O serviço social do século XXI se tornou mais complexo. teórica e praticamente. - Com a crítica ao funcionalismo (Reconceituação) Com a crítica ao capitalismo (Reconceituação) Com as contribuições teóricas do marxismo Com as contribuições teóricas do feminismo Com questões das relações sujeito / estrutura Com as mudanças nas instituições Com o aprofundamento da formação acadêmica Com as pesquisas sistemáticas Com o Radical Social Work Com a perpecgiva da emancipação/ empowerment ao invés do helping (Faleiros,1980) Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Com desafios de trabalho em estrutura de exploração capitalista globalizada neoliberal Pela globalização e a competitividade Pelo neoliberalismo: do Estado para o mercado Pela inflexão do Estado de bem-estar em Estado repressivo Pela focalização de políticas – neofilantropia: eixo das políticas sociais centrado no mínimo para os pobres Pelas transformações do capitalismo em seu modo de produção:.informática, sub-contratação. Pela profunda crise de inserção social pelo trabalho: desemprego e falta de postos de trabalho Por relações de classe articuladas pela exclusão. Pela financerização do acesso às políticas sociais Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress COM PRESSÕES POLÍTICAS E ECONÔMICAS Da urbanização e da metropolização Dos movimentos sociais pela diversidade de inclusão Do experimentalismo social diversificado Da necessidade de sobrevivência no cotidiano Das empresas por produtividade e serviços eficientes de controle do trabalho e da improdutividade do trabalho Das ONGs com novos processos multidisciplinares Da mudança da profissionalização para a exigência de competência e habilidade Das formas de trabalho precárias Da violência social, econômica, cultural. V.P. Manaus 2012_Cress Dos meios deFaleiros, comunicação Situa-se no contexto da democracia, da cidadania e da cultura cívica. Da democracia Da democracia representativa: voto e representação eleitoral; organização político-partidária. Do exercício da política Da democracia participativa e instâncias de decisão coletiva Da organização profissional e política, e dos movimentos sociais. Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Da cidadania em processo Pactuação de direitos a ter direitos por forças políticas da sociedade; Direitos civis, políticos, sociais, ambientais; Afirmação de seguridade e proteção social por movimentos sociais; Luta pela equidade (gênero, raça, opção sexual); Luta pelo direito a ser reconhecido como membro de um Estado de direito; Participação na convivência territorial e de coletividades; Formação de coalizões e opiniões divergentes; Diversidade cultural; Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Acesso à Justiça. Cultura cívica e política em confronto Reconhecimento do bem público, em confronto com o crime organizado, a corrupção e a impunidade Busca dos interesses públicos em confronto com a privatização Busca da comunicação argumentativa em confronto com a indústria e a monopolização da informação Associação para o bem público (ecologia, vida saudável, prevenção, desporto, cidades saudáveis, responsabilidade social, accountability, normas de vida comum) em confronto com a destruição Faleiros, V.P. Manaus 012_Cress do planeta pela agro-incústria PERSPECTIVAS TEÓRICAS HEGEMONIA DA CORRELAÇÃO DE FORÇAS CONTRA-HEGEMONIA CONTEXTO ACUMULAÇÃO DE CAPITAL-REPRODUÇÃO EMPOWERMENT RELAÇÕES DE FRAGILIZAÇÃO/PATRIMONIALIZAÇÃO MICRO-PODERES SUJEITO TRAJETÓRIAS/ESTRATÉGIAS Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Que contribuições traz a referência ao paradigma da correlação de forças? Quais as rupturas pressupostas por esse paradigma? Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Com a visão do determinismo objetivista - centrado no sistema-reprodução das condições da produção capitalista; Com a visão da luta de classes como enfoque exclusivo da intervenção profissional; Com a visão subjetivadora-centrada na satisfação do sujeito; Com visão individualista – centrada na eficácia e na produtividade; Com a visão de isolamento do problema – centrada em eficiência e recursos ou encaminhamentos; Com a visão de intermediação e de derivação – prática/pratica- centrada em competência; Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Com a visão da terapia apolítica – centrada na disfunção, aproundando o clínico político emancipatório, se necessário Com o autoritarismo – centrado na norma, na burocracia e na regra. Com o vanguardismo e o voluntarismo-centrado no protagonismo agônico Com a visão consensual de um arranjo ou acordo, com pressuposição do bem-estar do sistema e do bem do sujeito – centrado na sobrevivência. Com os valores dominantes consumistas e autoritários-centrado na dependência do consumo Com o liberalismo e o neoliberalismo Com o machismo Com o racismo Com a discriminação sexual Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Correlação de (cf Vicente Faleiros) forças O trabalho social na correlação de forças está centrado na relação de poder dos coletivos, das classes, dos grupos, do sujeito, articulado às relações intersubjetivas nas situações e conjunturas implicadas em relações estruturais e estruturantes, mediando questões singulares e particulares nas suas determinações gerais para fortalecer as trajetórias sociopessoais de emancipação e poder na potencialização de mudança das relações de dominação, discriminação, exclusão dos direitos, no fortalecimento da identidade, autonomia, Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress cuidado Correlação de forças (cont.) em aliança com os dominados e fragilizados nas relações de poder, pelos dispositivos implicados nas normativas, capitais culturais, sociais e políticos, recursos e orçamentos, dispositivos técnicos, oportunidades e capacidades nas situações complexas e no contexto da democracia, da cidadania e da ética do cuidado e da Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Relação sujeito-estrutura Não se trata de uma visão substancialista da estrutura e do sujeito, mas de uma visão relacional em que a estrutura é pensada como um todo em relação contraditória. “Onde existe uma relação, ela existe para mim”, afirma Marx em a “A Ideologia Alemã”. Articula a consciência do sujeito à relação e a relação à consciência do sujeito. Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress MEDIAÇÃO É um processo distinto da intermediação de recursos e de serviços. Não consiste, pois, no encaminhamento mecânico, mas na articulação inclusiva de efetivação de cidadania. É um processo epistemológico-político-real de relação entre o imediato e o aprofundamento das relações singulares, particulares e gerais da sociedade em sua complexidade/totalidade para decifrar as demandas, os projetos e as forças em jogo na comunicação entre pessoas, em seu lugar de poder e fala. Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress PROCESSO DE FORTALECIMENTO DA IDENTIDADE, DA AUTONOMIA E DA CIDADANIA Identidade Autonomia Cidadania Proteção/Acolhida Reconhecimento Palavra Direitos Comunicação Informação Redes Burocracia Facilidade Possibilidades e Articulação de Mapas das redes capitais poder institucional Participação Redes pessoais Grupos e Controle social movimentos democrático Comunicação Decifrar Desenvolver Meios de expressão comunicação Território Apoio e Integração Mobilização contratransferência Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Complexidade das mediações COMPLEXIDADE DAS MEDIAÇÕES EMPOWERMENT ESTADO PROTEÇÃO SOCIAL DEFESA DE DIREITOS SERVIÇOS FORÇAS NECESSIDADES DEMANDAS DISPOSITIVOS QUESTÕES SUJEITO FAMÍLIA COMUNIDADE TRABALHO SOCIEDADE Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress DIREITOS RECURSOS Co-construção de estratégias de poder Fortalecer o sujeito em um contexto de exclusão: decifrar e analisar as contradições, conflito e processos de poder de forma relacional, articulando sujeito/dispositivos em seu favor na relação social conjuntural e situacional = crítica permanente. Forte poder institucional: analisar as contradições e possibilidades da instituição = análise e articulação institucional Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Co-construção de estratégias de poder Poder burocrático/profissional: estabelecer formas de aliança com os sujeitos e colaboradores= considerar o poder em movimento. Infraestrutura de poder: colocar-se próximo ao sujeito: a disposição de lugares e atribuições de atendimento= mudar condições Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Co-construir estratégias Enfrentando a diversidade e submissão cultural: valorizar a cultura do sujeito, sua identidade, como música, eventos, comida, jogos. Identidade ressignificada. Enfrentando o isolamento das de decisões: estabelecer contato com os representantes políticos, Conselhos. . APROFUNDAR A DEMOCRACIA Enfrentando a fragilidade das demandas: fortalecer vínculos com movimentos e redes de proteção como (pais/mães, parentes vizinhos, organizações étnicas, mulheres, negros, idade....). Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Co-construir estratégias de empoderamento Enfrentando o favor em uma una sociedade de direitos: promover direitos Enfrentando o responder a urgências e reproduzir o sistema: pensar o problema de forma complexa e com as forças em presença na rede para sair de crise. Enfrentando a tecnologia da informação e poder: usar as tecnologias para agilizar os trâmites e informar o sujeito. Enfrentando a fragmentação territorial: trabalhar o território em rede, Com informação Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Co-construir estratégias de empoderamento Enfrentando a fragilidade da informação do sujeito: adequar a informação ao sujeito, clara, sem tramite. Enfrentando a fragilidade da critica: trabalhar questões do sujeito para sua reflexão individual e coletiva. Enfrentando a falta de recursos: informar claramente quais os responsáveis pela falta de recursos. Passar a informação para a imprensa, representantes, população, órgãos profissionais. Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress Co-construir estratégias de empoderamento Enfrentando conflitos internos das instituições: construir alianças em favor do sujeito. Enfrentando políticas focalizadoras: reinterpretar as relações para ampliar o foco para o conjunto Enfrentando a categorização burocrática: desconstruir categorias, instrumentos de diagnóstico e construir instrumentação a partir do sujeito. Faleiros, V.P. Manaus 2012_Cress [email protected]