mito e filosofia

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MITO: verdade
LENDA: fantasia

O mito é uma forma de narrativa que não
explica racionalmente a origem das coisas e a
realidade, pois utiliza lendas e histórias
sagradas para interpretá-las. É tido como
verdade por causa da pessoa que a relata, um
poeta escolhido pelos deuses, que lhe dirige a
partir de visões sobre o passado que permite
que a origem das coisas seja desvendada.
 Após algum tempo, as pessoas passaram
a questionar a veracidade dos mitos
contados
pelos
poetas,
pois
conseguiram
perceber
que
as
explicações dadas sobre a origem de
todas as coisas eram contraditórias e
limitadas. Para a percepção das
contradições e limites, contaram com
algumas condições:
 Os
gregos realizaram algumas
viagens marítimas e perceberam
que os locais habitados por
deuses, heróis, titãs e outros
seres mitológicos, como dizia o
mito, eram povoados na verdade
por outros seres humanos;
 Os
gregos conseguiram calcular o
tempo inventando o calendário
como forma de prever frio, calor,
sol, chuva, seca e outros fatores
climáticos que antes acreditavam
ser alterados pelos deuses;
 Também
inventaram a moeda para
realizarem trocas abstratas sem a
necessidade de trocar uma mercadoria
por outra; inventaram a escrita
alfabética para firmar com mais clareza
assuntos que antes eram firmados
verbalmente; inventaram a política para
que cada pessoa pudesse expor seus
pensamentos;

Por último, o surgimento da vida urbana que
favoreceu o artesanato, o comércio e o
nascimento de classes de comerciantes.
A filosofia dessa forma surge para explicar
racionalmente a origem e as transformações
que ocorrem. Inicialmente, os filósofos
acreditavam que tudo o que havia era
originado a partir da natureza “physis”.
 Filosofia
é a arte que busca conhecer
racionalmente a natureza, o ser humano,
o universo e as transformações que neles
ocorrem. Entende-se por filosofia grega
os períodos que existiram antes e depois
de Sócrates, sendo eles: Período présocrático, Período socrático, Período
sistemático e Período helenístico.
O
período pré-socrático ou cosmológico
foi caracterizado pela physis (natureza)
que buscava entender racionalmente a
origem e as transformações ocorridas na
natureza ao longo do tempo para
também dessa forma entender o que de
fato ocorreu com o ser humano. Nesse
período se destacou Tales de Mileto.
O
período socrático ou antropológico foi
marcado pela democracia que dava
igualdade a todos nas polis (cidades)
dando direito à participação no governo
e ainda pela mudança na educação
grega já que as pessoas precisavam
saber falar e induzir as demais.
 O período sistemático marcado pela
atuação de Aristóteles que introduziu
todo o saber inespecífico para que se
conhecesse todas as coisas que
abrangesse vários princípios e várias
formas do pensamento, o que
recebeu o nome de lógica.
O
período helenístico foi marcado
por seu aparecimento após a
decadência política das polis e pelo
aparecimento de doutrinas que além
de trabalhar com a natureza e a
lógica, buscavam enfatizar a
felicidade e a ensinar formas de
dirigir a vida.
 Em
tais períodos houve filósofos de atos
destacados como: Sócrates que fundou a
filosofia humanista, Platão como
seguidor de Sócrates fundou a Academia
de Atenas e Aristóteles que considerado
o maior filósofo sistematizou a lógica e
vários outros conhecimentos como
metafísica, moral e política.
Sócrates
nasceu em 470
ou 469 a.C., em Atenas,
filho
de
Sofrônico,
escultor, e de Fenáreta,
parteira
 Sócrates
dizia que a filosofia não
era possível enquanto o indivíduo
não se voltasse para si próprio e
reconhecesse suas limitações.
"Conhece-te a ti mesmo" era seu
lema.
Sócrates
procura
o
conceito. Este é alcançado
através de perguntas. As
perguntas têm um duplo
caráter: ironia e maiêutica.
 Na
ironia,
confunde
o
conhecimento
sensível
e
dogmático. Sócrates costumava
iniciar uma conversação fazendo
perguntas e obtendo dessa forma
opiniões do interlocutor, opiniões
que ele aparentemente aceitava.

Depois, por meio de um interrogatório hábil,
desenvolvia as opiniões originais do tal
interlocutor, mostrando a tolice e os
absurdos das suas opiniões superficiais,
através das consequências contraditórias ou
absurdas destas mesmas opiniões e a
confessar o seu erro ou a sua incapacidade
para alcançar uma conclusão satisfatória.
 Na
maiêutica, dá à luz um novo
conhecimento, um aprofundamento
que não chega ao conhecimento
absoluto.
Ele
comparava
frequentemente este método com a
profissão da mãe: era possível trazer
a verdade à luz.

Assim, ele voltava-se para os outros,quer
fossem adolescentes, militares ou sofistas
consagrados como Protágoras e Górgias, e
interrogava-os a respeito de assuntos que
eles julgavam saber.O seu sentido de humor
confundia os seus interlocutores, que
acabavam por confessar a sua ignorância, da
qual Sócrates extraía sabedoria.

Por exemplo, querendo apreender o conceito
de coragem, dirigia-se ao um general, e
perguntava-lhe: - você que é general, poderia
me dizer o que é a coragem? O general
respondia-lhe: - coragem é atacar o inimigo,
nunca recuar. Mas Sócrates contradizia: - às
vezes temos que recuar para melhor contra
atacar. E a partir daí continuava o debate
ampliando o conceito.
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