Universidade Católica de Brasília Internato de Pediatria/6ª Série Acadêmica: Greice Elen de Mello Garcia Orientação: Profª Dra. Carmem Lívia Martins Zika e Microcefalia www.paulomargotto.com.br Brasília, 22 de novembro de 2016 Zika • Etiologia: Zika Virus (ZIKV) • Transmissão: Aedes aegypt • Clínica: Febre baixa, exantema máculopapular, artralgia, mialgia, cefaleia, hiperemia conjuntival, edema, odinofagia, tosse seca e alterações gastrointestinais, principalmente vômitos. 2015 • Aumento de casos de microcefalia. • Correlação: Virus Zika (ZIKV) Infecção congênita • Medida do perimetro cefálico: • Valor de referência para microcefalia: – RN<37s: • PC < -2 DP – RN≥37s: \ • PC < 31,5cm para meninas • PC < 31,9cm para meninos • Equivalente a menor que -2 DP Classificação • Microcefalia: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a -2 desvios-padrão, ou seja, mais de 2 desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo. • Microcefalia grave: recém-nascidos com um perímetro cefálico inferior a -3 desviospadrão, ou seja, mais de 3 desvios-padrão abaixo da média para idade gestacional e sexo. • GESTANTE COM DOENÇA EXANTEMÁTICA NA GESTAÇÃO + RN COM MICROCEFALIA = NOTIFICAÇÃO Padrão de PC para sexo e idade OMS - Z score. Rotina • O pré natal não é alterado • Atendimento ao RN: – Contato pele a pele com a mãe – Clampeamento do cordão – Amamentação na primeira hora de vida. • Medida do perímetro cefálico (PC): – Entre 24 e 48h de vida – Para fins de notificação: Entre 24h e 6dias e 23horas de vida. Importância • Microcefalia pode ser acompanhada de epilepsia, paralisia cerebral, retardo no desenvolvimento cognitivo, motor e fala, além de problemas de visão e audição Exames indicados • Exames de imagem: – Ultrassonografia (USG) transfontanela – Tomografia computadorizada (TC) de crânio • Achados: – inespecíficos de uma encefalite com destruição cerebral e microcefalia por perda tecidual, com imagens de calcificações ou dilatação ventricular, atrofia cerebral. Exames indicados • Exames laboratoriais: – Inespecíficos: HC, TGO, TGP, bilirrubinas, DHL, PCR, Ferritina, Ur e Cr + conforme necessidade do RN – Específicos: Sangue, liquor, sangue de cordão e placenta podem ser utilizados para identificação do ZIKV por PCR ou Sorologias. Tratamento • Não há tratamento específico para a microcefalia. • Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). • Cada criança desenvolve complicações diferentes, entre elas, respiratórias, neurológicas e motoras, o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender das funções que ficarem comprometidas. Acompanhamento durante infância • • • • 1. Histórico da gestação, materno e familiar, 2. Crescimento da cabeça 3. Avaliação de desenvolvimento 4. Exames físicos e neurológicos – Incluindo avaliação da audição e ocular para identificação de problemas. Protocolo de atendimento ao RN Referências Bibliográficas • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia e/ou alterações do sistema nervoso central (SNC) / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto Consultem também! Discussão clínica: Zika vírus perinatal Paulo R. Margotto e Equipe Neonatal do HRAS/HMIB/SES/D F