Descartes • Fundador da filosofia moderna; • Profundamente afetado pela nova física e pela nova astronomia; • Não aceita os alicerces dos seus antecessores; • Procurou começar a filosofia do “zero”, isto é, construir um edifício filosófico completamente novo. • Ponto inicial da filosofia cartesiana: dúvida metódica (ver as quatro regras na ficha e livro pág. 392); • Objetivo da dúvida: encontrar uma base firme para a filosofia, isto é, uma verdade, uma “ideia clara e distinta”. “Todas as coisas que conhecemos muito clara e distintamente são verdadeiras”. Descartes • Dúvida – Em um primeiro momento, Descartes duvida dos sentidos, posto que o mundo dado por estes podem ser tanto fruto do sonho, quanto da loucura. (Caso se interesse em ver como o filósofo desenvolve este argumento, vide os parágrafos 3, 4, 5 e 6 da “Primeira Meditação” do livro Meditações metafísicas. Segue o link: http://www2.uefs.br/filosofiabv/pdfs/descartes_02.pdf) • Dúvida – Em um segundo momento, Descartes duvida das verdades abstratas e para isso elabora a hipótese do gênio enganador. – A hipótese do gênio enganador tem o propósito de tornar incertos os conhecimentos humanos mais seguros, como seria o caso das verdades matemáticas. A hipótese do gênio enganador (Não é necessário copiar o trecho no caderno) “Ora, quem me poderá assegurar que Deus não tenha feito com que não haja nenhuma terra, nenhum céu, nenhum corpo extenso, nenhuma figura, nenhuma grandeza, nenhum lugar e que, não obstante, eu tenha os sentimentos de todas essas coisas e que tudo isso não me pareça existir de maneira diferente do que vejo? […] pode ocorrer que Deus tenha desejado que eu me engane todas as vezes em que faço a adição de dois mais três, ou que enumero os lados de um quadrado, ou que julgo alguma coisa ainda mais fácil, se é que se pode imaginar algo mais fácil do que isso. [...] Suporei, pois, que há não um verdadeiro Deus, que é a soberana fonte da verdade, mas certo gênio maligno, não menos ardiloso e enganador do que poderoso, que empregou toda a sua indústria em enganar-me.” Decartes. Meditações metafísicas. Primeira verdade ou “ideia clara e distinta” encontrada e examinada por Descartes: o cógito. O cógito: “Penso, logo existo” • Âmago da teoria do conhecimento de Descartes; • Torna a mente mais certa que a matéria. Através do cógito o pensamento passa a ser concebido como a essência da mente, e o “EU” torna-se o fundamento para a construção do novo edifício filosófico. • Segunda ideia clara e distinta examinada por Descartes: a ideia de Deus. • Prova da existência de Deus: – A ideia de Deus é a ideia de um ser perfeito; – Se um ser é perfeito, ele deve ter a perfeição da existência, caso contrário lhe faltaria algo para ser perfeito. – Logo, Deus possui existência independente do pensamento da coisa pensante que é imperfeita. O mundo material • A existência de Deus garante que os objetos pensados sejam reais. Contudo, só uma ideia referente aos objetos do mundo externo é clara e distinta: a ideia de extensão. • Para Descartes, “a extensão em comprimento , largura e profundidade constitui a essência das coisas corpóreas”. Daí que as coisas materiais sejam chamadas por ele de “coisa extensa”. DUALISMO CARTESIANO • Consequência da filosofia cartesiana: dualismo corpo-consciência. O ser humano é um ser duplo, composto de duas substâncias: a pensante e a extensa.