NEUROBIOLOGIA DA DEPENDÊNCIA DA NICOTINA CARLOS A A VIEGAS FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Neurobiologia da dependência  Absorção (10 seg.)  Ligação a receptores colinérgicos nicotínicos (nAChR).  Despolarização neuronal impulsos nervosos  liberam dopamina no nucleous accumbens (NA): centro de recompensa do cérebro.  Mediadores: acetilcolina,  aminobutírico, 5hidroxitriptamina,  endorfina, noradrenalina. Efeitos fisiológicos, motores e comportamentais. Efeitos de reforço da nicotina  Mediadores: sistema dopaminérgico mesolímbico.  Nicotina: ativa neurônios dopaminérgicos na ATV que têm projeções para o NA. (cocaína, anfetamina, heroína e álcool) Anatomia do comportamento de reforço Anatomia do receptor  4: reforço, tolerância, sensibilização  2: auto administração e concentração de dopamina Efeitos da nicotina I  Humor:  sensação de prazer, estimulante, ansiolítico.  Performance:  atenção, melhora tarefas cognitivas  Peso corporal:  apetite,  processo metabólico  Neuroadaptação: tolerância e síndrome de abstinência. Efeitos da nicotina II  Não possui efeito psicotóxico  Comportamento: rush, high, liking, craving  Outras regiões do cérebro: amigdala, lingulate e lobos frontais  propriedade de despertar e manter comportamento. Reforço, melhora do humor e da cognição Efeitos da nicotina III 5 Hidroxitriptamina (5HT)   5HT: cortex cerebelar, medula oblongata, hipocampo  efeito ansiolítico e resistência a reações emocionais e estressantes: neuropatologia da DEPRESSÃO Ciclo da dependência Estágios dos receptores  I- inativo: canal iônico fechado, agonista.  II- ativo: abertura para corrente iônica (Na+), despolarização.  III- desensibilizado: canal fechado e refratário a ativação. upregulation Consumo repetido da nicotina   dopamina: extra sináptica nos espaços extra celulares do NA   nAChR  Sensibilização da resposta dopaminérgica à nicotina   concentração MAO  dopamina  Alteração no metabolismo e distribuição da glicosa Comportamento O ritual é capaz de estimular as vias dopaminérgicas mesolímbicas: REFORÇO Síndrome de abstinência Ausência ou redução da dose: receptores resensibilizados, porém sem estar sensibilizados pela nicotina  sinais e sintomas. Síndrome de abstinência Irritabilidade/agressividade Inquietação Depressão Tonteira Dificuldade de concentração Ansiedade Aumento do apetite Cefaléia Distúrbios do sono Constipação Úlcera boca Craving Critérios para dependência American Psychiatric Association  Ausência de náuseas ou tontura apesar de consumo substancial de cigarros  Sintomas de abstinência  Tentativas malsucedidas repetidas de parar de fumar ou de reduzir o uso de nicotina  Redução ou eliminação de atividades sociais devido ao tabagismo  Uso contínuo, apesar dos problemas clínicos e psicológicos  Uso maior ou mais frequente do que o pretendido Diferentes tipos de dependência  Fuma em intervalos regulares durante o dia  Fuma preferentemente pela manhã, tarde ou à noite  Acorda durante a noite para fumar  Fuma em fases: fim de semana, férias, social Dependência do cigarro  Fatores sociais e psicológicos: início (controle do estresse, identidade, grupo, etc)  Multifatorial: Comando adquirido (fome) Necessidade de evitar abstinência Psicológico/comportamental Sociais Hábitos Desordem psicológica do sistema motivacional Quantificação da dependência Teste de Fagerstrom Conclusões 1- A nicotina é um dos alcalóides tóxicos mais potentes para induzir dependência. 2- A nicotina tem seus efeitos pela liberação de mediadores no SNC: dopamina, noradrenalina, 5hidroxitriptamina. 3- Tem sua ação pela estimulação dos nAChR: 42, 34, 7. 4- Além de influências externas, o desenvolvimento da dependência da nicotina está relacionado com fatores genéticos. 5- A macromolécula do nAChR é afetada por outras condições: