ASPIRAÇÃO DE CORPO ESTRANHO

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ASPIRAÇÃO DE
CORPO ESTRANHO
Ac. TANIA SAYURI TAKAO
INTRODUÇÃO
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É a 4ª causa de mortes acidentais de
crianças em todas as idades, nos EUA 5002000 mortes/ano
84% são menores de 5 anos,
Idade mais comum entre 6 meses e 4 anos
(molares ainda não apareceram, mastigação
precária, leva tudo à boca)
É 2x mais frequente em meninos
A maioria é expelida e jamais requer auxílio
médico
OBJETOS
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Maioria por materiais orgânicos (amendoim,
feijão, pipoca, carne, sementes)
Outros (moeda, anéis, tampinhas de caneta,
pedaços de plástico) – são de mais difícil
diagnostico
Nível socioeconômico é fator de risco devido
à má orientação quanto a alimentação
correta
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
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No momento: engasgo, acesso de tosse,
crises de cianose e perda dos sentidos
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Após a fase aguda: oligossintomático
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Sintomas dependem do local da obstrução, e
do objeto
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LARINGE
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Se obstrução total: 45 % mortalidade
Parcial: rouquidão, estridor, disfonia, afonia,
odinofagia, hemoptise, dispnéia
Supra glóticos: fixos ou móveis, podem levar a
espasmo reflexo. Pode levar a tosse metálica, afonia
taquipnéia, cianose e agitação.
Subglóticos: raro, geralmente confundido com
laringite, inclusive com melhora da sintomatologia
com o uso de medicamentos para laringite. Hipótese
de CE se com evolução prolongada, atípica e com
característica recidivante.
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TRAQUÉIA
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Raro
CE móvel, durante a inspiração impacta com a
carina e durante a expiração, impacta com as
cordas vocais
ruflar de bandeira
criança clinicamente bem, ausculta pulmonar
nl e RX tórax nl, leva impressão de quadro
benigno
é uma emergência endoscópica devido ao
risco de morte subita por impactação na glote
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BRÔNQUIOS:
- Principal localização de CE, mais freqüente em brônquio
fonte direito;pode se manifestar com poucos sintomas até
pneumonias graves de difícil tto, com evolução para
bronquiectasias
- Tem 3 mecanismos básicos, que são dinâmicos e se
alteram com o tempo
1)Obstrução Brônquica Parcial:
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CE pequenos ou ocos;
A ventilação pulmonar está parcialmente obstruída;
Ausculta: MV nl ou diminuídos em local acometido
RX tórax:nl ou com diminuição difusa do parênquima
2)Obstrução Brônquica parcial do tipo valvular:
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Mais freqüente. O ar entra mas não sai
Ausculta: Diminuição de MV em área comprometida,
sibilos
RX tórax: hiperinsuflação pulmonar (expirado)
3)Obstrução Brônquica Total:
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Reabsorção do ar dos alvéolos
Ao EF: diminuição de expansibilidade no lado
comprometido e ausência de MV
RX tórax: atelectasia total ou parcial
DIAGNÓSTICO
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História clínica, na maioria das vezes a
aspiração é presenciada por alguma pessoa
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Analisar a situação em que a criança estava no
momento do acidente (p. ex.: comendo
amendoim, brincando com grãos de feijão)
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Quando não há antecedentes de aspiração,
essa hipótese deve ser considerada em
crianças com doença pulmonar não
característica de difícil resolução
EXAMES DE IMAGEM
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Se o objeto for radiopaco pode ser visualizado
diretamente
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Rx de tórax inspirado e expirado
(hiperinsuflação, atelectasia,consolidação)
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broncoscopia – diagnóstico e terapêutico
Não há sinal ou sintoma isolado capaz de discriminar a
presença de corpo estranho em vias aéreas. Se houver
suspeita de aspiração de CE, a broncoscopia é necessaria
Hiperinsuflação
Atelectasia
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
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laringites
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Crises asmáticas
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Pneumopatias crônicas ou de repetição
TRATAMENTO
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Prevenção
Remoção endoscópica: broncoscopia
- são preconizados broncoscópios rígidos pois
permitem a oxigenação do paciente, excelente
visualização e passagem de pinças.
- depois do procedimento deve ficar hospitalizada por
pelo menos 24 horas verificar evolução clínica e
estudo radiológico de controle. A persistência da
dispnéia por mais de 48 horas, sem outras com
plicações, exige nova broncoscopia
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TRATAMENTO
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Cirurgia:
Objetos grandes e ásperos na região subglótica ou
na traquéia, retirados por traqueostomia, evita
lesões de subglote e nas cordas vocais
Fragmentos de grama
Alojados na periferia do pulmão
Objetos em que o risco de retirada endoscópica
exceda o risco da cirurgia aberta
Drenagem postural
TRATAMENTO
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ACE com localização em laringe deverão ser
acompanhados em UTI devido ao risco de
piora da função respiratória e necessidade
de intubação orotraqueal de urgência
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Antibioticoterapia: Restrito aos casos de
infecção comprovada
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Corticóide sistêmico é controverso
TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA
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Manobra de Heimlich em maiores de 1 ano
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Traqueostomia
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Intubação orotraqueal
REFERÊNCIAS
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MARCONDES, E. et al. Pediatria básica. 9 ed. São
Paulo: Sarvier, 2004. vol. 3
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MOZZATTO, L. CECHIN W. E. Pediatria Manual do
Internato Médico. Passo Fundo: Berthier, 1998
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BITTENCOURT, P.F.S. et al . Aspiração de corpos
estranhos. Jornal de Pediatria - vol. 78, nº1, 2002
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