Slide 1 - Colégio Vasco da Gama

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HATSHEPSUT A MISTERIOSA FARAÓ
(AVANÇAR C/O MOUSE)
Embora sobre o reinado de Hatshepsut muito seja conhecido, sempre pairou
certo mistério sobre ela pelo fato de ter sido a única mulher faraó, cujos 22
anos de governo foi um dos períodos de maior desenvolvimento e opulência do
país. Foi mais poderosa que Cleópatra ou Nefertiti, mas quando seu domínio
político terminou, seu nome desapareceu na obscuridade...
Como seu poder e influência se estenderam muito além do Egito, é intrigante o
desaparecimento de qualquer vestígio sobre a soberana nos monumentos a ela
dedicados, principalmente o imponente Templo de Amon, em Karnak, cujas
paredes, inicialmente cheias hieróglifos contendo narrativas sobre Hatshepsut
foram apagados. Não morreu de forma misteriosa, mas alguém sistematicamente
eliminou qualquer sinal de sua existência.
Especula-se erroneamente que possa se ter feito passar por homem,
porque em várias esculturas é apresentada com barba, contudo o
nome Hatshepsut, com o qual se tornou conhecida, era, na verdade,
um título cuja tradução quer dizer "a primeira das nobres senhoras”,
e foi no cargo de madrasta do sucessor que assumiu a regência.
Ignora-se a data exata do nascimento de Hatshepsut, mas supõe-se que ela
tenha nascido na cidade de Tebas, atual Luxor, no século 15 a,C.
no final do reinado de Amenotep I.
(Hashepsut - Metropolitan Museum- Nova Iorque)
Como este não possuía descendência, o sucessor designado foi Tutmósis I,
pai de Hatshepsut. Aparentemente Tutmósis I expandiu de maneira nunca
antes vista o império egípcio. Quando faleceu, Hatshepsut era a única sucessora direta,
pois todos os seus irmãos estavam mortos. Há suposições, inclusive, de que o próprio
pai a teria nomeado sua herdeira.
(Templo ao Deus Horus)
Contudo assumiu o trono Tutmósis II filho de uma esposa secundária de
Tutmósis I - e Hatshepsut teve que se
casar com o novo faraó.
Ela se tornou, assim, esposa de seu
meio-irmão. O casamento entre irmãos
acontecia apenas entre a realeza.
O reinado de Tutmósis II ,
porém, seria de curta duração devido à
sua morte prematura. Entretanto Isis, sua
concubina, gerou-lhe um filho varão,
enquanto Hatshepsut teve duas filhas,
Neferure e Neferubit.
Por isso seu marido foi sucedido por
seu enteado ainda jovem, Tutmés III.
Antes, porém, Hatshepsut assume uma
regência de mais de duas décadas, dando
lugar a um dos mais intrigantes períodos
da história egípcia.
(OFERENDAS DE HATSHEPSUT)
Nos primeiros anos, limitou-se a exercer simples funções protocolares, como presidir a
cerimônias da corte ou religiosas ou ainda a encomenda de obeliscos e outros monumentos.
Mas lentamente foi se rodeando de servidores fiéis, angariando a simpatia de súditos
importantes, e aumentando seu poder como nenhuma rainha conseguira antes.
Isso facilitou sua futura manobra política, principalmente por ter conseguido apoio do sumo
sacerdote Habuseneb.
(Templo em Karnak)
(Templo de Abu-Simbel)
Antes dela outras rainhas administraram sozinhas o reino, mas nenhuma sob o título faraônico. Eram
esposas que, ao enviuvar, governavam o país até a maioridade do herdeiro. Apenas Hatshepsut,
quando o enteado chegou à idade para reinar, conseguiu neutralizar seu poder e ocupar seu cargo
durante o longo período de 22 anos, quebrando a milenar tradição da sucessão de filhos varões.
Desconhecem-se as razões precisas para esta estranha quebra de uma importantíssima tradição.
(MARGEM DO NILO)
(Hatshepsut)
Após o estágio inicial de angariar aliados, afastar
oponentes da cena política e nomear pessoas de confiança
para os principais cargos, Hatshepsut reuniu forças para o
audacioso passo que iria dar. No segundo (alguns
acreditam que no terceiro) ano de Tutmés III, Hatshepsut
reuniu a corte e se auto conclamou Faraó.
Assumiu, então, todos os atributos masculinos do seu
cargo, menos o título de todo-poderoso. Tomou para si o
cajado, o mangual, as coroas e até mesmo a barba reais
tornando-se o novo Faraó.
A idéia mais genial de Hatshepsut, no entanto, foi a de se proclamar primogênita
do próprio deus Amon, além de sua substituta na Terra a fim de legitimar seu governo.
Hatshepsut e o Sumo-Sacerdote Habuseneb anunciaram que Amon teria visitado
e copulado com sua mãe Ahmose, e em seguida vaticinado que daquela relação nasceria
uma grande rainha que traria paz e prosperidade para o Egito.
A história da concepção divina de Hatshepsut pode ser lida nas paredes
de seu templo em Deir-El-Bahari.
A Rainha Faraó usou a dupla coroa que fazia dela
senhora das Duas Terras (Alto e Baixo Egito).
Assumiu os cinco títulos reais próprios dos Faraós
e passou a ser chamada Maatka-Re que significa
“O Espírito de Rá é Justo”.
(HATSHEPSUT)
Hatshepsut dedicou grande parte de seu período como governante
máxima do Egito a embelezar o país e restaurar os templos. O
centro de suas atividades foi a capital, Tebas, mas também edificou
a famosa Capela Vermelha do templo de Amon, em Karnak.
A guerra contra os Hiscos, perpetrada pelos antepassados
de Hatchepsut, conquistou a autonomia para o Egito.
Agora a nação precisava se reerguer e enriquecer suas reservas.
Por esse motivo o período de regência de Hatshepsut foi pacífico.
Ao que tudo indica apenas duas campanhas foram realizadas
em seu governo e mesmo assim de caráter defensivo.
Uma dessas campanhas deu-se contra a Núbia,
uma nação que oferecia certo risco contra o Egito,
pois vez ou outra atentava contra as fronteiras do reino.
No 15º ano do reinado de
Hatshepsut, Tutmósis III
começou a lutar para
recuperar seu poder.
Não se conhecem as razões,
mas em um único ano
morreram os principais
servidores da rainha-faraó.
Logo depois, faleceu a filha
de Hatshepsut, Neferure.
Lentamente, a rainha-faraó se
afastou do poder.
(TUTMOSIS III)
A VIDA AMOROSA DA HATSHEPSUT:
Muitos egiptólogos acreditam que Senemut
tenha sido seu amante.
De origem humilde adquiriu
extraordinário poder durante seu reinado.
Tornou-se seu principal arquiteto,
educador de sua filha Neferure,
recebeu os mais prestigiosos
títulos, honrarias,
monumentos e esculturas.
O fim do reinado de Hatshepsut,
traz consigo o final dos favores a Senemut,
que desapareceu da cena pública,
quase ao mesmo tempo que sua rainha.
(UMA DE VÁRIAS ESCULTURAS REPRESENTANDO
SENEMUT COM NEFERURE, FILHA DE HATSHEPSUT)
Foi Senemut quem desenhou e comandou a construção de um templo que se tornaria uma
das mais belas jóias do Antigo Egito: O complexo funerário junto aos rochedos de Deir-elBahari, em Tebas, próximo ao Vale dos Reis, cujo ponto principal é Djeser-Djeseru (“O
Sublime dos Sublimes”), onde está a câmara mortuária de Hatshepsut.
Foi erigido sobre três plataformas com andares sobrepostos, sustentado por colunatas e
ornamentados com estátuas da rainha.
Uma enorme rampa leva ao segundo andar e uma outra conduz ao terceiro;
Diante da primeira rampa uma série de esfinges abriam caminho para a entrada
do templo.
O Djeser Djeseru é considerado uma das obras mais impressionantes da arquitetura egípcia.
(TERRAÇO SUPERIOR)
A arqueologia ainda busca mais detalhes sobre Hatshepsut.
Por enquanto o que sabemos é que seu governo foi
excepcional pelo formato e pelos resultados,
firmado pela diplomacia mais do que pela força.
Abaixo seguem-se palavras da própria rainha que
revelam sua reverência ao culto e sabedoria do Egito:
“Eu dei o máximo valor à Regra (Maât)
Que o princípio divino ama,
Eu sei que ele vive dela.
Ela é igualmente meu pão,
Eu bebo seu orvalho,
Eu formo com ela um só ser”
(Djeser Djeseru – outros ângulos)
FORMATAÇÃO: CLAUDIA MADEIRA
ENTRE NO SITE: http://slidescoreoesia.com
TEXTO: INTERNET
IMAGENS: GOOGLE
SOM: “RISE OF ANUBIS” DE GALE REVILLA (“PHARAOS COLLECTION”)
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