Slide 1 - SlideBoom

Propaganda
REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Camila Carvalho
Vanessa Carrias
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
É a incapacidade do coração em
adequar sua ejeção às necessidades
metabólicas do organismo, ou fazê-la
somente através de elevadas pressões
de enchimento.
Eugene Braunwald, 1980
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Síndrome clínica caracterizada por fadiga, dispnéia
e grande limitação dos esforços físicos,
decorrente de alterações hemodinâmicas e
metabólicas provenientes de modificações
progressivas no sistema neuro-humoral.
(hiperatividade simpática, hipoatividade parassimpatica e
↑ da atividade do sistema renina-angiotensinaaldosterona)
• Exercício físico não era recomendado a
pacientes com IC.
• Exercício físico ↑ a tolerância a atividades e
melhora o estado clinico de pctes com IC.
• Exercício físico tornou-se uma opção efetiva
de intervenção terapêutica não farmacológica
capaz de retardar alt. Centrais e periféricas
decorrentes da evolução da IC.
ALTERAÇÕES CENTRAIS
• Na maioria das formas de IC a perfusão
tecidual é manifestada pela intolerância ao
exercício físico com pronunciada fadiga e
dispnéia tanto durante a atividades diárias
normais como esforços intensos.
• A classificação funcional da New York Heart
Association (NYHA) tem sido utilizada.
• A medida do consumo de O2 de pico ótimo método
tanto pela eficácia na caracterização da reserva
cardíaca e no nivel funcional do pcte, quanto por sua
abjetividade e reprodutibilidade.
• Consumo de O2 = DC - arterio venosa de O2.
• VO2max determinado por limitações na sua oferta
dos tecidos, trocas gasosas e eficiência dos
musculos ativos em extraírem e metabolizar o
oxigênio.
• Fatores periféricos podem contribuir para a limitada
capacidade física de pacientes com IC.
ALTERAÇÕES PULMONARES
• Pctes com IC apresentam respostas
respiratórias alteradas durante o exercício por
↑ da FR, do espaço morto fisiológico e do
equivalente ventilatório de dióxido de
carbono (VE/VCO2).
• A (PO2) e a (PCO2) ficam normais durante o
exercício físico, a limitação não deve
diretamente a fatores respiratórios.
• Explicações alternativas para a
hiperventilação ao exercício inclui o
desenvolvimento de acidose precoce,
resultando em produção ↑ de CO e queda do
PH sanguíneo com estimulação dos centros
de controle respiratório causando ↑ da
ventilação e dispnéia de esforço.
ALTERAÇÕES PERIFÉRICAS
• A atrofia muscular é um fator comum em pctes com
IC → caquexia, as causas estão relacionadas ao ↑
dos níveis plasmáticos de citosinas.
• Pctes com IC apresentam reduzida utilização da
fosfocreatina (PCr) e elevada relação de fosfato
inorgânico e fosfocreatina( Pi/PCr), reduzida
ressíntese de PCr e menores níveis de pH durante o
esforço.
• Alterações do músculo esquelético na IC
podem contribuir para extração anormal de
O2, dessa forma há ↓ da diferença arteriovenosa de oxigênio levando a intolerância ao
exercício na IC.
ALTERAÇÕES NEURO-HUMORAIS
• Os níveis circulantes de argina-vasopressina,
estão associados a concentrações elevadas de
catecolaminas e renina na IC; Esse aumento é
devido a ↓ na sensibilidade de receptores
atriais para estiramento do átrio com essa
alteração há maior liberação de vasopressina
acentuado a vasocontricção e a hiponatremia.
• A disfunção endotelial caracteriza-se por ↑ de
endotelina do estresse oxidativo e ↓na
produção de acido nítrico essas alterações
explicam a deficiente vasodilatação periférica
e coronariana em pacientes com IC.
• As endotelinas alem de potentes
vasoconstritores promovem a proliferação de
musc liso, miócitos e fibroblastos, ↑ a
retenção de sódio e água e ativam o SNS e
sistema renina-angiotensina-aldosterona.
EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO
EFEITOS DELETÉRIOS DO REPOUSO PROLONGADO
• Redução da capacidade funcional
• Redução da volemia
• Redução do rendimento cardíaco
• Alteração dos reflexos cardíacos
• Predisposição ao tromboembolismo pulmonar
• Redução da massa muscular
• Aumento da depressão e ansiedade
EFEITOS BENÉFICOS DO CONDICIONAMENTO FÍSICO
• Redução da pressão arterial
• Redução da freqüência cardíaca de repouso e submáxima
• Aumento da lipoproteína de alta densidade (HDL)
• Redução de triglicerídeos
• Auxílio na redução do peso corporal
• Melhora da intolerância à glicose
• Redução de catecolaminas circulantes
• Aumento do leito arterial coronário
• Diminuição da adesividade plaquetária
• Promoção de efeitos psicológicos benéficos
• Redução da ansiedade e depressão
EFEITOS BENÉFICOS NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
• Melhora na relação ventilação/perfusão pulmonar e melhora
da função respiratória por fortalecimento da musculatura
respiratória.
• Reverter a disfunção endotelial
• Aumenta o consumo de oxigênio de pico
• Aumenta a potência aeróbica máxima
• Melhora a capacidade oxidativa do músculo esquelético
• Reduz a exacerbação neuro-humoral.
Diretriz de Reabilitação Cardíaca, 2005
ATENÇÃO!
A reabilitação cardíaca é contra-indicada em
caso de Insuficiência Cardíaca Descompensada
PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO NA IC
• Tipo de exercício
• Exercícios aeróbicos
• Movimentos cíclicos que envolvam grandes grupos musculares
• Exercícios do tipo resistido localizado
• Duração
• Gradualmente aumentada de acordo com a resposta clínica.
• Iniciar com 15 minutos
• Aumentar semanalmente 5 minutos conforme a tolerância
• 3-4 séries de 15 repetições ou 60 segundos.
PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO NA IC
• Freqüência
• Na fase inicial recomenda-se duas sessões diárias.
• Fase plena uma sessão diária 3-5 vezes por semana.
• Intensidade
• Carga de trabalho correspondente a 50-80% do pico de consumo de
oxigênio ou da carga máxima.
• 70-85% da freqüência cardíaca máxima (FC máxima)
• O programa de treinamento aeróbio, contínuo ou intermitente, e
exercício resistido produz melhora na capacidade física.
• Exercício aeróbio x Exercício resistido: maior aumento do consumo de
oxigênio no aeróbio
• O ↑ da capacidade física na IC também foi maior quando houve a
associação de ativ. aeróbia e resistida
• O exercício em piscina é contra-indicado p/ pct com IC
• Programa de treinamento físico domiciliar monitorizado também pode
ser estimulado
• Estudo do efeito do treinamento físico na capacidade física de portadores de
insuficiência cardíaca
• O programa de treinamento físico dos pacientes teve duração de 3 meses,
com freqüência de três vezes por semana.
• Cada sessão teve duração de 30 a 60min
• Baseando-se nos resultados do teste ergométrico inicial, programou-se o
treinamento físico individualizado para cada paciente, com uma intensidade
variável de 60% à 80% da FC máxima
• A intensidade foi controlada e monitorizada através de um monitor cardíaco
• A freqüência cardíaca alvo foi calculada pela fórmula
de Karvonem
• O treinamento físico constituiu-se de:
• caminhadas
• exercícios localizados de flexões e extensões dos
MMSS e MMII, com resistência do próprio membro ou
com resistência externa (halteres) com realizações de
contrações isotônicas
• exercícios de alongamento dos grandes grupos
musculares e flexibilidade das principais articulações
(ombro, cotovelo,quadril, joelho e tornozelo)
• Os resultados demonstram que programas de
treinamento físico podem determinar
aumento da capacidade física em pacientes
com insuficiência cardíaca. Os benefícios
clínicos obtidos, confirmados por outros
estudos indicam que programas de
treinamento físico devem ser aplicados de
rotina para pacientes com insuficiência
cardíaca.
CASO CLÍNICO
• Paciente masculino, 55 anos, negro, residente de
Teresina/PI.
• Em 10/08/08, após período de intenso exercício físico
iniciou quadro de dor torácica localizada, tipo pressão,
sem irradiação. Associado à dor torácica, apresentou
edema de MMII e dispnéia. Ao dar entrada na emergência
foi diagnosticado infarto agudo do miocárdio. Evoluiu
gravemente sendo submetido à angioplastia de resgate.
Após a alta foi encaminhado a Serviço de reabilitação
cardíaca.
• O paciente apresentava hipertensão arterial, era
tabagista, estressado, obeso e possuía história de
doença coronariana na família.
• Encontrava-se fisicamente limitado para a realização de
suas atividades cotidianas, apresentando fadiga precoce
durante o esforço. O exame radiológico do tórax
mostrou importante cardiomegalia e ao ecocardiograma
a fração de ejeção era de 30%.
Como prescrever exercício na
insuficiência cardíaca?
F
I
M
Download