Estomatologia Juliana Ferreira Juliana Freiha Fábio Castro P. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é causada por um agente infeccioso viral (HIV) da família dos retrovírus e é caracterizada por apresentar um defeito adquirido e profundo da imunidade celular que acarreta maior susceptibilidade à ocorrência de infecções oportunistas e de neoplasias. •O paciente HIV + está na fase assintomática da doença. •O paciente com Aids apresenta sintomas que caracterizam a doença, o que geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus HIV. Prevalência Homossexuais do sexo masculino ainda são o maior grupo de risco, relatos mais recentes tem mostrado aumento da AIDS em negros e hispânicos A proporção de mulheres também está aumentando, sendo as infectadas mais heterossexualmente que pelo uso de drogas intra venosas. UDI- uso de drogas injetáveis HSH- homens que fazem sexo com outros homens Transmissão O HIV pode levar vários anos, entre o momento da infecção até o surgimento dos primeiros sintomas, fase denominada de assintomática, no entanto, nessa fase o vírus pode ser transmitido atravéis do sangue ou líquidos corpóreos por contato sexual, exposição parenteral e sangue infectado ou seus derivados, e pela transmissão perinatal pela mãe à criança . A transmissão sexual é claramente o modo predominante de infecção no mundo inteiro, respondendo por 75% dos casos. Estudos extensos indicam que o HIV não é transmissível por picada de inseto, nem por contato social no local de trabalho, na escola ou no domicílio. Também não existem casos de transmissão do vírus HIV por aerossóis, resultantes da atividade clínica odontológica. (A despeito da presença do vírus da aids na cavidade oral, a saliva não é um veículo eficaz para sua transmissão, já que possui proteínas que funcionam como uma barreira natural na transmissão do vírus. Dentre elas pode-se citar a enzima inibidora de protease secretada pelos leucócitos. Além disso, a hipotonicidade da saliva, que provoca a lise celular, também representa mais um obstáculo na transmissão por esta via.) Protocolo de atendimento •Todo e qualquer indivíduo deve ser tratado como potencialmente infectado,uma vez que é impossível diferenciar clinicamente pacientes infectados assintomáticos dos não infectados. •O protocolo de biossegurança para atendimento em consultórios odontológicos, tem demonstrado ser eficaz na prevenção da infecção pelo HIV. • No tratamento a ser instituído a pacientes infectados por HIV visa-se controlar as formas mais comuns de doenças bucais, além de prover orientação para os cuidados de higiene bucal e controlar as manifestações bucais que a infecção pelo HIV provoca. •O profissional deve manter um bom relacionamento com o paciente, para que este se sinta seguro e não omita nenhuma informação que possa intervir no atendimento odontológico. •Sigilo das informações prestadas e status sorológico do indivíduo. Desinfecção Barreiras Proteção da equipe odontológica: Paramentação e Imunização Proteção do paciente Limpeza prévia e esterelização Manifestações Bucais As infecções causadas pelo vírus (HIV), podem provocar uma quantidade considerável de sintomas entre os quais as manifestações bucais exercem um papel importante pois, além de serem muito comuns, estão geralmente entre as queixas principais dos pacientes e se apresentam como primeiros sinais e sintomas dessa doença. As manifestações Bucais mais comuns nos pacientes soro positivos são: infecções de origens fúngicas como a candidose; infecções bacterianas: GUNA, gengivite e periodontite; infecções virais: herpes simples, varicella zoster, papiloma vírus, leucoplasia pilosa; manifestações de origem desconhecida: estomatite aftosa recorrente e aumento das glândulas salivares; doenças neoplásicas: Sarcoma de Kaposi ( SOUZA et al., 2000). Papel do cirurgião-dentista frente à aids Muitos indivíduos infectados desconhecem sua condição, por isso, o cirurgião-dentista pode ser o primeiro a reconhecer os sinais e sintomas causados pela presença do vírus no organismo. Sempre que houver suspeita de infecção pelo HIV deve-se encaminhar o paciente a um infectologista para exames e tratamento adequado. Candidose Oral A candidose oral nas suas diversas apresentações clínicas é uma das doenças oportunistas mais fortemente associadas à infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). A instalação das doenças fúngicas é devido às profundas alterações que ocorrem na função imunológica mediada por linfócitos T, com redução da imunidade do paciente. A Candidose está presente geralmente quando a contagem de células CD4+ é menor que 200 cel/mm3 Quanto à freqüência da candidose oral nos pacientes HIV positivos, mas pode atingir até 94% dos indivíduos infectados, dependendo do estágio da infecção e da população analisada, o que ressalta a importância da candidose oral como marcador da progressão da doença. A candidose pode se apresentar em diversas formas clínicas: pseudomembranosa, eritematosa, hiperplásica e do tipo queilite angular. Concluíram que a forma pseudomembranosas foi a mais freqüente. Candidose Oral Leucoplasia pilosa oral •Lesões mucosas brancas, que não são removidas por raspagem.(clínico) •Maioria dos casos de LPO ocorre na borda lateral de lingua, raramente em mucosa jugal e palato mole. Sarcoma de Kaposi É um neoplasma multifocal com origem em células endoteliais vasculares. Qualquer local da mucosa pode estar envolvido, mas é mais comum em gengiva e língua. Bibliografia Bibliografia & www.Scielo.br