NEOCOLONIALISMO NA ÁSIA – ANEXAÇÃO DA CHINA Com o fim das Guerras Napoleônicas, todo o comércio marítimo se voltou para o Oriente, porém havia um problema: a China ainda mantinha algumas restrições em relação ao comércio com países estrangeiros. A China e a Índia despertavam grande interesse por parte dos Britânicos pois ambos tinham uma grande população, o que significaria um grande mercado consumidor A China era uma grande produtora de seda, de porcelana e do chá, que era o produto que despertava maior interesse nos Britânicos. Os Chineses não tinham interesse algum nos produtos europeus, o que acarretava lucros muito pequenos aos Ingleses. Apenas um produto despertava grande interesse dos chineses: o Ópio. A droga representava metade das exportações inglesas para a China. O Ópio é uma substancia entorpecente extraída da papoula, e causa dependência química em seus usuários. Era transportada ilegalmente pela Inglaterra da Índia para a China, e lá muitas vezes os Ingleses forçavam os Chineses a consumi-lo, o que provocava dependência e assim obtinham grande lucros e aumentava o volume do comércio. O ÓPIO A GUERRA DO ÓPIO Em 1839, o governo imperial chinês tentou deter sua importação ilegal e mandou queimar, na cidade de Cantão, 20 mil caixas apreendidas de traficantes ingleses. O Reino Unido enviou uma frota de guerra (16 navios), em 1840, ocupando Xangai. Rendidos pelo poderio naval britânico. Grande parte dos navios Chineses foi afundado, além do estado de sitio de Guangzhou e o bombardeamento da cidade de Nanquim. 1842, os chineses aceitam o Tratado de Nanquim TRATADO DE NANQUIM O primeiro dos “Tratados desiguais”. Determinava que: A abertura de 5 cidades chinesas (Cantão, Fuzhou, Xiamen, Ningbo e Xangai) para a moradia de súditos inglesas além de consulados. A possessão de Hong Kong por tempo indeterminado pela rainha Vitória e seus sucessores. Indenização pelos custos da guerra em um valor de 21 milhões de dólares. SEGUNDA GUERRA DO ÓPIO Em 1856, o Reino Unido, auxiliado pela França, aproveitou o incidente com um barco (Oficiais Chineses abordaram e revistaram um navio chamado Arrow, que tinha bandeira britânica), em Cantão, para nova investida, iniciando a II Guerra do Ópio. Em 1860, britânicos e franceses ocuparam Pequim. Derrotada, a China foi obrigada a fazer novas concessões. “TRATADO DE TIANJIN Dessa vez, onze portos Chineses seriam abertos ao comercio Ocidental. O governante Chinês tentou resistir, mas com isso a capital Pequim foi ocupada, o obrigando a aceitar a abertura das portas chinesas para os estrangeiros, diplomatas estrangeiros seriam aceitos na China, permissão de missionários cristãos e a legalização do ópio. Guerra dos Boxers. Conflito ocorrido na China entre os anos de 1899 e 1900, onde um grupo nacionalista lutava contra a presença dos estrangeiros em seu território. O movimento tinha suas raízes na pobreza rural e no desemprego, que era um problema atribuído aos estrangeiros. Os boxers então começaram a atacar as missões e estabelecimentos estrangeiros, missionários cristãos, até mesmo aqueles que possuíam bens. Os boxers tomaram conta da cidade de Pequim. No ponto mais alto da revolta, mais de 230 estrangeiros e milhares de chineses cristãos haviam morrido. A resposta dos outros países foi dura e arrasadora. Foi organizado um exército internacional, uma tropa composta de 20 mil soldados russos, americanos, ingleses, franceses, japoneses e alemães. Ela foi enviada para ocupar a sede do império, e em 14 de agosto de 1900, ocuparam a capital. Derrotado, o governo chinês se viu obrigado a pagar uma pesada indenização em ouro e liberar novos portos às embarcações estrangeiras. Além disso, os imperialistas impuseram a sua autoridade na capital do país e proibiram os chineses de importarem armamentos. Nas décadas seguintes, apesar do fracasso, outros levantes determinaram o fim da dominação estrangeira na China. O fim da Guerra dos Boxers teve como consequência para a China, a penetração estrangeira em seu território, que até então não havia, e a diminuição considerável do poder e autoridade da monarquia, representada pela dinastia Qing.