natalina palmeira de sousa o racismo sofrido pelo negro no brasil e

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MONOGRAFIA
• Faculdade Internacional de Curitiba FACINTER.
• Curso de Pós-Graduação em
Metodologias Inovadoras Aplicadas à
Educação – Ciências Humanas e Suas
Tecnologias, modalidade à distância,
• Prof. Orientadora: Gabriela Eyhg Possolli
NATALINA PALMEIRA DE SOUSA
• O RACISMO SOFRIDO PELO NEGRO
NO BRASIL E SEUS EFEITOS EM SUA
MARGINALIZAÇÃO NO MERCADO DE
TRABALHO
• Araguaína -TO
RESUMO
• Este estudo apresenta o racismo contra o negro como sendo o
principal fator causador de sua exclusão social, com ênfase no
mercado de trabalho. Expõe a escravidão como uma instituição que
sempre permeou as relações humanas, desde a pré-história, mas
que no período colonial brasileiro teve forte influência na
estigmatização do negro como um ser inferior ao homem branco
europeu.
• A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica, pela qual
buscou-se dados sobre a trajetória do negro no Brasil desde o ciclo
da cana-de-açúcar, além de números de pesquisas e estatísticas
que servem como indicadores do abismo social que separa as
pessoas de cor branca dos afro-descendentes.
• Ficou demonstrado que a democracia racial, embora seja um ideal
interessante, não é condizente com a realidade vivida pelo negro no
Brasil, e que a educação e as ações afirmativas, não apenas do
governo federal, mas de toda a sociedade, incluindo iniciativas
individuais dos cidadãos, podem contribuir incisivamente tanto para
a melhoria do padrão de vida dos negros como para a elevação do
Índice de Desenvolvimento Humano geral do Brasil.
INTRODUÇÃO
• Independentemente de cor, raça, credo, status social ou qualquer
outro tipo de condição, o ser humano somente pode encontrar
dignidade em sua vida através do trabalho. E ser valorizado pelo
trabalho que desempenha tem influência direta na qualidade de
vida de um indivíduo.
• A liberdade, por sua vez, tem como pressuposto a igualdade de
direitos e a necessidade do cumprimento de deveres por todo e
qualquer membro de uma sociedade.
• Entretanto, ao estudar o racismo nas relações sociais entre as
pessoas que vivem no Brasil e das que viveram neste país desde o
período colonial, este trabalho apresenta achados os quais indicam
que dignidade, valor e liberdade têm dependido, em grande parte,
da cor da pele dos indivíduos.
• Essa liberdade não lhes deu as condições necessárias para que
pudessem ter uma vida digna, em que pudessem empregar a sua
força de trabalho e competir de forma justa com os brancos de
então. E essas condições não se alteraram ainda o suficiente para
que os negros representem no mercado de trabalho, em cargos
melhor qualificados, um número equivalente ao seu percentual
demográfico na população brasileira.
TRABALHO ESCRAVO NA HISTÓRIA DA
HUMANIDADE
• A problemática social das pessoas negras no Brasil está
diretamente ligada ao racismo, teoria pela qual certas
pessoas se consideram superiores a outras. As relações
entre brancos e negros neste país datam de um período
conhecido como colonial, quando este era baseado na
agricultura canavieira extensiva e na qual foi utilizada a
força de trabalho escrava.
• Os portugueses utilizaram negros africanos para realizar
todo o trabalho pesado a partir do ciclo da cana-deaçúcar na condição de escravos, e desde então estas
pessoas ficaram estigmatizadas socialmente como
sendo inferiores.
A TRAJETÓRIA DO NEGRO NO BRASIL
• FORÇA NEGRA: SOLUÇÃO DE BAIXO CUSTO
E LUCRATIVA ;
• RACISMO
• BRASIL INDEPENDENTE
• LIVRES E EXCLUÍDOS
• DEMOCRACIA RACIAL
• IGUALDADE RACIAL
TRABALHO E CIDADANIA
PRESSUPOSTOS PARA A EMPREGABILIDADE
• A essência da proposta deste trabalho é tratar da marginalização do
negro no mercado de trabalho em virtude de racismo, ou seja, a
negação de oportunidades de trabalho fundamentada em critérios
arbitrários, mas cristalizados no imaginário popular por meio de
investimentos numa crença que se consolidou durante os cinco
séculos de ocupação do Brasil motivada por interesses
principalmente econômicos.
• Na composição da população brasileira, a soma dos cidadãos que
se declararam negros (os pretos e os pardos) representa 44,7% de
acordo com o Censo Demográfico de 2000, ou seja, mais de 80
milhões de brasileiros.
• Estas pessoas são cidadãos brasileiros, com direitos previstos na
Constituição Federal. Entretanto, pesquisas apresentam dados os
quais indicam que negros e afrodescendentes, por não terem
oportunidades de inserção e ascensão profissional igualitária,
também não conseguem se inserir socialmente com condições
dignas de viver.
ALGUNS NÚMEROS E COMPARAÇÕES
• COM BASE NO CENSO DEMOGRÁFICO REFERENTE
AO ANO 2000, INFORMA QUE: O BRASIL ERA
FORMADO POR 169.799.170 PESSOAS. DESSES
83.576.012 HOMENS E 86.223.155 MULHERES.
• A COMPOSIÇÃO RACIAL BRASILEIRA, COM BASE
NESTE CENSO TINHA A SEGUINTE
CONFIGURAÇÃO: 53,4% BRANCOS, 38,6 PARDOS,
6,1% PRETOS; 0,5% AMARELOS E 0,4% INDIGENAS.
• ASSIM A SOMA DOS CIDADÃOS BRASILEIROS QUE
SE DECLARAM NEGROS (OS PRETOS E PARDOS)
REPRESENTA 44,7% DA POPULAÇÃO DE NOSSO
PAÍS, MAIS DE 80 MILHÕES DE BRASILEIROS.
QUANTO À EDUCAÇÃO:
• PESSOAS NEGRAS TÊM MENOR NÚMERO DE ANOS
DE ESTUDO DO QUE PESSOAS BRANCAS (4, 2
ANOS PARA NEGROS E 6,2 ANOS PARA BRANCOS);
• NA FAIXA ETÁRIA DE 14 A 15 ANOS, O ÍNDICE DE
PESSOAS NEGRAS NÃO ALFABETIZADAS É 12%
MAIOR DO QUE O DE PESSOAS BRANCAS NA
MESMA SITUAÇÃO;
• CERCA DE 15% DAS CRIANÇAS BRANCAS ENTRE
10 E 14 ANOS ENCONTRAM-SE NO MERCADO DE
TRABALHO, ENQUANTO 40,5% DAS CRIANÇAS
NEGRAS, NA MESMA FAIXA ETÁRIA, VIVEM ESSA
SITUAÇÃO.
QUANTO AO MERCADO DE TRABALHO
• Em todas as capitais brasileiras, o número de
desempregados é maior entre homens e mulheres
negras. Os negros são também maioria entre os
trabalhadores que ocupam as posições mais
vulneráveis no mercado de trabalho. As mulheres
negras recebem em torno de 30% do que recebe o
homem branco. O número de negros ocupados em
trabalhos domésticos é quase quatro vezes maior do
que o número de brancos.
• Outro dado extremamente significativo é o que indica
que o custoso investimento em educação que as
famílias negras realizam não tem o retorno desejado.
Em igualdade de condições de escolaridade e
experiência, trabalhadores negros recebem de 30% a
40% menos que os brancos”.
AÇÕES AFIRMATIVAS
• Embora tenham contribuído de forma incisiva para moldar os
hábitos, costumes e a cultura do Brasil, os afro-descendentes nunca
conseguiram alcançar a sua inclusão, em qualquer parte dos
sistemas gerais da sociedade, de forma natural. Sempre houve
empecilhos, mitos, teorias e critérios arbitrários negando aos negros
a possibilidade de avançar em suas lutas e conquistas.
• Mesmo assim, apesar das tentativas de branqueamento da
população brasileira logo após a abolição, e da falta de um plano de
inclusão que levou os ex-escravos à marginalização, estas pessoas
resistiram e se organizaram para não permitir sua dizimação. Ao
invés do entreguismo e da acomodação, as pessoas negras utilizam
recursos e expedientes criativos e legais para superar o
subdesenvolvimento ao qual foram submetidos.
• Este exemplo de ação afirmativa, aliados às iniciativas de grupos
artísticos, organizações de luta em prol da causa dos negros e
medidas governamentais, são essenciais no que concerne a elevar
a condição dos afro-descendentes à equiparação de oportunidades
e usufruto de tudo o que a sociedade tem a oferecer a seus
cidadãos. E independentemente de raça, todos são cidadãos e
devem ser tratados como tal.
CONCLUSÃO
• O racismo raramente é declarado. Mostra-se velado ainda na
crença de que se vive no Brasil sob o signo da tolerância racial, ou
para utilizar um termo mais racionalizado, democracia racial;
• O primeiro dado indicador da negligência contra as pessoas negras
foi a falta de um plano de inclusão social após a sua libertação da
condição de escravos. Sem educação escolar, qualificação para o
trabalho e posse de terras, mesmo sendo livres, submergiram em
um profundo processo de marginalização;
• Com baixa escolaridade, a população afro-descendente tem se
candidatado a vagas com exigência de menor qualificação, mesmo
em concursos públicos, nos quais concorrem para cargos de nível
mais elementar;
• Esta realidade não chega à sociedade brasileira pelos mesmos
motivos que mitos foram criados no passado. É desinteressante
descobrir a vergonha da marginalização do negro e conviver com
tamanho constrangimento.
• Entretanto, é preciso reverter este quadro de negligência e
exclusão, e para tanto, sugere-se uma ampla discussão em
ambientes educacionais, mediatizadas por educadores que, mais
do que simples filosofia, utilizem os números resultantes da
pesquisa para dar força ao discurso e à discussão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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