Escola de Governo da Fundação João Pinheiro: a experiência do executivo mineiro na capacitação Luciana Raso Sardinha Diretora-Geral da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro Estrutura da Exposição Previsão Constitucional das Escolas de Governo Profissionalização da função pública no Estado de Minas Gerais - A EG da FJP: uma experiência de sucesso O papel das Escolas de Governo na formação de agentes públicos capacitados para o atendimento dos novos desafios da Administração Pública do século XXI Reflexões acerca do papel das Escolas de Governo Histórico/ CR 1988 A Emenda Constitucional nº 19/98 Art 37 caput – Princípio da Eficiência Art. 39, § 2º “ A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. O Papel das Escolas de Governo As Escolas de Governo devem buscar trabalhar as três dimensões da capacitação profissional – o saber, o saber fazer e o saber/querer - ser Seu compromisso não é apenas o de informar e atualizar, mas sobretudo de provocar as mudanças requeridas e contribuir para os melhores resultados do setor público. Profissionalização da Função Pública no Estado de Minas Gerais Criada em 1992, a Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho: profissionalização dos servidores públicos, em um claro compromisso com uma gestão governamental responsável e efetiva. O Estatuto da FJP (Decreto 45.670/2011) em seu art. 23 estabelece: “ A EG tem por finalidade formar e capacitar recursos humanos para a administração pública, prioritariamente para o Estado, visando fortalecer a capacidade gerencial e a implementação de políticas públicas Profissionalização da Função Pública no Estado de Minas Gerais A Escola de Governo traz consigo o nome do Professor Paulo Neves de Carvalho, grande defensor da valoração do funcionalismo público. O mestre sustentava a tese de que o Direito Administrativo, sozinho, não daria conta de resolver questões organizacionais. O professor alertava, ainda, que a Administração Pública pouco se debruçava sobre a temática do comportamento do agente público, como aquela pessoa comprometida com a consecução dos objetivos e valores fundamentais do Estado. O mestre sempre colocou a capacitação e o aperfeiçoamento do servidor como fator fundamental para o êxito de uma Administração. Profissionalização da Função Pública no Estado de Minas Gerais Para o professor Paulo Neves, o comportamento profissional bom é aquele que se processa conforme os valores éticos e morais. A Escola seria para o Prof. um suporte para viabilizar uma modelagem de gestão. Não seria possível avançar na gestão sem um investimento na formação. A Escola deve ter uma identidade e transmitir o conteúdo valorativo, o compromisso com um núcleo de gestão: eficiente, moral e responsável. Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho • A Escola de Governo da Fundação João Pinheiro nasceu e se consolidou como uma Instituição de Ensino Superior Isolada sui generis no cenário acadêmico de Minas Gerais • Combina autonomia acadêmica de seus programas de ensino e pesquisa com subordinação aos objetivos de modernização da máquina administrativa do Governo do Estado, formando, qualificando e capacitando servidores. • A Escola de Governo é uma Escola “viva”, pois está atenta ao amadurecimento do Estado Democrático e Social de Direito. Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho Destaca-se que o êxito da Escola de Governo está no alto nível do corpo docente que além de mestres e doutores são pesquisadores da FJP Importância do tripé : ensino, pesquisa e extensão A Escola de Governo oferece curso de graduação, capacitação, especialização lato sensu e mestrado Missão da Escola Formação de quadros de alto nível, por meio da qualificação e treinamento de profissionais encarregados da gestão de políticas públicas, dotandoos de competências que conduzam à melhor qualidade da Administração Pública Criação de ethos próprio de uma burocracia profissional moderna que fortaleça as instituições em sua dimensão pública. Cursos Ofertados • A Escola de Governo da FJP oferece: • capacitação; • curso de graduação; • especialização (pós-graduação latu sensu) • mestrado ( pós – graduação strito sensu) Cursos de Capacitação Órgãos e Entidades da Administração Pública Estadual (SES, SEE,FAPEMIG, AGE, UEMG, SEF...) Prefeitura Municipal de Belo Horizonte; Prefeitura Municipal de Ouro Preto Cursos Abertos ( Português instrumental; licitação, controle social, etc) Cursos Customizados (BDMG, Tribunal Regional do Trabalho; Tribunal de Justiça de Minas Gerais; Tribunal de Contas) Boas práticas que relacionam capacitação e extensão Dentro da filosofia do mestre Paulo Neves a escola deve fazer a conexão entre teoria e prática - estabelecer pontes entre o conhecimento gerado em sala de aula e a partir de pesquisas, e o ambiente externo da instituição, favorecendo a formação dos alunos a partir de possibilidades de “colocar em ação” os conhecimentos adquiridos no curso. Oportunidades de aprendizagem e contato com administração pública para além do estágio. Ampliar a formação. Atividades de Extensão da Escola de Governo Rondon Nacional Estágio de Inverno Conexão Local Conexão Cidadã Fica Ativo Organizado pelo Ministério da Defesa, a EG participa desde 2006, tendo enviado até o momento cerca de 200 alunos Estágio na administração pública federal em Brasília no período de férias em Julho. Em 2012 foram oferecidas 12 vagas no MMA Parceria com a FGV de São Paulo. Estimula o contato de alunos de graduação e pós com experiências inovadoras de gestão social e de desenvolvimento econômico local Parceria com a Ouvidoria Geral do Estado: possibilita ao aluno conhecer os instrumentos disponibilizados pelo Estado para a manifestação dos cidadãos 1. Cidadania: conscientização política => EJA 2. Repensar: pesquisa ação com jovens do “Fica Vivo!” 3. Saúde: suporte administrativo aos Centros de Saúde da RMBH Considerações Finais A partir de breve análise do tratamento conferido pela Constituição de 1988, vê-se que foram estabelecidos instrumentos para o aprimoramento da função pública, dentre os quais se encontram os critérios de valorização das carreiras; princípio do concurso público e o princípio da eficiência (avaliação de desempenho bem como na previsão e de responsabilização dos agentes administrativos). Profissionalização da função pública, além de conferir maior eficácia na concretização dos direitos fundamentais →fortalece os laços de confiança nos agentes públicos, e, em última análise, no Estado. Reconhecimento da EG Revista Exame em reportagem assinada por Angela Pimenta, em setembro de 2011: “A Nova Geração do Setor Público” “esclarece que num meio em que predominam mediocridade e indicações políticas, alguns jovens gestores injetam ideias novas e eficiência – provam que é possível melhorar o sofrível serviço público no Brasil “ Hoje, não resta dúvida de que a qualidade do capital humano na administração é um fator-chave para o desenvolvimento econômico e social” “ Além de jovens formados em universidades e instituições internacionais, o setor público começa a colher os frutos de boas escolas é o caso da FJP, iniciativa do governo mineiro pioneira no país na formação de gestores públicos com visão empreendedora.” Homenagem Especial recebida da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais - em 20/09/2012. Reconhecimento da EG “O Choque de Gestão, todo ele, foi construído por uma grande equipe. Mas o dia- a- dia de sua implementação foi feito por jovens, alunos da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, de nosso Estado, que foram sem dúvida alguma, os responsáveis por grande parte do trabalho realizado, com dedicação, criatividade e responsabilidade ímpares, e que permitiram ao Estado, de fato, dar esse grande salto”. Anastasia O Choque de Gestão e a Moralidade Administrativa” no livro Abordagem Multidisciplinar sobre a Moralidade no Brasil p.42 “ ...é essencial a conscientização do agente público, do extraordinário e fecundo papel que lhe cabe na realização dos anseios comuns; isto tem que ver, é evidente, com educação, orientação, apoio e estímulo; tem que ver com a sociedade justa, cada centavo dos recursos públicos aplicado, efetivamente, sob inspiração ética”. Paulo Neves de Carvalho Maria Candelaria (Armando Cavalcanti e Klécius Caldas) Maria candelaria É alta funcionária Saltou de paraquedas Caiu na letra ó,ó,ó Começa ao meio dia Coitada da Maria Trabalha, trabalha Trabalha de fazer dó À uma vai ao dentista Às duas vai ao café Às três vai a modista Às quatro assina o ponto e dá no pé Que grande vigarista que ela é Obrigada! Profa. Luciana Raso Sardinha Diretora Geral da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro E-mail: [email protected]