DISTÚRBIOS RELACIONADOS AS DROGAS DROGAS CAO-INF/MPRO ABUSO DE DROGAS Ocorre quando um indivíduo usa repetidamente uma droga, apesar de saber do problema social, de trabalho ou de saúde gerado pelo uso da droga. 2 DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA  É a necessidade de usar determinada droga para ter um uma sensação de bem estar, e alívio das tensões.  Se caracteriza por fenômenos cognitivos onde sempre há uma busca pelos efeitos iniciais do uso da droga. 3 INTOXICAÇÃO E SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA  É definida como o desenvolvimento de uma síndrome reversível causada pela droga. O comportamento define-se pelos efeitos fisiológicos  É uma alteração do comportamento em razão da suspensão brusca do consumo de droga geradora de dependência física e psíquica 4 SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA SINTOMAS  Insônia,  Ansiedade,  Irritabilidade,  Náusea,  Agitação,  Taquicardia e  Hipertensão FATORES PREDISPONENTES  Fatores biológicos:  Genéticos: Principalmente o álcool  Parentes de 1º grau 50%  Gêmeos Monozigotos 2 X mais que nos Dizigotos  Bioquímicos:  Reações com aminas produzem uma substância chamada Tatraidropapaverolina e Salsollinol FATORES PREDISPONENTES  Fatores Psicológicos:  Influência do desenvolvimento:  Baixa estima compensada com uso de drogas  Fatores da personalidade:  Impulsividade, introversão  Fatores Socioculturais:  Aprendizado cultural (Exemplos)  Condicionamento (repetir experiências) INGESTÃO DE ÁLCOOL E EFEITOS SOBFRE O CORPO  Fase Pré-alcoólica (Relaxar)  Fase alcoólica inicial ( Beber escondido, negar e Amnésia)  Fase crucial (perda do controle e livre arbítrio)  Fase crônica (Evita a ressaca) EFEITOS:  Neuropatia periférica  Miopatia alcoólic 8  Encefalopatia de Wernicke (Deficiência de Tiamina) DEPENDÊNCIA DE SEDATIVOS, HIPINÓTICOS OU ANSIOLÍTICOS  Seu efeito é potencializado em combinação com outras drogas  Efeito sobre o corpo:  Sono e Sonhos (Inibição)  Depressão respiratória (Barbitúricos)  Efeitos cardiovasculares (hipotensão)  Função renal (Anestesias) 9 ABUSO E DEPENDÊNCIA DE ESTIMULANTES DO SNC  Grupo de substâncias que aumentam a atividade do snc produzindo agitação psicomotora  As substâncias que compõem o grupo de estimulantes do snc são:  Cafeína  Nicotina  Cocaína  Anfetamina  Estimulantes não anfetamínicos 10 MECANISMOS DE AÇÃO DOS ESTIMULANTES DO SNC  Estimulantes psicomotores: Neurotransmissores (Epinefrina, Dopamina , Norepinefrina)  Estimuladores celulares gerais: (Cafeína e Nicotina) Aumentam as sinápses INTOXICAÇÃO  COCAÍNA E ANFETAMINAS  Euforia e bem-estar, idéia de grandiosidade, irritabilidade e aumento da atenção a estímulos externos.  Com o aumento da dose: reações de pânico, sensação 11 INTOXICAÇÃO ESTIMULANTES DO SNC  COCAÍNA E ANFETAMINAS  Quadro de síndrome cerebral orgânica (SCO), caracterizado por confusão e desorientação, podendo resultar em lesão cerebral.  Efeitos físicos: aumento da pressão arterial e da freqüência cardíaca, podendo provocar infarto e arritmias que causam morte súbita. 12 INTOXICAÇÃO  CAFEÍNA  Geralmente ocorre após consumo de 250mg (um copo de 180 ml equivale há 125 ml de café)  Sintomas: inquietação, nervosismo, excitação, insônia, taquicardia, arritmias e agitação psicomotora 13 ABSTINÊNCIA POR ESTIMULANTES DO SNC  Abstnência por cocaína e anfetaminas causa: Disforia, sonhos vividos e desagradáveis, fadiga, insônia ou hipersonia.  Abstnência por nicotina causa: Humor disfórico, ansiedade, irritabilidade frustração ou raiva 14 ABUSO DE DEPENDÊNCIA DE OPIÓIDES  Grupo de substâncias que dependência física e psíquica.  Morfina  Heroína  Dolosal determinam violenta  produzem uma analgesia e uma hipnose (aumentam o sono): daí receberam também o nome de narcóticos que significa exatamente as drogas capazes de produzir estes dois efeitos 15 EFEITOS DOS OPIÓIDES  Classificam-se como analgésicos narcóticos:  SNC: Euforia, alteração do humor e turvação da consciência, depressão respiratória, constricção pupilar, náuseas e vômitos  Efeitos GI: Peristaltismo  Efeitos Cardiovasculares: Doses elevadas  Funcionamento Sexual: PA da libido, impotência 16 CRISE DE ABSTINÊNCIA AOS OPIÓIDES  A crise de abstinência pode começar dentro de aproximadamente, doze horas, apresentando-se de várias formas, indo desde bocejos até diarréias, passando por rinorréia, lacrimação, suores, falta de apetite, pele com arrepios, tremores, câimbras abdominais e insônia ou, ainda, inquietação e vômitos. 17 ABUSO E DEPENDÊNCIA DE ALUCINÓGENOS  São drogas que, mesmo em pequena quantidade, provocam alucinações (ver, ouvir, sentir coisas que não existem) e delírios (idéias falsas, absurdas até, que o indivíduo acredita serem reais).  Não estimulam ou deprimem o funcionamento do Sistema Nervoso Central, mas o perturbam 18 ORIGEM DOS ALUCINÓGENOS  Naturais: Sementes, cactos e cogumelos  Sintéticos: Dietilamida do ácido lisérgico (LSD) EFEITOS  Fisiológicos: Náuseas e vômitos, Dilatação pupilar, Tremores, Vertigens, Perda de apetite, Insônia, Sudorese, Respiração lenta, Hiperglicemia.  Psiológicos: Maior sensibilidade (cor, som e 19 INTOXICAÇÃO COM ALUCIGÓGENOS  Efeitos estimulantes: tais como inquietação e ativação autonômica, podendo ocorrer náusea.  Doses mais altas: Sentimentos de euforia podem alternar-se rapidamente com depressão ou ansiedade. As ilusões visuais ou experiências sensoriais ampliadas iniciais 20 ABUSO E DEPENDÊNCIA DA MACONHA  São as flores e folhas secas da planta CANNABIS SATIVA, também conhecida como Cânhamo verdadeiro.  Perde apenas para o álcool em quantidade de usuários.  Age como depressora do SNC.  Já foi amplamente usada pela indústria farmacêutica e por civilização antigas. 21 INTOXICAÇÃO POR MACONHA  Os sintomas incluem euforia ou disforia, ansiedade, suspeita, risos inapropriados, distorção da sensação de tempo, retraimento social, comprometimento do juízo.  Sinais objetivos: congestão conjuntival, aumento do apetite, boca seca e taquicardia e hipotermia.  Pode causar um leve delirium com sintomas 22 EFEITOS DO USO DA MACONHA  Cardiovascular: Taquicardia e hipotensão  Respiratório: CA e DPOC  Reprodutivo:Infertilidade, aborto, testosterona  SNC: Doses baixas: = bêbado doses altas: Distúrbio do julgamento, tempo e distância, memória recente e capacidade de aprendizado  Sexual: Relata-se a intensificação diminuição da inibição 23 APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM No processo de Enfermagem primeiramente o profissional deve rever suas Atitudes em relação ao abuso das drogas. HISTÓRIO Levantamento de dados relacionados ao paciente por meio da entrevista. Nesta entrevista será examinada o desempenho em expor os problemas não resolvidos. •Individual •Grupal DIAGNÓSTICO Será realizado a partir da avaliação da história de cada cliente. O indivíduo que abusa de drogas, ou é dependente destas, sem dúvida tem muitas necessidades físicas e emocionais não satisfeitas. IDENTIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS São utilizado alguns critérios # Não sofreu lesões físicas; # Aceita responsabilidade por seu comportamento; # Reconhece a associação entre os problemas pessoais e uso de drogas IMPLEMENTAÇÃO É um plano de cuidados para os clientes com distúrbios relacionado as drogas. Processo longo que se inicia pela desintoxicação e progredindo até a abstinência total. OBJETIVOS DA IMPLEMENTAÇÃO • Objetivos a curto prazo; Ex:suportar a abstinência as drogas e impedir as complicações físicas; • Objetivos intermediários; Ex: Promover o conhecimento do abuso e dependência de drogas e a participação no programa de tratamento. • Objetivos a longo prazo; Ex: Encorajar a participação no programa de tratamento e promover a compreensão dos problemas subjacentes associado ao uso de drogas. EVOLUÇÃO É a reavaliação para determinar se as prescrições de enfermagem foram eficazes em atingirem os objetivos, podendo ser utilizados alguns perguntas, como: * A desintoxicação ocorreu sem complicações? * O cliente ainda está em negação? * O cliente coopera com o tratamento? EXEMPLO DE PLANO DE CUIDADOS Diagnóstico de enfermagem: negação ineficaz Relacionado: ego fraco insuficientemente desenvolvido. Evidenciado por: afirmações indicando ausência de problemas com o uso de drogas. Critérios dos objetivos Prescrições de Enfermagem Justificativa Cliente demonstrara aceitação da responsabilidade pelo próprio comportamento e reconhecerá associação entre o uso de drogas e os problemas pessoais. Corrigir quaisquer concepções errôneas, como: “eu não tenho nenhum problema de bebida. Posso parar na hora que quiser”. Fazer isso de maneira franca e Essas intervenções ajuda o cliente a ver a condição como uma doença que necessita de auxílio. direta, sem críticas. ABSTINÊNCIA AO ÁLCOOL TRATAMENTO PARA  Terapia individual  Terapia em grupos Ex: Alcoólicos anônimos, grupo de auto-ajuda a dependentes.  Farmacoterapia Ex: Benzoadiazepínicos, Clordiazepóxido, Oxazepan, Diazepan (mais utilizado), Alprozolan, entre outros...  Aconselhamento 1. Avaliação do problema; 2. Reconhecimento e aceitação do problema; 3. Sobriedade sem as drogas ; TRATAMENTO PARA ABSTINÊNCIA AOS OPIÓEDES E DEPRESSORES OPIÓIDES  Farmacoterapia Antagonistas narcóticos: Naloxone, Nalorfina, Levalorfan, Metadona, Propoxifeno, Clonidina;  Repouso  Suporte nutricional adequado DEPRESSORES  Farmacoterapia: Fenobarbital, benzoadizepínicos de ação longa. TRATAMENTO PARA ABSTINÊNCIA AOS ESTIMULANTES, ALUCINÓGENOS E CANABINÓIDES ESTIMULANTES  Farmacoterapia: Clordiazepóxido (tranquilizantes menores), Haloperidol – Haldol (tranquilizantes maiores), Fentolamina e Diazepan, antidepressivos: desipramina;  Precauções referente ao suicídio; ALUCINÓGENOS E CANABINÓIDES  Farmacoterapia em caso de ansiedade ou pânico: Benzoadizepínicos (Diazepan e Clordiazepóxido), Reações psicóticas: Antipsicóticos (Fenotiazinas ou Haloperidol); ENFERMEIRA COM DISTÚRBIOS A dependência das drogas é um problema muito grave quando a pessoa portadora do distúrbio é responsável por outras pessoas. O uso de narcóticos entre enfermeiros tem aumentado gradativamente. COMO IDENTIFICAR OS DISTÚRBIOS Os distúrbios nos enfermeiros são de difícil detecção e podem variar de acordo com a droga que está sendo usada. Como identificá-los:  Permanecer por períodos longos no banheiro;  Observar a ocorrência de acidentes no setor de trabalho;  Queixas de pacientes relacionados a dor, insônia e outros;  Aumento de quebra de frascos de medicamentos;  Desorganização com documentos, entre outros... ATITUDE DA ENFERMAGEM EM CASOS SUSPEITOS  Manter registro cuidadoso e objetivo na presença do supervisor ou outro enfermeiro;  Deve incluir oferta  de auxílio ao tratamento;  Ao comunicar o Conselho Estadual, deverá ser uma documentação factual de eventos e não uma afirmação. ASSISTÊNCIA AOS COLEGAS Por meio de Programas, coordenados por enfermeiros capacitados, visando reduzir riscos para os clientes e aumentar as perspectivas de recuperação dos enfermeiros. ENFERMEIRA COODEPENDENTE O coodependente se envolve com o drogado de modo tão intenso que o próprio sentido de identidade pessoal (o eu), é brutalmente diminuído. Características clássicas de coodependencia:  Tomar conta – atender as necessidades do outro, negligenciado a própria identidade;  Perfeccionismo – busca contínua da perfeição;  Negação – recusa a existência de qualquer problema pessoal doloroso;  Comunicação deficiente – tendência em fazer os que os outros desejam, preocupando-se com a harmonia e o controle. TRATANDO A COODEPENDÊNCIA São realizados por meio de IV estágios: • I. Estágio de sobrevivência – capacidades pessoais limitadas; II. Estágio de reindentificação o verdadeiro eu; III. Estágio dos problemas centrais – controle do que está ao seu alcance; IV. Estágio de reintegração - disposição para mudanças REFERÊNCIAS TOWNSEND, Mary C. ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA: Conceito de cuidados, Rio de Janeiro, ed. Guanabara Koogan S. A, 2008, p. 323