios vasodilatadores
O peptídeo natriurético atrial é liberado dos grânulos
secretores presentes nos átrios, após distensão dos
mesmos. Seus principais efeitos ocorrem sobre a
vasculatura periférica e os rins, induzindo
vasodilatação e excreção de sódio e água, e seus
níveis são elevados precocemente na insuficiência
cardíaca
Fisiopatologia
Neuro-hormônios vasodilatadores
- Fator relaxante derivado do endotélio
(óxido nitroso)
Insuficiência Cardíaca – Fisiopatologia
Respostas Neuroendócrinas
Sistema Nervoso Simpático
Sistema Renina-Angiotensina
Arginina Vasopressina
Vasoconstrição
Retenção de sódio e água
Fator natriurético atrial
Prostaglandinas
Bradicinina
Dopamina
Vasodilatação
Excreção de sódio e água
Disfunção Sistólica
A disfunção sistólica é a incapacidade do ventrículo se
esvaziar, ou seja, sua insuficiência como bomba propriamente
dita. O déficit mecânico sistólico, seja qual for a etiologia, é a
base do conceito clássico de insuficiência cardíaca.
A incapacidade de esvaziamento total da câmara cardíaca leva
ao aumento do volume e da pressão diastólica final, além da
queda do volume sistólico, levando a redução do débito
cardíaco.
Disfunção Sistólica - Causas



Sobrecarga Pressórica: HAS, Hipertensão
Pulmonar, EAo, EP.(adaptaçãoHipertrofia
Concêntrica).
Sobrecarga Volumétrica: IM, IAo, IT, IP,
Fístulas Arteriovenosas.
(adaptaçãoDilatação e Hipertrofia
excêntrica).
Agressão Primária ao Miocárdio: IAM,
Miocardites e Cardiomiopatias Dilatadas.
Disfunção Diastólica
O mecanismo, que pode existir de forma isolada.
O deficiência no relaxamento ventricular e no seu
enchimento, levando ao aumento da pressão
diastólica, sem necessariamente haver
comprometimento da função sistólica.
Este mecanismo pode gerar todos os sinais de
insuficiência cardíaca clássica, mesmo na
ausência de déficit sistólico
Disfunção Diastólica - Causas




Alteração do Relaxamento: Hipertrofia
Ventricular esquerda, Isquemia Miocárdica;
Redução da Elasticidade: doenças
infiltrativasamiloidose, sarcoidose,
cardiomiopatia actínica.
Síndrome Constrictiva: Pericardite
Constrictiva.
Cardiomiopatia Obliterativa:
Endomiocardiofibrose.
Semiologia
da
ICC
Revelando os sinais e sintomas
da falência da bomba...
Semiologia
IC esquerda e direita
Sintomas retrógrados
Sintomas anterógrado
Semiologia
IC esquerda
Confusão, dificuldade de
concentração, cefaléia,
insônia e ansiedade
Cardiomegalia, taquicardia,
Pulso alternante, arritmias,
baixa reserva
Dispnéia, ortopnéia,
Dispnéia paroxística
noturna, Respiração de
Cheyne – Stokes, Edema
agudo
Fadiga, astenia
Oligúria
Nictúria
Porto – 4ª Ed. 2001
Harrison - 15ª Ed. 2002
Semiologia
IC direita
Estase jugular
(vídeo)
Cardiomegalia, taquicardia,
Pulso alternante, arritmias,
baixa reserva
Hepatomegalia, dor ,
pulsátil e esplenomegalia
(Refluxo hepatojugular)
Derrames Cavitários
Edema em MMII
Cianose
Porto – 4ª Ed. 2001
Harrison - 15ª Ed. 2002
Insuficiência Cardíaca
Evolução dos
estágios clínicos
NORMAL
Sem sintomas
Exercício normal
FEVE normal
Disfunção VE
assintomática
Sem sintomas
Exercício normal
FEVE anormal
IC
compensada
Sem sintomas
Exercício
FEVE anormal
IC
descompensada
Sintomas
Exercício
FEVE anormal
IC
refratária
Sintomas não-controlados
Pelo tratamento
Classificação Funcional
A quantificação da limitação do esforço tendo sido utilizada
desde 1964 por meio da classificação proposta pela New York
Heart Association (NYHA).
CLASSE
FUNCIONAL
SINTOMAS
I
Assintomático nas atividades usuais
II
Sintomas desencadeados por esforços
habituais
III
Sintomas presentes em esforços menores
IV
Sintomas em repouso ou aos mínimos
esforços
Fatores precipitantes da IC

Quais são os principais fatores?
Fatores precipitantes da IC












Má aderência à restrição hidrossalina ou à
medicação
Hipertensão arterial sistêmica não controlada
Arritmias cardíacas (fibrilação atrial, por ex.)
Isquemia ou infarto agudo do miocárdio
Infecção, incluindo endocardite infecciosa
Tromboembolismo pulmonar
Anemia
Hipertireoidismo
Estresse físico ou psíquico
Dosagem insuficiente de medicação
Gravidez
Obesidade
Insuficiência Cardíaca
Causas de descompensação
Michalsen A et al Heart 1998; 80: 437-41
FIM
Semiologia

Sinais e sintomas
–
IC
O conjunto das características da IC esquerda e direita
Critérios de FRAMINGHAM para diagnóstico de ICC
CRITÉRIOS MAIORES
CRITÉRIOS MENORES
Dispnéia paroxística noturna
Edema de membros
Distensão das veias do pescoço
Tosse noturna
Estertores
Dispnéia de esforço
Cardiomegalia
Hepatomegalia
Edema Pulmonar Agudo
Derrame Pleural
Galope B3
Capacidade vital reduzida a 1/3 do
normal
Pressão venosa aumentada (>16 cm H2O)
Taquicardia (>120 bpm)
Refluxo hepatojugular positivo
Para diagnóstico são necessários ao menos 1 critério maior e 2 menores.
KKL. Ho et al. CIRCULATION - 1993
Diagnóstico clínico da
Insuficiência Cardíaca
Critérios de Boston
Categoria I – História
Dispnéia em repouso
Ortopnéia
Dispnéia paroxística noturna
Dispnéia ao andar no plano
Dispnéia ao subir escadas
Insuficiência
Cardíaca
Nº
Categoria II – Exame físico
ptos
4
4
3
2
1
Categoria III – Raios X de tórax
Edema alveolar pulmonar
Edema intersticial pulmonar
Derrame pleural bilateral
Índice cardiotorácico > 0,5
Inversão do padrão vascular
pulmonar
Definida: 8 a 12 pontos
Possível: 5 e 7 pontos
Pouco provável: < 4 pontos
4
3
3
3
2
Taquicardia: 91-110 bpm
> 110 bpm
Elevação da pressão venosa
PV < 6 cm de H2O
> 6 cm de H2O
+ hepatomegalia ou edema
Dor membros inferiores
Crepitação pulmonar basal
Crepitação pulmonar acima
das bases
Terceira bulha
Sibilos
Nº
ptos
1
2
2
3
3
3
1
3
4
2
Classificação Funcional
A quantificação da limitação do esforço tendo sido utilizada
desde 1964 por meio da classificação proposta pela New York
Heart Association (NYHA).
CLASSE
FUNCIONAL
SINTOMAS
I
Assintomático nas atividades usuais
II
Sintomas desencadeados por esforços
habituais
III
Sintomas presentes em esforços menores
IV
Sintomas em repouso ou aos mínimos
esforços
New York Heart
Association



Classe I: atividades físicas ordinárias não
causam fadiga, dispnéia ou palpitação.
Classe II: leve limitação as atividades
físicas: apresentam-se confortáveis ao
repouso. Atividades ordinárias resultam em
fadiga, palpitação, dispnéia ou angina.
Classe III: marcada limitação das atividades
físicas: confortáveis em repouso, atividades
menos intensas do que as ordinárias
provocarão o aparecimento de sintomas
New York Heart
Association

Classe IV: Incapacidade de realizar
qualquer
atividade
física
sem
desconforto. Os sintomas de IC estão
presentes
mesmo
em
repouso.
Qualquer atividade física induz o
aparecimento
de
desconforto
progressivamente maior.
Insuficiência Cardíaca
Evolução dos
estágios clínicos
NORMAL
Sem sintomas
Exercício normal
FEVE normal
Disfunção VE
assintomática
Sem sintomas
Exercício normal
FEVE anormal
IC
compensada
Sem sintomas
Exercício
FEVE anormal
IC
descompensada
Sintomas
Exercício
FEVE anormal
IC
refratária
Sintomas não-controlados
Pelo tratamento
NOVA CLASSIFICAÇÃO
DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
AHA/ACC, novembro 2001
A
B
Alto risco
para IC
Doença
estrutural
s/ sintomas
C
Doença
estrutural
c/ sintomas
NYHA (I-IV)
D
IC terminal
A
B
Hipertensão arterial
Doença coronária
Diabetes Mellitus
Alcoolismo
Febre reumática
HF de miocardiopatia
Hipertrofia VE
Dilatação VE
FEVE < 40%
Valvopatia assintomática
IAM prévio
C
D
Dispnéia / fadiga por disfunção do VE
Assintomáticos em tratamento para IC
Hospitalização freqüente
Inotrópicos endovenosos
Suporte ventricular mecânico
Aguardando transplante
ESTÁGIOS DA IC CRÔNICA NO ADULTO
ESTÁGIOS DA IC
A
(Paciente de alto risco)
B
(Disfunção ventricular
assintomática)
C
DESCRIÇÃO
Pacientes com alto risco de desenvolver IC pela
presença de fatores de risco.
Estes pacientes não apresentam nenhuma
alteração funcional ou estrutural do pericárdio,
miocárdio ou de valvas cardíacas e nunca
apresentaram sinais ou sintomas de IC
Hipertensão arterial, coronariopatia,
diabetes, abuso de álcool
Pacientes que já desenvolveram cardiopatia
estrutural sabidamente associada à IC, mas que
nunca exibiram sinais ou sintomas de IC.
Hipertrofia ventricular esquerda;
dilatação ventricular esquerda ou
hipocontratilidade; valvulopatia ou IAM
Pacientes com sintomas prévios ou presentes de
IC associados com cardiopatia estrutural
subjacente
Dispnéia ou fadiga por disfunção
ventricular esquerda sistólica; pacientes
assintomáticos sob tratamento para
prevenção de IC
Pacientes com cardiopatia estrutural e sintomas
acentuados de IC em repouso, apesar da terapia
clínica máxima, e que requerem intervenções
especializadas
Pacientes hospitalizados por IC ou que
não podem receber alta; pacientes
hospitalizados esperando transplante;
pacientes em casa sob tratamento de
suporte IV ou sob circulação assistida.
(IC sintomática)
D
(IC Refratária)
FATORES ETIOLÓGICOS
(EXEMPLOS)
Avaliação laboratorial
básica


Hemograma, Glicemia, Cr, Na, K, EAS
Peptídeo natriurético cerebral (BNP)
– excelente marcador de disfunção do VE e
IC: diagnóstico e prognóstico (gravidade)



Radiografia de tórax em PA e Perfil
Eletrocardiograma
Ecocardiograma com doppler
Radiografia de Tórax
Avaliação Complementar







Holter
Teste da caminhada dos 6 minutos.
Teste ergo-espirométrico
Cardiologia Nuclear
Estudo Hemodinâmico
Biópsia endomiocárdica
Estudo Eletrofisiológico
Prognóstico e critérios de
gravidade








Idade > 65 anos
CF III e IV ( NYHA)
Cardiomegalia
acentuada
FE do VE < 35%(
ECO )
Hipotensão
BRE no ECG
Consumo de O2 <
15 ml/kg/min no
TEE.
Níveis elevados de
catecolaminas






IC por Doença de
Chagas ou
Amiloidose
Fibrilação Atrial
Arritmias complexas
(TV ou FV) e/ou
síncope.
Níveis elevados de
BNP
Débito cardíaco
reduzido
Hiponatremia (Na <
132 mEq)
Insuficiência Cardíaca
Causas de descompensação
Michalsen A et al Heart 1998; 80: 437-41
Objetivos do tratamento da
insuficiência cardíaca






Reduzir a progressão
Melhorar os sintomas
Melhorar a qualidade de vida
Reduzir a mortalidade
Prevenir a morte súbita
Reduzir o remodelamento miocárdico
Fatores precipitantes da IC












Má aderência à restrição hidrossalina ou à
medicação
Hipertensão arterial sistêmica não controlada
Arritmias cardíacas (fibrilação atrial, por ex.)
Isquemia ou infarto agudo do miocárdio
Infecção, incluindo endocardite infecciosa
Tromboembolismo pulmonar
Anemia
Hipertireoidismo
Estresse físico ou psíquico
Dosagem insuficiente de medicação
Gravidez
Obesidade
Tratamento não farmacológico



Identificar etiologia.
Eliminação/correção de fatores
agravantes.
Modificações no estilo de vida: (IIa/B)
–
–
–
–
–
–
Dieta
Ingestão de álcool
Atividade Física
Atividade Sexual
Atividades Laborativas
Vacinação: gripe e pneumonia
Esquema terapêutico para o
tratamento da ICC
Classe I
Classe II
Classe III
Classe IV
Cirurgia
Transplante
Otimização
terapêutica
Nitrato-hidralazina
Espironolactona
Diuréticos
Digitálicos
Betabloqueadores
Inibidores da Enzima Conservadora Angiotensina
Restrição de sódio
(3 a 4 g/dia)
2 g/dia restrição
hídrica
Adequação da Atividade Física
Princípios do tratamento da
insuficiência cardíaca
Manuseio nãofarmacológico
Identificação da etiologia
e remoção das causas
subjacentes
 Eliminação ou correção
de fatores agravantes
 Medidas nãofarmacológicas e
aconselhamentos sobre
a doença (autoassistência)
 Exercício físico
 Vacinação para vírus da
gripe e pneumonia

Medidas farmacológicas
Inibidores da ECA
 Diuréticos
 Beta-bloqueadores
 Antagonistas dos
receptores de aldosterona
 Antagonistas dos
receptores de angiotensina
II
 Digitálicos
 Agentes vasodilatadores
 Inodilatadores
 Anticoagulantes
 Antiarrítmicos

Cirurgia e marcapasso
Revascularização
miocárdica
 Marcapasso/
ressincronização
ventricular
 Cirurgia de correção
da insuficiência
mitral
 Ventriculectomia
 Cardiomioplastia
 Transplante cardíaco
 Suporte mecânico
 Células-tronco

Farmacologia
da
ICC
Tratando a falência da bomba vital...
Farmacologia da ICC
Agentes Inotrópicos
Agentes Diuréticos
Agentes Vasodilatadores
Outros
Penildon - 6ª Ed. 2002
Farmacologia da ICC

Agentes Vasodilatadores
Inibidores de ECA
–
–
–
–
–
São os mais importantes. Diminuem a produção de angiotensina II, evitando vasoconstricção
arteriolar e venosa e sua ação tóxica e trófica no miocárdio.
Além disso reduz outras ações da angio. II : ativação simpática, liberação de ADH, produção
de endotelina, inibição da produção de NO e inibidor de ativador de plasminogênio ( PAI-1 )
Resultado – Aumenta a atividade parassimpática e diminui a trombogenicidade. Diminui a
liberação de aldosterona e evita o remodelamento indesejável do miocárdio com deposição de
colágeno I
Efeito colateral importante – Tosse
EX. CAPTOPRIL, ENALAPRIL
Sistema Renina – Angiotensina - Aldosterona
ECA
Renina
Angiotensina I
Angiotensina II
Angiotensinogênio
Penildon - 6ª Ed. 2002
Farmacologia da ICC

Agentes Diuréticos
Tiazídicos
– Inibem a reabsorção de Na++ no túbulo contorcido distal (diurese leve)
– Ex. CLOROTIAZIDA
De Alça
– Atuam na ramo ascendente da alça de Henle, age no trocador Na+/K+/2Cl-. São
os diuréticos mais potentes, agem mesmo no rim comprometido.
– Ex. FUROSEMIDA
Poupadores de K+
– Ex. ESPIRONOLACTONA – É antagonista da aldosterona, bloqueando os
receptores desta no túbulo contorcido distal, facilitando a excreção de NA+ e
retenção de K+
Penildon - 6ª Ed. 2002
Farmacologia da ICC

Outros
Betabloqueadores
– Reduz a freq. Cardíaca, controla a pressão arterial, inibe arritmias,
diminui produção de renina, maior expressão de beta receptores, protege
o miocárdio contra os efeitos tóxicos da ativação simpática exarcebada
– Ex. METROPOLOL, PROPANOLOL
– CARVEDILOL. Combina ações de betabloqueador com vasodilatação
importante.
Antagonistas de angiotensina II
– Bloqueiam seletivamente os receptores AT1 de angiotensina II. Impedem as
ações desta. Boa alternativa aos IECAS, quando houver tosse.
– Ex. LOSARTAN
Penildon - 6ª Ed. 2002
Farmacologia da ICC

Nitratos
– Ação vasodilatadora, reduz o acúmulo de sangue na circulação central. Alivia
dispnéia

Antagonistas de canais de Ca++
– Ação vasodilatadora
– Ex. NIFEDIPINA

Vasodilatadores arteriolares diretos
– Ação vasodilatadora arteriolar, porém não venosa. Pode resultar em congestão
central.
– Ex. HIDRALAZINA
Penildon - 6ª Ed. 2002
Farmacologia da ICC

Agentes Inotrópicos
– Aumentam a contratilidade miocárdica
Digitálicos
– Glicosídeos esteróides cardioativos. Extraídos de plantas como Digitalis lanata
– Ação – Inibe a Na+ – K+ – ATPase, impede a retirada do Na+, favorecendo
indiretamente o acúmulo de Ca++ intracelular no miócito. Além disso promove
alentecimento da condução átrio ventricular.
– Na ICC, ajuda o enchimento ventricular, fortalece o coração e ajuda na inibição
da fibrilação atrial
– Ex. DIGOXINA
Penildon - 6ª Ed. 2002
Farmacologia da ICC

Não – Digitálicos
Agonistas β-1
– Estimula os receptores β-1 adrenérgicos (prot. G – adenilil ciclase – AMPc –
reações de fosforilação – chegada de Ca++ às proteínas contráteis
– Ex. DOPAMINA E DOBUTAMINA

Inibidores de fosfodiesterase
– Impedem que esta degrade o AMPc. Isso permite o aumento das ações do AMPc
e potencializa a contratilidade
– Ex. MILRINONA
Penildon - 6ª Ed. 2002
Emergências
da
ICC
Falência da bomba... Esperança de vida...
Emergências da ICC

Edema agudo de Pulmão

Choque cardiogênico

Arritmias
Edema agudo de pulmão

Fisiopatologia
Guyton - 10ª Ed. 2002
Edema Agudo de Pulmão


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Sintomas
Dispnéia rapidamente
progressiva que chega a
ortopnéia
Tosse inicialmente seca, a
seguir produtiva
Expectoração rósea e
espumosa
Ansiedade
Hemoptise
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Sinais
Ritmo de galope
Cianose
Estertores inicialmente nas
bases, disseminando-se por
todo o pulmão
Hipofonese das bulhas
cardíacas
Taquipnéia
Sudorese
Palidez
Edema agudo de pulmão
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Semiologia
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Terapêutica
– Suplementação de O2
– Nitroglicerina sublingual
– Furosemida 20 a 80 mg intravenosa (se houver pressão >
90 a 100 mmHg)
– Avaliar pressão sempre
– Oxímetro de pulso e gasometria arterial
– Acidose – Intuba e ventila mecanicamente
– Remoção da causa e ECG, Raio – X, enzimas e
ecocardiograma
Cecil - 4ª Ed. 1995
Referências
Livros
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Guyton, Arthur C.; HALL, John E., Fisiologia humana e mecanismos das
doenças, 10ª Edição, Editora Guanabara Koogan, 2002
Harrison, Medicina Interna, 15ª Edição, 2002
Kelley, W.N., Tratado de Medicina Interna. vol. I, Edição 4ª, Guanabara
Koogan, 1995
Penildon S., Farmacologia, 6ª Edição, Rio de Janeiro, Editora Guanabara
Koogan, 2002
Porto, Celmo Celeno, Semiologia Médica, Edição 4ª, Editora Guanabara,
2001
Robbins & Cotran, Bases Patológicas das Doenças, 7ª Edição, editora
Elsevier, 2005
Artigos
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KKL. Ho et al. The Framingham Heart Study, CIRCULATION - 1993
Lifetime Risk for Developing Congestive Heart Failure. The Framingham
Heart Study, CIRCULATION 2002
Referências
Guidelines
•
American College of Cardiology/American Heart Association - Guidelines for
the Evaluation and Management of Chronic Heart Failure in the Adult, 2001
“ Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das
pessoas apenas existe."
Oscar Wilde
Obrigado!
Chega por hoje?
Então... Até a próxima aula!
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