“Tu quoque, mi fili”, Tu também, meu filho

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“Tu quoque, mi fili”, Tu também, meu filho
Depois de se ter desembaraçado de Pompeu, Júlio César tornou-se senhor único e
supremo de Roma. Nomeou-se ditador, o que lhe confere plenos poderes, mas isso
ainda não é suficiente para ele.
César quer que o Senado lhe conceda o título de rei, para que Octávio, seu sobrinho e
sucessor, possa, no momento certo, herdar o poder absoluto. Algo completamente
impossível segundo as leis republicanas.
Em Roma, portanto, o descontentamento é grande e César arranja muitos inimigos.
Alguns ainda não lhe perdoaram ter combatido Pompeu, outros acusam-no, e com
razão, de ter traído a República. Prepara-se um complô que terá lugar no dia 15 de
Março do ano 44 a.C.. Nesse dia, Júlio César foi assassinado com 23 golpes de uma
faca, durante uma reunião do Senado. Vendo o seu filho adoptivo Brutus, no meio dos
seus assassinos, César, ainda antes de morrer, grita e diz:”Tu quoique, mi fili”, tu
também, me traíste.
Foram as suas últimas palavras, pronunciadas em grego, uma língua que César, um
homem erudito, falava correntemente.
Para reviver este momento crucial da História Romana podes ler a peça de Shakespeare,
Júlio César, ou as aventuras de Astérix.
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