Comunicação e processos de significação

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Comunicação e processos de
significação
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EMENTA
Discussão sobre produção
midiática na ótica
interpretativa; limites e
possibilidades; processos
de produção/compreensão
dos sentidos; reflexão
sobre modelos
interpretativos a partir das
Teorias dos Discursos.
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PROGRAMA
Semiótica: um panorama
histórico
Estudos do discurso
A produção de sentidos e
a midiatização dos
significados
Prática discursiva e
produção dos sentidos na
intervenção social
Comunicação e processos de
significação
BIBLIOGRAFIA
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BARTHES, Roland. O prazer do texto. Lisboa : Edições 70 , 1988
________________. Mitologias. Rio de Janeiro : Bertrand Brasil ,
2001
BRINGHURST, Robert. A forma sólida da linguagem. Um ensaio
sobre escrita e significado. SP. Rosari, 2006.
ECO, Humberto. Os limites da interpretação. SP. Perspectiva, 2000.
FABRI, Paolo. Tácticas de los signos. Barcelona, Gedisa, 1995.
___________. El Giro Semiótico.Barcelona/Roma. Gius,2000
NÖTH Winfried- A semiótica no século XX. SP. AnnaBlume.1996.
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica e Filosofia. SP. USP/CULTRIX,
1975.1ªed.
SEMIOSFERA – revista de comunicação e cultura.
http://www.eco.ufrj.br/semiosfera/
TEXTOS SELECIONADOS
Semiótica
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“uma ciência recente para uma temática antiga.
“ (António Fidalgo)
“Ciência dos signos ou processos de
significação(semiose).” (Winfried Nöth)
“É a ciência que tem por objeto de investigação
todas as linguagens possíveis “ (Lúcia Santaella)
Semiótica
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“(...) a semiótica se interessa pela
comunicação, como todos, mas se
interessa em como se constrói e se
destrói, como se transmite ou como não
se transmite, como se recebe, como se
interpreta, como se confunde, e a eficácia
dos discursos.(....) O mais importante para
a semiótica é como se trata o
sentido.”(Paolo Fabri)
Panorama Semiótico
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ETIMOLOGIA
Do grego semeîon, ‘signo’, e sema, ‘sinal’, ‘signo’.
Semeiotiké (neo-grego) o conceito aparece, pela
primeira vez, no contexto da medicina. Desde a
Antiguidade, o diagnóstico médico é descrito
como a “parte semiótica” da medicina. Galeno
de Pérgamo (139-199) classificou o diagnóstico
médico como um processo de semêiosis – ou o
aprendizado dos sintomas.
Na tradição filosófica (Winfried Nöth)
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O primeiro a aplicar a terminologia da
medicina diagnóstica dentro do campo da
semiótica geral, foi J. Schultetus. Em sua
Semeiologia metaphysike de 1659, o autor
postulou uma teoria geral dos signos para
designar o ensino dos signos, que, na
filosofia da Idade Média, era estudado
como doctrina ou scientia de signis.
Na tradição filosófica (Winfried Nöth)
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Em paralelo, no mesmo século, surgiu o
termo semiótica para designar a teoria
geral dos signos. A partir dessa tradição,
ampliaram-se, nos séculos XVII e XVIII, os
domínios da semiótica para uma ciência
geral do conhecimento da natureza
humana, denominada como semiótica
moralis. Uma síntese dessa tradição da
semiótica pode ser encontrada na obra de
Christian Wolff (1679–1754).
Na tradição filosófica (Winfried Nöth)
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Em 1690, John Locke, em seu Essay concerning human
understanding, definiu a semiótica, sob o nome de
semeiotiké, como um dos três grandes ramos dos
estudos do conhecimento humano ao lado da física e da
ética. Era um sinônimo da lógica; e deveria tratar
principalmente das palavras, por serem os signos mais
relevantes.
Na Metaphysica (1739) de Alexander G. Baumgarten
encontram-se os conceitos de semiotica e semiologia
philosophica. O filósofo e fundador da estética moderna
entende esses conceitos como o campo de estudo dos
sistemas de signos da língua, da escrita, dos hieróglifos,
da heráldica e da numismática, entre outros.
Na tradição filosófica (Winfried Nöth)
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Em 1764, Johann Heinrich Lambert publicou a sua obra
Semiótica ou a doutrina da designação das idéias e das
coisas, como o segundo volume de seu Novo organon.
Bernard Bolzano, em sua Teoria da ciência (§§ 637) de
1837, desenvolve mais uma teoria original do signo, sob
o título Semiótica.
No final desse século, em 1890, o filósofo e
fenomenólogo Edmund Husserl, publicou uma das suas
obras principais sob o título Sobre a lógica dos signos
(semiótica).
Século XX.
Semiótica ou Semiologia?
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Charles Sanders Peirce (1839-1914)
Charles Morris (1901-1979)
Ferdinand de Saussure (1857-1913)
Peirce e Saussure conceberam, simultânea e
independentemente (sincronicidade), um estudo dos
sistemas de signos e da significação. “Escritos
recolhidos”(8 volumes) e o “Curso de Lingüística Geral”
foram editados postumamente.
Morris busca demarcar o lugar da semiótica no conjunto
das ciências.
Século XX.
Semiótica ou Semiologia?
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Com respeito à tradição da semeiotiké de John Locke,
Peirce prefere os termos no singular, semiotic, semeiotic
ou até semeotic. No plural, de vez em quando, Peirce
usa o conceito de semeiotics. Nunca a forma latinizada
de semiotics.
O semioticista americano Charles Morris preferia a
designação teoria dos signos, mas na sua obra encontrase também a forma singular, semiotic.
o conceito de semiologia retorna a partir da obra
fundamental de Ferdinand de Saussure, o Curso de
lingüística geral, de 1916, que definiu a semiologia
como uma nova e futura ciência geral da comunicação
humana, que estudaria a “vida dos signos como parte da
vida social”.
Século XX.
Semiótica ou Semiologia?
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Dupla origem:
A lógico-filosófica: Platão, Aristóteles, Sto
Agostinho, Locke, Leibiniz, Wolff, Lambert,
Hegel, Bolzano, Frege, Wittgenstein,
Husserl, Carnap e Morris.
A lingüística européia moderna: Saussure,
Roman Jakobson, Nikolai Trubetzkoy e
Louis Hjelmslev
Século XX.
Semiótica ou Semiologia?
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Três gerações:
Os da primeira geração partem de Saussure e defendem
uma lingüística da frase e do código – como sistema de
comunicação.(1950-1960)
Os da segunda, partem de Peirce e articulam um estudo
da língua como sistema estruturado que precede as
atualizações discursivas e um estudo do discursos e dos
textos como produtos de uma língua já falada.(1970)
Uma terceira geração surge a partir de 1980 e trabalha
com a vertente da significação e da produção dos
sentidos a partir dos campos sociais.
Primeira geração
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Apóia-se no estruturalismo. É a chamada
semiótica estrutural.
Todo leitor é um decodificador e toda a
mensagem é uma obra.
Decomposição do texto em seus
elementos constitutivos para entender sua
arquitetura
Segunda geração
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Semiótica pós-estruturalista.
Desconstrutivismo: fóco no leitor e no seu contexto
(desconstrução e reconstrução do texto pelo leitor)
Hermenêutica: análise dos fatores que influenciam a
interpretação.
Leitor implícito: o texto como objeto de fruição e lugar
de interação. O leitor é uma instância simbólica.
Terceira geração
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Foco na interação do texto em seu contexto de
recepção.
Surge um novo paradigma: o interacionismo
Multidisciplinaridade
Textos são construções sociais realizadas por
múltiplos atores.
Estruturalistas e semioticistas
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Lévy-Strauss, Michel Foucault, Roland
Barthes, Jacques Lacan, A. J. Greimas,
Jacques Derrida, J. Deleuze, F. Guatarri
Umberto Eco, Eliseo Veron, Paolo Fabbri,
Lúcia Santaella, Winfried Nöth, Paolo
Cobley
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