Slide 1 - RExLab

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IDADE PARA CONTROLE ESFINCTERIANO EM CRIANÇAS: EXPECTATIVAS E INTERVENÇÕES
DOS PAIS. TUBARÃO, SC – UNISUL (PUIC), CIÊNCIAS DA SAÚDE - MEDICINA.
FIDELIS, Zelir Fermino, CANCELIER, Ana carolina Lobor (PUIC). Curso de Medicina - Campus Tubarão.
Introdução
O treinamento do controle esfincteriano é uma fase importante no desenvolvimento da
Resultados
O perfil epidemiológico da população estudada são demonstrados no fluxograma 1.
criança, e é um dos primeiros passos para a criança tornar-se auto-suficiente.
De modo geral, o treinamento do controle esfincteriano se inicia por volta dos 18 e 24
meses de vida. E a média de aquisição deste controle pode variar entre 3 e 4 anos de idade,
podendo ocorrer mais cedo, perto dos 2 anos de vida ou mais tarde, próximo dos 5 anos.
Segundo a Academia Americana de Pediatria os pais devem estar atentos a sinais que seus
filhos apresentam como: permanecer 2 horas ou mais com a fralda seca, vontade de utilizar o
banheiro, etc, para poder dar início ao treinamento. Iniciar treinamento sem a criança ter
demonstrado estes sinais só causará estresse familiar.
O controle esfincteriano é característica da criança, e não dos pais e cuidadores, portanto,
O uso de álcool foi reportado por 35,6% (n=26) das entrevistadas.
os pais podem controlar uma série de aspectos do comportamento infantil, mas é a criança
que possui autonomia para controlar seus esfíncteres.
Objetivos
• Determinar a idade média de controle esfincteriano em crianças que freqüentem o
Ambulatório Materno-Infantil (AMI) – UNISUL;
• Comparar a idade média de meninos e meninas na aquisição de controle esfincteriano;
•Analisar as principais dificuldades dos pais durante a fase de treinamento;
Destaca-se nesta amostra o menor consumo entre aquelas que referiram praticar alguma
• Observar se os pais praticam algum tipo de treinamento esfincteriano nas crianças e de que
religião (p=0,02). Já com as demais variáveis não se verificou relação estatisticamente
forma ele é realizado.
significativa. Verificou-se uma relação estatisticamente significativa entre o consumo de
álcool antes da gestação e a persistência de seu uso na gravidez (p < 0,001).
Metodologia
Estudo transversal, observacional e analítico, realizado no ambulatório-escola da UNISUL
que presta atendimento a crianças sendo ele o Ambulatório Materno-Infantil (AMI) - UNISUL,
Tubarão - SC abrangendo pais de crianças de 2 a 14 anos no período de novembro de 2008
a fevereiro de 2009. Foi utilizado um questionário com dados demográficos e perguntas
relacionadas a aquisição de controle esfincteriano e utilização de treinamento para tal,
realizado pela própria pesquisadora com os pais das crianças, após terem concordado em
participar do estudo e assinado um termo de consentimento informado. Chegou-se a uma
amostra de 85 pais entrevistados.
As variáveis coletadas foram: idade, sexo, escolaridade da mãe, escolaridade do pai,
treinamento para retirada de fralda, situações que ocorreram após a retirada de fraldas.
A prevalência do tabagismo durante a gestação foi de 13,7% (10). Das fumantes, 40%
(4) referiram fumar 10 ou menos cigarros/dia, 40% (4) de 11 a 20 e 30% mais de 20.
Foi estudado o uso de álcool e fumo concomitantemente na gestação, sendo analisados
que 60% das gestantes que fumaram, simultaneamente utilizaram álcool durante a
gravidez, sendo um dado associado de maneira estatisticamente significativa (p = 0,08).
Os dados foram tabulados e analisados através do programa estatístico Statistical
Package for Social Science (SPSS) versão 12.0. As variáveis qualitativas foram comparadas
Conclusões
através do teste qui-quadrado de Pearson ou Teste exato de Fisher (quando pertinente) e as
variáveis quantitativas por médias e desvios-padrão (DP) através do teste t-student, adotando
nível de significância 95%.
O projeto foi planejado de acordo com a resolução do Conselho Nacional de Saúde e
aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa – CEP da Universidade do Sul de Santa
Catarina – UNISUL, sob número de registro 2632.
Conclui-se que o desenvolvimento do controle esfincteriano é um processo de maturação
da criança e que não deve ser acelerado pelo treinamento esfincteriano e sim deixado até
que a própria criança mostre o interesse de ser treinada.
Portanto a expectativa dos pais em relação a retirada de fraldas precoce leva ao
insucesso e frustrações e consequêntemente a disfunção miccional, sendo prejudicial no
desenvolvimento da criança.
Bibliografia
1. 1. Mota DM, Barros AJD. Treinamento esfincteriano: métodos, expectativas dos pais e morbidades associadas. J
Pediatr 2008; 1: 9-17.
2. deVries MW, deVries MR. Cultural relativity of toilet training readiness: A perspective from East Africa. Pediatrics.
1977;60: 170-7.
3. Mota DM, Barros AJD. Treinamento esfincteriano precoce: prevalência, características materna da criança e fatores
associados numa coorte de nascimentos. Rev Bras Saúde Matern Infant 2008; 1: 103-11.
4. Schmitt BD. Toilet training: Getting it rith the first time. Contemp pediatr. 2004;21:105-22.
5. Doleys DM, Dolce JJ. Toilet training and enuresis. Pediatri Clin North AM. 1982;;29:297-313.
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