Saúde no Brasil e no Mundo

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SER FARMACÊUTICO
HISTÓRIA
• Há mais de 2.600 anos os chineses,
egípcios, indianos, gregos e escravos
• vegetais, sais de chumbos, cobre e
ungüentos de banha de leão,
hipopótamo, crocodilo e cobra
• Hipócrates - sistematizou os grupos de
medicamentos e dividiu-os em
narcóticos, febrífugos e purgantes.
• No século XVI impulso notável,
– pesquisa sistemática
dos princípios ativos
das plantas e dos
minerais capazes de
curar doenças.
– constatada a
existência de
microorganismos úteis
e nocivos.
• Indústria
farmacêutica
NO BRASIL
• Thomé de Souza – trouxe o
primeiro boticário – Diogo de
Castro
• Os jesuítas
• Séc. XVI: leis determinava que o
comércio de drogas e
medicamentos era privativo de
boticários aprovados pelo físicomor de Coimbra ou seu
delegado no Brasil.
• Em 1824: iniciou-se o
ensino de farmácia
• Rio de Janeiro
• Salvador
• 1839 - Ouro Preto
• Primeira escola
autônoma de
Farmácia
BOTICAS
6
Indústria Farmacêutica
Análises Clínicas
7
• 11 de novembro de 1960
são criados os CFF e
CRFs – Lei n. 3820;
Os
Conselhos
são
destinados a zelar pelos
princípios da ética e da
disciplina da classe dos
que exercem qualquer
atividade farmacêutica no
Brasil.
• São atribuições básicas
do
CFF
e
CRFs:
* Inscrever e habilitar os
profissionais farmacêuticos;
* Expedir resoluções que se
tornarem necessárias para fiel
interpretação e execução da
lei, definindo ou modificando
atribuições e competências
dos
profissionais
farmacêuticos;
*
Colaborar com autoridades
sanitárias para uma melhor
qualidade de vida do cidadão;
• Organizar
o
Código
de
Deontologia Farmacêutica;
*
Zelar pela saúde pública,
promovendo a difusão da
assistência farmacêutica no
País.
SÍMBOLOS
• Galeno (Pai da
Farmácia)
– Combatia as doenças por
meio de substâncias ou
compostos que se
opunham diretamente aos
sinais e sintomas das
enfermidades.
– É precursor da alopatia.
Taça e a cobra
A taça com a serpente nela
enrolada é internacionalmente
conhecida como símbolo da
profissão farmacêutica. Sua
origem remonta a antigüidade,
sendo parte das histórias da
mitologia grega.
Segundo as literaturas antigas o
símbolo da Farmácia ilustra o
poder (cobra) da cura (taça).
A Lenda do Centauro
Chiron, o centauro, ao contrário da maioria dos
de sua raça, caracterizados pela selvageria e
violência, se dedicou aos conhecimentos de
cura. Teve como um dos seus discípulos o deus
Asclépio (também denominado Esculápio), ao
qual ensinou os segredos das ervas medicinais.
Asclépio se tornou o deus da saúde e tinha
como símbolo um cetro com duas serpentes
nele enroladas. Contudo, ele não utilizava seu
conhecimento somente para salvar vidas, mas
usava seu poder para inclusive ressuscitar
pessoas. Descontente com a quebra do ciclo
natural da vida, Zeus resolveu intervir. Os
deuses entraram então em batalha e Zeus
acabou matando Asclépio com um raio.
Com a morte de Asclépio, a saúde
passou a ser responsabilidade de sua
filha Hígia, que se tornou dessa
maneira a deusa da saúde. Hígia
tinha como símbolo uma taça que
com sua promoção foi adicionada
por uma serpente nela enrolada.
Essa serpente é, obviamente, uma
representação do legado de seu pai.
Assim o símbolo de Hígia da taça
com a serpente se tornou,
posteriormente, o símbolo da
Farmácia.
Cor da Pedra do Anel de Grau
O topázio imperial
amarelo é uma pedra
preciosa que significa
sabedoria. Ativa o intelecto,
a comunicação, a
concentração, a disciplina, a
atenção aos detalhes e a
harmonia do todo.
Juramento
• “Prometo que, ao exercer a
profissão de Farmacêutico,
mostrar-me-ei sempre fiel
aos preceitos da
honestidade, da caridade e
da ciência.
• Nunca me servirei da
profissão para corromper os
costumes ou favorecer o
crime.
• Se eu cumprir este
juramento com fidelidade,
gozem, para sempre, a
minha vida e a minha arte,
de boa reputação entre os
homens.
• Se dele me afastar ou
infringi-lo, suceda-me o
Cor da Faixa da Beca
A cor amarela simboliza
saúde, perseverança,
naturalidade, limpeza,
juventude e natureza.
Estimula equilíbrio e cura.
COMEMORAÇÃO
• em 20 de janeiro de 1916
foi fundada a associação
brasileira de
farmacêuticos no Rio de
Janeiro.
•
Dr. Otto Cezar Granado
Link globo
Padroeira dos Farmacêuticos
Santa Gemma Galgani
• Beatificada em 1933 e
canonizada em 1940
• É padroeira dos
farmacêuticos e alquimistas
•
Sua festa é celebrada no dia
11 de abril
Farmacêuticos Famosos
Ernest Fourneau
moderna quimioterapia
Claude Nativelle
tratamento de doenças do coração
Farmacêuticos Famosos
John Styth Pemberton
Coca-cola
Farmacêuticos Famosos
Fritz Hoffmann
borracha sintética
Célio Silva
vacina de DNA contra
tuberculose
Farmacêuticos Famosos
Henri Nestlé
farinha láctea
Alexander Flemming
penicilina
Farmacêuticos Famosos
Maria da Penha
Carlos Drummond de Andrade
Perfil do egresso
Art. 3º O Curso de Graduação em Farmácia tem como perfil
do formando egresso/profissional o Farmacêutico, com
formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, para
atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no
rigor científico e intelectual. Capacitado ao exercício de
atividades referentes aos fármacos e aos medicamentos,
às análises clínicas e toxicológicas e ao controle, produção
e análise de alimentos, pautado em princípios éticos e na
compreensão da realidade social, cultural e econômica do
seu meio, dirigindo sua atuação para a transformação da
realidade em benefício da sociedade.
LEI 5991/73
• Lei sanitária com forte pressão de associações de
donos de farmácias além da indústria farmacêutica;
• Criam-se Posto e dispensários de medicamentos em
estabelecimentos hospitalares;
• Permitem a venda de anódinos em hotéis e similares;
• Drogaria é estabelecimento de venda e varejo de
produtos farmacêuticos;
• Admitem a abertura por leigos;
• A farmácia é caracterizada por comércio
Mudanças
•
•
•
•
•
•
•
A partir da década de 80
Novas diretrizes curriculares
Projetos de Lei
Reorientação profissional
Responsabilidades
Ética
Mudanças filosóficas
Uso Seguro e Racional dos
Medicamentos
• 2200 aC – Código de Hammurabi da
Babilonia – médico que causasse a
morte de um paciente perderia as
mãos
• 460-570 aC – Hipócrates – “Não
causem dano”
• 1961 – Talidomida – 7.000
brasileiros vítimas
• 1962 – Assembléia Mundial de
Saúde – estabelece o Sistema
Internacional de Monitorização de
Reações Adversas a Medicamentos
– Brasil - regulamentação em 2001.
Lei de Patente 9279/96
Lei de Genéricos 9787/99
28
Lei 9677/98 – falsificação de medicamentos
torna-se hediondo.
Lei 9782/99 – criação da ANVISA
29
1998 - Obrigatória a presença do
farmacêutico nas farmácias e drogarias por 4
horas diárias.
2000 - Obrigatória a presença do
farmacêutico nas farmácias e drogarias por
50% do período de funcionamento do
estabelecimento.
2002 - Obrigatória a presença do
farmacêutico nas farmácias e drogarias por
período integral de funcionamento do
estabelecimento.
30
Imagem do Farmacêutico:
Análises clínicas, alimentos e medicamentos
Credibilidade e responsabilidade social
Segurança, confiabilidade e ética
Conhecimento e informação
Com o retorno do farmacêutico – é preciso
agregar valores para convencer a todos que
ele é necessário.
31
E quem é o paciente:
Fragilizado, sensibilizado, inseguro,
preocupado.
Este paciente deve ser respeitado em seu
todo!
32
Problema: AUTOMEDICAÇÃO
33
Fatores relacionados a longevidade:
Controle de
peso
Redução da
P.A.
Exercícios
físicos
Parar
de
fumar
Pensar
positivo
6-7 anos
5 anos
1-4 anos
10 anos
10 anos
34
Farmácia Estabelecimento de Saúde
Farmácia Estabelecimento de Saúde
Estabelecimento onde se efetiva a
dispensação responsável e a
promoção do uso racional de
medicamentos, atrelado a
prestação de serviços, em diversos
níveis, visando promover a
qualidade de vida e a proteção,
recuperação e promoção da saúde
individual e coletiva, onde o
farmacêutico atue como
responsável pelo processo de
utilização dos medicamentos e
obtenção de resultados, com maior
ênfase no usuário e não no produto
Âmbito Profissional
Onde podemos atuar:
• Drogarias, Farmácia de Manipulação e
Farmácia Homeopática
• Ervanarias - fitoterápicos
• Indústria de medicamentos, Industria de
correlatos, Indústria Alimentícia, Indústria
Cosmética, Indútrias de produtos químicos
em geral
• Farmácia Hospitalar, Empresa de produtos
hospitalares, Radiofarmácia, Oncologia
• Análises Clínicas, Pesquisa e Educação...
etc.
39
Papel das Entidades
CRF-SP
• Autarquia Federal
• Atuar em defesa da saúde da população
• Fiscalizar o exercício profissional ética
• Registrar os farmacêuticos conferir o
direito ao exercício da profissão
• Garantir o âmbito de atuação profissional
Papel das Entidades
SINFAR
• Sindicato dos Farmacêuticos no Estado
de São Paulo
• Atuar em defesa das condições de trabalho da
classe farmacêutica
• Piso salarial
• Benefícios
• Re-colocação profissional
• Processos trabalhistas
Papel das Entidades
Associações de Farmacêuticos
• Atuar em defesa dos interesses e aspirações
dos farmacêuticos (associados)
• Promover estudos e pesquisas sobre as
atividades farmacêuticas
• Estimular a integração profissional através de
ações culturais e científicas
• Atuar em parceria com o CRF-SP, SINFAR e
outros
Papel das Entidades
Vigilância Sanitária
• As ações de vigilância sanitária abrangem o
conjunto de medidas capazes de eliminar,
diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir
nos problemas sanitários decorrentes do meio
ambiente, inclusive o do trabalho, da produção
e circulação de bens e da prestação de
serviços de interesse da saúde.
O farmacêutico deve ser sete
estrelas...
1. Prestador de
serviços em equipe de
saúde
2. Capaz de
tomar decisões
3. Comunicador
4. Líder
5. Gerente
6. Atualizar-se
permanentemente
7. Educador
Saúde no Brasil e no Mundo
• Altos dispêndios com assistência à
saúde com tendência de alta
• Demandas sociais crescentes em
quantidade e qualidade
• Crises econômicas mundiais
• Complexidade crescente do exercício
da medicina
• Insuficiência técnica das tecnologias
atuais
Economia da saúde x Farmacoeconomia
Economia da saúde
• Macrovisão
• Focos
- Demanda
- Disponibilidade
- Distribuição
- Produção
Farmacoeconomia
(Avaliação econômica)
• Microvisão
• Análise decisória
aplicada a seleção de
alternativas em saúde
Economia da saúde  objetivos
• Conhecer e aperfeiçoar o fluxo e o volume
dos recursos utilizados no segmento
saúde, a fim de atender as necessidades
populacionais de forma mais racional,
eficaz e eficiente.
Itens desses objetivos:
• Quais são a origem e volume de recursos
• Como esses recursos são organizados e
mobilizados
• Como se distribuem (regiões, áreas,
serviços)
• Quem se beneficia com os recursos
distribuídos
• Quem provê os serviços
O segmento farmacêutico da economia
mundial e brasileira apresenta várias
características típicas:
• O Brasil produz milhares de
especialidades farmacêuticas, mas é
pouco importante na produção de
princípios ativos, preferindo importá-los.
• Poucas dezenas de empresas ao redor do
mundo concentram a maior parte do
mercado mundial, o que lhes gera muito
poder econômico.
• Os países desenvolvidos consomem a maior
parte dos medicamentos industrializados, o que
explica as pesquisas de novos medicamentos
visarem atender as necessidades da população.
• A produção de medicamentos atende anseios
econômicos, pois afinal, são produzidos por
empresas privadas cuja existência está em
obter lucro.
• Existem países, como na Inglaterra, em que o
financiamento dos medicamentos é na maioria
das vezes feito pelo estado.
• O mercado de medicamentos tende a ser
inelástico, ou seja, as leis de oferta e
procura têm pouco efeito, ao contrário do
que acontece com hortaliças e frutas.
• O fenômeno das fusões deposita cada vez
em menos empresas maiores fatias do
mercado mundial de medicamentos.
• A globalização econômica facilita o
lançamento e comercialização de novos
medicamentos em muitos países, o que
acelera o ressarcimento dos investimentos
realizados em seu desenvolvimento.
• Os países desenvolvidos consomem a
maior parte dos medicamentos
industrializados e são justamente, os que
tem a tecnologia mais avançada no setor.
• No Brasil o setor de medicamentos
gira em torno de US$ 9 Bi, variando
ao longo dos últimos anos mais em
função da cotação do dólar do que
pelo aumento de vendas, tendo
inclusive, produzido quantidades
menores de unidades de
medicamentos. Com relação a esta
situação podemos dizer que:
• O mercado brasileiro não consome
mais medicamentos por falta de
capacidade de compra da população.
• Apesar da crescente falta de acesso
aos medicamentos, o que resulta na
queda de consumo, os preços dos
medicamentos, via de regra, não
ficam mais baratos.
• O tamanho do mercado aparenta grandeza, mas
assumindo que a maior parte da população não
é tratada adequadamente, a quantidade de
unidades produzidas poderia até triplicar.
• A Política de Medicamentos necessita da
produção pelo feita pelo Estado, de
medicamentos que considerar básicos como
forma de garantir o tratamento medicamentoso
pelo menos da rede pública de hospitais.
• Apesar do tamanho do faturamento, o país
depende muito de importação de medicamentos
“Os resultados em saúde nem sempre são
proporcionais aos investimentos
realizados”.
• A frase é verdadeira porque o custo da
medicina em etapas mais avançadas
cresce mais rápido que os reais
avanços médicos.
Ano após ano são consumidos maiores
verbas em saúde ao redor do mundo.
Assim podemos concluir:
• A população está aumentando e portanto
são mais pessoas a serem tratadas.
• A idade média da população, assim como
a expectativa de vida ao nascer, de modo
geral está subindo e isto implica em mais
eventos de perda da saúde a se tratar.
• Novas abordagens das doenças são
desenvolvidas, em geral usando mais
recursos e tecnologia, e isto também
eleva o custo final da terapia.
• Novas doenças e ressurgimento de outras
resultam em mais tratamentos a serem
realizados.
• Países gastam parcela expressiva de sua
riqueza em saúde, porém existem grandes
variações mesmo quando analisados
nações com grau de desenvolvimento em
saúde bom e semelhante. Isto explica
que:
• Alguns países têm a medicina socializada, o que tende a
controlar os preços.
• Onde existe esforço na real avaliação de novas drogas
os preços dos medicamentos sobem menos.
• Populações têm perfis diferentes e, portanto,
necessidades em saúde diferentes que exigem
tratamentos diferentes a custos também diferentes.
• Populações mais idosas consomem mais dinheiro em
saúde devido a grande incidência de doenças crônicodegenerativas.
A promoção e comercialização de
medicamentos são fortemente
influenciadas por sua condição de “bem
credencial”. Isto quer dizer que:
• A escolha do medicamento, na maioria
dos casos, necessita de profissional
capaz de julgar sua necessidade, e não
pelo personagem que vai consumi-lo.
O perfil de consumo de medicamentos é
intimamente ligado aos perfis
demográfico, epidemiológico e econômico
da população. Considerando as condições
brasileiras nestes quesitos, assinale a
alternativa não condizente com as
expectativas.
• A demanda de medicamentos para
doenças crônicas deve aumentar nos
próximos anos.
• A necessidade de vacinas infantis deve diminuir
gradualmente ao longo das próximas décadas.
• Larga parcela da população continuará sem
acesso à medicamentos por absoluta falta de
capacidade de compra.
• Medicamentos obtidos através de novas
tecnologias continuarão a ser lançados pelos
grandes laboratórios, mas seus preços devem
ser caros para a maioria da população.
RACIONALIZAÇÃO X
LIBERALIZAÇÃO
RACIONAR DESPESAS:
VANTAGENS:
• Elasticidade
orçamentária
• possibilidade de
investimento em
outras prioridades
• Lucros
DESVANTAGENS:
• Dificuldades
operacionais
• Riscos à ética
• Prejuízo da imagem
• “tiro pela culatra”
LIBERAR ESCOLHAS,
INDEPENDENTE DO CUSTO
VANTAGENS
• Melhores resultados
• Menores riscos
DESVANTAGENS:
• Esgotamento de
recursos
• Tratamentos
incompletos
• Pacientes marginais
Conseqüências de escolhas
erradas:
– Tratamentos inadequados ou inacabados
– Esgotamento precoce dos recursos financeiros e
materiais
– Prejuízo de todo o trabalho já consumido no primeiro
atendimento
– Manutenção ou agravamento da morbidade
– Novas consultas e eventuais internações
hospitalares
– Maiores custos de tratamento
– Perda com dias de trabalho e qualidade de vida
O papel da economia na saúde:
Medicamentos:
• Importância técnica
• Importância econômica - 8 – 30% do
orçamento
• Maiores possibilidades de exercer opções
• Altos índices de uso irracional
FARMACOECONOMIA  Campo de
estudo que avalia o comportamento de
indivíduos, empresas e mercados com
relação ao uso de produtos, serviços e
programas farmacêuticos, e que
frequentemente enfoca os custos e
conseqüências desta utilização.
(International Society for
Pharmacoeconomics and Outcomes
Research, 1998).
CUSTOS DA ECONOMIA:
• Quantificação monetária de todos os
recursos consumidos durante o curso da
doença
Custos diretos
• Medicamentos,
materiais
• Salários e honorários
• Exames
• Diárias de internação
Custos indiretos
• Perda de ganhos
motivada pelos
eventos relacionados
à patologia e/ou seu
tratamento
Conseqüências dos custos:
• Resultados QUANTIFICADOS das opções
de conduta escolhidas
• Número de curas
• Anos de vida ganhos
• Melhorias em parâmetros clínicos,
resultados de exames, etc.
• Qualidade de vida
Métodos de aplicação de
Farmacoeconomia:
1. Análises de custo/beneficio:
– Comparação entre resultados financeiros
proporcionados por cada alternativa de ação.
– Despesas com saúde = investimentos com
rentabilidade financeira
• Viável na existência de opções ÉTICAS
de conduta
• Exemplo: Uma empresa com 1.000
funcionários é convidada a fazer uma
ampla campanha de vacinação contra
gripe. O custo de cada vacina é de R$
10,00, com cobertura de 1 ano e eficácia
de 50%. Os diretores devem concordar
com a campanha?
Dados:
•
•
•
•
Faltas ao trabalho por gripe :
1 dia / homem / ano, em média
custo diário de R$ 30,00 / trabalhador
dispêndio anual: R$ 30.000,00
• Eficácia da vacinação  50% na
prevenção da gripe
• Redução do absenteísmo para 0,5 dia /
homem / ano
• Novo dispêndio anual com dias parados:
R$15.000,00
• Custo da vacinação: R$ 10.000,00
• Custo total: R$ 25.000,00
• Custo da opção “não vacinar”  R$
30.000
• Custo da opção “vacinar”  R$ 25.000
• Razão custo/benefício  R$ 5.000
2. Análise de minimização de
custos
• Definição: comparação de custos entre
alternativas com perfis equiparáveis de
efetividade (real ou presumida)
• Requer compreensão de custos de
tratamento
• Não considera opções clínicas e
preferências individuais.
Exemplo: tratamento da UTI com
duas quinolonas
• Qui/A – caixa com 16 comprimidos = R$
16,00 - R$ 1,00
• Qui/B – caixa com 30 comprimidos = R$
34,50 - R$ 1,15
Se eu usar:
• Qui/A – DDU (posologia) de 3 cpr/dia x R$
1,00 = R$ 3,00 / dia
• Qui/B – DDU (posologia) de 2 cpr/dia x R$
1,15 = R$ 2,30 / dia
Eficácia
• Qui/A – Tempo até a cura  7 dias x R$
3,00 = R$ 21,00
• Qui/B – Tempo até cura  10 dias x R$
2,30 = R$ 23,00
• Para 1 indivíduo a diferença = R$ 2,00
• Para 100.000 indivíduos = R$ 200.000,00
3. Análises de Custo/Efetividade:
• É a avaliação comparativa entre os custos
de tratamento e os resultados clínicos,
humanísticos e quantitativos das
conseqüências de utilização de diferentes
opções de tratamento.
• Despesas com saúde  “Investimento”
em resultados
Exemplo: para a terapêutica vitalícia da
hipertensão arterial, há dois
medicamentos HAS/X e HAS/Y, com os
seguintes custos diários de tratamento:
HAS/X: R$ 1.50 / dia
HAS/Y: R$ 1.85 / dia
A qual deve ser dada a
preferência de prescrição?
Comparação entre dois antihipertensivos, HAS/X e HAS/Y
• HAS/X: R$ 1.50 / dia
• Efetividade: redução de 10 mmHg
• HAS/Y: R$ 1.85 / dia
• Efetividade: redução de 20 mmHg
Para um paciente que precisa de uma
redução de 20 mmHg
• HAS/X : R$ 3,00 / dia
• efetividade: redução da HAS ao normal +
sobrevida de 5 anos
• HAS/Y : R$ 1.85 / dia
• efetividade: redução da HAS ao normal +
sobrevida de 4 anos
• HAS/X : R$ 3,00 / dia  custo após 5
anos = R$ 5.475,00
• HAS/Y : R$ 1.85 / dia  custo após 4
anos = R$ 2.701,00
CONCLUSÃO
• Para o ganho de 1 ano de vida adicional,
a droga HAS/X exige um dispêndio
adicional de R$ 2.774,00.
4. Análises de custo-utilidade
• Utilidade  percepção individual e subjetiva que
um indivíduo faz de sua qualidade de vida
• Transformação de noções subjetivas em valores
quantitativos  índice QOL (Quality of Life)
• Qualidade de vida associada à saúde
• Avaliação comparativa entre custos de
tratamento e anos de vida ajustados pela
qualidade (AVAQ, QUALY)
• Exemplo:
• No câncer de cólon, uma nova droga
obteve uma sobrevida de 2,4 anos, em
média, a um custo de US$ 17.500. Os
pacientes, no entanto, se queixam de
náusea, vômitos, alopecia, astenia e
outras reações colaterais graves. Sugerese o uso de uma droga anti-emética em
complementação a terapia, mas o custo
se eleva em mais US$ 2.500. Há dúvidas
quanto ao benefício obtido em função do
custo.
• Comparação entre o uso ou não de
tratamento adjuvante à quimioterapia no
tratamento de câncer de cólon
• grupo A: com quimioterapia
• grupo B: com quimioterapia e anti-emético
•
•
•
•
•
- grupo A : com quimioterapia
anos de vida ganhos = 2,4
índice QOL = 0,3
AVAQ = 0,72
- grupo B : com quimioterapia e antiemético
• anos de vida ganhos = 2,4
• índice QOL = 0,8
• AVAQ = 1,92
• grupo A : com quimioterapia:
• AVAQ = 0,72
• custo = US$ 17.500  US$ 30.100 /
AVAQ
=0,72x17.500 + 17.500
• grupo B : com quimioterapia e antiemético:
• AVAQ = 1,92
• custo = US$ 20.000  US$ 58.400 /
AVAQ
=1,92 x 20.000 + 20.000
Quadro de possibilidades:
• Pneumonias por Bacterium sp são
tratadas atualmente com “Velhociclina”,
com um preço de R$15 por ampola.
• É apresentado o novo antibiótico
“Novociclina” , sugerido para a mesma
indicação da “Velhociclina”.
• O propagandista alega que “Velhociclina”
é hepatotóxica, enquanto “Novociclina”
além de muito mais eficaz, não gera
reações adversas.
• O preço de uma ampola de “Novociclina” é
R$ 50.
Fase 1 – pesquisa
“Velhociclina”
• eficaz em 80% dos casos
• gera hepatotoxicidade em 5% dos
pacientes tratados, com um custo
adicional de diagnóstico e tratamento de
R$ 2.750 por ocorrência
• custo total para 10 dias de tratamento
(medicamento, materiais, horas de
trabalho e outros): R$ 200,00.
“Novociclina”
• eficaz em 95% dos casos
• desprovida de reações adversas
• custo total para 10 dias de tratamento
(medicamento, materiais, horas de
trabalho e outros): R$ 600,00.
“Superciclina”
•
•
•
•
eficaz em 99,9% dos casos
desprovida de reações adversas
custo total de tratamento: R$ 2.500
falha com óbito: 0,1% dos casos, com um
custo adicional de R$ 500,00.
Fase 2 - Árvores de decisão
95% cura
R$600,00
Novociclina
Falha
superciclina
cura R$3.100,00
99,99%
Óbito R$3.600,00
0,1%
“Velhociclina”
Sem hepatotoxicidade
95% - R$ 200,00
Cura 80%
Com hepatotoxicidade
5% - R$ 2.950,00
Falha 20%  usar superciclina
Sem hepatotoxicidade  cura 99,9% - R$ 2.700,00
 óbito 0,1% - R$ 3.200,00
Com hepatotoxicidade  cura 99,9% - R$ 5.450,00
 óbito 0,1% - R$ 5.950,00
Fase 3
Relações entre probabilidades e custos
“Velhociclina”
0,80 x 0,95 x $ 200 = $ 152,00
0,80 x 0,05 x $ 2.950 = $ 118,00
0,20 x 0,95 x 0,999 x $ 2.700 = $ 512,49
0,20 x 0,95 x 0,01 x $ 3.200 = $ 0,61
0,20 x 0,05 x 0,999 x $ 5.450 = $ 54,45
0,20 x 0,05 x 0,001 x $ 5.950 = $ 0,06
Total: $ 837,61
“Novociclina” (95%)
0,95 x $ 600 = $ 570,00
0,05 x 0,999 x $ 3.100 = $ 154,85
0,05 x 0,001 x $ 3.600 = $ 0,18
Total: $ 725,03
Conclusões:
Preço não é o mesmo que custo;
Probabilidades afetam resultados;
Nem tudo o que é mais barato, tem
necessariamente o menor custo;
Nem tudo o que é mais caro, é
necessariamente a melhor opção;
Farmacoeconomia não é determinante.
Farmacoeconomia não é:
Estudo de utilização de medicamentos
Ferramenta de gerenciamento de estoques
Ferramenta de incremento de lucro às
custas da saúde
Exclusivamente uma ferramenta de
marketing
Viável apenas em situações de igual
efetividade
Farmacoeconomia é: Ferramenta de apoio à
decisão em saúde, que busca um balanço ético
e justo entre custos e conseqüências.
É o menor custo com a melhor qualidade.
Farmacoeconomia
Certificações:
• ISO 9000  qualidade do serviço
prestado, sem erros, sem falhas
• ISO 14.000  efeito que a empresa tem
sobre o meio ambiente
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