ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Dia Europeu dos Antibióticos 2016 Inserir dados da instituição Apresentação-base elaborada pela Direção Nacional do PPCIRA para o Dia Europeu dos Antibióticos 2016 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Sumário • Uma visão global • Consumos de antibióticos • Principais resistências • Melhorar a prescrição • Comentários finais 2 Uma visão global 3 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Uma visão global • O Dia Europeu dos Antibióticos é uma iniciativa do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças (European Centre for Disease Prevention and Control, ECDC), a agência da União Europeia para a área da Saúde • O Dia Europeu dos Antibióticos celebra-se desde 2008, no dia 18 de novembro • O lema de 2016 é “ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA!” • A Semana Mundial dos Antibióticos é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo realizada pela segunda vez 4 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Uma visão global • As infeções causadas por bactérias resistentes provocam 700.000 mortes anuais no mundo inteiro. • Novas estirpes resistentes, em particular bactérias Gram negativas, têm-se tornado emergentes. • Estas infeções causam um acréscimo de 10.000 a 40.000€ por doente. • Entre 30 a 50% dos antibióticos são incorrectamente prescritos. • A descoberta de novos antibióticos não é tão rápida quanto o desejável. • Os Cidadãos têm uma baixa literacia sobre uso de antibióticos. • Se nada for feito, estima-se que em 2050 morram 10 milhões de pessoas em todo o mundo por infeções causadas por bactérias resistentes. 5 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Uma visão global Link para vídeo DEA 2016 6 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Uma visão global • Todos os antibióticos têm o potencial para originar bactérias resistentes • A emergência de resistências começa na comunidade • Quanto mais um antibiótico for utilizado, maior a possibilidade de existir resistência à sua ação • O MRSA está associado à utilização de betalactâmicos e quinolonas • Os Gram negativos produtores de betalactamases de espetro alargado (ESBL) estão associadas à utilização betalactâmicos, cefalosporinas de 3ª geração e quinolonas • As Enterobacteriáceas resistentes aos carbapenemos (ERC) estão associadas à utilização de carbapenemos, mas também de outras classes nomeadamente quinolonas 7 Consumo de antibióticos 8 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Consumo de antibióticos • Os betalactâmicos são a classe de antibióticos mais prescrita no ambulatório em Portugal, com evolução favorável. • Contudo, somos dos países da Europa com maior consumo de quinolonas, havendo oportunidade de melhoria na prescrição. 9 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Consumo de antibióticos • Introduza slides com dados da evolução de consumo de antibióticos da sua instituição 10 Principais resistências 11 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Principais resistências • Apesar de evolução favorável, Portugal continua a ser um dos campeões europeus no MRSA, VRE, Acinetobacter baumanii resistente aos carbapenemos e E. coli resistente às quinolonas. 12 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Principais resistências • Nos últimos anos temos assistido à emergência de bactérias Gram negativas produtoras de ESBL (nomeadamente a E. coli e a Klebsiella pneumoniae) 13 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Principais resistências • Nos últimos anos temos assistido à emergência de bactérias Gram negativas produtoras de ESBL (nomeadamente a E. coli e a Klebsiella pneumoniae) 14 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Principais resistências • Mais recentemente, as enterobacteriáceas resistentes aos carbapenemos (ERC), em particular a Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemases, têm incidência crescente 15 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Principais resistências • Introduza slides com dados da evolução das resistências ou das IACS da sua instituição 16 Melhorar a prescrição 17 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Melhorar a prescrição Os antibióticos podem ser inadequadamente prescritos: • Quando são prescritos desnecessariamente; • Quando antibióticos de largo espetro são utilizados de forma excessiva e os de espetro estreito são usados incorretamente; • Quando a dose é maior ou menor do que o adequado para a infeção; • Quando a duração do tratamento é maior ou menor do que o adequado para a infeção; • Quando a utilização do antibiótico não é ajustada ao resultado microbiológico; • Quando se demora demasiado tempo a iniciar antibioterapia nas situações de maior gravidade, nomeadamente sepsis ou choque séptico. 18 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Melhorar a prescrição • Adopte uma checklist! – Antes de iniciar antibioterapia em ambulatório (assinale com ): Considera existir uma elevada probabilidade de infeção bacteriana e não uma colonização bacteriana ou infeção viral? Verificou se o doente tomou antibióticos ou imunosupressores, esteve hospitalizado ou institucionalizado nos últimos 3 meses? Verificou se existem resultados microbiológicos recentes, que possam orientar a antibioterapia? O antibiótico escolhido, bem como a posologia e a duração da terapêutica estão de acordo com recomendações locais, nacionais ou internacionais? Verificou se existem alergias e/ou comorbilidades, tais como insuficiência renal ou hepática? Para antibioterapia com quinolonas, na ausência de alternativas, discutiu a antibioterapia com o seu GCLPPCIRA sempre que necessário e possível? 19 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Melhorar a prescrição • Adopte um PAPA (Programa de Apoio à Prescrição de Antimicrobianos)! 20 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Melhorar a prescrição • Introduza slides com dados do PAPA na sua instituição, nomeadamente printscreen de Normas, Orientações Técnicas ou Políticas, assim como estrutura e resultado de intervenção 21 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Melhorar a prescrição • Ideias-chave de prescrição ambulatória – Não prescreva antibióticos para infeções respiratórias em doentes sem factores de risco e sem critérios de gravidade que se apresentem nas primeiras 48 horas de evolução. Pode utilizar um biomarcador (Proteína C Reactiva, PCR, ou outro) para guiar a decisão de início de antibioterapia. Pode efetuar uma prescrição diferida: emita uma receita mas diga ao doente para apenas levantar a medicação se mantiver febre ou agravar as queixas ao fim de 3 dias de sintomas – Não peça uroculturas de rotina sem que exista suspeição de infeção urinária, em particular a residentes de cuidados continuados ou residenciais. Muitos estão colonizados com bactérias, não necessitando de antibioterapia – Complemente sempre o pedido de urocultura com um exame sumário de urina (urina II), valorizando essencialmente a esterase leucocitária (sugestiva de infeção). – Não prescreva antibióticos para bacteriúrias assintomáticas, exceto em situações bem definidas. 22 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Melhorar a prescrição • Ideias-chave de prescrição ambulatória – Não prolongue as durações de terapêutica para além do indicado, o que apenas se traduz por maiores efeitos secundários e maiores resistências – Evite prescrever quinolonas – Informe o seu doente da razão porque lhe está a prescrever um antibiótico e dos eventuais efeitos secundários, nomeadamente diarreia. – Explique a duração do tratamento e o horário das tomas. Se por acaso o doente esquecer uma toma, recomende-lhe que recomece logo que possível e faça um acerto depois. – Diga aos doentes para não guardarem em casa sobras de de antibióticos nem as deitarem para o lixo, devolvendo-os numa farmácia. – Desaconselhe a automedicação. 23 Comentários finais 24 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Comentários finais • A resistência aos antibióticos constitui um problema de qualidade e segurança, a todos os níveis da prestação de cuidados de saúde • A emergência de Gram negativos produtores de ESBL ou dotados de resistência aos carbapenemos constitui uma ameaça emergente, para a qual contribuem especialmente as quinolonas e os carbapenemos • Os médicos, como prescritores, têm o desafio de prescrever melhor, com base em elementos clínico-epidemiológicos e microbiológicos, o que implica uma mudança de paradigma de prescrição • Se nada for feito, 10 milhões de pessoas morrerão no ano 2050 por infeções causadas por bactérias resistentes 25 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Comentários finais Link para vídeo DEA 2015 26 ANTIBIÓTICOS: O FUTURO É AGORA! Referências bibliográficas e links principais • Referências – PORTUGAL-Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em Números. DGS, 2016 – EARS-Net surveillance data. ECDC, 2015 – ESAC-Net surveillance data. ECDC, 2015 • Links – Dia Europeu dos Antibióticos, DGS: http://www.dgs.pt/programa-de-prevencao-e-controlo-de-infecoes-e-de-resistencia-aosantimicrobianos.aspx – Dia Europeu dos Antibióticos, ECDC: http://ecdc.europa.eu/PT/eaad/Pages/Home.aspx – Semana Mundial dos Antibióticos, OMS: http://www.who.int/campaigns/world-antibiotic-awareness-week/en/ 27