Generalizando o Princípio de Complementaridade Maria Carolina Nemes Universidade Federal de Minas Gerais Palestra – IFT – 25 de maio de 2011 CONTEÚDO: Caráter dual de sistemas quânticos (uma partícula). Emaranhamento, após interação (duas partículas). O que acontece com essas correlações locais e nãolocais no “Limite Clássico”? O que dizem os experimentos? Conclusões. CARÁTER DUAL DE UM SISTEMA QUÂNTICO De Broglie Einstein Pitágoras Bohr Estuda as vibrações “Ela levanta a pontade deuma um corda esticada grande véu” entre 1924 2 cavaletes com extremos fixos A dualidade permite uma interpretação ondulatória para órbitas estacionárias Schrödinger 34 anos, 1921: Professor de Física Teórica pela Universidade de Zurique Debye “Sobre uma propriedade notável “versatilidade de seus trabalhos em das órbitas quantizadas de um Mecânica, Óptica, Capilaridade, único elétron” Condutividade Elétrica, Magnetismo, Radioatividade, Gravitação e Acústica”... 1926: a verdadeira natureza da quantização “Que onda é essa?” ? Complementaridade: M. Arndt et al. Wave-particle duality of C60. Nature 401, 680-682, 14.October 1999. Um interferômetro... Preditibilidade Visibilidade ... e sua realização experimental: EMARANHAMENTO E CORRELAÇÕES NÃOLOCAIS Einstein “A Mecânica Quântica é impressionante. Mas algo me diz que ela ainda não é a resposta final. A teoria produz muito, mas dificilmente nos deixa mais próximos dos segredos do Velho. De qualquer modo, estou convencido de que Ele não joga dados”. Polêmica em Solvay Paradoxo EPR Bohr Heinsenberg Bohr Não-localidade Einstein De Broglie Schrödinger Einstein Localidade, mas incompletude da teoria Can Quantum-Mechanical Description of Physical Reality Be Considered Complete? A. Einstein, B. Podolski, N. Rosen, Phys. Rev. 47, 777–780 (1935). A probabilidade da bola estar em qualquer uma das caixas é 1/2. “Esta descrição é completa?” Einstein, a Schödinger: 1 Possibilidade 1 Física Clássica Possibilidade 2 Intr. estatística (M. Born) 1/2 1/2 2 Não. Bola em 1 ou 2. Probabilidade reflete nossa ignorância. Sim. Bola não está nem em 1, nem em 2, antes de se abrir. Probabilidade ½ descreve completamente as caixas. Einstein, questionando possibilidade 2: Princípio de Separação: caixas são independentes. 2 1 EPR Localidade Realidade Elemento de realidade. Algo que possa ser medido sem afetar o sistema envolvido. Teoria completa. Faz previsões sobre todos os elementos de realidade. Schrödinger, rebatendo a Einstein: Alain Aspect Emaranhamento: uma das caixas pode ser manipulada e se chegar a uma situação predeterminada, apenas observando a outra caixa. Mostra, experimentalmente, a validade da interpretação de Copenhagen. E NO LIMITE CLÁSSICO DA MECÂNICA QUÂNTICA? Todas essa propriedades devem desaparecer... Experimental Realization of Einstein-Podolsky-Rosen-Bohm Gedankenexperiment: A New Violation of Bell's Inequalities, A. Aspect, P. Grangier, and G. Roger, Physical Review Letters, Vol. 49, Iss. 2, pp.91-94 (1982) E NO LIMITE CLÁSSICO? Qual o papel do emaranhamento no Princípio de Complementaridade? Qual o papel do emaranhamento no Limite Clássico? VERIFICADO EXPERIMENTALMENTE! Quantificando a relação de complementaridade: Detector é um campo coerente! Acessibilidade da informação de que-caminho: Imprecisão do detector Quantidade de informação que ficou disponível sobre o caminho Quando: Informação de quecaminho totalmente INacessível Informação de quecaminho totalmente Acessível O QUE DIZEM OS EXPERIMENTOS? Um limite clássico devido à relaxação do estado de ponteiro: Baixa qualidade Tempo de relaxação pequeno Zona de Ramsey Número médio de fótons igual a 1, para todo t tempo total de interação efetiva Alta dissipação com Após a interação... com CONCLUSÕES TEORIA: onda, partícula (dualidade) e correlações não- locais (emaranhamento). Visibilidade: onda. Preditibilidade: partícula. Concorrência: emaranhamento. EXPERIMENTO: Dupla-fenda e interferometria:dualidade. Experimento de Aspect: violação das desigualdades de Bell; confirmação do emaranhamento. Which-way experiment: complementaridade e limite clássico.