CONHECIMENTO - Google Groups

Considerações básicas
SEMINÁRIOS I – NEILA SANTANA
O
que é ciência?
O
que é conhecimento?
(FERRARI, 1974):
“Sistematização de conhecimentos, um
conjunto de proposições logicamente
correlacionadas sobre o comportamento de
certos fenômenos que se deseja estudar: a
ciência é todo um conjunto de atitudes e
atividades racionais, dirigidas ao
sistemático conhecimento com objeto
limitado, capaz de ser submetido a
verificação”
A
Ciência só surgiu na Idade Moderna, no
início do século XVI.
 Antes
do nascimento da Ciência, a mitologia,
as religiões e os senso comum apresentaram
suas teorias explicativas para responder as
principais questões humanas.
A
busca por respostas de modo criterioso,
sistemático e racional apenas foi iniciada a
partir do florescimento da Ciência, depois da
criação do método científico.
AS CIÊNCIAS POSSUEM:
 Objetivo
ou finalidade: Precupa-se em
distinguir a característica comum ou as
leis gerais que regem determinados
eventos;
 Função:
aperfeiçoam pelo conhecimento a
relação do homem com o mundo.
CLASSIFICAÇÃO E DIVISÃO DA CIÊNCIA
Lógica
Formais
Matemática
Ciências
Factuais
Sociais
Antropologia
Sociologia
Direito
Economia
Geografia
Política
Naturais
Física
Química
Biologia
Outras
A palavra Ciência nos remete à outra
palavra do mesmo domínio semântico:
CONHECIMENTO
‘representa a apreensão de um saber intelectual ou a
aquisição de uma informação sobre um fato ou ato
realizado pelos seres vivos ou pelas forças da
natureza’. (KOCHE, 2004)
TIPOS DE CONHECIMENTO
POPULAR
FILOSÓFICO
Lakatos e Marconi (2001)
TEOLÓGICO
CIENTÍFICO
CONHECIMENTO POPULAR OU SENSO COMUM
É
a construção de conceitos e definições
coletivamente compartilhadas pelos não
estudiosos da natureza e do
comportamento humano.
 Revela
a precipitação humana quanto ao
desejo de obter explicações simples e
fáceis acerca de fenômenos à primeira
vista incompreensíveis.
CONHECIMENTO
É
POPULAR OU
SENSO COMUM
o saber que preenche nossa vida
diária;
 É o modo espontâneo e comum de
conhecer;
 É o que se possui sem o haver
procurado ou estudado, sem
aplicação de um método.
CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO POPULAR

Superficial: conforma-se com a aparência
(frases: “porque vi, disseram, todo mundo diz...);

Sensitivo: vivências/emoções cotidianas;

Subjetivo: o sujeito organiza suas experiências
seja por vivência quanto por ouvir dizer;

Assistemático: esta organização não visa uma
sistematização de idéias;

Acrítico: sendo verdadeiros ou não, o
conhecimento não se manifesta sempre de
maneira crítica.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO


O conhecimento científico é real (factual) porque
lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda
"forma de existência que se manifesta de algum
modo" (FERRARI, 1974).
Constitui um conhecimento contingente, pois
suas preposições ou hipóteses têm a sua
veracidade ou falsidade conhecida através da
experimentação.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
“O objetivo básico da atividade científica
não é o de descobrir verdades ou ser uma
compreensão plena da realidade, mas sim o
de fornecer um conhecimento que, ao menos
provisoriamente, facilite a interação com o
mundo, permitindo previsões confiáveis
sobre eventos futuros e indicando
mecanismos de controle para que se possa
intervir favoravelmente sobre os mesmos”.
(KÖCHE, 2004).
CARACTERÍSTICAS





DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Objetividade: o pesquisador deve escolher como objeto de
investigação coisas e fenômenos do universo factual, material, físico e
perceptível por meio dos sentidos.
Sistematicidade: trata do saber ordenado logicamente (forma
sistema de idéias/teorias e não desconhecimentos dispersos,
desconexos)
Racionalidade: é a utilização de raciocínios lógicos, no processo de
investigação, por meio de procedimentos metódicos e bem planejados.
Generalidade: o pesquisador sai em busca da frequência, da
repetição da ocorrência do fenômeno investigado. Todas as pesquisas
que se julgam importantes tem a ambição de encontrar leis gerais
para explicar o funcionamento dos fenômenos naturais e
comportamentais do homem.
Verificabilidade: o que não é comprovado não pertence ao âmbito
científico.
OBSERVAÇÃO:
A “verdade” em ciência nunca é absoluta ou
final, pode sempre ser modificada ou
substituída. Um conhecimento é válido
apenas até que novas observações ou
experimentações o contradigam.
CONHECIMENTO FILOSÓFICO



É um conhecimento que questiona as coisas
essenciais e profundas da vida: Quem eu sou?
Quem é você? Por que estamos no mundo? O que
é a verdade, o bom e o belo?
Para respondes tais questões, o filósofo usa a
razão, a lógica e as observações sensoriais para
chegar a certas conclusões.
O método aplicado pela filosofia é apenas a
coerência lógica sem qualquer experiência.
CONHECIMENTO RELIGIOSO





Está relacionado à fé e a crença divina.
Parte do princípio de que as verdades tratadas são
infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em
revelações da divindade.
Apresenta respostas para questões que o ser
humano não pode responder.
Envolve aceitação ou não.
Em geral, os elementos da religião se repetem: há
sempre um profeta humano, um livro sagrado e
um grupo de fiéis consagrados à causa religiosa.
CONCLUINDO...
“Os conhecimentos mais recorrentes em nossa
sociedade não concorrem com o conhecimento
científico; eles co-ocorrem, colaboram direta
ou indiretamente para o aperfeiçoamento da
própria Ciência e da vida humana como um
todo. (...) No dia a dia os conhecimentos se
entrelaçam e dialogam. Não há fronteiras
claramente delimitadas entre eles. Não
sabemos quando um acaba e outro começa.
Cada um deles tem a sua importância e
compõe o complexo de saberes necessários a
uma vida justa e saudável sobre a Terra”
(XAVIER, 2010).
REFERÊNCIAS:




FERRARI, Alfonso Trujillo . Metodologia da ciência. 2
ed. Rio de Janeir: Kennedy, 1974. Capítulo 1.
KOCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia
científica. 3 ed. Petrópolis: RJ. Vozes, 2004. Capítulos
1 e 2.
LAKATOS, Eva M.; MARCONI, Marina de Andrade.
Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo:
Atlas, 2001.
XAVIER, Antonio Carlos. Como fazer e apresentar
trabalhos científicos em eventos acadêmicos. Recife:
Editora Rêspel, 2010.