C.A.P.O.A.R.T.E Inspirações corporais por meio dos movimentos da capoeira para incentivar a potência artística no teatro INFORMAÇÕES GERAIS • Projeto elaborado pelas pibidianas: Luciana Carabajal e Sara Campos • Graduação: Teatro Licenciatura • Coordenadores: Carlos Roberto Mödinger e Marli Carrard Sitta • Desenvolvido no Colégio Estadual Ivo Büller – Ciep, com alunos do 5º ano, turma 151, com idades de 10 a 12 anos, na cidade de Montenegro. • Supervisora do projeto na Escola: Angelita Maria Souza Finger INTRODUÇÃO A capoeira é uma prática que mistura tradições e contemporaneidade na cultura brasileira. É nossa arte marcial e se destaca pelo uso que faz de recursos corporais como equilíbrio, impulso, força, agilidade e flexibilidade. A partir do conjunto apresentado concebe-se que ela contém potencial técnico e simbólico para fomentar e ampliar o corpo expressivo do aluno teatralmente. OBJETIVOS DA OFICINA • Apreciar a capoeira como um elemento potencial para as práticas corporais dos alunos. • Reconhecer as questões culturais sobre a capoeira como arte marcial brasileira. • Relacionar os parâmetros da antropologia teatral com a expressão da cultura popular brasileira. • Possibilitar a expressividade corpovocal dos alunos. METODOLOGIA • Práticas envolvendo alguns movimentos da capoeira como: roda, armada, role, aú, cocorinha, ginga, meia lua, benção. • Jogos teatrais, individuais e coletivos usando movimentos uníssonos. • Jogos de improvisação com movimentações de velocidades e espaço. DESDOBRAMENTOS ATÉ 24/08/2016 – Primeiras noções da Capoeira por meio dos jogos dos movimentos dos animais. Caranguejo, aranha, sapo e jacaré são alguns exemplos das inspirações corporais para que os alunos aprendam a capoeira de uma maneira divertida. Competições entre as meninas no jogo dos animais. COMO ENSINAR A CAPOEIRA? Ginga : é a base de todas as movimentações, deve –se colocar a perna direita atrás e depois trocá-la pela perna esquerda, dando assim um movimento no corpo todo, imaginemos um triangulo aos nossos pés. Benção : os alunos ficam abaixados na posição de cócoras com as mãos para trás e com a perna direita devem imaginar que empurram uma porta. Meia-lua-de-frente: Em pé com a perna direita devem limpar alguma coisa, como um para-brisa de carro, alongada e firme no ar, uma de cada vez. Em outra etapa já fazemos as fintas da capoeira, onde o equilíbrio é fator principal para o desdobramento do jogo. As movimentações no chão são significativas para a coordenação motora e espacial dos alunos. Nesta fase começamos a relacionar os movimentos da capoeira com os jogos teatrais. Como exemplo do Jogo do Stop, onde os alunos realizam caminhadas com velocidades variadas de zero a cinco, e ao sinal do STOP, devem escolher uma das sequencias formando uma imagem congelada. A partir de Outubro iremos apresentar aos alunos a dramaturgia brasileira, o texto escolhido é do autor Ariano Suassuna com “O Auto da Compadecida” e será adaptado conforme as necessidades da turma, a trilha sonora será composta de músicas da capoeira que tem relação com a história. Referências • BARBA, Eugenio, e SAVARESE, Nicola. A Arte Secreta do Ator: dicionário de Antropologia Teatral. São Paulo, Editora Hucitec, 1995. • SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 1979. • CAPOEIRA, Nestor. O Pequeno Manual do Jogador de Capoeira. Rio de Janeiro: Ground, 1981. • CAPOEIRA, Nestor. Galo já cantou: capoeira para iniciados. Rio de Janeiro: Arte Hoje Editora, 1985. • CAPOEIRA, Nestor. Os Fundamentos da Malícia. Rio de Janeiro: Record, 1997. • LIMA, Ivani Tavares. Capoeira Angola como treinamento para o ator. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal da Bahia/ Salvador. Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, 2002.