VISÃO principal elemento de captação de informações/estímulos, principalmente aqueles que levam à ação motora. Ex: móbile pendurado no berço, bola rolando no chão... Estudos indicam que 80-90% das percepções do homem para formar seus conhecimentos ocorre através da visão. OBS: portador de deficiência visual? se não vê seu reflexo no espelho como percebe seu corpo? não leva sua mão naturalmente ao móbile ou a bola, então como estimulá-lo? Importante o trabalho realizado pelos profissionais que atuam na área de atividades motoras oferecendo oportunidades de experimentação (adquirir/formar conceitos). Importantíssimo ESTIMULAÇÃO na 1ª. infância!! CONCEITO DV Pessoa normal que não enxerga ou possui visão reduzida e com as possibilidades de experimentação diminuídas, um relacionamento familiar e/ou social inadequados e intervenções educacionais não apropriadas, poderá apresentar defasagens em seu desenvolvimento social, afetivo, cognitivo e psicomotor. (MENESCAL). CONCEITO DV Perda parcial ou total da capacidade visual, em ambos os olhos, levando o indivíduo a uma limitação em seu desempenho. (GORGATTI e COSTA, 2008). DELIMITAÇÃO Duas escalas: Acuidade visual: aquilo determinada distância. que se enxerga a Campo visual: a amplitude da área alcançada pela visão, sendo o campo visual normal de 180º. CAUSAS Pré-natais: rubéola, toxoplamose, medicamentos, hereditariedade. hemorragias, Peri-natais: anóxia, traumatismo, prematuridade (imaturidade retina). Pós-natais: meningite, encefalite, traumatismo craniano e ocular, tumores, diabetes. NÍVEL MUNDIAL (OMS) Tracoma: transmitida por moscas-falta higiene, pobreza superpovoação. Xeroftalmia: visão. falta vitamina A-ocasionando Oncocerose: parasita África. Catarata: opacificação cristalino. Glaucoma: tensão intraocular. Traumatismo ocular. defeito DENOMINAÇÕES Cego aquele que necessita de instrução Braille. em Portador de visão reduzida aquele que lê impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos. DEFASAGENS DV = considerado como uma pessoa normal, existem algumas defasagens comprovadas cientificamente e são mais acentuadas na área motora pela limitação de experiências. Defasagens psicomotoras Defasagens afetivo/sociais Imagem corporal Autoconfiança Esquema corporal Autoestima Equilíbrio dinâmico Apatia Postura Ansiedade Marcha Dependência Expressão corporal e facial Medo de situações/ambientes desconhecidos Lateralidade Isolamento/desinteresse pela interação social Coordenação motora Dificuldade de estabelecer relações do seu “eu” com pessoas/ambientes EDUCADOR FÍSICO estimular o equilíbrio; desenvolver a marcha; estimular a capacidade de correr; corrigir postura; desenvolver iniciativa; a autoconfiança, autoestima estímulo a autonomia e independência; e auto estimular o espírito de coletividade; utilizar o corpo e o movimento em descobertas, superando situações-problemas; possibilitar acesso a pratica do esporte como lazer, reabilitação e competição; utilizar todo o potencial sensorial e psicomotor. ESTRATÉGIAS/CUIDADOS 1. reconhecimento das áreas/materiais dando o tempo necessário para o completo reconhecimento de acordo com o ritmo. 2. uso de pistas ambientais: vento entrando por uma porta ou janela, fonte sonora em um ponto constante, textura de solos e paredes (formação mapa mental do ambiente). 3. é absolutamente necessário que o profissional saiba o nome do DV pela questão afetiva oferece segurança (ei! você! vem aqui!). 4. verbalização é a principal arma do profissional. 5. existindo limitação à demonstração, além da voz de comando utilizar de ajuda física tocando no aluno e deixando que ele o toque. 6. evitar ambientes profundamente ricos em estímulos sonoros. 7. não saia de uma conversa sem avisar de sua saída e sem comunicar sua chegada. 8. o profissional deve buscar informações relativas à anamnese para ter parâmetros para sua intervenção. 9. conduza o DV oferecendo-lhe o braço, ele segurará acima do cotovelo e caminhará meio passo atrás de você. 10. não demonstre excesso de proteção. 11. até aproximadamente os 8 anos não tem a possibilidade de abstrair (aprendizagem deve ser o mais concreta possível). 1ª. Paraolímpiada foi realizada em Roma (1960). As modalidades tiveram enorme audiência em todo mundo e vem mudando drasticamente nas últimas décadas pesquisas, tecnologia, programas esportivos por isso o esporte passou a ser opção de vida viável para deficientes!! CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA: BLIND/CEGO: B1: cego total: nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção luminosa, com incapacidade de distinguir formas em qualquer distância ou direção. B2: percepção de vultos: capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus. B3: definição de imagens: acuidade visual de 2/60 até 6/60 ou campo visual superior e igual a 5 e menor de 20 graus. OBS: as classificações levam em consideração o melhor olho. ATLETISMO 1º , 2º e 3º ocorrem em provas separadas. Faz parte do programa paraolímpico desde a 1ª. edição, somente (1984) Brasil conquistou suas primeiras medalhas. Provas de pista: dependendo do grau de deficiência visual ele pode ser acompanhado por um atleta guia que corre ao seu lado ligado por uma cordinha. Guia direciona mas desclassificações. não puxa Competições seguem as regras Internacional de Atletismo. sob da pena de Federação NATAÇÃO Criança vidente utiliza modelos para sua movimentação corporal. O DV forma a imagem/esquema corporal com outras estratégias (atividades realizadas na água oferecem a sensação tátil de todo o corpo, percebendo o movimento realizado). OBS: início bóias de braço até que se forme o conceito do espaço em que está. Pistas sonoras para orientação espacial (barulho de mangueira jogando água poderá indicar onde fica a escada ou as bordas). Natação está presente nas paraolimpíadas desde a 1ª. Brasil começou a brilhar (1984) conquistando 5 medalhas de ouro. Utiliza-se todas as provas do programa normal, adaptação: podem ser tocados levemente nas costas por seus treinadores, um pouco antes das viradas e das chegadas, por um bastão com ponta de espuma) – tapper. JUDÔ 1ª. modalidade de origem asiática a entrar no programa paralímpico. Estreia (1988) Seul = só homens, foi assim em Barcelona, Atlanta e Sydney. Atenas (2004) marcou a entrada das mulheres. Classificação Atletas B1, B2 e B3 = competem juntos, separados somente por suas categorias de peso. Homens e mulheres têm o mesmo parâmetro de classificação. Adaptação feita para esta modalidade = diferença da textura do tatame indicando os limites da área de competição. Déc. 70 marcou o princípio do judô no Brasil. (1987) os judocas brasileiros participaram pela 1ª. vez de competição internacional (Paris). Seul (1988): Jaime de Oliveira (categoria até 60kg), Júlio Silva (até 65kg) e Leonel Cunha (acima de 95kg) conquistaram a medalha de bronze = passou a ser a 4ª. modalidade brasileira a subir no pódio paralímpico. Atlanta (1996): Brasil conquistou pela 1ª. vez a medalha de ouro com judoca Antônio Tenório da Silva (até 86kg). Sydney, Tenório foi novamente campeão paralímpico, desta vez (até 90kg). As mulheres: Karla Cardoso (até 48kg), conquistou no Mundial da IBSA, em 2003, a vaga de Atenas. Danielle Bernardes (até 57kg) ganhou o bronze carimbando seu passaporte para a Grécia. Atenas, brasileiros brilharam mais uma vez, com a medalha de ouro de Antônio Tenório (até 100Kg), a prata de Eduardo Amaral (até 73 Kg), a prata de Karla Cardoso (até 48Kg) e o bronze de Daniele Silva (até 57Kg). GOAL-BALL Criado (1946). (1980) integrou programa paraolímpico. (1984) entraram as mulheres. Brasil foi implementado (1985). Os da 1º, 2º e 3º competem juntos. Todos usam venda embora tenha sido formulado para DV. Cada equipe conta com 3 jogadores titulares em triângulo, com o central numa posição mais avançada que os laterais e deixa 3 reservas. Os atletas são ao mesmo tempo arremessadores e defensores, sendo o arremesso rasteiro com objetivo balançar a rede adversária. A quadra tem as mesmas dimensões da de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas duram 20’ com dois tempos de 10’. Disputado geralmente em recintos fechados com piso de madeira polida/sintético, para facilitar a orientação das linhas tácteis. Bola possui guizo interior (76cm de diâmetro e 1,25Kg) para que os jogadores saibam sua direção. Não pode haver barulho durante a partida, exceto entre o gol e reinício. FUTEBOL DE CINCO Início utilizavam garrafas plásticas com pedras dentro, até perceberem que uma bola envolta em um saco plástico fazia barulho em seu deslocamento permitindo maior mobilidade dos jogadores = bola utilizada hoje = produzida no Brasil = concebida déc. 80. Modalidade exclusiva para DV, com partidas em quadra de futsal adaptada ou campos de grama sintética. Estreou Paraolimpíadas (2004). Modificação espacial necessária: junto as linhas laterais existem bandas que impedem que a bola saia (conjunto de compensado de madeira de um metro e meio de altura). Time é formado por 5 jogadores (1 goleiro vidente e 4 na linha de fundo). Partidas são silenciosas em locais sem eco, pois a bola contem guizo para ser localizada. Torcida pode manifestar-se na hora do gol. Jogadores usam vendas e se tocá-la é falta. Cinco infrações atleta é expulso e pode ser substituído por outro. Há um guia, chamador, fica atrás do gol orientando e dizendo onde devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. O jogo tem dois tempos de 25’ e intervalo de 10’. (1997) a IBSA (International Blind Sports Association) passou a organizar campeonatos mundiais: 3 títulos mundiais Brasil é o maior campeão da história. Atenas (2004) seleção masculina brasileira estreou, conquistando medalha de ouro sobre a Argentina. CICLISMO Começou déc. 80 somente com DV. Seul (1988) ciclismo de estrada entrou no programa oficial de disputas. Quase 10 anos depois o Brasil estreou nas paraolimpíadas (1992) Barcelona. Pode-se praticar individualmente ou em grupo. Regras seguem as da União Internacional de Ciclismo. Ciclista DV compete em bicicleta dupla, com um guia no banco da frente dando a direção. Vivência da cegueira simulada: A escuridão (beber água, ir ao banheiro, escadas, portas/janelas, comer....) Confio no meu par (construir obstáculos)