Principais Patologias que afetam o Sistema Respiratório Prof.ª Emanuelle Ferreira de Souza Pneumonia Conceito: • Pneumonia é a reação inflamatória dos pulmões, causada por uma variedade de agentes patogênicos, que atinge os dos pulmões, mas especificamente dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Conceito: Na pneumonia os alvéolos se enchem de pus, muco e outros líquidos, o que impede o seu funcionamento adequado. O oxigênio pode não alcançar o sangue, e se existe oxigênio insuficiente no sangue, as células do corpo não funcionam adequadamente. Por esse motivo, e pelo risco da infecção se espalhar pelo corpo, a pneumonia pode ser fatal. Epidemiologia No Brasil, as pneumonias foram a causa básica de 17.220 mortes na faixa etária de 65 anos ou mais, durante o ano de 1996. De acordo com o Serviço de Vigilância Epidemiológica da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), a taxa de hospitalização por gripe e pneumonia em idosos foi de 12,5 por 1.000 habitantes. Epidemiologia Os dados de hospitalização do Sistema Único de Saúde (SUS) demonstram que a pneumonia é a terceira causa de internações entre indivíduos com 65 anos de idade ou mais, representando 6,8% do total de internações hospitalares no SUS, com um custo médio unitário de R$ 194,09. Em 1997, 17,8% das Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs) foram decorrentes de doenças respiratórias agudas e pneumonia em idosos, representando um custo de R$99,7 milhões. Pode causar morte. Quadro Clínico: • A apresentação clínica das pneumonias é bastante variável e depende da intensidade da infecção, agente etiológico do mesmo. • A distinção entre pneumonia viral e bacteriana nem sempre é evidente.Início súbito associado à toxemia sugere pneumonia bacteriana enquanto que o início gradual numa criança em bom estado geral fala a favor da pneumonia viral. • • • • • • • • • Sinais e Sintomas Febre e suor intenso Calafrios e tremores Falta de apetite Dor no peito que piora com a respiração, em crianças maiores Tosse com catarro esverdeado, marrom, ou com raias de sangue. Respiração ofegante, gemência e prostração Aceleração do pulso Alterações da Pressão Arterial; Mal-estar generalizado; Sinais e Sintomas • Falta de Ar; • Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada ou cor de tijolo, as vezes com rajas de sangue; Em casos graves, os lábios e unhas podem ficar roxos por falta de oxigênio no sangue e pode haver confusão mental. Em crianças muito pequenas ou já com outras doenças de base, a pneumonia pode ocorre sem a presença dos sinais clássicos, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico. Fatores de Risco: • Idade Avançada/Idosos • Fumo: Provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos; • Álcool: Interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório; • Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias; • Constipações mal curadas; • Mudanças bruscas de temperatura; Fatores de Risco: • Alergias Respiratórias e Pneumoconioses; • Internações de longa data; • Insuficiência Cardíaca; • Colonização da Orofaringe; • Aspiração (micro e macro); • Cirrose Hepática; • Deficiência Nutricional; • Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Etiologia: • A pneumonia bacteriana é a mais freqüente, ocorrendo em aproximadamente 50% dos casos. A causa mais comum de pneumonia bacteriana em adultos é uma bactéria chamada Pneumococo. As bactérias estão presentes na cavidade oral de algumas pessoas normais. Quando as defesas do organismo enfraquecem, elas podem ser aspiradas para os pulmões e causar a pneumonia. Etiologia: • As pneumonias virais podem ser causadas por muitos tipos diferentes de vírus, incluindo o vírus da gripe. Ocorrem mais comumente no outono e no inverno. As pneumonias virais podem ser complicadas por pneumonias bacterianas. As crianças com doença cardíacas ou pulmonares crônicas podem ter pneumonias graves pelo vírus da gripe. Etiologia: • Outros microorganismos causadores da pneumonia são o Mycoplasma (segunda causa mais freqüente de pneumonia), Chlamydia (relativamente freqüente), e Legionella (incomum, mas causa muitos casos de pneumonia grave). Esses agentes, assim como os vírus, podem ser contagiosos, acometendo várias pessoas que convivem em um mesmo ambiente. Etiologia: • Pessoas com uma diminuição do sistema de defesa do organismo, como os portadores de HIV e pacientes com câncer em tratamento com quimioterapia, podem ter pneumonia por agentes infecciosos incomuns. O Pneumocystis carinii é um fungo que comumente causa pneumonia em pessoas com AIDS. Complicações: • A complicação mais comum da pneumonia é o derrame pleural. Os pulmões são revestidos por duas membranas, as pleuras. O derrame pleural é o acúmulo de líquido entre essas membranas. Algumas vezes esse líquido pode se transformar em pus, que deverá ser drenado para o controle da infecção. Complicações: • A bacteremia é uma complicação bastante grave da pneumonia, ocorre quando as bactérias alcançam o sangue, podendo se espalhar por todo o corpo, apresentando risco de vida. Bebês apresentam com frequencia esta quadro, quando a pneumonia não é tratada a tempo. Diagnóstico: • Hemocultura: devem ser colhidas pelos menos 3 vezes, com variável taxa de identificação segundo o agente etiológico. • Cultura e bacterioscopia do derrame pleural: fornece boa taxa de recuperação, sendo medida importante em todos os casos em que se apresente; • Rx do tórax é muito útil na confirmação do diagnóstico e muitas vezes pode orientar quanto ao agente etiológico. Diagnóstico: É importante ressaltar que a radiografia pode ser normal no início do quadro. Por isso, quando a clínica for sugestiva de pneumonia, o tratamento não deve ser retardado até aparecerem alterações na radiografia dos pulmões. O Rx do tórax é imprescindível nas suspeitas de pneumonia complicada (derrame pleural, pneumotórax), em cç no período perinatal ou imunodeprimida. Tratamento: • Uso de antibióticos, entretanto, não existe tratamento efetivo para as pneumonias virais. Após o uso de um antibiótico adequado, espera-se que ocorra melhora dos sintomas após 48 a 72 horas. • A criança deve fazer um controle ambulatorial, no segundo dia de antibióticos, para que seja avaliada sua melhora. Tratamento: • Rx são feitos no momento do diagnostico, mas se a evolução for boa, não é necessário um Rx de controle, evitando-se assim a irradiação da criança, baseando-se o médico na evolução clinica, melhora da febre, melhora do apetite e diminuição da prostração. • A maioria das pneumonias em pacientes previamente saudáveis pode ser tratada em casa. Tratamento: • Nos casos mais graves, entretanto, é necessária a hospitalização para receber antibiótico venoso e oxigênio. • È muito importante que o paciente beba muito líquido, que evita a desidratação e ajuda na expectoração. Recomendações / Prevenção • Não fume e não beba exageradamente; • Observe as instruções do fabricante para a manutenção do ar-condicionado em condições adequadas, limpando-o regularmente; • Não se exponha a mudanças bruscas de temperatura; • Procure atendimento médico para diagnóstico precoce de pneumonia, para diminuir a probabilidade de complicações. Recomendações / Prevenção • Se tiver mais de 60 anos vacine-se contra a gripe anualmente. • Está disponível também a vacina contra o pneumococo, o principal agente causador da pneumonia. Ela está indicada para pessoas com maior risco de adquirir a doença e de ter suas complicações: pessoas com doenças crônicas pulmonares, cardíacas, renais, diabéticas, residentes de asilos e pessoas com 60 anos ou mais; Recomendações / Prevenção • Em pessoas acamadas e/ou com mais de 60 anos (que não realizam nenhuma atividade física) recomenda-se que se faça Tratamento Fisioterápico Preventivo (duas ou três sessões por semana), afim de manter uma boa condição pulmonar destes indivíduos. Resfriado Comum Definição: • O resfriado é uma doença do trato respiratório superior muito freqüente. • Esta é geralmente causada por um vírus, embora também possa ter etiologia bacteriana. Sinais e Sintomas: • • • • • • • • • Normalmente, os sintomas surgem de 1 a 3 dias após a pessoa entrar em contato com o vírus, e podem durar até uma semana, na maioria dos casos. Dentre os sintomas, destacamos: Nariz com secreção (coriza) intensa – como água nos primeiros dias. Mais adiante, pode tornar-se espessa e amarelada; Obstrução do nariz dificultando a respiração, espirros, tosse e garganta inflamada (dolorosa); Diminuição do olfato e da gustação; Voz “anasalada” (voz da pessoa que está com o nariz entupido); Rouquidão; Dores pelo corpo; Dor de cabeça; Febre (pode ocorrer em crianças). Incomum em adultos. Adultos podem ter febre baixa, enquanto as crianças podem ter febre alta; Modo de Transmissão: • • • • No bocejo da pessoa infectada. Na fala da pessoa infectada. Na hora que a pessoa infectada tosse. Quando a pessoa espirra. Tratamento: • O tratamento é meramente sintomático no de etiologia viral, enquanto o resfriado de origem bacteriana tem tratamento com antibióticos. E pode complicar para pneumonia. • Esta patologia é transmitida quando uma pessoa esta infectada e entra em contado com outras pessoas não infectadas Bronquite Definição: É uma Inflamação da membrana mucosa dos brônquios, que produz uma tosse persistente acompanhada de expectoração. Apresenta-se de duas formas: bronquite aguda e bronquite crónica. Bronquite Crônica • Bronquite crônica é uma afecção que se repete ao longo de vários anos, onde o doente segrega uma quantidade excessiva de muco procedente das glândclas mucosas hipertrofiadas. • O seu diagnóstico implica, naturalmente, na eliminação de outras afecções respiratórias também caracterizadas por hipersecreção brônquica crônica (Bronquiectasias; Tuberculose);. • São múltiplos os agressores inaláveis (poluição ambiental doméstica, profissional, geral; agentes infecciosos; etc.), os processos obstrutivos situam-se na dependência de quadros de hipersecreção mucosa, com hiperplasia e hipertrofia das glândulas e das células mucosas epiteliais. A agressão das VAs por agentes irritativos (tabaco) e infecciosos constitui mecanismo próinflamatório determinante. Bronquite aguda • Bronquite é a inflamação da árvore brônquica (canais, chamados de brônquios, pelos quais o ar chega até os alvéolos), que produz aumento de secreção e determina o aparecimento de tosse e expectoração. Esse território toma-se propício à proliferação de bactérias, havendo assim infecção, o que agrava o quadro inflamatório. A inflamação, por sua vez, reduz o calibre das vias aéreas, ocasionando o aparecimento de chiado no peito e falta de ar. • A bronquite aguda, em geral conseqüência de resfriado ou gripe, não deve demorar mais de 2 ou 3 semanas para ser curada. A sintomatologia mais freqüente é representada por tosse, expectoração, chiado no peito e falta de ar. • A conseqüência mais freqüente, caso a bronquite aguda e suas causas não sejam tratadas adequadamente, é a sua cronificação, ou aparecimento de surtos infecciosos repetitivos, podendo facilitar o aparecimento de pneumonia. A bronquite pode se associar, em decorrência do tabagismo, ao câncer e ao enfisema. Sinais e Sintomas: • Tosse • Expectoração - predominantemente purulento, mucoso ou sanguinolento. • Falta de ar • Sibilância • Cianose • Inchaço • Febre • Fadiga Tratamento: • Agentes Mucolíticos e Fluidificantes diminuem a viscosidade do catarro e assim evitam que com a secagem da secreção forme obstruções nos brônquios. Com a diminuição da viscosidade da secreção, as vias respiratórias ficam menos congestionadas, e assim há uma melhora significante da respiração. • Exercícios da terapia de reabilitação fazem com que o paciente seja capaz de utilizar a sua energia melhor ou de uma forma em que haja menor gasto de oxigênio. • A oxigenoterapia (uso de oxigênio em casa), quando necessária, também pode melhorar os sintomas, além de aumentar a expectativa de vida. • Corticóides (medicamentos utilizados para controlar a inflamação crônica dos brônquios) minimizam os sintomas. • Além disso, antibióticos ajudam muito nos casos de exacerbação da doença, quando resultam de uma infecção bacteriana nos brônquios. • Broncodilatadores • Os broncodilatadores melhoram o fluxo de ar nesta doença, aliviando a falta de ar e a sibilância. Podem ser utilizados através de nebulizações, nebulímetros (semelhantes à "bombinha" da Asma), cápsulas de inalar, comprimidos, xaropes, etc. Prevenção: • Na bronquite crônica, é importante a vacinação anual contra o vírus causador da gripe, uma vez que esta pode piorar a doença. • Com este mesmo objetivo, é indicado também o uso da vacina contra o pneumococo, que é a principal bactéria causadora de infecções respiratórias.. • Tabaco - Uma das principais medidas preventivas a serem tomadas é não fumar. O médico pode oferecer ao seu paciente auxílio neste sentido, podendo indicar medicações auxiliares. A reposição de nicotina por gomas, adesivos ou outros recursos podem ser utilizados. • Pessoas com predisposição a crises de bronquite devem evitar áreas poluídas, doentes com quadros infecciosos das vias aéreas superiores e, sobretudo, devem se abster de fumar. Curiosidades: • Em indivíduos normais, os quadros de Bronquite Aguda são mais frequentes na criança e no adolescente; devidos aos Vírus (lnfluenza, Parainfluenza, Sincial Respiratório, Adeno, Rino) ou muito mais raramente, a agentes bacterianos (Mycoplasma pneumoniae, Bordetella pertussis, Clamydia pneumoniae), nomeadamente às três primeiras estirpes virais e à primeira das bacterianas. • Trata-se de uma ocorrência mais comum em crianças, por estarem em formação e serem mais sensíveis. • O quadro de bronquite pode regredir parcial ou totalmente, se o paciente for adequadamente tratado. • O tratamento fundamenta-se na administração de antibióticos, nos casos de infecção bacteriana, associados a medicamentos broncodilatadores e, em alguns casos, os corticóides. Asma Definição: • A asma é uma doença inflamatória crônica das vias áreas, que resulta na redução ou até mesmo obstrução no fluxo de ar. • Sua fisiopatologia está relacionada a interação entre fatores genéticos e ambientais que se manifestam como crises de falta de ar devido ao edema da mucosa brônquica, a hiperprodução de muco nas vias aéreas e a contração da musculatura lisa das vias aéreas, com conseqüente diminuição de seu diâmetro (broncoespasmo). • As crises são caracterizadas por vários sintomas como: dispnéia, tosse e sibilos, principalmente à noite. • O estreitamento das vias aéreas é geralmente reversível porém, em pacientes com asma crônica, a inflamação pode determinar obstrução irreversível ao fluxo aéreo. • As características patológicas incluem a presença de células inflamatórias nas vias aéreas, exsudação de plasma, edema, hipertrofia muscular, rolhas de muco e descamação do epitélio. • O diagnóstico é principalmente clínico e o tratamento consta de medidas educativas. Epidemiologia: A Asma é responsável no Brasil como a terceira causa de internação dentro do Sistema Único de Saúde. Em 2007 foram registradas 273.205 internações por asma no Brasil, o que equivale a 2,41% das internações totais, só ficando atrás das pneumonias e insuficiência cardíaca congestiva e doenças renais Sinais e Sintomas: • a tosse que pode ou não estar acompanhada de alguma expectoração (catarro), • a falta de ar com dor ou ardência no peito • chiado(sibilância). • Na maioria das vezes não há expectoração ou se tem é tipo "clara de ovo". Classificação De acordo com os padrões das crises e testes, a asma pode ser classificada em: • Asma Intermitente: • Asma Persistente Leve: – – – – sintomas menos de uma vez por semana; crises de curta duração (leves); sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês); provas de função pulmonar normal no período entre as crises. – – presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia; presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês,porém, menos de uma vez por semana; provas de função pulmonar normal no período entre as crises. – • Asma Persistente Moderada: • Asma Persistente Grave: – – – – – – – – sintomas diários; as crises podem afetar as atividades diárias e o sono; presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana; provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) >60% e < 80% do esperado. sintomas diários; crises freqüentes; sintomas noturnos freqüentes; provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) > 60% do esperado Diagnóstico: • O diagnóstico é feito baseado nos sinais e sintomas que surgem de maneira repetida e que são referidos pelo paciente. • Radiografia do tórax, • Exames de sangue e de pele (para constatar se o paciente é alérgico) • Espirometria que identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar. Tratamento: • Tanto os broncodilatadores quanto os antiinflamatórios podem ser usados de várias formas:por nebulização, – nebulímetro ("spray" ou "bombinha"), – inaladores de pó seco (através de turbuhaler, rotahaler, diskhaler ou cápsulas para inalação) –>são diferentes (e práticos) dispositivos para inalação; – comprimido; – xarope. • Exercícios posturais para relaxamento, mobilidade, alongamento e fortalecimento também são fundamentais para corrigir deformidades torácicas e posturais, comuns nos casos de doença avançada e com crises freqüentes. Prevenção • Como prevenção de crises de asma, o asmático poderá usar os corticosteróides • Além de ter um bom controle ambiental, evitando exposição aos catalizadores da crise asmática. • Não há como prevenir a existência da doença, mas sim as suas exacerbações e seus sintomas diários. Fatores de Risco e Prognóstico • O prognóstico para asmáticos é bom, especialmente para crianças com a doença . • Para os asmáticos diagnosticados durante a infância, 54% não irão ter mais o diagnóstico após uma década. A extensão do dano permanente ao pulmão em asmáticos ainda não é clara. • Alguns dos fatores de risco potencial no prognóstico da asma brônquica são a hiper-reatividade das vias aéreas, alergia atópica, infecções respiratórias, tabagismo, condições climáticas e o início da doença em idade precoce. • Já como fatores precipitantes e agravantes incluem-se os alergênios (pêlos de animais, fungos, pólens, insetos, etc), irritantes (tintas, aerossóis, perfumes, produtos químicos, fumaça de cigarro, etc), condições climáticas desfavoráveis (poluição, ar frio, etc), infecções (geralmente as virais), exercícios físicos, fatores emocionais, refluxo gastroesofágico, fatores endocrinológicos e a hipersensibilidade não alérgica a fármacos e produtos químicos. Bronquiolite Definição: A bronquiolite é a afecção respiratória aguda mais freqüente e a principal causa de hospitalização nas crianças nos primeiros dois anos de vida. Ocorre quando as vias aéreas mais estreitas dos pulmões, chamados bronquíolos, ficam inflamadas e acumulam muco. Estima-se que 2/3 dos bebês desenvolvam bronquiolite no primeiro ano de vida porque as suas vias aéreas são menores e os pulmões e sistema imune ainda não estão completamente desenvolvidos. Sinais e Sintomas: • Em geral, são semelhantes aos sintomas de uma gripe persistente. A criança tem dificuldades em respirar porque a quantidade de ar que entra nos pulmões diminui devido à presença de secreções. Sazonalidade A esmagadora maioria dos casos ocorre nos periodo de outono e inverno e o principal agente é o Virus RSV (respiratory syncytial virus), responsável por metade dos casos. Tratamento • Como a bronquiolite é uma afecção benigna com melhora espontânea após alguns dias, os maiores perigos para a saúde do bebê estão relacionadas com a ventilação deficiente, quer em termos da [Hipóxia] quer do risco de infecção respiratória. • Para evitar estes problemas, as opções são a aspiração de secreções através de uma colocação de sonda até à traquéia / brônquios principais, • Fisioterapia Respiratória que utiliza técnicas não invasivas para promover a eliminação das secreções brônquicas com técnicas de potenciam as respostas fisiológicas normais. Tratamento: • Uma vez que o principal agente é de origem Viral, numa primeira fase é desaconselhado o uso de antibióticos, a menos que o médico suspeite de infecção bacteriana simultânea (o que é razoavelmente comum) • Sendo basicamente sintomático. Enfisema Pulmonar Definição: Enfisema é uma doença pulmonar obstrutiva crônica caracterizada pela dilatação excessiva dos alvéolos pulmonares, o que causa a perda de capacidade respiratória e uma oxigenação insuficiente. Ela geralmente é causada pela exposição a produtos químicos tóxicos ou exposição prolongada ao fumo de tabaco. Caracteriza-se pela hipertrofia e hiperplasia das paredes das mucosas. Sinais e sintomas • O enfisema é caracterizado pela perda da elasticidade do tecido pulmonar, destruição das estruturas que suportam os alvéolos, e destruição dos capilares que nutrem os alvéolos. O resultado é que as pequenas vias aéreas colabam durante a exalação do ar, levando a uma forma obstrutiva de doença pulmonar. Os sintomas incluem: - a falta de ar, hipoventilação, e peito expandido. Assim que o enfisema avança, podem-se observar deformidades nas unhas, decorrentes da hipóxia. Prognóstico • O enfisema é uma condição degenerativa irreversível, embora possa haver uma pequena recuperação da função pulmonar. • Interrupção do tabagismo por parte do paciente e a diminuição à exposição a cigarros. • A reabilitação pulmonar também pode ser muito útil para melhorar a qualidade de vida do paciente. • Em situações mais graves, pode levar à morte. Tratamento • broncos dilatadores (aminofilina, efedrina). • fluidificantes (xaropes, iodeto de potássio). • O enfisema também é tratado com anticolinérgicos, broncodilatadores e medicação esteróide (inalada ou oral). • Além disso a suplementação de oxigênio também é necessária. • antibiótico terapia (penicilina, ampicilina, tetraclinas). • oxigênioterapia. • inalação. • sedativos. • corticosteróide. Associações • O enfisema é geralmente associado à bronquite ou bronquite crônica. Embolia Pulmonar Definição: • Embolia pulmonar ou tromboembolismo pulmonar (TEP) é o bloqueio da artéria pulmonar ou um de seus ramos, geralmente ocorrendo quando um trombo venoso profundo (sangue coagulado de uma veia) se desloca de seu local de formação e viaja, ou emboliza, para o fornecimento sanguíneo arterial de um dos pulmões. Sinais e Sintomas: • • • • • • dificuldade de respiração dor torácica na inspiração Palpitações baixa saturação de oxigênio sanguíneo (hipóxia) respiração rápida (taquipnéia) freqüência cardíaca aumentada (taquicardia). Casos graves de embolia pulmonar não tratada podem levar a colapso, instabilidade circulatória e morte súbita. Diagnóstico: • O diagnóstico é baseado nestes achados clínicos em combinação com exames laboratoriais e estudos de imagem. • Enquanto o padrão ouro para o diagnóstico é o achado de um coágulo na angiografia pulmonar, a angiografia pulmonar por tomografia computadorizada é a modalidade de estudo de imagem mais utilizada atualmente. Tratamento: • O tratamento busca diminuir as conseqüências, com medidas para melhorar a eficiência circulatória, diminuindo a sobrecarga cardíaca, e melhorar a eficiência pulmonar, com aumento da oxigenação do sangue. • O tratamento é realizado com medicação anticoagulante, incluindo heparina e warfarina. • Casos graves podem necessitar de trombólise com drogas como o ativador do plasminogênio tecidual ou podem necessitar de intervenção cirúrgica através de trombectomia pulmonar Patofisiologia • Êmbolo, neste caso, é algo que não tenha fluidez necessária para passar por todos os segmentos da circulação pulmonar. Por exemplo, se um coágulo se forma em uma veia da perna esquerda e se solta do seu local de origem, o fluxo do sangue o transportará. Ele sairá da veia original e subirá progressivamente até atingir a veia cava inferior. Seguirá então por dentro do coração, através do átrio direito e do ventrículo direito. Daí passará ao tronco da artéria pulmonar, as artérias pulmonares direita ou esquerda e a seus ramos progressivamentes menos calibrosos. Quando atingir um ramo mais estreito que seu tamanho, o coágulo ali pára, interrompendo a circulação local. Os êmbolos podem ser coágulos sanguíneos, bolhas de gás ou gordura, entre outras possibilidades. O termo embolia pulmonar é usado quase como sinônimo de embolia por coágulo, já que é a situação mais comum. Fatores de Risco • • • • • • • • • • • • • • • • • • Imobilidade no leito; Repouso prolongado; Anestesia; Insuficiência cardíaca; Trombose venosa prévia; Gravidez; Imobilização de membros por gessos e ataduras; Politraumatismos; Faturas ósseas; Inflamação; Cirurgias de grande porte; Quemaduras; Infarto do miocárdio; ICC; Idade acima de 40 anos; AVE Parto e puerpério e; Estados de hipercogulabilidade. Conseqüências • Quando uma embolia pulmonar ocorre, subitamente a circulação é interrompida em uma parcela do pulmão. Isto fará com que aumente a resistência a circulação do sangue e diminua a área de funcionamento normal do pulmão. O aumento da resistência sobrecarrega o coração. A diminuição da área de trocas gasosas leva a menor oxigenação do sangue. Conforme a situação prévia da pessoa que sofreu a embolia isto pode desde não ser percebido até provocar morte súbita. A maior parte das embolias é pequena e não é percebida. Tuberculose Situação da Tuberculose no Mundo Ameaça a civilização igual a violência e o terrorismo Mundial. Se o caminho que esta sendo percorrido, não for mudado, nos próximos 20 anos surgirão: 1 bilhão de novos casos 200 milhões de doentes 35 milhões de morte Tuberculose Realidade Mundial, Brasileira e de Minas Gerais Parâmetros Situação Mundial Situação Brasileira Situação de Minas Gerais Infectam 3 pessoas/seg 5 pessoas/min 1 pessoas/min Adoecem 15 pessoas/min 1 pessoas/ 6 min 16 pessoas/dia Morrem 04 pessoas/min 16 pessoas/dia 1 pessoa/dia O que é Tuberculose? Doença Infectocontagiosa, causada pelo Mycrobacterium tuberculosis, também conhecido como Bacilo de Koch. Órgãos freqüentemente acometidos pela Tuberculose. Sintomático Respiratório • Tosse seca por 3 semana ou mais no inicio seca depois produtiva • Perda de peso e cansaço fácil • Febre baixa, geralmente à tarde • Dor no peito e/ou nas costas • Suores noturnos Transmissão É feita pelo ar. O doente, ao tossir e espirrar, elimina gotículas contendo no seu interior de um a dois bacilos, podendo atingir os alvéolos pulmonares e ai iniciar a sua Multiplicação. Grupos de Risco de Adoecimento Pacientes com: HIV, Diabetes, Câncer, Cardiopatias congênitas, pacientes em Hemodiálises, usuários de drogas, pacientes que fizerem algum tipo de transplante e Recémnascidos de mães que tem Tuberculose. Fatores que influenciam na progressão da Tuberculose Condição Moradia (Aglomerações) Má alimentação Falta de Higiene Falta de Informação Vacina BCG Esta vacina ela serve para proteger as pessoas da forma grave da Tuberculose. É prioritariamente indicada para crianças de menores de 01 ano (portaria nº 452/6/12176 MS). Revacinação – não indicada Diagnóstico • • • • Sintomático Exame de Escarro de Sintomático RX de tórax Exame de Escarro 3 amostras em jejum Tratamento Feito com acompanhamento medico mensal, realização de RX e Exame de Escarro. Duração: 6 meses a 1 Ano Medicação: Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida e/ou Etambutol para as formas graves Não vamos deixar que a Tuberculose volte a tomar conta da nossa Cidade, do nosso Estado, do nosso pais e conseqüentemente do nosso mundo!!! Oriente a sua família, vizinhos, comunidade, colegas que ... Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Definição: Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença crônica, progressiva e irreversível que acomete os pulmões e tem como principais características a destruição dos alvéolos. Ocorre com mais freqüência em homens com idade mais avançada. Fatores desencadeantes • Os principais fatores desencadeadores do DPOC (enfisema e bronquite crônica) estão relacionados principalmente ao tabagismo, seguido de exposição passivo do fumo (pessoa que vive junto com o fumante), exposição à poeira por vários anos, poluição ambiental, e até fatores genéticos nos casos que se comprova a deficiência de enzimas relacionadas à destruição do parênquima pulmonar (estruturas dos pulmões). Epidemiologia • De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 80 milhões de pessoas no mundo sofrem de DPOC moderada a severa e 3 milhões morreram desta causa em 2005. • No Brasil, a doença afeta 5,5 milhões de pessoas, segundo o Consenso Brasileiro de DPOC. Causas • Esta patologia pode desenvolver-se após vários anos de tabagismo ou exposição à poeira (em torno de 30 anos), levando a danos em todas as vias respiratórias, incluindo os pulmões. Estes danos podem ser permanentes. O fumo contém irritantes que inflamam as vias respiratórias e causam alterações que podem levar à doença obstrutiva crônica. • As substâncias do tabaco provocam basicamente as seguintes alterações no sistema respiratório: • (1) estimulam a hipertrofia das glândulas submucosas determinando um aumento na secreção de muco na árvore traqueobrônquica; • (2) inibem o movimento ciliar das células epiteliais; • (3) ativam macrófagos alveolares que secretam susbtâncias quimiotáxicas para os neutrófilos que por sua vez liberam enzimas proteolíticas como a elastase; • (4) inibem ainda a alfa1-antitripsina, enzima inibidora fisiológica da elastase. • Existe uma afecção hereditária autossômica recessiva rara em que há muito pouca ou nenhuma produção de alfa1-antitripsina no organismo, desenvolvendo-se um enfisema isolado em crianças ou adolescentes, especialmente nos fumadores. Fisiopatologia • A limitação do fluxo aéreo pode decorrer da diminuição da retração elástica do parênquima pulmonar, hipersecreção de glândulas da mucosa e inflamação das vias aéreas levando a fibrose e ao estreitamento da mesma. • A contração das musculaturas lisas dos brônquios pode levar à obstrução das vias aéreas. • O trabalho expiratório está aumentado. • A hiperinsuflação pulmonar pode ocorrer decorrente da limitação ao fluxo aéreo e levar ao aumento do trabalho inspiratório. • Alterações da relação V/Q são responsáveis por hipoxemia e hipercapnia. Sinais e Sintomas • • • • dispnéia tosse produtiva matinal, Hemoptise na expectoração. Os portadores de DPOC podem apresentar quadro crônico de hipoxemia e hipercapnia, evidenciados nos exames gasométricos. Diagnóstico • Quadro clínico associado a antecedentes epidemiológicos. • Raio-X do tórax mostrando hiperinsuflação e coração em "gota" • gasometria arterial por um pH relativamente baixo, PaCO2, HCO3 e BE (base excess) elevados. O • Ecocardiograma é útil para detecção de sinais indicativos de sobrecarga ventricular direita e de taquiarritmias associadas • A severidade da DPOC pode ser classificada ao se usar a espirometria, na qual é conferida a capacidade pulmonar do paciente: Tratamento • O início do tratamento do portador de DPOC é a interrupção do tabagismo. Podem ser usados antiinflamatórios,broncodilatadores e corticoides orais e inalatótios. A reabilitação pulmonar (através de uma equipe multidisciplinar) melhora a ventilação. • A oxigenoterapia pode ser necessária em casos mais avançados. • Dieta com um aporte maior de gordura com a finalidade de diminuir a produção de CO2 e a hipercapnia. • Quanto mais precoce for feito o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento. Prognóstico • A doença é irreversível. Um bom prognóstico da DPOC depende de um diagnóstico cedo e de um tratamento adequado. A medida de maior impacto no tratamento da DPOC é a abstinência ao tabagismo. Outro fator que comprovadamente aumenta a sobrevida dos pacientes é a oxigenoterapia, quando esta for indicada. Cuidados de enfermagem para afecções respiratórias: • Estar alerta para alterações no estado clínico; • Verificar sinais vitais • Administração de medicamentos sendo rigoroso quanto a dose, horário; • Controle hídrico e eletrolítico • Proporcionar repouso, para conservar energia do paciente • Promover a ingestão de líquidos para evitar possível desidratação • Administrar medicamentos para alívio de sintomas • Proporcionar um ambiente tranqüilo, arejado e organizado; Cuidados de enfermagem para afecções respiratórias: • Transferir para isolamento se fizer necessário. • Orientar quanto a realização da higiene bucal e corporal. • Registrar aceitação alimentar. • Auxiliar, se necessário na deambulação. • Orientar a expelir secreções, anotar na papeleta aspecto das secreções e qualquer alteração do quadro. • Realizar avaliação da coloração, temperatura da pele e mucosa e do nível de consciência. Cuidados de enfermagem para afecções respiratórias: • Oxigenoterapia: colocar a disposição os materiais para instituir a ventilação mecânica que poderá ocorrer por exaustão respiratória e/ou alterações metabólicas. • Promover a fluidificação e limpeza das vias aéreas, utilizando técnicas assépticas • Promover mudança de decúbito em intervalos regulares • Realizar aspiração de secreções de vias aéreas sempre que necessário. • Evitar exposição aos alérgenos e ao fumo. FIM !!!!!