ENZALUTAMIDA NO CPRCm Uma história de novos tratamentos sistémicos no cancro da próstata 1941 – Castração cirúrgica 1979 – Agonistas LHRH 1995 – Bicalutamida 1996 – Mitoxantrona 2015 LHRH=Hormona libertadora da hormona luteinizante. 2004 – Docetaxel 2010 – Cabazitaxel 2010 – Sipuleucel-T 2011 – Abiraterona 2012 – Enzalutamida 2013 – Rádio-223 A via de sinalização dos RA é um fator-chave na progressão do tumor no CRPC A falência da ADT ocorre devido à sinalização sustentada dos RA apesar dos níveis de testosterona compatíveis com a castração1–3 Vias dependentes do ligando Vias independentes do ligando Sobre-expressão dos RA Produção de androgénio remanescente Mutações genéticas nos RA doCRPC CRPC pela Progessãodo do tumor tumor do CRPCProgessão permanece impulsionado sinalização do recetor de androgénio Variantes splicing dos RA Supra-regulação dos coativadores dos RA Sinalização da tirosina quinase ADT=terapêutica de privação androgénica; RA=recetor de androgénio; CRPC=cancro da próstata resistente à castração. 1. Chen Y, et al. Lancet Oncol 2009;10:981–91; 2. Hu R, et al. Expert Rev Endocrinol Metab 2010;5:753–64; 3. Heinlein CA, Chang C. Endocr Rev 2004;25:276–308 Enzalutamida ALVOS na via de sinalização dos RA CITOPLASMA Testosterona DHEA 1. Bloqueia a ligação do androgénio aos RA 2. Inibe a translocação nuclear dos RA Enzalutamida 3. Inibe a ligação dos RA ao ADN prevenindo a modulação da expressão genética RA Enzalutamida RA Enzalutamida NÚCLEO Estudos de fase III com ganhos de sobrevivência no CRPCm Trial Disease state Trial design HR Median survival, mo Tax 3271 (n=1006) mCRPC with or without symptoms docetaxel/prednisone vs mitoxantrone/prednisone 0.76 18.9 vs 16.5 IMPACT2 (n=512) Few symptoms mCRPC sipuleucel-T vs control 0.78 25.8 vs 21.7 TROPIC3 (n=755) Post-docetaxel cabazitaxel/prednisolone vs mitoxantrone/prednisone 0.70 15.1 vs 12.7 COU-AA-3014 (n=1195) Post-docetaxel abiraterone/low-dose prednisolone vs placebo/low-dose prednisolone 0.74 15.8 vs 11.2 AFFIRM5 (n=1199) Post-docetaxel enzalutamide vs placebo 0.63 18.4 vs 13.6 ALSYMPCA6 (n=921) Post-docetaxel (or unsuitable) radium 223/BSC* vs placebo/BSC 0.70 14.9 vs 11.3 PREVAIL7 (n=1717) Post-ADT in asymptomatic or mildly symptomatic enzalutamide vs placebo 0.71 32.4 vs 30.2 COU-AA-3028 (n=1088) Post-ADT in asymptomatic or mildly symptomatic abiraterone/low-dose prednisolone vs placebo/low-dose prednisolone 0.81 34.7 vs 30.3 1Tannock IF et al. N Engl J Med 2004;351:1502-12; 2Kantoff PW et al. N Engl J Med 2010;363:411–22; 3de Bono JS et al. Lancet 2010;376:114754; 4 Fizazi K et al. Lancet Oncol 2012;13:983-925Scher HI et al. N Engl J Med 2012;367:1187-97; 6Parker C et al. Engl J Med 2013;369:213-23; 7Beer et al. N Engl J Med 2014;371:424-33; 8Ryan C et al. Lancet Oncol 2015;16:152–60 2.4 4.1 2.4 4.6 4.8 3.6 2.2 4.4 Cancro da Próstata – Evolução da Doença e Desenvolvimento Clínico da Enzalutamida Morte Docetaxel/quimioterapia Terapêuticas hormonais de 2ª linha Castração AFFIRM Bicalutamida Flutamida Nilutamida Volume do tumor PREVAIL Abiraterona Cabazitaxel TERRAIN Terapêutica local* STRIVE Neo-adjuvante Monoterapia Sintomas Assintomático Não-metastático Metastático Hormonossensível *ex. Radioterapia Resistente à castração Tempo RA, receptor de androgénios Fase III: Ensaio AFFIRM com enzalutamida em doentes com CRPCm pós-quimioterapia • AFFIRM é um ensaio de Fase 3, aleatorizado, em dupla ocultação, controlado com placebo n = 1199 CRPCm 1–2 regimes de quimioterapia prévios* R 2:1 enzalutamida 160 mg qd (n = 800) Objectivo Primário Placebo qd (n = 399) Sobrevivência Global *≥ 1 docetaxel (administração de glucorticóides permitida mas não mandatória) Recrutamento em 156 centros de 15 países em 5 continentes, entre Setembro de 2009 e Novembro de 2010 Scher et al. N Engl J Med 2012; 367: 1187–1197 CRPCm, cancro da próstata resistente à castração metastático; qd, uma vez por dia; R, aleatorização Sobrevivência global (objectivo primário) A enzalutamida melhorou significativamente a Sobrevivência global em comparação com o placebo: ◦ A Sobrevivência mediana foi de 18,4 versus 13,6 meses, respectivamente (p<0,001) ◦ 37% de redução no risco de morte (HR=0,63; IC: 0,53–0,75; p<0,001) Sobrevivência global (%) 100 80 Enzalutamida: 18,4 meses (IC 95%: 17.3–NYR) 60 4,8 meses de diferença na Sobrevivência global mediana 40 Placebo: 13,6 meses (IC 95%: 11.3–15.8) 20 0 Nº em risco: Enzalutamida, n= Placebo, n= Scher HI, et al. N Eng J Med 2012;367:1187–97. 0 3 800 399 775 376 6 9 12 15 18 Duração da Sobrevivência global (meses) 701 627 400 211 72 317 263 167 81 33 21 24 7 3 0 0 A Sobrevivência global foi determinada desde a altura da aleatorização até à morte por qualquer 13 causa. IC= intervalo de confiança; HR= hazard ratio (risco relativo); NYR= ainda não atingida. Sobrevivência global: análise de subgrupos A enzalutamida demonstrou um benefício em termos de Sobrevivência em todos os subgrupos pré-definidos comparativamente ao placebo Risco relativo de morte (IC 95%) Sobrevivência mediana (meses) Enzalutamida/placebo Todos os indivíduos 0,63 (0,53–0,75) 18,4/13,6 Idade <65 ≥65 0,63 (0,46–0,87) 0,63 (0,51–0,78) Pontuação basal do performance status ECOG 0–1 2 0,62 (0,52–0,75) 0,65 (0,39–1,07) Pontuação basal média no BPI-SF (questão #3) <4 ≥4 0,59 (0,47–0,74) 0,71 (0,54–0,94) Região geográfica América do Norte Outra 0,63 (0,47–0,83) 0,64 (0,51–0,80) Número de regimes de quimioterapia prévios 1 ≥2 0,59 (0,48–0,73) 0,74 (0,54–1,03) Tipo de progressão à entrada no estudo Apenas progressão do PSA Progressão radiográfica ± progressão do PSA 0,62 (0,46–0,83) 0,64 (0,52–0,80) Valor basal >mediana PSA LDH 0,62 (0,50–0,78) 0,61 (0,50–0,76) Subgrupo 0,0 De Bono J, et al. Presented at ASCO 2012; Apresentação oral 4519. Scher HI, et al. N Eng J Med 2012;367:1187–97. 0.5 1.0 Favorece a enzalutamida* 1.5 Favorece o placebo* –/12,4 18,4/13,9 –/14,2 10,5/7,2 –/16,2 12,4/9,1 17,4/12,3 –/14,4 –/14,2 15,9/12,3 –/19,5 17,3/13,0 15,3/10,3 12,4/8,5 2.0 Os círculos são aproximadamente proporcionais à população de doentes do grupo enzalutamida. BPI-SF=Brief Pain Inventory – Short Form; IC=intervalo de confiança; ECOG=Eastern Cooperative Oncology Group; 14 LDH=desidrogenase láctica; PSA=antigénio específico da próstata. AFFIRM: Terapêutica anti-neoplásica após-ensaio Enzalutamida Placebo (n = 800) (n = 399) 336 (42) 245 (61) Abiraterona 167 (21) 97 (24) Cabazitaxel 78 (10) 55 (14) Docetaxel 69 (9) 57 (14) Mitoxantrona 21 (3) 44 (11) Total de doentes com ≥1 terapêutica anti-neoplásica após tratamento, n (%) Tratamento pós-protocolo mais comum, n (%) Scher et al. N Engl J Med 2012; 367: 1187–1197 Doentes idosos análise post-hoc: A enzalutamida melhorou significativamente a OS em comparação com o placebo tanto nos doentes idosos como nos mais jovens Tanto em doentes mais jovens (<75 anos) como idosos (≥75 anos) a enzalutamida melhorou significativamente a OS em comparação com o placebo ◦ Em doentes <75 anos, a OS mediana “ainda não foi atingida” versus 13,6 meses, respetivamente ◦ Redução de 36,7% no risco de morte (HR=0,63, IC: 0,52-0,78; p<0,001) ◦ Em doentes ≥75 anos, a OS mediana foi de 18,2 versus 13,3 meses, respetivamente ◦ Redução de 39,4% no risco de morte (HR=0,61, IC: 0,43-0,86; p<0,004) 100 Enzalutamida ≥75 anos: 18,2 meses (IC 95%: 15,4-ainda não atingida) OS (%) 80 Enzalutamida <75 anos: ainda não atingida) (IC 95%: 17,3Ainda não atingida) 60 40 Placebo ≥75 anos: 13,3 meses (IC 95%: 9.8-17.6) Placebo <75 anos: 13,6 meses (IC 95%: 11.0-15.5) 20 0 Enzalutamida <75, n Enzalutamida ≥75, n Placebo <75, n Placebo ≥75, n IC=intervalo de confiança; HR=hazard ratio; OS=sobrevivência global. Sternberg CN, et al. Ann Oncol 2014;25;429–34. 0 3 601 199 295 104 580 195 280 96 6 9 12 15 18 Tempo até ao acontecimento (meses) 523 178 238 79 467 160 199 64 303 97 124 43 149 62 59 22 57 15 25 8 21 24 6 1 1 2 0 0 0 0 Sobrevivência livre de progressão radiográfica HR = 0,40 (IC 95%: 0,35−0,47) p<0,001 100 90 Enzalutamida: 8,3 meses (IC 95%: 8,2−9,1) Sobrevivência (%) 80 70 60 50 40 IC, intervalo de confiança; HR, hazard ratio (risco relativo) 30 20 Placebo: 2,9 meses (IC 95%: 2,8–3,4) 10 0 0 3 6 9 12 15 18 21 24 Duração da Sobrevivência global (meses) No em risco: Enzalutamida, n = 800 583 447 287 140 58 13 1 0 Placebo, n = 399 176 86 46 20 7 3 0 0 PFSr definida pelos critérios RECIST 1.1 para os tecidos moles e pelo Prostate Cancer Working Group (PCGW2) para a doença óssea Scher et al. N Engl J Med 2012; 367: 1187–1197 AFFIRM: Taxa de resposta do PSA 100 Variação máxima no PSA (%) 75 50 25 Diminuição do PSA ≥50% confirmada : Enzalutamida 54% Placebo 2% p<0,001 Diminuição do PSA ≥90% confirmada : Enzalutamida 25% Placebo 1% p<0,001 Placebo 0 -25 Enzalutamida -50 -75 -100 A análise diz respeito aos doentes com avaliações no início do estudo e após o início do estudo De Bono et al. Apresentação oral na ASCO 48th Annual Meeting; Chicago, IL, 1–5 Junho, 2012. Scher et al. N Engl J Med 2012; 367: 1187–1197 PSA, antigénio específico da próstata AFFIRM: tempo até progressão do PSA HR = 0,25 (IC 95%: 0,20−0,30) p<0,001 PSA livre de progressão (%) 100 90 Enzalutamida: 8,3 meses (IC 95%: 5,8−8,3) 80 70 60 50 40 30 20 Placebo: 3,0 meses (IC 95%: 2,9−3,7) 10 0 0 No 3 6 em risco: 9 12 15 18 21 24 Tempo até ao evento (meses) Enzalutamida, n = 800 603 287 145 68 27 7 1 0 Placebo, n = 399 107 12 5 2 1 0 0 0 O tempo até progressão do PSA foi definido pelos critérios do Prostate Cancer Working Group (PCWG2) Scher et al. N Engl J Med 2012; 367: 1187–1197 IC, intervalo de confiança; HR, hazard ratio (risco relativo); PSA, antigénio específico da próstata Tempo até progressão da dor (FACT-P) HR=0.564(IC: (0.408,0.777), P=0.0004 HR=0,564 0,408–0,777), p=0,0004 Sem progressão da dor (%) Enzalutamida: NYR (IC 95%: NYR, NYR) Placebo: 13,8 Meses (IC 95%: 13,8, NYR) Tempo (meses) Enzalutamida 800 526 320 194 92 39 4 1 0 Placebo 399 132 31 15 6 4 1 0 0 Definição: Aumento em relação ao valor basal na pontuação “Eu Tenho Dor”, confirmado numa visita consecutiva ≥3 semanas depois. Fizazi et al. Apresentação oral na ESMO; Viena, Austria, 2012 Metástases viscerais - análise post-hoc: A enzalutamida melhorou a sobrevivência global em doentes com mCRPC visceral e não visceral em comparação com o placebo Enzalutamida visc: 13,4 meses (IC 95%: 10,4-16,5) Enzalutamida não visc: Ainda não atingida (IC 95%: 18,3. Ainda não atingida 100 OS (%) 80 60 40 Placebo visc: 9,5 meses (IC 95%: 6.915.5) Placebo não visc: 14,2 meses 20 (IC 95%: 12.4-17.6) 0 Enzalutamide não-visc Enzalutamide visc Placebo não-visc Placebo visc 0 3 604 196 317 82 595 180 304 72 6 9 12 15 18 Tempo até ao acontecimento (meses) 554 147 264 53 502 125 221 42 IC=intervalo de confiança; mCRPC=cancro da próstata metastático resistente à castração; OS=sobrevivência global; Loriot Y et al. ASCO 2013; Apresentação oral 5065. 323 77 141 26 163 48 63 18 57 15 27 6 21 5 2 3 0 24 0 0 0 0 Metástases viscerais - análise post-hoc: A enzalutamida melhora a rPFS em doentes com mCRPC visceral e não visceral em comparação com o placebo Placebo visc: 2,8 meses (IC 95%: 2,7-2,8) Placebo não visc: 3,3 meses (IC 95%: 2,8-4,9) Enzalutamida visc: 5,4 meses (IC 95%: 3.8-5.6) 100 rPFS (%) 80 60 Enzalutamida não visc: 10,5 meses (IC 95%: 8.6-10.9) 40 20 0 Enzalutamide não-visc Enzalutamide visc Placebo não-visc Placebo visc 0 3 604 196 317 82 465 118 150 26 6 9 12 15 18 Tempo até ao acontecimento (meses) 369 78 76 10 242 45 39 7 113 27 17 3 47 11 5 2 IC=intervalo de confiança; mCRPC=cancro da próstata metastático resistente à castração; rPFS=sobrevivência livre de progressão radiográfica. Loriot Y et al. ASCO 2013; Apresentação oral 5065. 11 2 2 1 21 1 0 0 0 24 0 0 0 0 Metástases viscerais - análise post-hoc: Os doentes com metástases pulmonares viscerais tiveram uma OS mediana mais longa do que os doentes com metástases hepáticas 100 HR=1,715 Apenas pulmonar: 15,5 meses (IC 95%: 11,4-18,2) OS (%) 80 60 40 Fígado/fígado+pulmão*: 7,7 meses (IC 95%: 5,8-9,8) 20 0 0 3 6 9 12 15 18 Tempo até ao acontecimento (meses) Enzalutamida 126 108 73 58 35 21 6 0 0 Placebo 181 169 144 121 74 47 15 2 0 *Fígado/fígado+pulmão indica doentes que apresentaram apenas doença hepática ou doença hepática e pulmonar. IC=intervalo de confiança; HR=hazard ratio; OS=sobrevivência global. Loriot Y et al. ASCO 2013; Apresentação oral 5065. 21 24 Efeitos adversos com enzalutamida no AFFIRM* Total de eventos (todos os graus) Efeitos adversos, n (%) Eventos de grau ≥ 3 Enzalutamida (n = 800) Placebo (n = 399) Enzalutamida (n = 800) Placebo (n = 399) Fadiga 269 (34) 116 (29) 50 (6) 29 (7) Diarreia 171 (21) 70 (18) 9 (1) 1 (<1) Afrontamentos 162 (20) 41 (10) 0 0 Dor músculo-esquelética 109 (14) 40 (10) 8 (1) 1 (<1) Cefaleias 93 (12) 22 (6) 6 (<1) 0 *IIncluídos nesta categoria estão os efeitos adversos que ocorreram em >10% dos doentes no grupo da enzalutamida e que ocorreram no grupo da enzalutamida numa frequência pelo menos 2% superior à verificada no grupo placebo. Scher et al. N Engl J Med 2012; 367: 1187–1197 EAs de interesse particular A neurotoxicidade, hepatotoxicidade e cardiotoxicidade foram cuidadosamente monitorizadas durante o estudo1 ◦ Enzalutamida não esteve associado a toxicidade cardíaca ou hepática1 EAs de interesse, n (%) 1 Total de Efeitos Adversos (todos os graus) Efeitos Adversos de Grau ≥3 ENZALUTAMIDA (n=800) Placebo (n=399) ENZALUTAMIDA (n=800) Placebo (n=399) Seis doentes tiveram uma convulsão com ENZALUTAMIDA (0,8%) e nenhuma com o placebo2 Cardiopatias (qualquer) 49 (6) 30 (8) 7 (1) 8 (2) Sob monitorização cuidada nos ensaios que estão a decorrer Enfarte do miocárdio 2 (<1) 2 (<1) 2 (<1) 2 (<1) Anomalia nos testes da função hepática* 8 (1) 6 (2) 3 (<1) 3 (<1) Convulsões2 6 (<1) 0 6 (<1) 0 . 1.Scher H, et al. N Engl J Med 2012;367:1187–97. 2.Xtandi (XTANDI) Resumo das Características do Medicamento 2013. 3.Zytiga (abiraterona) Resumo das Características do Medicamento Janeiro 2013. 4.Casodex (bicalutamida) Resumo das Características do Medicamento Setembro 2011. *As anomalias nos testes da função hepática incluíram hiperbilirrubinémia e níveis aumentados de aspartato aminotransfrase ou alanina aminotransferase. O período de registo de EA para o grupo Enzalutamidafoi duas vezes superior ao do grupo placebo Interações medicamentosas Recomendações para a coadministração Fármacos coadministrados Recomendação Inibidores do CYP2C8 (ex. gemfibrozil) Reduzir a dose de Enzalutamida† Indutores do CYP2C8 (ex. rifampicina) Sem ajuste de dose inicial Inibidores / Indutores do CYP3A4 (ex. itraconazol) Sem ajuste de dose inicial Fármacos coadministrados Recomendação Substratos do CYP3A4 (ex. midazolam) Evitar ou usar com precaução Substratos do CYP2C9 (ex. varfarina-s)* Evitar ou usar com precaução Substratos do CYP2C19 (ex. omeprazol) Evitar ou usar com precaução Substratos do CYP2C8 (ex. pioglitazona) Sem necessidade de ajuste de dose Substractos da gp-P (ex. dabigatran, digoxina) *se EnzalutamidaI for co-administrada com varfarina, deve-se reforçar-se a monitorização do INR. †Evitar inibidores potentes do CYP2CB. Se a co-administração é necessária reduzir a dose de Enzalutamida para 80mg uma vez por dia. Enzalutamida (Enzalutamida) Resumo das Características do Medicamento 2015 Evitar ou usar com precaução PREVAIL: Um estudo de Fase 3 de enzalutamida em homens com mCRPC após progressão a fazer ADT População de doentes: •1.717 homens com mCRPC progressivo •Assintomáticos/ ligeiramente sintomáticos •Não submetidos previamente a quimioterapia •Esteroides permitidos mas não requeridos A L E A T O R I Z A Ç Ã O 1:1 Enzalutamida 160 mg/dia (cápsulas) n=872 Placebo n=845 ADT=terapêutica de privação androgénica; BPI-SF=Brief Pain Inventory-Short Form; mCRPC=cancro da próstata metastático resistente à castração; Beer TM, et al. ASCO-GU 2014; Oral presentation; ClinicalTrials.gov identifier: NCT01212991. Objetivos co-primários: •Sobrevivência global (OS) •Sobrevivência livre de progressão radiográfica (rPFS) Redução do risco de morte em 29% Prolongou a Sobrevivência livre de progressão radiográfica HR=0,706 (IC 95%: 0,60–0,84); p<0,0001 100 100 80 Placebo Enzalutamida 60 rFPS (%) Sobrevivência (%) 80 40 20 0 HR=0,186 (IC 95%: 0,15-0,23); p<0,0001 60 Enzalutamida 40 20 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 Meses Enzalutamida, n 872 863 850 824 797 745 566 395 244 128 Placebo, n 845 835 781 744 701 644 484 328 213 102 33 27 2 2 0 0 0 Placebo 0 Enzalutamida, n 832 Placebo, n 801 3 6 9 514 305 256 79 128 20 12 Meses IC=intervalo de confiança; HR=hazard ratio. Beer TM, et al. ASCO-GU 2014; Oral presentation. IC=intervalo de confiança; HR=hazard ratio; rFPSr=sobrevivência livre de progressão radiográfica. 34 5 15 18 21 5 0 1 0 0 0 PREVAIL Tombal B, et al. Oral Presentation at EAU 2015 (Madrid) OS (%) A enzalutamida demonstrou um benefício signifivativo na OS em doentes com ≥75 e <75 anos Doentes < 75 anos. Enzalutamida: 31,5 meses Placebo: Ainda não atingido HR=0,770 (IC 95%: 0.616-0.963); p=0.0215 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Doentes ≥ 75 anos. Enzalutamida: 32,4 meses Placebo: 25,1 meses HR=0,605 (IC 95%: 0.465-0.786); p=0.0001 0 3 6 9 12 15 18 Meses 21 24 27 30 33 36 Doentes < 75 anos. Enzalutamida,n Placebo, n 555 553 549 550 543 519 528 500 510 475 479 437 369 328 254 226 153 154 83 79 22 20 1 2 0 0 Doentes ≥ 75 anos. Enzalutamida, n Placebo, n 317 292 314 285 307 262 296 244 287 226 266 207 197 156 141 102 91 59 45 23 11 7 1 0 0 0 IC=intervalo de confiança; HR=hazard ratio; OS=sobrevivência global. Graff JN, et al. Ann Oncol 2016;27:286–94. OS nos subgrupos de doença visceral e não visceral Subgrupo sem doença visceral* HR=0,69 (IC 95%: 0.57-0.83) 100 80 100 Enzalutamida: Ainda não atingido (IC 95%: 31,5-Ainda não atingida) 60 40 Placebo: 30,2 meses (IC 95%: 28,0. Ainda não atingida 20 OS (%) OS (%) Subgrupo com doença visceral † 0 HR=0,82 (IC 95%: 0.55-1.23) 80 Enzalutamida: 27,8 (IC 95%: 20,9-Ainda não atingida) 60 Placebo: 22,8 meses (IC 95%: 16,9-Ainda não atingida) 40 20 0 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 Tempo até ao acontecimento (meses) 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 Tempo até ao acontecimento (meses) 92 Enzalutamida 774 771 763 741 714 669 510 360 219 112 27 2 0 98 87 83 83 76 56 35 25 16 6 0 0 Placebo 739 731 690 661 624 577 430 287 186 87 1 0 106 104 91 83 77 67 54 41 27 15 5 1 0 22 *Os doentes do subgrupo não visceral apresentaram apenas doença óssea ou ganglionar na seleção †Os doentes do subgrupo visceral apresentaram doença pulmonar e/ou hepática na seleção IC=intervalo de confiança; HR=hazard ratio; OS=sobrevivência global. Evans CP, et al. Eur Urol 2016;pii:S0302–2838(16)00274–8 [Epub ahead of print]. Foram usados tratamentos subsequentes mais frequentemente no grupo placebo Doentes com, pelo menos, um tratamento subsequente de prolongamento da vida Enzalutamida (n=872) Placebo (n=845) 40.3% 70.3% Percentagem de doentes que receberam tratamentos subsequentes Docetaxel 32.8% 56.7% Abiraterona 20.5% 45.6% Cabazitaxel 5.8% 13.0% Enzalutamida 1.0% 4.4% Sipuleucel-T 1.4% 1.2% Beer TM, et al. ASCO-GU 2014; Oral presentation. A enzalutamida aumentou a mediana do tempo até ao início da quimioterapia em 17 meses 100 Sem quimioterapia citotóxica (%) HR=0,35 (IC 95%: 0,30-0,40); p<0,0001 80 Enzalutamida: 28,0 meses 60 40 Placebo: 10,8 meses 20 0 0 3 6 9 12 15 Enzalutamida, n 872 854 799 751 665 575 Placebo, n 845 734 518 415 324 257 IC=intervalo de confiança; HR=hazard ratio. Beer TM, et al. ASCO-GU 2014; Oral presentation. 18 Meses 21 24 27 30 33 36 388 252 158 78 21 2 0 165 103 64 25 9 0 0 TERRAIN: Estudo de Enzalutamida vs. Bicalutamida no CRPC Metastático Enzalutamida n = 370 CRPCm assintomático ou ligeiramente sintomático progressão após ADT em primeira-linha 160 mg qd R 1:1 Bicalutamida 50 mg qd • TERRAIN é um ensaio de fase 2, aleatorizado, duplamente cego, controlado com fármaco activo • Objectivo primário: Sobrevivência livre de progressão www.clinicaltrials.gov Avaliações planeadas • Sobrevivência global / PFS radiográfica • Tempo até ao primeiro SRE • Inicio da quimioterapia citotóxica • • • • • • • QoL (FACT-P, EQ-5D) Progressão do PSA Paliação da dor (BPI-SF) Segurança (EAs, sinais vitais, exame físico, avaliações laboratoriais, ECG) Farmacocinética Seguimento a longo-prazo (PFS radiográfica, SREs, terapêuticas adicionais para o cancro da próstata, Sobrevivência global) Subgrupos Sobrevivência livre de progressão no estudo TERRAIN 100 Enzalutamida: 15,7 meses (95% CI: 11,5–19,4) Doentes sem PFS (%) 90 80 70 HR=0,44 (95% CI: 0,34–0,57); p<0,0001 60 50 40 30 Bicalutamida: 5,8 meses (95% CI: 4,8–8,1) 20 10 0 0 3 6 9 12 15 18 Meses 21 24 27 30 33 Enzalutamida, n 184 159 131 107 86 71 52 33 21 13 8 5 Bicalutamida, n 191 133 85 61 44 30 13 7 4 2 2 1 CI=confidence interval; HR=hazard ratio; PFS=progression-free survival. Shore et al. Efficacy and safety of enzalutamide versus bicalutamide for patients with metastatic prostate cancer (TERRAIN): a randomised, doubleblind, phase 2 study. Lancet Oncology, 2016. TERRAIN: Sobrevivência livre de progressão radiográfica 100 HR=0,51 (IC 95%: 0,36-0,74); p=0,0002 90 80 Enzalutamida: Ainda não atingida (IC 95%: 25,6- Ainda não atingida) rPFS (%) 70 60 50 Bicalutamida: 16,4 meses (IC 95%: 11,1-18,1) 40 30 20 10 0 0 3 6 9 12 15 18 Meses 21 24 27 30 33 Enzalutamida, n 184 147 120 99 82 65 49 33 20 13 8 5 Bicalutamida, n 191 104 73 51 38 30 14 7 3 2 2 1 IC=intervalo de confiança; HR=hazard ratio; rPFS=sobrevivência livre de progressão radiográfica. Shore ND, et al. Lancet Oncol 2016;17:153–63. TERRAIN: Tempo até à redução ≥50% do PSA Doentes sem redução ≥50% no PSA (%) 100 HR=7,0 (IC 95% 4,8−10,2); p<0,0001 90 80 70 Bicalutamida: Ainda não atingida (IC 95%: --, --) 60 50 40 30 Enzalutamida: 2,8 meses (IC 95%: 2,8-2,8) 20 10 0 0 3 6 9 12 Meses 15 18 21 24 Enzalutamida, n 184 40 13 7 5 2 1 0 0 Bicalutamida, n 191 107 59 37 23 14 7 5 2 IC=intervalo de confiança; HR=hazard ratio; PSA=antigénio específico da próstata. Shore ND, et al. Lancet Oncol 2016;17:153-63. Resposta curta à TDA é preditivo de resposta pobre à Enzalutamida (postdocetaxel) Redução do PSA ≥ 50% 8% SLP 58% P<0.001 TTCRPC Loriot Y et al., Eur J Cancer 2015 STRIVE: Estudo de Enzalutamida vs. Bicalutamida em Homens com Cancro da Próstata cuja Terapêutica de Privação Androgénica Primária Falhou n = 400 cancro da próstata progressivo em ADT de primeira-linha* PSA ≥5 ng/ml ou PSADT ≤10 m se PSA 2 até <5 ng/ml Enzalutamida 160 mg qd R 1:1 Bicalutamida 50 mg qd Avaliações planeadas PFS bioquímica ou radiográfica Tempo até progressão do PSA Resposta do PSA (diminuição ≥ 50% desde o início) Tempo até progressão radiográfica QoL (FACT-P) Segurança • STRIVE é um ensaio de fase 2, aleatorizado, em dupla ocultação, controlado com fármaco activo • Estratificação por estádio: M0N0, M0N1, ou M1 • Objectivo primário: Sobrevivência livre de progressão (bioquímica ou radiográfica) www.clinicaltrials.gov *Os doentes não podem ter progredido com terapêutica com bicalutamida STRIVE Uso sequencial Abiraterona-Enzalutamida Resposta à Enzalutamida Estudo N Sequência Resposta PSA (>50%) à Abiraterona Resposta do PSA (>50%) PFS mediana Sobrevivência mediana Bianchini 2013 39 Docetaxel Abiraterona Enzalutamida 38,4% 12,8% 2,8 meses N alcançada Schrader 2013 35 Docetaxel Abiraterona Enzalutamida 45,7% 28,6% - 7.1 meses Thomsen 2013 24 Docetaxel Abiraterona Enzalutamida 58% (>30%) 58% (>30%) - 4,8 meses Badrising 2013 61 Docetaxel Abiraterona Enzalutamida - 21% 3 meses 8 meses Bournakis 2013 25 40% - - Maughan 2016 71 16.3 meses 29 meses Abiraterona Enzalutamida Uso sequencial Enzalutamida-Abiraterona Resposta à Abiraterona ESTUDO N Ileana 2012 24 Noonan 2013 Sequência Resposta do PSA à Enzalutamida (>50%) Resposta do PSA (>50%) PFS mediana Sobrevivência mediana Docetaxel Enzalutamida Abiraterona - 13% 2.4 meses - 30 Docetaxel Enzalutamida Abiraterona 60% 3% 4 meses 12 meses Loriot 2013 38 Docetaxel Enzalutamida Abiraterona - 8% 2.7 meses 7.2 meses Maughan 2016 71 Enzalutamida Abiraterona 12.5 meses 21 meses CTCs: AR-V7 seems a promising predictor of treatment response Abiraterone1 Enzalutamide1 AR-V7 positive **** PSA change, % 100 100 † 50 ††† ***† 100 † 50 † 0 –50 AR-V7 negative †† † † –100 PSA response rate: AR-V7 positive: 0% (95% CI: 0-46%) AR-V7 negative: 68.0% (95% CI: 46-85%) P=0.004 –50 –100 Taxanes2 † †† † 50 † Docetaxel, n=30 Cabazitaxel, n=7 † † 0 † ††† –50 †† –100 PSA response rate: AR-V7 positive: 0% (95% CI: 0-26%) AR-V7 negative: 52.6% (95% CI: 29-76%) P=0.004 PSA response rate: AR-V7 positive: 41% (95% CI: 18-67%) AR-V7 negative: 65% (95% CI: 41-85%) P=0.19 1. Antonarakis ES et al. N Engl J Med 2014;371:1028-38; 2. Antonarakis ES et al. JAMA Oncol 2015; 1:582-91 Prevalência AR-V7 em CTCs CaPRC Pré-Enzalutamida,Pré-Abiraterona- 11,6% Post-Enzalutamida: 25% Pós-Abiraterona: 51.2% Pós-Enzalutamida e Pós-Abiraterona:66.7% Antonarakis et al. J Clin Oncol 2014; 32:5s: abstract 5001 CONCLUSÕES A Enzalutamida : Melhorou significativamente a sobrevivência versus placebo antes e depois da quimioterapia. Melhorou a sobrevivência livre de progressão radiográfica. No ensaio pré-quimioterapia atrasou o início desta em 17 meses. Melhoria de todos os restantes parâmetros secundários (PSA,Resposta de tecidos moles,tempo até primeiro evento musculoesquelético, QoL de vida). É bem tolerada e tem um perfil de segurança e toxicidade manejável. Obrigado