REVISÃO PROVA 1º BIM 2009/2 CÉLULA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL (meristemas + sistemas de tecidos fundamental, vascular e dérmico) RELAÇÕES ÁGUA-PLANTA CÉLULA VEGETAL 1. Quais as diferenças entre células animais e vegetais? 2. Quais as funções da parede celular e as principais características das paredes primárias e secundárias? 3. O que são plastídios e quais os tipos encontrados em células vegetais? 4. As células vegetais maduras apresentam grandes vacúolos centrais, que podem ocupar 80 a 90% do seu volume total. Qual a importância destes vacúolos? CÉLULA VEGETAL e CÉLULA ANIMAL = principais diferenças A CÉLULA VEGETAL A célula vegetal é composta de parede celular + protoplasto (componentes celulares no interior da parede celular). A célula vegetal se distingue da célula animal pela presença de parede celular, composta geralmente por celulose, e de plastos, com especial destaque para os cloroplastos, também se diferencia pela ausência de lisossoma e presença de vacúolo. PAREDE CELULAR Funções da parede celular - restringe a distensão do protoplasto = o tamanho e a forma da célula tornam-se fixos na maturidade; - protege o citoplasma contra agressões mecânicas e contra a ruptura da célula quando acontece desequilíbrio osmótico; - atua como uma barreira a infecções causadas por fungos e outros organismos que podem causar doenças em plantas. PAREDE CELULAR A parede que se forma primeiro, durante o crescimento da célula é denominada parede primária (PP) e sobre ela poderá ou não se formar a parede secundária (PS). A parede secundária se forma internamente à parede primária após ter cessado o crescimento da célula. PAREDE CELULAR PAREDE PRIMÁRIA = alto teor de água (65%) + matéria seca (polissacarídeos e proteínas). PAREDE SECUNDÁRIA = teor de água reduzido devido à deposição de lignina (polímero hidrofóbico) + matéria seca (polissacarídeos e lignina). PLASTÍDEOS Os plastídeos são uma classe de organelas que existe somente em plantas: CROMOPLASTOS = concentram pigmentos vermelhos, laranjas ou amarelos, dependendo dos tipos de carotenóides presentes (cor vermelha de uma flor ou de um tomate maduro) = a coloração auxilia na polinização ou na dispersão de sementes. LEUCOPLASTOS = são depósitos de armazenamento para amido (AMILOPLASTO) e gorduras (OLEOPLASTO). CLOROPLASTO Organela formada por duas membranas e por estruturas discoidais internas, onde ocorre a fotossíntese, contém moléculas de clorofila que capturam a energia solar. VACÚOLO Os vacúolos são organelas que podem conter líquidos e pigmentos, além de diversas outras substâncias que formam o suco celular, como sais, ácidos orgânicos, açúcares e subprodutos celulares tóxicos. Estão relacionados com armazenamento e equilíbrio osmótico e são revestidos por membrana denominada tonoplasto. VACÚOLO Em células jovens existem numerosos vacúolos pequenos que durante o desenvolvimento do vegetal se fundem formando um único vacúolo central nas células maduras; este pode ocupar 80 a 90% do seu volume total. VACÚOLO Contrastando com os animais, que eliminam para o exterior o excesso de materiais inorgânicos, as plantas os depositam completamente nos seus tecidos e vacúolos. Estes depósitos inorgânicos nos vegetais consistem principalmente em sais de cálcio (oxalato de cálcio e carbonato de cálcio). Os cristais de oxalato de cálcio são dificilmente solúveis, sendo produto final do metabolismo e podem ser observados freqüentemente dentro de vacúolos. CÉLULA VEGETAL 5. Qual a constituição da membrana plasmática de células vegetais? 6. O que são proteínas integrais da membrana? 7. As membranas celulares possuem uma propriedade denominada permeabilidade seletiva que controla a entrada e a saída de substâncias da célula. Explique os mecanismos de transporte de substâncias através da membrana. MEMBRANA PLASMÁTICA As membranas biológicas são constituídas de lipídeos, proteínas e carboidratos. A estrutura da membrana do modelo mosaico fluído é descrita como uma bicamada fosfolipídica na qual as proteínas da membrana estão embebidas. MEMBRANA PLASMÁTICA A membrana apresenta proteínas integrais, que estão inseridas na bicamada fosfolipídica e proteínas periféricas que fixam-se na superfície da bicamada por pontes iônicas. Os carboidratos fixados nas proteínas ou nos fosfolipídeos se projetam na superfície externa da membrana e funcionam como sinais de reconhecimento para interações entre as células. MEMBRANA PLASMÁTICA A membrana permite passagem livre de água e de pequenas moléculas (O2), entretanto, dificulta ou impede a passagem de moléculas grandes (proteínas). O transporte em membranas pode ocorrer a partir de Processo Passivo (não tem gasto energético) e Processo Ativo (tem gasto energético). PROCESSO ATIVO Este processo precisa de fornecimento de energia do metabolismo celular na forma de ATP = movimento de soluto contra o gradiente de concentração (soluto vai do meio menos concentrado para o mais concentrado). O transporte na membrana contra um gradiente de potencial de energia tem que estar ligado, direta ou indiretamente, a uma mecanismo que consome energia e bombeia o íon para dentro da célula. PROCESSO ATIVO CÉLULA VEGETAL 8. Qual a diferença entre difusão simples e difusão facilitada? 9. Explique o que acontece ao adicionarmos uma solução concentrada de sacarose em células vegetais. 10. O que caracteriza uma solução isotônica, hipotônica e hipertônica? PROCESSO PASSIVO Difusão Simples = duas soluções de concentrações diferentes são colocadas em contato → movimento de moléculas no sentido de igualar as concentrações, ou seja, do meio mais concentrado para o menos concentrado da solução. Ex: passagem de substâncias lipossolúveis Difusão Facilitada = proteínas de membranas atuam facilitando a passagem de certas moléculas, que por difusão simples demorariam muito tempo. Ex: movimento de glicose, aminoácidos e vitaminas PROCESSO PASSIVO PROCESSO PASSIVO Osmose = difusão através de membranas semipermeáveis, onde há passagem apenas do solvente em maior quantidade no sentido da solução menos concentrada de soluto para a mais concentrada. MEIO HIPERTÔNICO MEIO HIPOTÔNICO OSMOSE EM CÉLULAS VEGETAIS SOLUÇÕES ISOTÔNICAS = iguais concentrações de solutos. SOLUÇÃO HIPOTÔNICA = menor concentração de soluto. SOLUÇÃO HIPERTÔNICA = maior concentração de soluto. HISTOLOGIA VEGETAL 1. O que são meristemas e qual a sua função? 2. O que significa crescimento secundário e quais os meristemas responsáveis por este crescimento? 3. Quais os meristemas primários e que tecidos originam? 4. O que é coifa e qual a sua importância? 5. O que é periciclo? 6. Onde nascem as folhas? MERISTEMAS Definição = regiões localizadas de divisão celular → tecidos embrionários que permanecem no corpo adulto do vegetal com células que não passaram pelo processo de diferenciação (especialização celular). Função = crescimento do vegetal. Crescimento primário → altura Crescimento secundário → espessura MERISTEMAS Em algumas espécies, após concluído o alongamento (crescimento primário) em uma determinada região do corpo do vegetal, pode ocorrer o crescimento secundário = envolve dois meristemas laterais, o câmbio vascular e o felogênio. O câmbio vascular origina o xilema secundário e o floema secundário. O felogênio produz a periderme. MERISTEMAS MERISTEMAS APICAIS Os meristemas apicais da raiz e do sistema caulinar originam um conjunto de meristemas primários cilíndricos que produzem os tecidos primários do corpo vegetal = de fora para dentro da raiz ou do sistema caulinar (ambos órgãos cilíndricos), os meristemas primários encontrados são: a protoderme, o meristema fundamental e o procâmbio = originam os três sistemas de tecidos. MERISTEMAS APICAIS HISTOLOGIA VEGETAL 1. O que são meristemas? 2. O que significa crescimento secundário e quais os meristemas responsáveis por este crescimento? 3. Quais os meristemas primários e que tecidos originam? 4. O que é coifa e qual a sua importância? 5. O que é periciclo? 6. Onde nascem as folhas? MERISTEMA APICAL DA RAIZ O meristema apical da raiz produz todas as células que contribuem ao crescimento em comprimento desse órgão = algumas das células-filhas da extremidade apical desse meristema contribuem para a formação da coifa, que protege a delicada região de crescimento da raiz quando esta avança no interior do solo. As células da coifa são frequentemente danificadas ou desprendidas, razão pela qual devem ser constantemente substituídas. MERISTEMA APICAL DA RAIZ A coifa também é a estrutura que detecta a atração da gravidade e, desse modo, controla o crescimento descendente de raízes. estelo MERISTEMA APICAL DA RAIZ Passando a endoderme, para o interior, encontramos o cilindro vascular ou estelo, produzido pelo procâmbio = o estelo consiste de três tecidos: periciclo, xilema e floema. O periciclo possui uma ou mais camadas de células relativamente indiferenciadas = é dentro desse tecido que nascem as raízes laterais = periciclo também contribui para o crescimento secundário. MERISTEMA APICAL DA RAIZ MERISTEMA APICAL DO CAULE O meristema apical do sistema caulinar, como o meristema apical da raiz, forma três meristemas primários que, por sua vez, originam os três sistemas de tecidos. As folhas nascem de saliências chamadas primórdios foliares (gemas) estabelecidos por divisões de células nos lados dos meristemas apicais do sistema caulinar. MERISTEMA APICAL DO CAULE HISTOLOGIA VEGETAL 7. Complete o quadro a seguir com os meristemas primários que originam os sistemas de tecidos vegetais: Meristemas apicais → Meristemas primários → Sistemas de tecidos Meristemas apicais da raiz ou do sistema caulinar Protoderme Meristema fundamental Sistema dérmico Sistema cortical (fundamental) Sistema vascular Procâmbio HISTOLOGIA VEGETAL 8. Explique a finalidade das diferentes zonas encontradas em uma raiz, a partir do desenho: { Zona de diferenciação celular Zona de alongamento celular { { Zona de divisão celular estelo MERISTEMA APICAL DA RAIZ A região de crescimento acima do meristema apical (em sentido oposto à coifa) compreende os três meristemas primários cilíndricos, responsáveis pela formação dos três sistemas de tecidos da raiz: a protoderme, o meristema fundamental e o procâmbio. Os meristemas apical e primários constituem a zona de divisão celular = fonte de todas as células dos tecidos primários da raiz. MERISTEMA APICAL DA RAIZ Exatamente acima dessa zona está a zona de alongamento celular = as células recém formadas estão se alongando e, desse modo, permitem à raiz a penetração no solo. Acima dessa zona, localiza-se a zona de diferenciação celular = onde as células adquirem formas e funções especializadas. Os limites entre essas três zonas são imperceptíveis. HISTOLOGIA VEGETAL 9. Identifique nas figuras as estruturas da folha, do caule e da raiz de uma dicotiledônea. Epiderme superior Cutícula Parênquima paliçádico Parênquima Parênquima da bainha do feixe vascular Xilema Floema Epiderme inferior Célula-guarda Estômato Parênquima esponjoso Cutícula HISTOLOGIA VEGETAL Epiderme Córtex Medula Xilema Floema Câmbio vascular HISTOLOGIA VEGETAL Epiderme Córtex Periciclo Endoderme Floema Xilema Pêlo radicular Câmbio vascular HISTOLOGIA VEGETAL 10. Quais as principais características que diferenciam células de parênquima, colênquima e esclerênquima? 11. Onde ocorre o parênquima e qual a importância deste tecido para os vegetais? 12. Explique qual a função do parênquima aerífero e do parênquima aqüífero. 13. Onde ocorre o colênquima e qual a importância deste tecido para os vegetais? 14. Onde ocorre o esclerênquima e qual a importância deste tecido para os vegetais? PARÊNQUIMA O parênquima é o principal representante do sistema fundamental de tecidos, sendo encontrado em todos os órgãos da planta, formando um contínuo por todo o corpo vegetal: no córtex da raiz, no córtex e na medula do caule e no mesofilo foliar. O parênquima pode existir ainda, como células isoladas ou em grupos, fazendo parte do xilema, do floema e da periderme. Assim, o parênquima pode ter origem diversa, a partir do meristema fundamental do ápice do caule e da raiz, dos meristemas marginais das folhas e, nos órgãos que apresentam crescimento secundário, podendo originar-se, do câmbio vascular e do felogênio. PARÊNQUIMA e) Aquífero: as plantas suculentas de regiões áridas, como certas cactáceas, euforbiáceas e bromeliáceas possuem células parenquimáticas que acumulam grandes quantidades de água = parênquima aqüífero = neste caso, as células parenquimáticas são grandes e apresentam grandes vacúolos contendo água e seu citoplasma aparece como uma fina camada próxima à membrana plasmática . PARÊNQUIMA Folha de Phormium tenax. PARÊNQUIMA f) Aerênquima: as angiospermas aquáticas e aquelas que vivem em solos encharcados, desenvolvem parênquima com grandes espaços intercelulares, o aerênquima, que pode ser encontrado no mesofilo, pecíolo, caule e nas raízes dessas plantas. O aerênquima promove a aeração nas plantas aquáticas, além de conferir-lhes leveza para a sua flutuação. PARÊNQUIMA Detalhe do aerênquima do caule de uma planta aquática visto em Microscopia Eletrônica de Varredura. PARÊNQUIMA Folha flutuante de uma Nymphaeaceae, mostrando o aerênquima. HISTOLOGIA VEGETAL 15. Qual a importância do xilema e do floema? 16. Quais as principais características dos traqueídeos e elementos de vaso que favorecem o transporte de água nas plantas? 17. Explique qual a função das células companheiras e células parenquimáticas do floema. 18. Qual a origem da epiderme e da periderme e qual a importância destes tecidos para os vegetais? XILEMA Dois tipos fundamentais de elementos traqueais ocorrem no xilema: traqueídeos e elementos de vaso. a) Traqueídeos = são células sem perfurações, que combinam as funções de condução e de sustentação = o fluxo de água se faz principalmente, no sentido longitudinal, através de séries longitudinais de traqueídeos, podendo ocorrer, também, fluxo lateral entre elementos contíguos. XILEMA Os traqueídeos são, portanto, células relativamente alongadas e com a parede primária presente em toda a sua extensão = a deposição da parede secundária em um traqueídeo e sua lignificação pode ocorrer sob a forma de anéis, de espirais (helicoidal), de escada (escalariforme) ou forrando completamente a parede primária, fornecendo, no final, um aspecto reticulado ou com pontoações areoladas. XILEMA XILEMA Superfície transversal (A) e longitudinal (B) = em ambas a porção inicial do xilema encontra-se à direita. Observe os diferentes tipos de espessamento da parede secundária, desde o anelar, com alguns anéis, até o pontuado, com a parede secundária em toda extensão do elemento traqueal, exceto nas regiões de pontoações. XILEMA b) Elementos de vaso = são células perfuradas, isto é, células cujas comunicações com outras células da mesma série longitudinal, que constituem o vaso, se faz através de regiões desprovidas de paredes primárias e secundárias = a perfuração dos elementos de vaso comumente ocorre nas paredes terminais, mas pode estar presente também nas paredes laterais = a parede que contêm uma perfuração é chamada placa perfurada (ou placa de perfuração). Uma placa perfurada pode apresentar uma única perfuração, constituindo a placa de perfuração simples, ou pode conter várias perfurações, formando a placa de perfuração múltipla. FLOEMA Células albuminosas e companheiras O movimento de materiais orgânicos no floema depende da interação fisiológica entre os elementos crivados e as células parenquimáticas especializadas = assim, intimamente associadas aos elementos crivados, existem as chamadas células albuminosas nas gimnospermas e células companheiras nas angiospermas. As células albuminosas, análogas às células companheiras, estão associadas às células crivadas por numerosos plasmodesmas. FLOEMA As células companheiras são células parenquimáticas especializadas que estão ligadas aos elementos de tubo crivado por meio de plasmodesmas. As células companheiras possuem núcleos e nucléolos relativamente grandes, numerosas mitocôndrias bem desenvolvidas, plastídios (freqüentemente cloroplastídios) e muitos ribossomos. FLOEMA Células parenquimáticas Células parenquimáticas não especializadas são os componentes normais do floema e podem conter substâncias ergásticas, como amido, cristais e substâncias fenólicas. No floema secundário são encontradas as células parenquimáticas radiais e as axiais. SISTEMA DE TECIDO DÉRMICO O sistema dérmico é o revestimento externo da planta = todas as partes do corpo jovem são cobertas por uma epiderme, originada da protoderme, que pode ser formada de uma ou várias camadas de células. Os caules e as raízes de plantas lenhosas têm uma cobertura adicional denominada periderme. EPIDERME A epiderme do sistema caulinar secreta a cutina que forma a cutícula = ajuda a retardar a perda de água de caules e de folhas. Na raiz, a epiderme aumenta a superfície de absorção a partir dos pêlos radiculares e é encontrada a endoderme = camada de células que separa o córtex do cilindro central das plantas vasculares. Os caules e as raízes de plantas lenhosas têm uma cobertura adicional denominada periderme = originada do felogênio. HISTOLOGIA VEGETAL 19. Porque as plantas apresentam estômatos e tricomas? 20. O que é e qual a importância da cutícula? 21. Quais as principais características do súber e da feloderme? 22. Explique o que são lenticelas. ESTÔMATOS A continuidade das células epidérmicas é interrompida por aberturas ou poros, que são espaços intercelulares limitados por duas células, denominadas células-guarda as quais constituem o estômato = importância na transpiração e trocas gasosas das plantas = as células-guarda mediante mudanças de formato, ocasionam a abertura e o fechamento do poro estomático. TRICOMAS Os tricomas englobam diferentes tipos de apêndices epidérmicos = pelos epidérmicos = proteção e defesa = podem ser classificados em tectores (ou de cobertura) e glandulares (ou secretores) e tanto um tipo como outro pode ser uni ou pluricelular. Tectores Glandulares EPIDERME A epiderme do sistema caulinar secreta a cutina que forma a cutícula = ajuda a retardar a perda de água de caules e de folhas. Na raiz, a epiderme aumenta a superfície de absorção a partir dos pêlos radiculares e é encontrada a endoderme = camada de células que separa o córtex do cilindro central das plantas vasculares. Os caules e as raízes de plantas lenhosas têm uma cobertura adicional denominada periderme. PERIDERME A periderme ocorre em plantas lenhosas, geralmente nas partes mais velhas das raízes e caules = ocorre, também, em superfícies após a abscisão de parte da planta (como folhas e ramos) e ainda se desenvolve como proteção a vários tipos de injúrias. A periderme se forma a partir da diferenciação de um ou mais felogênios = meristema secundário = é constituída por este meristema lateral e os seus produtos: feloderme, situada para dentro e súber, situado para fora. Nos caules e raízes que contém peridermes, as trocas gasosas são realizadas a partir da lenticelas = são porções onde o felogênio é mais ativo, resultando na formação de um tecido com numerosos espaços intercelulares. RELAÇÕES ÁGUA-PLANTA 1. A água é importante para os vegetais? Justifique sua resposta. 2. A água tem propriedades que lhe permitem atuar como um solvente e ser transportada ao longo do corpo da planta. Quais são estas propriedades? 3. O que são aquaporinas? IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA OS VEGETAIS → Constituinte celular - a água é o principal constituinte do protoplasma e faz parte da estrutura dos compostos celulares - 80 a 95% da massa de tecidos vegetais em crescimento - 5 a 15% da massa em sementes (necessitam de quantidade considerável de água para a germinação) - importante para a formação de carboidratos, proteínas e ácidos nucléicos IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA OS VEGETAIS → Participação em reações químicas - a água forma o ambiente onde ocorre a maioria das reações bioquímicas celulares: luz 6CO2 + 6H2O clorofila → C6H12O6 + 6O2 = Fotossíntese → Solvente universal - a água é o melhor solvente (líquido capaz de dissolver substâncias) conhecido IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA OS VEGETAIS → Solvente universal - como solvente constitui o meio onde as moléculas (nutrientes e fotoassimilados) se movimentam, dentro e entre as células - é o meio de transporte de solutos e gases → Turgescência - permite que a planta fique em pé = célula túrgida = repleta de água - participa nos processos de abertura e fechamento dos estômatos = somente abrem quando a célula está túrgida MOLÉCULA DA ÁGUA ESTRUTURA E PROPRIEDADES DA ÁGUA → Esta separação de cargas, juntamente com a forma da molécula, tornam a água uma molécula polar = as moléculas de água apresentam fraca atração eletrostática na forma de pontes de hidrogênio. → A polaridade da água e o pequeno tamanho da sua molécula a tornam ainda um excelente solvente = solvente universal = assim, a água dissolve quantidades maiores de uma variedade mais ampla de substâncias que outros solventes. SOLVENTE UNIVERSAL ESTRUTURA E PROPRIEDADES DA ÁGUA Versatilidade como solvente = deve-se ao pequeno tamanho da molécula de água e a sua natureza polar = as ligações de hidrogênio entre as moléculas de água e íons e, entre a água e solutos (componentes de uma solução) polares em solução, reduzem efetivamente a atração eletrostática entre as substâncias carregadas e, portanto, aumentam a sua solubilidade. ESTRUTURA E PROPRIEDADES DA ÁGUA As numerosas ligações de hidrogênio entre as moléculas de água resultam em propriedades térmicas: → Alto calor específico = é o calor necessário para aumentar a temperatura de uma substância em uma quantidade específica = aumenta 1oC em 1 unidade de massa. Quando aumentamos a temperatura da água suas moléculas vibram mais rapidamente, mas para permitir esta movimentação é necessário ser adicionada grande quantidade de energia (calor) ao sistema para a quebra das ligações de hidrogênio. ESTRUTURA E PROPRIEDADES DA ÁGUA → Alto calor latente de vaporização = é a energia necessária para separar as moléculas de água da fase líquida e levá-las para a fase gasosa à temperatura constante = é o que ocorre durante a transpiração (perda de água na forma de vapor). As pontes de hidrogênio mantêm as moléculas de água unidas nos seus estados líquido e sólido = no estado gasoso as pontes de hidrogênio são quebradas e as moléculas se separam umas das outras. ESTRUTURA E PROPRIEDADES DA ÁGUA A água ganha ou perde grande quantidade de energia quando muda o seu estado físico = esta propriedade modera mudanças de temperatura ambiental. Transpiração = o alto calor latente de vaporização permite às plantas se refrescarem por evaporação da água das superfícies foliares, as quais estão sujeitas a aquecer por causa do acréscimo de radiação solar = a transpiração é um componente importante na regulação térmica das plantas. ESTRUTURA E PROPRIEDADES DA ÁGUA A água apresenta ainda as propriedades de coesão e adesão, também devidas as ligações de hidrogênio: Coesão = a água adere a si mesma = atração mútua entre moléculas de água. Adesão = a água adere outras superfícies = atração da água a parede celular ou a superfície de um vidro. ESTRUTURA E PROPRIEDADES DA ÁGUA A coesão das moléculas de água permite que a água líquida suba a grandes alturas em colunas estreitas e produza alta tensão (pressão) superficial = força exercida por moléculas de água junto a interface ar-água, resultante das propriedades de coesão e adesão de moléculas de água. COESÃO + ADESÃO + TENSÃO SUPERFICIAL = CAPILARIDADE = movimento ascendente da água ao longo de um tubo capilar (parede celular). AQUAPORINAS RELAÇÕES ÁGUA-PLANTA 4. O movimento da água no sistema solo-planta-atmosfera ocorre por diferença de potencial hídrico. O que é potencial hídrico e qual o valor do potencial hídrico da água pura? 5. Qual a definição de potencial de soluto ou potencial osmótico? 6. Quais as principais diferenças entre o simplasto e o apoplasto como meios de transporte de água na planta? POTENCIAL HÍDRICO Potencial químico = Potencial da água = Potencial hídrico = medida de energia livre da água por unidade de volume. Potencial hídrico (Ψ) = tendência global de uma solução em absorver água a partir da água pura por uma membrana. POTENCIAL HÍDRICO Potencial de soluto (Ψs) ou Potencial osmótico (Ψo) = efeito de solutos dissolvidos sobre o comportamento osmótico da solução. Em um sistema aquoso, a energia livre é expressa pela comparação com a energia livre da água pura (zero) = maior valor de energia potencial hídrica. A água passa exclusivamente pelas paredes celulares = o apoplasto é o sistema contínuo de paredes celulares e espaços intercelulares nos tecidos. e transmembrana RELAÇÕES ÁGUA-PLANTA 7. Os subsistemas A e B apresentam, respectivamente, potencial de soluto (osmótico) - 2 e - 5 MPa e potencial de pressão - 2 e - 1 MPa. A partir do cálculo do potencial hídrico, qual o sentido do movimento da água entre os dois subsistemas? Justifique sua resposta. 8. Quais as características de solos arenosos e argilosos? CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS SOLOS Solos arenosos = área de superfície por grama de solo é relativamente pequena e com grandes espaços ou canais entre as partículas (20 a 2000mm de diâmetro). Solos argilosos = área de superfície é maior e com pequenos espaços ou canais entre as partículas (< 2mm) = estes solos podem ser mais arejados com a formação de “torrões” (argila + húmus). CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS SOLOS RELAÇÕES ÁGUA-PLANTA 9. O que significa a capacidade de campo de um solo? 10. Solos arenosos apresentam menor capacidade de campo (3% de água/volume) do que solos argilosos (40% de água/volume). CERTO ou ERRADO? Justifique sua resposta. 11. Porque após a endoderme da raiz o transporte da solução do solo até o xilema ocorre somente via simplasto? 12. Explique como ocorre a ascensão da seiva no xilema pela teoria da coesão-tensão-transpiração. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS SOLOS Capacidade de campo = capacidade de retenção de umidade dos solos. A capacidade de campo é o conteúdo de água de um solo depois de ter sido saturado com água e de permitida a drenagem do excesso de água. Solos arenosos apresentam menor capacidade de campo (3% de água por volume) do que solos argilosos (até 40% de água por volume). RELAÇÕES ÁGUA-PLANTA 13. Indique como ocorre o movimento da água no sistema solo-planta-atmosfera nas seguintes situações: SOLO = XILEMA = fluxo de massa fluxo de massa VAPOR DE ÁGUA = MEMBRANA CELULAR = difusão osmose