meningite viral

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MENINGITE
Introdução

A meningite é uma doença que consiste na inflamação das meninges,
membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. Na vasta
maioria dos casos, é causada por infecção bacteriana ou, menos
comumente por vírus. As crianças são mais sujeitas à doença do que os
adultos.

A meningite viral é mais leve e seus sintomas se assemelham aos da gripe
e resfriados. Entretanto, a bacteriana causada principalmente pelos
meningococos, pneumococos ou hemófilos é altamente contagiosa e
geralmente grave, sendo a doença meningocócica a mais séria.

Em todos os casos é essencial a internação hospitalar, pois a doença se
diagnosticada pode levar a óbito em menos de 24 horas.

A meningite bacteriana é muito mais grave do que a meningite viral. Elas
se associam a uma alta letalidade (número de mortes dividido pelo
número de casos da doença). Vários estudos mostram uma mortalidade
em torno de 25% dos casos - e 25% de casos com seqüelas neurológicas
mesmo que tenham recebido tratamento adequado.
Meninge

Meninges são membranas que envolvem o encéfalo
(cérebro, bulbo e cerebelo) e a medula espinhal que
corre por dentro da coluna vertebral. Elas são
constituídas por três camadas: dura-máter, aracnóide
e pia-máter.

Quando uma bactéria ou vírus, por alguma
razão, consegue vencer as defesas e aninharse nas meninges, elas se inflamam, podem
produzir pus e a infecção se espalha por
todo o sistema nervoso central.

Dor de cabeça, vômitos, rigidez da nuca,
prostração, febre alta são sintomas
característicos do quadro de meningite. Por
isso, nunca devem ser desconsiderados,
especialmente em duas faixas etárias
extremas: nos primeiros anos de vida e
quando as pessoas começam a envelhecer.
Meningite Bacteriana

Mais de 80 % de todos os casos de
meningite são provocados por três
espécies de bactérias: Neisseria
meningitidis, Hemophilus influenzae e
Streptococcus pneumoniae.
Neisseria meningitidis

Bactéria gram-negativa em forma de coco.
Possui diversos sorogrupos, de acordo
com o antígeno polissacarídeo da cápsula.
Os mais freqüentes são os sorogrupos A,
B, C, W135 e Y.

Sendo a mais freqüente a meningite do
tipo C.
Haemophilus influenzae

Bactéria gram-negativa que pode ser
classificada, atualmente, em 6 sorotipos (A, B,
C, D, E, F), a partir da diferença antigênica da
cápsula polissacarídica.

É responsável pela maioria das meningites
em lactentes com 1 mês a dois anos de
idade. Era o maior causador da meningite
antes da instalação de programas de
vacinação, que foram muito eficientes em
reduzir esses casos.
Streptococcus pneumoniae

Bactéria gram-positiva com característica morfológica esférica
(cocos), disposta aos pares. É alfa-hemolítico e não-agrupável,
possuindo mais de 90 sorotipos capsulares.

Causa meningite em pacientes de todas as idades, principalmente
em idosos e portadores do HIV.

No entanto, indivíduos com problemas crônicos de saúde ou com
o sistema imune enfraquecido, assim como os muito jovens ou
muito velhos, têm risco aumentado de apresentar meningite
pneumocócica. A meningite causada pelo Streptococcus pneumoniae
não é transmitida de pessoa para pessoa. As pessoas com contato
próximo com alguém que tenha meningite pneumocócica não
precisam tomar antibióticos, preventivamente.
outros tipos de bactérias

Escherichia coli (presente normalmente no cólon e
nas fezes) e a Klebsiella provocam a meningite. As
infecções por estas bactérias são habitualmente
consequência de feridas na cabeça, de uma
cirurgia do cérebro ou da medula espinhal, de
uma infecção do sangue ou de uma infecção
contraída num hospital; acontecem com maior
frequência entre pessoas com um sistema
imunológico deficiente. As que sofrem de
insuficiência renal ou estão a tomar
corticosteróides têm um risco mais elevado de
contrair meningite pela bactéria Listeria.
Estreptococos beta-hemolíticos do
grupo B: causa meningite em recémnascidos (crianças com menos de um mês
de idade)
 Listeria monocytogenes: causadora de
meningite em idosos, portadores do HIV,
transplantados, pacientes com câncer e
imunossuprimidos, podendo também
afetar crianças pequenas.

Transmissão

A transmissão é de pessoa a pessoa,
através das vias respiratórias, por
gotículas e secreções da nasofaringe,
havendo contato com as secreções
respiratórias do paciente.

O período de incubação em geral, de 2 a
10 dias; em média, 3 a 4 dias.
Contágio

a bactéria atinge a circulação sangüínea e
a partir daí o sistema nervoso central;

a chegada dos anticorpos nas meninges é
mais difícil do que em outros locais do
corpo. Nas meninges, as bactérias causam
uma inflamação que leva ao inchaço
(edema) do cérebro.
Sintomas

Os sintomas clássicos da meningite
incluem confusão mental, febre e rigidez
de nuca que ocorrem em um terço de
todos os pacientes com a doença.

Outros sinais de meningismo incluem a
presença do sinal de Kernig ou do sinal de
Brudzinski.
Diagnóstico
A confirmação do diagnóstico é feita pelo
exame do líquor.
 hemograma que apresenta aumento do
número de neutrófilos, um dos tipos de
leucócitos (glóbulos brancos)

Sequelas

20% a 50% das meningites bacterianas
evoluem com seqüelas neurológicas após
a cura.

A seqüela mais comum é a surdez, mas
também são freqüentes o retardo mental,
as dificuldades de aprendizado e as
convulsões (ataques epilépticos).
MENINGITE VIRAL

Os vírus que com maior freqüência
causam meningite são os vírus do gênero
Enteroviridae incluindo os vírus Echo,
Coxsackie, poliovírus e enterovírus de 68
ao 71 que respondem por mais de três
quartos dos casos; outros vírus podem
causar meningite como os arbovírus, HSV
1 e 2, HIV (em fase aguda), caxumba e
vírus da coriomeningite linfocitária.
Transmissão

A transmissão é tipicamente fecal-oral e o
período de incubação é de 3 a 6 dias.
Sintomas e diagnóstico

A meningite viral é uma doença que cursa
com febre, mal estar, dores pelo corpo,
cansaço e fraqueza. São muito freqüentes
náuseas e vômitos. A maior parte das
pessoas com meningite desenvolve os
sinais meníngeos.

O exame mais importante é a coleta do
líquor.
Tratamento

Medicamentos para a dor, para melhora
dos vômitos e hidratação, mas não existe
um tratamento específico. Nas meningites
por HSV-2 ou Herpes Zoster vírus podese usar o aciclovir, um medicamento
antiviral.
MENINGITE TURBECULOSA

A meningite tuberculosa é uma das
apresentações da tuberculose no sistema
nervoso central. Apresenta evolução
clínica subaguda, com um pródromo de 23 semanas de mal-estar, febre baixa e
dores musculares, e que é seguido por
uma fase rápida de disseminação
meníngea. O diagnóstico também é feito
pelo líquor.
VACINAÇÃO E PROFELAXIA

O controle epidemiológico das infecções
meningocócicas e tipo B se dá com a
vacinação.

A prevenção da meningite é feita pela vacina
conjugada que faz parte do calendário
vacinal (no Brasil, a partir dos 2 meses de
idade).

Há vacinas para meningite para os
meningococos tipo A e tipo C, mas elas só
devem ser utilizadas em epidemias.
Familiares não vacinados de pacientes
com meningite meningocócica devem
receber quimioprofilaxia. Também se
indica profilaxia em:
 Crianças que freqüentem as mesmas
creches e escolas
 Profissionais de saúde e
 Outras pessoas que entrem em contato
com secreções do paciente.

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