DROGAS VOLÁTEIS

Propaganda
DROGAS VOLÁTEIS
WILSON KIOSHI MATSUMOTO
PSIQUIATRA DO CENTRO DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E DROGAS
INTRODUÇÃO
• Cerca de 6% dos brasileiros já inalaram algum produto
solvente ou inalante (cola, benzina, éter, gasolina, acetona).
Esse dado varia conforme o sexo e a idade: entre homens,
8,1% já usaram e entre mulheres, 3,6%. Os solventes ou
inalantes são, muito comumente, a primeira droga usada
por adolescentes, depois de álcool e tabaco.
• Principais substâncias químicas encontradas nos “inalantes”
mais comuns:
1. Solventes voláteis (tolueno, hexano, acetato de etila,
benzeno, tricloroetileno, diclorometano): Colas, vernizes,
esmaltes, tintas, removedores, líquidos corretivos, gasolina,
tinta spray, fixador de cabelos, desodorante
2. Gases (butano, propano, freon): Gás de isqueiro, cozinha,
geladeira
3. Éter, clorofórmio, óxido nitroso: anestésicos
4. Éter, clorofórmio, acetato de etila (*): lança-perfume,
“cheirinho da loló”
TIPOS
• São de três tipos: anestésicos, solventes e
aerossóis.
• Década de 60 - Cheirinho-da-Loló – clorofórmio e
éter – anestésicos por inalação - intenso agente
irritativo da pele. Ao cheirar seus vapores, ocorre
um estado de agitação geral não muito
pronunciado, seguido da perda da sensibilidade e
do conhecimento, podendo ocorrer profunda
narcose, a qual é perigosa sobretudo para os
cardíacos, enfermos vasculares e hepáticos. Se a
inalação é prolongada, pode ocorrer a paralisia
respiratória.
TIPOS
• Cola de sapateiro: associado com o éter e acetona
fazem a pessoa perder a memória e a capacidade
de aprender coisas. Leva também à paralisia dos
braços e das pernas, porque atingem os nervos.
Após a inalação, a droga causa euforia, um estado
de embriaguês, acabando com a fome. Provoca
depressão, parada cardíaca e crise hepática (o
fígado e o rins ficam comprometidos). Destrói
neurônios. Doses excessivas e contínuas, exigidas
por dependência psíquica, podem chegar a
provocar a morte por parada cardíaca ou
respiratória. O usuário tem jeito de quem acabou
de se curar de um porre. O nariz, então, fica
congestionado e o olho com as pálpebras caídas.
TIPOS
• Lança-perfume: é um solvente inalante (Solvente
significa substância capaz de dissolver coisas e
inalante é toda substância que pode ser inalada,
isto é, introduzida no organismo através da
aspiração pelo nariz ou boca). Na Argentina,
Paraguai, Uruguai não é proibido o consumo –
contrabando no Brasil (crime).
• Após uma cheirada: sensação de euforia e
excitação, uma incontrolável dificuldade de se
entender o que estão falando ao seu redor,
seguido de um barulhinho constante, semelhante
a um apito, ou assobio ("piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii").
EFEITOS NO CÉREBRO
• Primeira fase: a chamada fase de excitação, que é
a desejada, pois a pessoa fica eufórica,
aparentemente excitada, sentindo tonturas e
tendo perturbações auditivas e visuais. Mas
podem também aparecer náuseas, espirros, tosse,
muita salivação e as faces podem ficar
avermelhadas.
• Segunda fase: a depressão do cérebro começa a
predominar,
ficando
a
pessoa
confusa,
desorientada, com a voz meio pastosa, visão
embaçada, perda do autocontrole, dor de cabeça,
palidez - ela começa a ver ou a ouvir coisas.
EFEITOS NO CÉREBRO
• Terceira fase: a depressão aprofunda-se com redução
acentuada do estado de alerta, incoordenação ocular (a
pessoa não consegue mais fixar os olhos nos objetos),
incoordenação motora com marcha vacilante, fala
“engrolada”, reflexos deprimidos,
podendo
ocorrer
processos alucinatórios evidentes.
• Quarta fase: depressão tardia, que pode chegar à
inconsciência, queda da pressão, sonhos estranhos,
podendo ainda a pessoa apresentar convulsões (“ataques”).
Essa fase ocorre com freqüência entre aqueles cheiradores
que usam saco plástico e, após um certo tempo, já não
conseguem afastá-lo do nariz e, assim, a intoxicação tornase muito perigosa, podendo mesmo levar ao coma e à
morte. Finalmente, sabe-se que a aspiração repetida,
crônica, dos solventes pode levar à destruição de neurônios
(células cerebrais), causando lesões irreversíveis no
cérebro. Além disso, pessoas que usam solventes
cronicamente apresentam-se apáticas, têm dificuldade de
concentração e déficit de memória.
DIAGNÓSTICO
• ENTREVISTA COM PACIENTE
• ENTREVISTA COM FAMILIARES
• EXAME FÍSICO
TRATAMENTO
• NÃO EXISTE UM TRATAMENTO IDEAL
• ANALISAR OS CASOS INDIVIDUALMENTE
• TRATAR OS PACIENTE DE ACORDO COM O GRAU
DE
DEPENDÊNCIA
E
DO
DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA
• CONSULTAS
PERIÓDICAS
MULTIDISCIPLINAR
• GRUPOS DE AUTO-AJUDA
PONTO
COM
DE
EQUIPE
Download